terça-feira, 17 de novembro de 2015

A inacreditável sintonia fina do Universo




Se pararmos para pensar na possibilidade e nas chances do universo ter sido criado pelo acaso, nós ficaríamos espantados! Todo o universo parece ter sido projetado para a vida. Literalmente centenas de condições são necessárias para a vida na Terra, tudo, da densidade de massa do universo à atividade sísmica, deve ser ajustado para que a vida possa existir. A chance de todas estas coisas aleatoriamente acontecendo é, literalmente, impossível. A probabilidade contra isso acontecer é muitas ordens de magnitude maior do que o número de partículas atômicas em todo o universo! Com um projeto tão impressionante, é difícil acreditar que somos simplesmente um acidente. Esta é uma das maiores evidências da existência de Deus.


O argumento da sintonia fina é um PODEROSO argumento pela existência de Deus que afirma que a fina sintonia de algumas quantidades e constantes do universo estão em determinados valores longe dos quais seria impossível que a vida surgisse ou mesmo que o Universo existisse. Todavia, a probabilidade de tais valores concidirem com tal precisão é de tamanha impossibilidade que, alega-se, evidenciam a existência de um Projetista do Universo, nomeadamente Deus. A questão da sintonia fina do Universo é discutida não só na filosofia da religião e na teologia, mas também é discussão entre os físicos e os defensores do Design Inteligente. Algumas teorias naturalistas têm sido levantadas para explicar esta sintonia fina, tal como a teoria do Multiverso, o que diminui a improbabilidade, ou de que outras formas de vida que não conhecemos poderiam existir caso tais valores fossem diferentes, entre outras. Todavia, estas hipóteses são falhas e em nenhum caso conseguem ser melhores do que a hipótese de design. Como disse o filósofo e teólogo William Lane Craig em seu debate contra o ateu e químico Peter Atkins:


"Durante os últimos 30 anos, cientistas têm descoberto que a existência de vida inteligente depende de um balanço delicado e complexo de condições iniciais simplesmente dados no próprio Big Bang. Nós agora sabemos que universos que impedem a existência de vida são vastamente mais prováveis do que um universo que permite a vida como o nosso. Quanto mais provável? A resposta é que as chances de que o Universo deveria permitir a vida é tão infinitesimal que é incalculável e incompreensível. Por exemplo: Stephen Hawking estimou que se a taxa de expansão do Universo tivesse sido menor mesmo em uma parte em 100.000.000.000, o Universo teria entrado em colapso em uma grande "bola de fogo". Brandon calculou que as chances contra as condições iniciais serem satisfatórias para a formação de estrelas, sem as quais os planetas não existiram, é de 1 seguido de mil bilhões de bilhões de zeros! P.C.W. David estimou que uma mudança na força da gravidade, ou na força fraca, em apenas uma parte em 10 elevado à 100º potência teria impedido um universo que permita vida. Existem cerca de 50 destas constantes e quantidades presentes no Big Bang que precisam ser finamente sintonizadas para que o Universo permita a vida. Então improbabilidade é multiplicada por improbabilidade, por improbabilidade até a nossa mente estar realmente em números incompreensíveis. Não há uma razão física porque estas constantes e quantidades possuem os valores que eles têm. Paul Davis, um físico ex-agnóstico, comenta: "através do meu trabalho científico eu vim a acreditar mais e mais fortemente que o universo físico é posto conjuntamente com uma engenharia tão deslumbrante que eu não posso aceitar meramente com um fato bruto." Similarmente, Fred Hoyle marca: "uma intepretação de senso-comum dos fatos sugere que uma Super Intelecto tem uma ligação com a física", e Robert Jastrow, o cabeça da NASA Instituto Governamental para Estudos do Espaço, chamou isso de "o argumento mais poderoso para a existência de Deus jamais vindo da ciência".

Visto que já temos em mente que é IMPOSSÍVEL que o acaso tenha gerado o Universo e, consequentemente, tudo o que há nele, tenhamos em mente a seguinte afirmativa:

Necessidade física significaria dizer que o Universo tinha que ser daquela maneira; ele precisa ser finamente sintonizado". Segundo o Dr. Craig, todavia, isso seria muito implausível porque estas constantes e quantidades sintonizadas das quais estamos falando são independentes das leis da natureza, elas não são determinadas pelas leis da natureza. Elas são arbitrárias, colocadas no começo inexplicavelmente. Logo, não são fisicamente necessárias. Este ponto pode ser organizado da seguinte maneira:


1- A fina sintonia do universo pode ser resultado de necessidade física.

2- Ser resultado de necessidade física implicaria na sintonia fina ser dependente de leis da natureza.

3- Todavia, a sintonia fina é independente das leis da natureza, pois trata-se de constantes e quantidades puramente arbitrárias. 

4- Logo, a sintonia fina do universo não é devido à necessidade física.



Evidências de Design no Universo


Existe cerca de 50 constantes e quantidades no Universo que constituem no argumento da sintonia fina. Abaixo, listarei estas evidências:


1- Constante de acoplamento gravitacional: Se maior que 1.4 massas solares, a expectativa de vida solar seria de curta duração. Se menor que 0.8 massas solares, simplesmente não existiria elemento para sua auto produção.

2- Força nuclear forte da constante de acoplamento: Se maior, não existiria hidrogênio, que é essencial para a vida. Se menor, só existiria o hidrogênio, e mais nenhum elemento.

3- Força nuclear fraca da constante de acoplamento: Se maior, todo o hidrogênio seria convertido em hélio no Big Bang, então, os elementos seriam pesados demais. Se menor, hélio não seria produzido durante o Big Bang, portanto, os elementos não teriam peso suficiente.

4- Constante de acoplamento do Eletromagnetismo: Se maior, sem ligação química, elementos mais massivos que o boro seriam instáveis ​​à fissão. Se menor, simplesmente não haveria ligação química nenhuma.

5- Relação de prótons para a formação de elétrons: Se maior ou menor, o eletromagnetismo dominaria a gravidade, impedindo planetas, estrelas e galáxias de se formarem.

6- Proporção de elétrons para massa de prótons: Se maior ou menor, não existiria reação química.


7- Taxa de expansão do Universo: Se maior, as galáxias não se formariam. Se menor, o universo entraria em colapso antes da formação de estrelas.

8- Nível de entropia no Universo: Se maior, não haveria condensação dentro das proto-galáxias. Se menor, elas não se formariam.

9- Densidade massiva do Universo: Se maior, haveria muito deutério do Big Bang e isso faria as estrelas queimarem absurdamente rápido. Se menor, o Big Bang não produziria Hélio, deixando os outros elementos com peso insuficiente.

10- Idade do Universo: Se mais velho, não haveria estrelas solares estáveis na parte direita da galáxia. Se mais novo, elas não estariam formadas ainda.

11- Uniformidade inicial de radiação: Se suave, estrelas, aglomerado de estrelas e galáxias não se formariam. Se grossa, o Universo hoje teriam inúmeros buracos negros titânicos e espaços vazios.

12- Distância média entre as estrelas: Se maior, a densidade de elementos pesados seria fina demais para a produção do solo de planetas. Se menor, as órbitas planetárias estariam desestabilizadas.

13- Luminosidade solar: Se acrescentada muito cedo, efeito estufa descontrolado. Se acrescentada muito tarde, oceanos congelados.

14- Estrutura fina das constantes: Se maior, as estrelas não seriam maiores que 0,7 massas solares. Se menor, elas não seriam menores que 1.8 massas solares.

15- Taxa de decaimento de próton: Se maior, a vida seria exterminada pela radiação emitida. Se menor, não haveria matéria suficiente no Universo para a vida.

16- Nível de energia do C12 ao O16: Se maior, oxigênio insuficiente, se menor, carbono insuficiente.

17- Taxa de decaimento do 8Be: Se mais devagar, a fusão de elementos pesados geraria explosões catastróficas em todas as estrelas. Se mais rápido, não haveria a produção de elementos químicos necessários para a vida.

18- Diferença de massas entre nêutron e próton: Se maior ou maior, os prótons decairiam antes da formação de um núcleo estável.

19- Excesso inicial de núcleos sobre anti-núcleos: Se maior, muita radiação se formaria nos planetas. Se menor, não haveria material suficiente para as galáxias se formarem.

20- Tipos de galáxias: Se muito elípticas, a formação de estrelas cessaria antes do acúmulo suficiente de materiais pesados para a química da vida. Se muito irregulares, a radiação exposta na ocasião seria muito severa e elementos pesados para a química da vida não estariam disponíveis.

