sábado, 4 de fevereiro de 2012

Jesus: Filho de Deus e Filho do Homem


A Bíblia pode ser lida com várias finalidades. Alguns a lêem com o objetivo de descobrir contradições, para assim refutar suas verdades. Outros a lêem como sendo a palavra de Deus, a revelação da vontade divina, aceitando que se Seu autor é infinitamente sábio e imutável, tudo o que ela nos revela está certo e visa a nossa salvação.
Deus, em Seu infinito amor á humanidade, ensinou as mesmas verdades de maneiras diferentes, para que nós, limitados, pudéssemos entendê-las adequadamente.
Vários vocábulos bíblicos, que identificam a Jesus nos seus diversos aspectos como um Ser divino e em Sua relação para com o homem, têm sido usados por pessoas não orientadas pelo Espírito Santo, como prova de que Ele é dependente de Deus, subordinado a Ele, como se fosse possível separar estes dois seres como distintos e tendo objetivos diferentes.
Quando a Bíblia chama a Jesus “o primogênito da criação de Deus” e “o princípio da criação de Deus”, querem considerá-lo como a primeira coisa criada por Deus. Quando a Bíblia O chama “o Unigênito Filho de Deus”, vêem nestas palavras defesa para a sua idéia de que Cristo é o único gerado para ser Seu Filho.
Outros vocábulos empregados na Bíblia têm sido usados com a finalidade de apoucar a pessoa de Cristo colocando-O abaixo de Deus.
A palavra Filho, estudada nesta pesquisa, é também uma das muitas que são mal interpretadas. Se Jesus era Filho de Deus, então não há dúvida que Ele é inferior ao Pai, Ele procede do Pai, portanto não é igual a Deus.
Para a boa compreensão do assunto que estamos estudando é necessário primeiro analisar o verdadeiro sentido da palavra “Filho” na Bíblia.
No Velho Testamento a palavra Filho é o mais comum termo de relação; ali ela aparece cerca de 4.850 vezes. A palavra hebraica para filho (ben) é também usada como um termo de associação, como para jovens, estudantes ou ouvintes, para quem aquele que fala permanece como pai, ou expressa o fato de que aquele que fala para um subordinado o considera como filho.
Em geral entre os hebreus, o termo “filho” indicava semelhança a seu pai ou o direito de participação naquilo de que alguém é considerado filho.
Mat. 8:12 – “Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.”
Ainda mais, é bom saber que faz parte do gênio da língua hebraica, substituir o adjetivo por um substantivo e que os autores do Novo Testamento conservaram esta particularidade de estilo. Assim compreenderemos bem que as expressões “filhos da paz, filhos da desobediência, filhos da luz”, corresponderiam a pessoas pacificas, desobedientes e iluminadas, sendo uso dos hebreus chamar filho de um vicio ou de uma virtude a quem tivesse aquele vicio ou esta virtude. Em Efésios 2:3 a expressão “filhos da ira” significa aqueles que pela sua maldade estão expostos à ira divina contra o pecado.
O livro The Christology of the New Testament de Oscar Cullmann, pág. 138, declara o seguinte:
“O aramaico bar (filho) é muito freqüentemente usado em um sentido figurado. Para ‘mentiroso’ o idiomatismo hebraico é ‘filho da mentira’; pecadores são ‘filhos do pecado’; um homem rico é ‘filho da riqueza’.”
A palavra hebraica para filho (ben; aramaico bar) tem sentido muito mais amplo do que nas línguas modernas como nos diz o Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Editora Vozes Ltda., pág. 577.
As pesquisas feitas nos revelam ser um termo de múltiplos significados no Velho Testamento, sendo os mais comuns:
1º) Um neto – II Reis 9:20. Jeú era filho de Josafá e neto de Ninsi.
2º) Uma bondosa maneira de um senhor idoso dirigir-se a um jovem amigo, estudante ou companheiro. l Sam. 26:17, 21 e 25.
3º) Possuidor de uma qualidade, como filho da paz. Luc. 10:6.
4º) Seguidor da fé, como em filhos de Deus. Gên. 6:2.
5º) Seres celestiais, criados por Deus, evidentemente anjos. Jó1: 6.
6º) Produto do nascimento espiritual, ou adoção; cristãos tornam-se filhos e filhas de Deus através da fé. Rom. 8:14, 15 e 23.
7º) Um descendente. Por isso Jesus é chamado Filho de Davi.
8º) Pertencente a determinada classe – os filhos dos profetas. l Reis 20:35; Amós 7:14.
Uma vez que o termo apresenta tão amplos significados na Bíblia, é preciso atentar bem para o contexto e para os princípios hermenêuticos, ao ser ele usado com referência a Cristo, para não o considerarmos literalmente, podendo chegar a interpretações errôneas. Por esta amplitude de significados para os hebreus, não podemos limitar o seu significado à relação de genitor como é comum na língua portuguesa.
Que significam as expressões – Filho de Deus e Filho do homem em relação a Jesus Cristo?
Filho de Deus
A única passagem do Velho Testamento onde o termo é encontrado é em Dan. 3:25, quando o rei Nabucodonosor viu um semelhante ao Filho de Deus (como está na Septuaginta) na fornalha ardente. Outras vezes é encontrado o termo filho, mas aplicado aos homens como filhos de Deus, o que aconteceu com Davi.
Nos Evangelhos Sinóticos Jesus nunca chama a si mesmo “Filho de Deus”, mas em João isso acontece seis vezes.
O uso da expressão “Filho de Deus” aparece 11 vezes em Mateus;  7 vezes em Marcos; 9 vezes em Lucas; 2 vezes em Atos; 17 vezes nos escritos de João e 18 vezes nos de Paulo. Um total de 64 vezes em o NT.
“Sem dúvida alguma, a comunidade primitiva ao designar a Jesus como Filho de Deus queria com ela expressar sua crença na efetiva divindade de Jesus”. – Enciclapedia de la Biblia.
Há evidências bíblicas de que expressavam tal crença em uma fórmula de profissão de fé, como em Rom. 1:3 e 4.
Jesus foi chamado por Deus como Seu Filho, o que ocorreu por ocasião do Seu batismo e no Monte da Transfiguração. Filho de Deus nestas passagens sugere não somente o Messias, mas também o Senhor de II Coríntios 3:7 a 4:6 em cujas faces a glória de Deus brilhou, não temporariamente, como na face de Moisés, mas permanentemente. João 17:5 – “e agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo”.
Marcos usa o título Filho de Deus como sua designação favorita para Jesus, o que pode ser notado logo no seu primeiro verso. Marcos 1:1 – “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.”
Em contraste com Marcos (1:10-11), que pode ser entendido como ensinando que Jesus se tornou Filho de Deus por ocasião de Seu batismo, Lucas diz que Ele é o Filho de Deus logo no Seu Nascimento, mesmo considerando que sua investidura com a dignidade messiânica possa ocorrer mais tarde.
A doutrina das Escrituras, universalmente aceita pela igreja cristã, inclui os seguintes aspectos:
1º) Cristo é o Filho eterno como o Pai é o Pai Eterno. Tanto Cristo como os apóstolos falam de seu estado preexistente.
2º) O Filho é no mais completo sentido participante da mesma natureza que o Pai. Possui os mesmos atributos, realiza as mesmas obras e reclama honra igual ao Pai.
Aplicado a Jesus Cristo é um título que realça Sua divindade; enquanto o título “Filho do Homem