21- Distância da estrela-mãe do centro da galáxia: Se mais longe, a quantidade de elementos pesados para a formação do solo dos planetas seria insuficiente. Se mais perto, a densidade estrelar e a radiação emitida seriam absurdas.

22- Número de estrelas no sistema planetário: Se mais de um, as marés iriam perturbar a órbita planetária. Se menos de um, não haveria produção de calor suficiente para a vida.

23- Data de nascimento da estrela-mãe: Se mais recente, a estrela não teria ainda atingido a fase de queima estável. Se menos recente, o sistema estelar ainda não conteria elementos pesados ​​suficientes.

24- Massa da estrela-mãe: Se maior, a luminosidade mudaria muito rápido, queimando as estrela mais rapidamente. Se menor, a gama de distâncias adequadas para a vida seria muito estreita e os raios ultra-violetas seriam inadequados para a vida botânica.

25- Idade da estrela-mãe: Se mais velha ou mais nova, a luminosidade mudaria absurdamente rápido.

26- Cor da estrela-mãe: Se mais avermelhado ou azulado, a resposta fotossintética seria insuficiente.

27- Erupções de supernovas: Se muito perto ou frequente, a vida no planeta seria exterminada. Se muito longe ou infrequente, não haveria matéria cinza suficiente para a formação de planetas rochosos.

28- Anãs brancas binárias: Se poucas, não haveria flúor suficiente para a química da vida. Se muitas, a vida no planeta seria exterminada.

29- Velocidade de escape da gravidade na superfície: Se mais forte, a atmosfera teria muita amônia e metano. Se mais fraco, a atmosfera do planeta perderia muita água.

30- Distância da estrela-mãe: Se mais distante ou mais próximo, não haveria um ciclo de água estável.

31- Inclinação da órbita: Se muito grande, as diferenças de temperatura no planeta seriam extremas.

32- excentricidade orbital: Se muito grande, as temperaturas nas estações seriam extremas.

33- Inclinação axial: Se maior ou menor, a diferença de temperaturas na superfície seria absurda.

34- Período de rotação: Se mais longo, as diferenças de temperatura durante os períodos do dia seriam absurdas. Se mais curto, a velocidade do vento na atmosfera seria extrema.

35- Interação gravitacional com a lua: Se maior, os efeitos nos oceanos, atmosfera e período de rotação seriam graves. Se menor, causaria instabilidades climáticas severas.

36- Campo magnético: Se mais forte, as tempestades eletromagnéticas seriam severas. Se menos forte, não nos protegeria das radiações estrelares emitidas.

37- Espessura da crosta: Se mais espessa, muito oxigênio seria transmitido da atmosfera para a crosta. Se mais fina, as atividades vulcânicas e tectônicas seriam absurdas.

38- Montante total de proporção de luz refletida que cai na superfície: Se maior, haveria uma era do gelo. Se menor, efeito estufa fora de controle.

39- Taxa de oxigênio e nitrogênio na atmosfera: Se maior ou menor, as funções avançadas da vida procederiam muito rapidamente.

40- Nível de dióxido de carbono na atmosfera: Se maior, efeito estufa fora de controle. Se menor, as plantas não seriam capazes de manter a fotossíntese eficiente.

41- Nível de vapor de água na atmosfera: Se maior, efeito estufa fora de controle. Se menor, não choveria.

42- Nível de ozônio na atmosfera: Se maior, a temperatura na superfície seria muito baixa. Se menor, seriam muito altas e, consequentemente, estaríamos mais expostos à radiação U.V.

43- Taxa de descargas elétricas na atmosfera: Se maior, muita destruição ocorreria. Se menor, muito pouco nitrogênio seria fixado na atmosfera.

44- Quantidade de oxigênio na atmosfera: Se maior, plantas e hidrocarbonetos iriam queimar muito facilmente. Se menor, não haveria ar para respirar.

45- Relação de oceanos por continentes: Se maior ou menor, a diversidade e complexidade das formas de vida seriam extremamente limitadas.

46- Materiais do solo: Se tiver menos ou mais nutrientes, a diversidade e complexidade das formas de vida seriam extremamente limitadas.

47- Atividade sísmica: Se maior, muitas formas de vida seriam destruídas constantemente. Se menor, os nutrientes nos pisos dos oceanos(de escoamento do rio) não seriam reciclados para os continentes por meio de levantamento tectônico.

48 - Júpiter: Se não existisse, a terra seria bombardeada por objetos espaciais potencialmente perigosos que poderiam atingir a terra. Se a gravidade fosse menor, também ocorreria.

49- Buracos negros: Se mais, tudo seria sugado. Se menos, muitos objetos poderiam atingir a terra.

50- Interação entre gravidade e eletromagnetismo: Se mais forte, não haveria vida. Se mais fraca, as moléculas de nosso corpo não se formariam, portanto, também não haveria vida.

E agora? Você acredita que o Universo é oriundo do acaso ou foi projetado?

Conclusão e considerações finais:


Só há uma objeção possível para o argumento da sintonia fina, que é a hipótese do Multiverso. A existência de outros (talvez infinitos) universos além deste em que vivemos e que, por sua quantidade, tornariam a probabilidade da sintonia fina deste universo mais plausível para a hipótese de surgimento ao acaso. Todavia, esta objeção é desacreditada por alguns motivos, tanto filosóficos quanto científicos:

Não há a menor evidência científica e filosófica que corrobore esta hipótese, é pura especulação que não sai do campo da simples possibilidade. Este problema traz, ao menos, 5 problemas:

1- Trata-se de uma resposta não-científica pela simples ausência de evidências (o que entra em contradição com muitas falas ateístas).

2- Tendo em vista que é difícil, senão impossível, verificar a veracidade desta hipótese, esta é, ao menos no presente momento, uma hipótese não-falseável e, portanto, mais uma vez não-científica.

3- Aceitá-la como verdadeira consistiria numa ação de pura fé, e não de razão (o que entra em contradição com muitas falas ateístas).

4- Aceitá-la como uma refutação válida seria cometer a falácia de simples possibilidade num ato imprudente: Mesmo que seja realmente possível que haja vários universos e que isso explique a sintonia fina, essa possibilidade não equivale a uma certeza e, neste caso, a hipótese de Deus ainda é mais plausível, pois seria apostar em pura especulação quando já há uma explicação plausível.

5- Não extingue o problema de como tais universos surgiram, ou seja, não é uma hipótese explicatória de grande poder, pelo contrário, aumenta o problema, em tratando-se de vários universos.
O maior engano perpetrado por esta objeção, todavia, ainda parece ser o problema da simples possibilidade. Aparentemente ateus, ao apresentarem a hipótese do Multiverso, mesmo que não haja evidência alguma nessa direção, parecem tomar o argumento como refutado, o que evidentemente não é verdade, pois o argumento só seria realmente refutado caso fosse demonstrado que a sintonia fina não tem nada a ver com Deus. Não basta considerar esta possibilidade, sem nenhuma evidência. Na possibilidade do Multiverso, o máximo dano que ocorre no argumento é a necessidade de lembrança de que se trata de um argumento indutivo, o que não representa nenhum problema, por se tratar de um argumento indutivo desde o princípio, o argumento já considera a possibilidade de que não há ligação entre Deus e a sintonia fina do universo e, portanto, mencionar a possibilidade do Multiverso apenas tange esta possibilidade naturalmente aberta em raciocínio indutivo, mas não dá nenhuma força no sentido de mostrar que as evidências não apontam para Deus.

Este, em minha humilde opinião, é um dos argumentos mais fortes para a existência de Deus, que curiosamente, foi o argumento que converteu o notável filósofo Antony Flew, considerado um dos maiores ateístas do século XX, ao teísmo.

por Razão em Questão

A teoria do Big Bang e o Vácuo Quântico



Com relação à origem do Big Bang e o surgimento do universo a partir do nada, consideremos como base as premissas do Argumento Cosmológico Kalam(Caso você ainda não conheça o argumento, leia a primeira postagem do blog, pois é importante entendermos o conceito filosófico que estamos lidando com relação à criação do universo, bem como também é preciso analisá-lo, para então, considerarmos o Kalam como um modelo padrão básico de refutação).

(P1) Premissa nº1: Tudo que começa a existir tem uma causa.

(P2) Premissa nº2: O Universo começou a existir.

(P3) Premissa nº3: O Universo tem uma causa.

Perceba que o argumento é dedutivamente válido, com o termo médio bem distribuído. Logo, para alguém declarar que esse é um bom argumento, justificadamente, basta que seja racional acreditar, pois, nas duas afirmações (P1) e (P2) que o constituem. E se essa pessoa estiver certa em sua afirmação, a racionalidade da conclusão segue de forma lógica e necessária. Qual é a maneira correta de se analisar justificativa e racionalidade? Simples: uma pessoa é irracional se ela estiver em falta com alguma obrigação epistêmica a qual ela está intelectualmente vinculada. Um dever epistêmico comumente aceito é de formar uma conclusão a partir de uma hipótese mais simples ou da melhor explicação para um determinado fato.

O modelo no qual o Argumento Cosmológico atual trabalha é o modelo Friedmann–Lemaître (que veio a ser conhecido como modelo “Big Bang” de forma popular) que não descreve um Universo eterno no passado, mas sim um que começou a existir a um tempo finito atrás, o que foi confirmado através da radiação cósmica de fundo em micro-ondas. Mais do que isso, sua origem postula uma origem absolutamente ex nihilo em termos físicos, pois não só toda matéria e energia mas o próprio tempo e espaço passaram a existir na singularidade cósmica inicial. Espaço e tempo começam na singularidade inicial cosmológica. Antes disto, literalmente nada físico existia. A objeção que alguns ateus apresentam nesse ponto é a sugestão da singularidade como uma espécie de bolinha super densa que estava descansando desde a eternidade e que de repente explodiu. Perceba que, mesmo assim, há um tempo finito. Mas a objeção é falsa. A singularidade é o PONTO inicial do Universo.

A singularidade cosmológica em que nosso universo teve início não é, estritamente falando, parte do espaço e do tempo, e, portanto, não é anterior ao universo; antes, é a fronteira de espaço e tempo. A singularidade é causalmente anterior ao nosso universo, mas não é cronologicamente anterior ao universo. Ela existe na fronteira de espaço-tempo.



Portanto, a sugestão da criação fisicamente ex nihilo é feita no sentido de que antes desse ponto surgir absolutamente nada em termos físicos (de matéria, energia, espaço e tempo) existia. A nossa verdadeira questão é o porquê da singularidade, em outras palavras, o “espaço-tempo” começou a existir. Então eu te pergunto: Qual obrigação epistêmica ele está infringindo ao acreditar nesse modelo físico? É difícil dizer qual. Parece perfeitamente sensível e aceitável para qualquer pessoa acreditar no Big Bang na falta de objeções cogentes contra ele, não mais do que é aceitável para alguém acreditar na Teoria da Evolução ou na própria Teoria da Física Quântica. Se você citar outro modelo de teoria e, consequentemente, nos colocar em posição irracional devido a nossa aceitação à teoria do Big Bang, novamente, essa objeção falharia. Todas essas teorias são teorias científicas e precisam ser falseadas EMPIRICAMENTE. Não há nenhuma evidência empírica cogente para as outras teorias (como a Teoria M, das supercordas, infinitos universos em expansão, etc). É verdade que no futuro algumas dessas teorias pode se provar correta, assim como, no futuro, fósseis que indiquem um designer inteligente podem ser descobertos. Nem por isso significa que, no momento atual, alguém está em estado de irracionalidade ao aceitar o modelo do Big Bang ou a Teoria da Evolução padrão sem nenhum designer.

Então, se o ateísta quiser derrubar um teísta nesse ponto, deverá demonstrar que o teísta é irracional ao aceitar o modelo como é descrito acima. Esse é o quadro geral dentro do qual temos que conversar. E a partir daí surge a objeção baseada na física quântica. Pode algo vir do nada? Se não existia nada físico, então temos apenas duas opções:


1- O Universo emergiu de alguma substância não-física, de natureza ontológica, que existia naquele estado.

2- O Universo surgiu a partir de absolutamente nada. E É ESSE o maior erro dos ateus! O nada não é material e o nada também não é imaterial, o nada simplesmente não é. O nada absoluto é justamente aquilo que não tem NENHUM predicado positivo. Justamente por isso ele não é algo ontológico.


Muitas vezes os ateus surgem falando que “o Universo surgiu do nada” sugerindo que ele surgiu do vácuo quântico. O que vocês falham em perceber é que o vácuo quântico é um ente cheio de características, ou seja, ele não é um "nada", mas um mar de energia flutuante dotada de uma rica estrutura e sujeita a leis físicas de diversas espécies. O próprio fato do vácuo quântico ser estudado pela Ciência demonstra que ele tem um caráter ontológico, pois assim como a Ciência não pode estudar o "não-cachorro" ou "não-humano", ela não pode estudar o "não-ser". Nesse caso, absolutamente coisa alguma positiva poderia se falar dele. Só poderíamos negar as suas características. Essa é a verdadeira definição do nada. No momento em que os ateus começam a dizer que, por exemplo, a lei da gravidade criou o Universo, eles estarão admitindo que alguma substância ontológica é o estado do qual emergiu o Universo, só discordando qual é a natureza dessa substância. Igualar “Lei da Gravidade” ou “Vácuo Quântico” com “Nada” seria simplesmente uma tolice. Explicado esse erro, e entendido o que é o nada, vamos agora argumentar contra a criação a partir do nada partindo de três objeções:

1- Se o nada criou algo, então ele tem pelo menos uma propriedade positiva: A de ser a substância que deu origem a um outro estado de coisas. E agora? Mas se ele deu origem, é a explicação ou razão, a um estado de coisas seguinte então ele tem pelo menos uma característica, que é justamente essa. Nesse caso, ele seria um ser, algo ontológico, e não seria o nada, que é justamente aquilo que nega qualquer predicado do ser. Então qualquer coisa que seja a explicação ou razão para algo posterior não pode ser o nada, sob pena de cairmos em auto-contradição e absurdo com a sua própria definição.

2- Se não existia nenhuma entidade ontológica, e o nada não criou o Universo, significa que o PRÓPRIO Universo, que não existia, é o responsável por sua passagem à existência. Mas essa visão é logicamente incoerente. Para o Universo ser sua causa, ele deve ser ou logicamente ou temporalmente anterior a si mesmo. Mas obviamente é impossível que algo seja anterior a si mesmo, pois nesse caso ele já existiria. Logo, a auto-criação é impossível. Demonstrado isso, o absurdo de falar do nada criador fica explícito.

3- Ateus dizem: "Mas a física quântica não nos ensina que as coisas podem surgir do nada?" NÃO! Sem falar na discussão se essas partículas virtuais realmente existem, essa objeção é baseada em uma confusão filosófica. Como eu já expliquei anteriormente, nós não podemos atribuir o estado de “surgir do nada” nesses casos. O vácuo quântico não é um "nada", mas um mar de energia estruturado e sujeito às leis da física. Dizer que as partículas virtuais surgem do nada no meio do Universo é simplesmente BIZARRO, pois se elas surgem dentro do Universo elas surgem dentro do ser. O que o você quer dizer, na verdade, é que essas partículas deveriam surgir sem uma causa específica ou "aleatoriamente", mas não a partir do “nada”. Mas na verdade o que existe na Física Quântica é o princípio do Indeterminismo, pelo qual não conseguimos saber ou prever de forma “fixa” os comportamentos das partículas, pela alteração do observador. E o fato dos seres humanos não terem uma barreira epistemológica para encontrar uma causa para um determinado evento não significa que ele tenha surgido aleatoriamente. O que existe a partir daí são interpretações "indeterministas" ou deterministas desses dados.

Conclusão e considerações finais:

Após analisarmos a objeção quântica mais a fundo, fica evidente que o Universo não surgiu do nada, o que nos dá base e boas razões para acreditar que a causa do universo, como ela se mostra através da ciência, seja Deus, sendo assim, perfeitamente racional chamá-la desta forma. Dito isso tudo, as objeção quânticas ao Big Bang estão devidamente neutralizadas.

Referências: SnowBall; W.L. Craig; Alvin Plantinga.
Via Razão em Questão

domingo, 15 de novembro de 2015

Consumo de carne aumenta as chances de desenvolver Alzheimer, segundo pesquisa americana

alzheimer


‘’Comer carne e queijo é como ir adicionando balas num revolver para brincar de roleta russa, no que diz respeito a doença de Alzheimer.’’

A afirmação acima é do Dr. Neal Bernard, do Instituto de Aspen. Segundo ele, ‘’quem quiser reduzir drasticamente as chances de desenvolver Alzheimer precisa adotar uma dieta sem carne. Até completarem 85 anos, metade dos americanos terão desenvolvido a doença. Uma pesquisa desenvolvida nos últimos 20 anos mostram uma grande relação com o consumo de gorduras saturadas encontradas em carne e derivados e gordura trans de snacks e frituras.’’

O Instituto Chicago Health, na pesquisa, começou a monitorar a dieta de pessoas em 1993. Uma década depois, os resultados mostraram que quem tem um alto índice de consumo de gordura trans e gordura saturada tem entre 2 e 3.5 vezes mais chances de desenvolver a doença do que pessoas que consumem pequenas quantidades dessas gorduras. Se você tem um colesterol alto, as chances de se ter Alzheimer aumentam muito. A solução se baseia no fato de que o colesterol ruim só é encontrado em produtos de origem animal. As pessoas que também apresentaram uma quantidade saudável de vitamina E, segundo o estudo, também apresentam uma chance 50% menor de desenvolver a doença. A vitamina E pode ser encontrada em castanhas, vegetais e grãos.

‘’A prática de exercícios físicos é extremamente benéfica, mas elas não podem substituir os benefícios de uma boa dieta para a saúde.’’
Bernard é professor de medicina na Universidade George Washington em Washington DC e presidente do comitê de Medicina Responsável dos Estados Unidos.

Veggo

sábado, 14 de novembro de 2015

Cirurgião cardíaco de 101 anos revela: O veganismo é a receita da longevidade

Cirurgião cardíaco de 101 anos revela: O veganismo é a receita da longevidade


O Dr. Ellsworth Wareham é um ex cirurgião cardíaco americano aposentado há apenas 5 anos, quando tinha 96 anos.

O médico de 101 anos ainda dirige, garante que suas articulações estão perfeitas e seu equilíbrio continua impecável. ”Eu não preciso de nenhuma bengala para andar” – brinca ele em entrevista a CCTV America.

Dr. Ellsworth mora em uma das cinco chamadas ”áreas azuis”, lugares onde as pessoas vivem muito mais tempo do que a média. De acordo com o portal american vegnews.com, estudos mostram que as pessoas que vivem nessas áreas praticam mais exercícios e são mais adeptas ao veganismo.

Segundo Dr. Ellsworth, o segredo da longevidade com uma saúde perfeita é o Veganismo. ”Eu nunca me importei com produtos de origem animal. Adotar o veganismo foi uma tarefa muito fácil pra mim”. ”Acontece que o Veganismo pode fazer você ter um estilo de vida absolutamente saudável” conclui ele.

Rádio VivaZen

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Abrace a Deus nos momentos de perda

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“Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em Ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das Tuas asas, até que passe o perigo. Clamo ao Deus Altíssimo, a Deus, que para comigo cumpre o Seu propósito. Dos céus Ele me envia a salvação, põe em fuga os que me perseguem de perto; Deus envia o Seu amor e a Sua fidelidade” (Salmo 57:1-3).

Em algum momento na vida podemos sofrer uma grande perda: um ente querido, casa, estabilidade financeira, saúde, reputação, sonhos, esperanças ou uma visão do futuro. Podemos nos conformar com algumas perdas, juntar os pedaços e seguir em frente; mas há outras que nos deixam completamente arrasadas e paralisadas.

Quem vivencia situações assim, logo imagina que Deus está bem distante. Engano. Ele nunca esteve mais perto. Ele permite que coisas difíceis nos aconteçam, e somente Ele sabe o porquê. Nunca culpe Deus por suas perdas. Mas quando nossa primeira reação à perda é buscar a Deus em louvor e adoração, abrimos um canal pelo qual Sua cura, restauração e redenção fluem.
Se você passou por uma perda, abrace a Deus. Isso não significa que você tem que negar a situação, fingindo que nada aconteceu ou acreditando que isso logo desaparecerá. Pelo contrário, é dizer que, independentemente do que aconteceu, Deus ainda está no controle. Ele ainda me ama. Ele ainda é maior do que aquilo que estou enfrentando. Ele entende plenamente o meu sofrimento. E Ele é capaz de trazer redenção à situação.

Um dos maiores sinais do amor de Deus é Seu consolo para nós nesses momentos. Ele nos envolve em um ato especial de misericórdia e graça para amenizar a dor, o desespero, o choque e a devastação. Seu amor sustêm-nos até a nossa recuperação. Do contrário, não conseguiríamos suportar.

Ore comigo: “Senhor, eu Te dou graças porque Tu És Deus de redenção e restauração. Eu Te entrego a tristeza decorrente de qualquer perda que eu tenha experimentado e Te louvo em meio a isso.  Independentemente do que tenha acontecido, cantarei louvores a Ti enquanto eu viver. Em nome de Jesus, amém!”

Tempo de Refletir

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Efeito do Observador confirmado: átomos não se movem se você estiver olhando


Efeito do Observador confirmado: átomos não se movem se você estiver olhando
Os átomos não se movem quando estão sendo observados, mas basta fazer as medições em intervalos maiores para que eles se movam. [Imagem: Y. S. Patil et al. - 10.1103/PhysRevLett.115.140402]

Efeito do Observador

Há poucos dias, em um experimento histórico, físicos finalmente mostraram de forma incontestável que Einstein estava errado ao menos em uma de duas de suas ideias fundamentais, uma delas envolvendo as incertezas e as leis probabilísticas da mecânica quântica.

Para não deixar margens a dúvidas, outra equipe finalmente demonstrou de forma inequívoca uma das previsões mais estranhas da teoria quântica - a previsão de que um sistema quântico não pode mudar enquanto o pesquisador o estiver observando, confirmando que o observador de fato influencia os experimentos quânticos.

Segundo os físicos da Universidade de Cornell, nos EUA, responsáveis pelo experimento, esse comportamento quântico foi bem ilustrado na série Dr. Who pelos "Anjos Lamentadores", criaturas predatórias que assumem a forma de estátuas e que apenas se movem e atacam quando não estão sendo olhadas.

Além de resolver uma disputa de longa data entre os físicos, o experimento abre o caminho para uma técnica fundamentalmente nova para controlar e manipular os estados quânticos de átomos - em um primeiro momento, permitindo ao menos a criação de novos tipos de sensores.

Efeito Zeno Quântico

Para testar a influência do observador sobre os experimentos quânticos, Yogesh Patil e Srivatsan Chakram resfriaram um gás contendo cerca de um bilhão de átomos de rubídio, no interior de uma câmara de vácuo, até próximo do zero absoluto, e suspenderam a massa usando feixes de laser. Nesse estado, os átomos se organizam em uma grade ordenada como se estivessem em um cristal sólido e funcionam como se fossem uma entidade única - por isso essa estrutura é muitas vezes chamada de "átomo artificial".

Em temperaturas tão baixas, os átomos podem tunelar de um lugar para outro na rede atômica. O famoso princípio da incerteza de Heisenberg diz que a posição e a velocidade de uma partícula estão relacionadas e não podem ser simultaneamente medidas com precisão.

Como a temperatura é uma medida do movimento de uma partícula, no frio extremo do quase zero absoluto a velocidade é praticamente zero, de forma que há muita flexibilidade na posição: quando você os observa, os átomos são tão susceptíveis de estar em um lugar na rede como em qualquer outro.

Os pesquisadores demonstraram então ser possível suprimir o tunelamento quântico - as mudanças de posição - meramente observando os átomos. Olhe para eles, e eles "congelam" no lugar; interrompa a medição, e eles voltam a tunelar. Isto foi feito repetindo rapidamente as medições: quanto mais rapidamente elas são feitas, menor é a probabilidade de os átomos terem saído do lugar.

Este assim chamado "Efeito Zeno Quântico" - ou "Efeito do Observador" - deriva de uma proposta feita em 1977 por George Sudarshan e Baidyanath Misra, da Universidade do Texas, que notaram que a natureza estranha das medições quânticas permite, em princípio, que um sistema quântico seja "congelado" por medições repetidas, feitas em sequência.

Efeito do Observador confirmado: átomos não se movem se você estiver olhando
Como os átomos se mostraram altamente sensíveis às menores forças externas - as forças envolvidas em sua medição - isto tornará possível desenvolver sensores mais precisos. [Imagem: Y. S. Patil et al. - 10.1103/PhysRevLett.115.140402]

Classicalidade emergente

"Esta é a primeira observação do Efeito Zeno Quântico por uma medição do movimento atômico no espaço real," disse o professor Mukund Vengalattore, orientador da equipe. "Além disso, devido ao alto grau de controle que conseguimos demonstrar em nossos experimentos, nós podemos 'sintonizar' gradualmente a maneira pela qual observamos esses átomos. Usando este ajuste, nós fomos capazes de demonstrar também um efeito chamado 'classicalidade emergente' neste sistema quântico."

Na classicalidade emergente, os efeitos quânticos desaparecem, e os átomos começam a se comportar da maneira prevista pela física clássica, que nos parece muito mais intuitiva.

A propósito, com o estabelecimento desses experimentos definitivos mostrando a realidade das esquisitices quânticas, as atenções começam a se voltar justamente para essa fronteira entre o clássico e o quântico - entre os "reinos" que obedecem às leis da física clássica ou às leis da mecânica quântica.

Embora tradicionalmente associados com as dimensões - o tamanho - das partículas envolvidas, alguns indícios apontam que a gravidade possa ser usada para explicar a fronteira clássico-quântico, enquanto outros físicos vão ainda mais longe, propondo que a física quântica emerge na fronteira entre múltiplos universos.

Bibliografia:

Measurement-Induced Localization of an Ultracold Lattice Gas
Y. S. Patil, S. Chakram, M. Vengalattore
Physical Review Letters
Vol.: 115, 140402
DOI: 10.1103/PhysRevLett.115.140402

Nondestructive imaging of an ultracold lattice gas
Y. S. Patil, S. Chakram, L. M. Aycock, M. Vengalattore
Physical Review Letters
Vol.: 90, 033422
DOI: 10.1103/PhysRevA.90.033422

Inovação Tecnológica

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Bactéria mortal se espalha entre gays nos EUA



Transmissão por sexo anal e pela pele
A variante de uma bactéria que pode levar à morte estaria se espalhando rapidamente entre a comunidade gay das cidades de São Francisco e Boston, nos Estados Unidos. De acordo com um estudo publicado na revista especializada Annals of Internal Medicine, a nova forma da bactéria MRSA, conhecida como MRSA USA300 é altamente resistente a medicamentos e é transmitida por meio de sexo anal, pelo contato da pele ou com superfícies contaminadas. Os especialistas fizeram um levantamento da incidência da doença em diferentes áreas das cidades de São Francisco e Boston com base em registros hospitalares, mas não informaram o número exato de contaminados até agora. A equipe de pesquisadores descobriu que no distrito de Castro, em São Francisco - que teria uma das maiores concentrações de homossexuais dos Estados Unidos -, um em cada 588 residentes estaria infectado com a bactéria. Em outras áreas da cidade, essa proporção seria de um para cada 3.800.

Outra parte do estudo ainda indicou que os homossexuais moradores de São Francisco teriam 13 vezes mais chances de contrair a doença do que outros residentes da cidade.

A infecção pode causar úlceras na pele, necrose dos tecidos, atacar órgãos como pulmão e o coração e se espalhar facilmente pela corrente sanguínea. Entre a comunidade gay, a doença teria se proliferado pelo contato da pele, causando abscessos e infecções nas nádegas e nos órgãos genitais. Os especialistas aconselham esfregar o corpo com água e sabão após as relações sexuais para evitar que a bactéria se espalhe.

De acordo com o jornal americano The New York Times, 19 mil pessoas morreram nos EUA em 2005 em decorrência de doenças causadas pela MRSA (Estafilococos aureus resistente à meticilina, MRSA, na sigla em inglês).

No passado, a bactéria era comum apenas em infecções hospitalares, mas recentemente também tem sido contraída por pessoas saudáveis fora dos hospitais.

Além de ser resistente à meticilina, a MRSA USA300 também não é facilmente combatida por outros antibióticos utilizados para tratar outras variantes da bactéria.

Os especialistas advertem que a menos que laboratórios de microbiologia identifiquem o tratamento adequado para nova bactéria, “a infecção poderá se espalhar rapidamente e se tornar uma ameaça nacional”.

(O Globo)

A maioria das estrelas tem planetas habitáveis

planetas zona habitavel

Ao analisar sistemas planetários já conhecidos, pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália e do Instituto Niels Bohr em Copenhague (Dinamarca) calcularam a probabilidade das estrelas na Via Láctea terem planetas na zona habitável.

Os cálculos mostram que bilhões delas possuem de um a três planetas nessa zona, onde há o potencial para a água líquida e a existência da vida como a conhecemos.


A lei Titius-Bode

Usando o telescópio Kepler da NASA, os astrônomos descobriram cerca de 1.000 planetas em torno de estrelas na Via Láctea e cerca de 3.000 outros candidatos a planetas. Muitas das estrelas têm sistemas planetários com 2 a 6 planetas, de forma que poderiam existir mais além dos vistos pelo Kepler, um telescópio que é mais adequado para encontrar planetas grandes que orbitam relativamente perto de suas estrelas.


Assim, os pesquisadores tentaram calcular qual seria um número realista de planetas com base em um método 250 anos de idade chamado de “lei Titius-Bode”, bem como sua posição no sistema em que se encontram.
A lei Titius-Bode foi formulada por volta de 1770 e calculou corretamente a posição de Urano antes mesmo dele ser descoberto. A lei diz que há uma certa relação entre os períodos orbitais de planetas em um sistema solar. Assim, a relação entre o período orbital do primeiro e segundo planeta é a mesma que a relação entre o segundo e o terceiro planeta do mesmo sistema e assim por diante.
Portanto, se você sabe quanto tempo certos planetas levam em órbita em torno de uma estrela, você pode calcular quanto tempo leva para os outros planetas do sistema a orbitarem, calculando assim a sua posição. Também é possível perceber se está “faltando” um planeta na sequência por causa da relação entre os períodos orbitais.
Resultados

Os cientistas usaram este método para calcular as potenciais posições planetárias em 151 sistemas onde o Kepler tinha encontrado entre 3 e 6 planetas. Em 124 dos sistemas planetários, a lei bateu com a posição dos planetas.

Já em 27 sistemas, os planetas que tinham sido observados não bateram com a lei à primeira vista. Assim, os pesquisadores tentaram adicionar planetas que pareciam estar faltando entre os já conhecidos, prevendo um total de 228 planetas em 151 sistemas planetários.

“Nós, então, fizemos uma lista de prioridades com 77 planetas em 40 sistemas planetários para focarmos nossa pesquisa, porque eles têm uma alta probabilidade de fazer um trânsito por sua estrela, de forma que o Kepler vai poder vê-los. Se eles forem encontrados, é uma indicação de que a teoria está certa”, explica um dos autores do estudo, Steffen Kjær Jacobsen.


Planetas em zona habitável

Planetas que orbitam muito perto de sua estrela são demasiado quentes e planetas que estão longe de suas estrelas são muito gelados. A zona habitável intermediária, onde há o potencial de água em estado líquido e vida, não é uma distância fixa; é diferente em cada estrela, dependendo de quão grande e brilhante ela é.

Os pesquisadores avaliaram o número de planetas na zona habitável com base nos extras que foram adicionados aos 151 sistemas planetários. O resultado foi de que deve existir de um a três planetas na zona habitável de cada sistema planetário.

Quando esses cálculos são extrapolados, isso significa que, só na nossa galáxia, a Via Láctea, pode haver milhares de milhões de estrelas com planetas na zona habitável. 

Via [Phys]


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Zagueiro Vinicius, muda estilo de vida e procura guardar o Sábado

Zagueiro Vinícius mudou seu estilo de vida depois de virar seguidor da Igreja Adventista
Zagueiro Vinícius mudou seu estilo de vida depois de virar seguidor da Igreja Adventista



O pôr do sol na sexta-feira indica o momento de Vinicius Matos parar. Parar o trabalho, a correria, a televisão, o telefone... tudo aquilo que o conecta ao mundo louco que vivemos. É hora de silêncio e de orar para estar mais perto de Deus. A vigília semanal deve durar até o fim do sábado, como indicam os mandamentos da Igreja Adventista [na verdade, mandamentos de Deus registrados na Bíblia]. Vinícius quer seguir à risca e respeitar a história bíblica de que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Ele tenta e faz o que pode, mas não é perfeito porque comete (e assume) o pecado de trabalhar no sábado. Vinícius é zagueiro do Vitória, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, e costuma jogar aos sábados ou nas noites de sexta-feira. O jogador vive um dilema por causa disso. Para aliviar seu coração, ele conversa com o sogro que é pastor e se agarra à fé de que é algo passageiro. “O primeiro mandamento [sic] é guardar o sábado. A base que eu tenho agora é a da religião, para eu ficar bem espiritualmente preciso disso. É o momento só de refletir, de orar a Deus. Por enquanto está difícil conciliar isso, eu não consigo. Eu fico chateado, pecado é pecado de qualquer jeito, sei que estou pecando por não estar guardando o sábado. Mas o pai da minha namorada é pastor, eu converso com ele e ele diz para ter paciência, não ficar apavorado.”

A dor de ferir as próprias crenças o fez imaginar como seria a vida longe da profissão que ama. “No meio do processo, quando eu estava entendendo como funciona, eu pensei como ia fazer, cheguei a pensar em como seria a minha vida fora do futebol. Mas não adianta eu querer largar o futebol e seguir só Deus. Eu não tenho faculdade, não estou cursando nada, iria demorar para conseguir trabalho. Mas em certo momento vou conciliar.”

No meio do ano, Vinícius viu uma luz para resolver a situação depois de passar um mês no Sevilla, da Espanha, em período de observação e de quase ser negociado. No primeiro contato com o presidente do clube ibérico, ele fez a pergunta crucial: “Posso ser liberado nos sábados?” A resposta positiva o animou. No fim das contas, a janela de transferências fechou e o negócio acabou não dando certo, mas ainda existe uma chance na próxima abertura.

“A primeira coisa que eu perguntei para o presidente quando cheguei lá é se teria como guardar o sábado. E ele foi tranquilo, disse que aceitaria de boa. Lá é tudo muito respeitoso quanto à religião. E a maioria dos jogos é aos domingos. Eu poderia perder o treino do sábado que é só um recreativo, algo mais simples preparatório para o jogo.”

Vinícius deu os primeiros passos na Igreja Adventista há um ano por causa da namorada Karina. Antes disso, sua conexão com Deus se resumia à formação católica e às leituras solitárias da Bíblia em seu quarto. Nos primeiros convites, ele até resistiu, mas aos poucos foi cedendo e passou a frequentar os cultos com ela.

De lá para cá muita coisa mudou, principalmente o amadurecimento. Vinícius admite que se deslumbrou com o futebol em certo momento. As baladas viraram rotina na mesma medida que os atrasos nos treinos aumentaram. Para ele, não havia tempo ruim. Todo dia era dia de se divertir. O puxão de orelhas do técnico foi o primeiro alerta, mas a mudança mesmo veio com a fé.

“Eu saía muito para festas, bebia e saia muito. Antigamente tinha horas que eu não queria saber de nada, qualquer hora era para sair, fazer folia, era só chamar que eu ia, e eu chegava virado no treino. Isso atrapalhou um pouco, o rendimento estava caindo. Meu treinador conversou comigo e disse que eu tinha que dar uma parada. Ele perguntou: ‘Você quer ser jogador boleiro ou jogador profissional? Tem que saber o momento certo de curtir.’ Com o tempo fui parando, hoje não sinto falta de sair.”

O reflexo veio em campo e as coisas boas começaram a acontecer. Vinicius foi convocado para a Seleção Brasileira de Base, ganhou destaque no Vitória. Em campo, seu comportamento também mudou. Aboliu os palavrões e já influencia a postura dos colegas.

“Comecei a entender melhor as coisas, tudo na vida tem sentido. Comecei a me aprofundar nos estudos bíblicos e ver qual atitude eu tinha que ter em algumas situações como os palavrões. Dentro do jogo é difícil não xingar, ainda mais na posição de zagueiro que reclama muito com o time. Às vezes escapa, é difícil, mas estou trabalhando para parar com esse hábito. Já sei que você não pode ir pela emoção, tem que pensar um pouco antes de falar. Meus colegas repararam que eu parei de xingar, começaram a me elogiar e já tentam adotar isso na vida deles. Eu mudei meus hábitos, não saio mais, isso me ajudou dentro de campo, fui convocado para a Seleção. Várias coisas aconteceram, e nada acontece sem a permissão de Deus. Tenho que fazer minha parte, Deus ajuda quem se ajuda.”

Uol Esportes

O insecto que refuta o gradualismo evolutivo

Insectos conhecidos como alfaiates ("aranha-d'água" ou "insecto-Jesus" no Brasil, "water strider" nos EUA) passam a sua vida a deslizar suavemente por cima das superfícies das correntes. Cientistas da China descobriram algumas especificações arquitectónicas que se ajustam de modo perfeito nos pêlos que se encontram nas pernas do pequeno insecto e que lhe permitem caminhar sobre a água.
Alfaiate_Water_Strider


Os insectos são normalmente menores que 15mm, mas a menos que os pêlos nas suas pernas, com o nome de "setae", sigam uma fórmula particular especificando o comprimento, o espaçamento, e o ângulo de colocação, mesmo criaturas assim pequenas afundar-se-iam.

O professor Huiling Duan da Universidade de Pequim, autor-sénior do relatório publicado no "Proceedings of the Royal Society A", disse o seguinte à "ABC Science"

De facto, a repelência de água por parte das superfícies peludas depende do tamanho, do espaçamento, e da orientação dos cabelos à micro-escala. (1,2)

De que forma, portanto, é que as setae das pernas dos alfaiates se comparam com o arranjo ideal? Segundo a "ABC Science":

Eles apuraram que o espaçamento dos pêlos das pernas dos alfaiates, e os pêlos nas asas das moscas, encontram-se optimizadas de modo a que os pêlos fiquem suficientemente juntos uns dos outros para impedir que penetre a superfície aquática durante o impacto, mas não perto o suficiente para se tornem ineficientes. (2)

Agrupar as setae juntas iria causar a que as pernas do insecto se fixassem de maneira demasiado forte na superfície da água quando este as tentasse levantar durante a locomoção. Consequentemente, o espaçamento entre cada setae individual está feito de maneira perfeita - não demasiado longe, o que causaria a que o alfaiate se afundasse, mas também não demasiado perto, o que causaria a que ele não se movimentasse.

O que dizer das outras especificações das setae?

Não só os pêlos se encontram espaçados e maneira perfeita, como têm o ângulo e o tamanho perfeito para balançear os requerimentos da gravidade, a solidez estrutural, e a força capilar. Os pesquisadores escreveram o seguinte no "Proceedings":

A nossa análise deixa bem claro que as setae que se encontram sobre as pernas dos alfaiates ou sobre as asas de alguns insectos encontram-se num estado geométrico optimizado.

Dito de outra forma, não há forma deste design ter sido feito de maneira mais optimizada de acordo com as necessidades funcionais.

Quando tentam explicar o design sem se referirem ao Designer, os evolucionistas têm perante si uma tarefa complicado visto que estas três especificações - tamanho, ângulo e espaçamento - tinham que ocorrer ao mesmo tempo de modo a que o alfaiate não se afundassem e morressem.

Nós somos sempre capazes de ver engenharia intencional sempre que observamos a construção de máquinas com múltiplas especificações simultâneas - tal como no caso dos carros, dos aviões, e dos barcos. Porque é que as coisas têm que ser diferentes no caso destes insectos maravilhosos?

~ http://goo.gl/E3Y4lu

* * * * * * * *

Como forma de podermos usar o argumento de design de forma cientificamente válida, temos que saber enquadrá-la dentro dum argumento com pressupostos válidos.

1. Todos os sistemas cujas origens tenham sido observadas possuidoras da característica X são obra de design.
2. As formas de vida têm a característica X.
3. Com base no que sabemos, é válido fazer uma inferência para o design para as formas de vida porque a característica X só é encontrada em obras de design.

A força deste argumento pode ser vista nas respostas típicas dos evolucionistas, que tentam desesperadamente mudar o foco de X para o autor de X (embora nada do argumento fale do autor de X e nem faça qualquer alusão a ele ou eles).

Basicamente o que eles dizem é que não se pode fazer uma inferência para o design no que toca as formas de vida porque, segundo eles, primeiro temos que "provar a existência do Designer". Isto é cientificamente falso porque a inferência para o design não depende dos autores (ou do Autor) do design mas sim das propriedades do que se está a analisar.

Conclusão:

A engenharia presente na locomoção de alguns insectos aquáticos claramente aponta para o Designer Supremo (Deus). A interdependência, a mecanização, e o design óptimo destas estruturas claramente refutam o gradualismo evolutivo visto que a afinação do tamanho, do ângulo e do espaçamento tinham que ocorrer simultaneamente - e não gradualmente - para que o sistema funcionasse.

A ciência, quando interpretada longe dos constrangimentos anti-Bíblicos, está claramente do lado do Criacionismo.

Eu [Deus] fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo Meu Grande Poder e com o Meu Braço Estendido, e a dou àquele que Me agrada em Meus Olhos. Jeremias 27:5

Referências:
1. Xue, Y., et al. Enhanced load-carrying capacity of hairy surfaces floating on water. Proceedings of the Royal Society A. Published online before print, March 5, 2014.
2. Nogrady, B. Leg hairs hold secret to walking on water. ABC Science. Posted on abc.net on March 5, 2014, accessed March 18, 2014.

Darwinismo

Veja a incrível variedade dos exoplanetas nesse gráfico!


Clique na imagem para ampliar 4279 x 5678


A imagem acima é um gráfico incrível que mostra mais de 500 planetas extra-solares (cerca de um quarto do total já descoberto), encontrados desde 1988.

Esta visualização, criada pelo artista gráfico e escritor Martin Vargic da Eslováquia, baseia-se no raio estimado e temperatura dos planetas, mas outros fatores, como densidade, idade ou metalicidade estelar também foram levados em consideração.

Todas as várias classes conhecidas de exoplanetas são mostradas no gráfico, como as super-Terras, os Júpiteres quentes, os Netunos quentes, os mundos de água, anões gasosos e os planetas diamantes superdensos.


Universo majestoso

Segundo a agência espacial norte-americana, a NASA, 1.903 planetas extra-solares (fora do nosso sistema solar) foram descobertos desde 1988, até o registro de 22 outubro de 2015.


Há muitas maneiras de classificar exoplanetas. Eles variam em massa, período orbital, temperatura etc. Na visualização acima, os mundos com seus nomes estão posicionados de acordo com sua temperatura média e densidade (ver no canto inferior direito as indicações).

Segundo Vargic, o gráfico foi feito para ser o mais preciso possível levando em conta as informações que possuímos, mas a verdadeira natureza dos planetas pode ser radicalmente diferente.

Não é lindo ver quantos mundos, com tantas cores e formas, existem lá fora? 

Via [Phys]


domingo, 8 de novembro de 2015

CPB lança a primeira Bíblia de Estudo Adventista em português




Embora existam várias versões de Bíblias de estudo disponíveis em português, os adventistas no Brasil ainda não tinham à disposição nesse idioma um material produzido pela própria igreja. Buscando suprir essa necessidade, a Casa Publicadora lançou oficialmente nesta quinta-feira, 5 de novembro, a primeira versão em português da Bíblia de Estudo Andrews. O material foi apresentado para líderes sul-americanos no Concílio Quinquenal, que acontece em Brasília (DF).

Publicado originalmente em inglês, o volume foi editado pelo doutor Jon L. Dybdahl, em conjunto com um grupo de eruditos e teólogos da Universidade Andrews. A versão, que leva o nome do pioneiro da instituição educacional adventista norte-americana, inclui mais de 12 mil notas. A tradução para a língua portuguesa, feita por Cecília Eller Nascimento, contemplou a transposição da nova versão King James para a Almeida Revista e Atualizada.

Vários recursos
A Bíblia de Estudo Andrews oferece ao leitor vários recursos que ampliam a compreensão das Escrituras. Antes de cada livro, há uma introdução que traz detalhes sobre o autor, o tempo em que escreveu, bem como os principais temas abordados. Outra ferramenta de apoio é a sua coleção de mapas. Na parte final da Bíblia, há ainda uma seção temática que trata de diversos temas e estimula o leitor a passear por outras referências bíblicas sobre aquele mesmo assunto.

O coordenador da versão em português da Bíblia de Estudo Andrews afirma que o volume será uma ferramenta indispensável para todos os líderes da igreja que ensinam e pregam e, portanto, desejam cavar fundo nas Escrituras, avançando na questão linguística, contextual, histórica, arqueológica e interpretativa. Além de ser um material de referência para anciãos, líderes de departamentos, professores e estudantes de Teologia, ela também será de grande proveito para membros da igreja em geral que desejam, por exemplo, complementar o estudo da Lição da Escola Sabatina.

Como adquirir
Diagramada e impressa pela Sociedade Bíblica do Brasil, a Bíblia de Estudo Andrews estará disponível em duas versões: a de luxo, que custa R$ 189,00, e a de capa dura, que será vendida por R$ 129,00. Ambas as versões estarão à venda a partir do dia 22 de novembro, data do lançamento da CPB On-line. O volume (tiragem inicial de 20 mil exemplares), poderá ser adquirido através do site www.cpb.com.br, por meio do canal de televendas da editora (0800 979 06 06) e livrarias da CPB.

Maiores informações em Revista Adventista

Pela primeira vez, NASA acaba de avistar algo saindo de buraco negro




Ainda não se sabe exatamente o que é, mas uma coisa é certa: a NASA avistou algo estranho no poderoso buraco-negro supermassivo Markarian 335.

O conjunto do telescópio espectroscópico nuclear (NUSTAR), da NASA, como que por um milagre, avistou o halo de um buraco-negro "lançado" do buraco-negro supermassivo. Em seguida, um pulso maciço de energia de raios-X foi expelido. Então, o que exatamente aconteceu? Isso é o que os cientistas estão tentando descobrir agora.
"Esta é a primeira vez que conseguimos conectar o lançamento do halo de uma labareda", disse Dan Wilkins, da Universidade de Saint Mary. "Isso vai nos ajudar a entender como os buracos negros supermassivos alimentam alguns dos objetos mais brilhantes do Universo."
Principal pesquisadora do NUSTAR, Fiona Harrison, observou que a natureza da fonte energética é "misteriosa", mas acrescentou que a capacidade de registrar um evento como esse deve fornecer algumas pistas sobre o tamanho e estrutura do buraco-negro e novas informações sobre o papel dos buracos-negros no Universo.
Felizmente, para nós, este buraco-negro fica a 324 milhões de anos-luz de distância. Assim, não importa o quão estranho sejam estes novos achados, mas é bom saber que o Markarian 335 não deve ainda ter um efeito devastador sobre nosso cantinho do Universo.
Fonte: Blastr
Imagem: LackyVis/Shutterstock.com


Verme do porco é retirado do cérebro de homem nos EUA



Um homem que vive na Califórnia, nos Estados Unidos, foi surpreendido com um prognóstico pouco animador quando procurou os médicos de um hospital em Napa por causa de uma dor de cabeça agoniante. Em um escaneamento, o neurocirurgião que o atendeu, Soren Singel, detectou um verme vivo no cérebro de Luis Ortiz e disse ao paciente que ele teria apenas 30 minutos de vida. Ortiz foi imediatamente submetido a uma cirurgia de emergência. O verme tinha crescido e formado um cisto que obstruiu a circulação e o fluxo de água para o resto do cérebro. O paciente foi anestesiado e, com auxílio de câmeras, os médicos localizaram e retiraram o verme em forma de larva, uma tênia. “O médico disse que quando tirou aquilo, ainda estava balançando”, contou Ortiz.


Os Centros Americanos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) dizem que cistos formados por larvas no cérebro – a chamada neurocisticercose – podem se desenvolver depois através da ingestão de ovos microscópicos, normalmente presentes em fezes de pessoas infectadas com a Taenia solium (tênia do porco).



A tênia do porco


Uma vez no corpo, esses ovos se abrem, e as larvas sobem até o cérebro. Segundo os CDC, aproximadamente mil pessoas são hospitalizadas por ano por algum problema de neurocisticercose. [...]

(BBC Brasil)

Nota: “Também o porco, porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não rumina; este vos será imundo; da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver” (Lv 11:7, 8).

Nota do enfermeiro Everton Fernandes Alves: “Ellen White estava certa: ‘Pululam parasitas nos tecidos do porco.’ Porém, esses parasitas (cisticercos) presentes na musculatura dos porcos (e também dos bois) já estão na forma larval, e por isso causam nos humanos a chamada Teníase (solitária), e não a cisticercose do cérebro. Esses animais adquirem esses parasitas (quando estão na forma de ovos) ao ingerirem fezes humanas que contêm ovos da Taenia solium, os quais se transformam em larvas (cisticercos) depois, dentro deles, em seguida se instalam em seus músculos (onde produzem cisticercose) e em seus cérebros (neurocisticercose) (Sociedade Brasileira de Infectologia). Quando os humanos comem a carne do porco mal cozida, infectada com cisticercos já na forma de larvas, esses parasitas larvais evoluem para a forma adulta no intestino delgado humano, levando à doença chamada Teníase Intestinal, não à cisticercose do cérebro.

Mas então como o homem adquire a cisticercose? O homem contrai a cisticercose (na forma de ovos), na maioria das vezes, por meio do consumo de alimentos contaminados (com os ovos da tênia), tais como frutas, verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente (contaminados com fezes humanas), ou por meio do consumo de água contaminada. Os ovos podem ser encontrados também nas mãos contaminadas do ser humano, na região do ânus, nas roupas e até mesmo na mobília da residência, por isso é contraindicado roer unhas.

O curioso é que parece haver evidências, sim, de probabilidade, mesmo que pequena, de que a carne de porco também propicie a cisticercose diretamente em humanos (Jornal Cruzeiro, 2012). Entretanto, não é exatamente uma evidência científica, mas uma entrevista com um neurologista.

Referências:
Sociedade Brasileira de Infectologia. Teníase/Cisticercose. Disponível em: http://www.infectologia.org.br/teniasecisticercose/
Jornal Cruzeiro (2012). Entrevista com o neurologista Luiz Carlos Beda. Disponível em: http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/430711/neurocisticercose-e-causada-por-carne-de-porco-frutas-ou-verduras-contaminadas
Via Criacionismo

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Adventistas e o Cinema



por: Pr. Douglas Reis

Há razões bíblicas para não frequentarmos o cinema? Antes de analisar a questão, temos que admitir que o problema não é simples. Embora a Igreja Adventista do Sétimo Dia sustente que o cinema constitui um ambiente “mundano”, conclamando seus fiéis a não frequentá-lo, faz décadas que vêm sendo feitas objeções por parte de alguns de seus próprios membros. Em sua maioria, defensores e contrários à prática usam a mesma classe de argumentos, que se fundamentam na cultura e em detalhes técnicos do próprio cinema como mídia.

Aqui a abordagem não seguirá esse caminho, por um motivo bem simples: não é a cultura que determina o que deve ser praticado pelo cristão. Se fosse, a base de nossa fé seria insegura e mutável. Como adventistas, acreditamos em três princípios (ou pressupostos) para orientar nossa experiência e nossas escolhas: sola Scriptura (somente as Escrituras), tota Scriptura (as Escrituras em sua totalidade) e prima Scriptura (as Escrituras acima de tudo).
Nesse caso, quais princípios bíblicos poderiam ser evocados para defender a posição oficial da igreja? Com “posição oficial da igreja”, estou assumindo que a igreja ainda orienta seus membros a não ir ao cinema, uma alegação que pode ser comprovada consultando o manual da denominação e seus documentos envolvendo estilo de vida. Vale notar que edições mais antigas do manual empregavam a palavra textualmente, enquanto as mais recentes utilizam termos mais abrangentes, na tentativa de contemplar outros tipos de mídia que venham a existir.

Voltando à pergunta, reconheço não haver um claro “assim diz o Senhor” no tocante à frequência ao cinema, com todas as letras, por uma série de razões. A mais óbvia: não é um problema dos tempos bíblicos, pois se trata de uma tecnologia mais recente, com pouco mais de um século. Então, quer dizer que o assunto não deveria ser abordado biblicamente? Ora, as Escrituras não encerram apenas ordens diretas (“não matarás”, “lembra-te do dia de sábado”), mas falam de princípios. Eis alguns exemplos de questões não abordadas diretamente pelas Escrituras: Seria proibido consumir maconha? Seria errado viver de forma consumista? A prática da eutanásia seria moralmente aceitável? Em todos esses casos, é necessário mais do que “caçar versículos” para tratar do assunto. Exige-se um tratamento mais amplo.
Por isso, sugiro uma abordagem da teologia sistemática, aquela que faz mais do que simplesmente coletar textos. O ideal seria termos uma teologia da cultura (quando falamos de cinema, estamos procurando entender uma prática cultural à luz da Bíblia) que cobrisse alguns temas, entre os quais a frequência ao cinema. É óbvio que algo dessa natureza é complexo. Assim, não é meu objetivo desenvolver tal teologia neste momento. Primeiro, por causa do espaço; segundo, por achar que outros já fizeram isso com relativo sucesso, especialmente o professor Demóstenes Neves, do Iaene. Neves escreveu um pequeno livro intitulado Entretenimento e Mídia: Cinema, Televisão, Filmes e Internet, o qual traz pesquisa interessante sobre o assunto.
Os princípios elencados a seguir também poderiam servir para abordar outras temáticas que envolvam a matriz de nosso assunto (cultura à luz da Bíblia). Pense no seguinte:
1. A importância da contemplação. Somos transformados por aquilo que contemplamos (Jeremias 2:5; II Coríntios 3:18), o que nos mostra que há consequências espirituais para todo tipo de mídia que consumimos ou objeto a que passamos a nos devotar (ou simplesmente com o que gastamos tempo). Obviamente, alguns podem alegar que se trata de entretenimento, mas nada é produzido no vácuo; há sempre um conjunto de valores oferecidos e isso acaba tendo um efeito cumulativo sobre a mentalidade de quem assiste (não significa que assistir a filmes violentos fará alguém cometer crimes, por exemplo, mas poderá amortizar sua sensibilidade à exposição da violência).
2. O imperativo para renovar a mente. Isso implica fugir de padrões do mundo, que poderíamos igualar à perspectiva secular, capaz de moldar nossas percepções e valores (Romanos 12:2; Efésios 4:22-24), muitas vezes contrários ao plano que Deus tem para nós. Na perspectiva de que vivemos um grande conflito, é de se esperar que as artimanhas de Satanás sejam sutis e disseminadas, para atingir todos sem que percebam.
3. O princípio de filtrar todas as coisas. Devemos selecionar tudo de acordo com critérios do evangelho, constituídos por valores bem definidos (Filipnses 4:8), ao mesmo tempo que há de se cuidar com o “mito da imunidade”. A Bíblia nos ordena a sequer nomear algumas práticas pecaminosas (Efésios 5:3). Isso nos faz entender que filtrar não significa assistir, ler, praticar ou experimentar algo e, em seguida, ponderar (como se fôssemos imunes à exposição de práticas pecaminosas), mas, em alguns casos, nem tomar conhecimento da prática ou consumir a mídia em questão. Filtrar é dizer não ao que é claramente prejudicial, em lugar de tentar extrair lições de um conteúdo negativo.
4. A noção da dimensão imaginativa do pecado. Uso o termo “imaginativa” por ter relação com a imaginação e os pensamentos humanos, embora tal dimensão não seja menos real do que a dimensão prática do pecado, pois Jesus igualou ambas (Mateus 5:21, 22, 27, 28; Jó 31:1). Esse ponto tem estreita ligação com a ficção, pois é comum o envolvimento da pessoa com a mídia e a identificação solidária com personagens (a sensação de que estamos dentro da história). Logo, quando vejo ou leio algo de conteúdo contrário à Bíblia, os pensamentos assumem, por vezes acriticamente, aquela perspectiva (como no exemplo de quando torcemos para o herói matar seu inimigo ou quando queremos que o casal passe a noite juntos, após se conhecerem).
5. A admoestação de fazer uso adequado do tempo. Se o ser humano tem duração limitada de vida (Salmos 90:10; Isaías 40:6-8), ela deve ser muito bem aproveitada, não apenas pela busca de experiências significativas e satisfatórias (perspectiva secular), mas para encontrar verdadeiro significado e satisfação em ser vir ao Senhor (Romanos 14:8; Colossenses 4:3-5). Um fator que contribui para isso é que vivemos em contagem regressiva até o encontro com Jesus. Isso levou o apóstolo a insistir conosco para que vivamos de maneira qualitativamente distinta (Efésios 5:15, 16). O entretenimento, em geral, ocupa muito do tempo de nossa sociedade midiática, fazendo com que várias reflexões e experiências humanas fiquem desvalorizadas (não há tempo para elas). E o que dizer de nossos esforços para pregar o evangelho e para buscar viver o cristianismo? Será que tais preocupações não se perdem devido a interesses divididos, ao tempo que gastamos com diversão, muitas vezes fútil? Creio que é possível suscitar outras razões, embora tais princípios pareçam suficientes para justificar a orientação da igreja.
Obviamente, o assunto aguarda outras contribuições mais amplas. E ainda prescindimos de uma teologia abrangente que lide com questões relacionadas à cultura. Assim, a construção de um pensamento cristão fortemente estabelecido a partir da revelação ajudará a conter tanto o conservadorismo não embasado quanto o liberalismo que desprestigia (por vezes, inconscientemente) a revelação como critério para avaliar cada prática culturalmente aceitável.

Douglas Reis é professor no Instituto Adventista Paranaense

Fonte: Revista Adentista, Julho de 2014, pp. 20-21

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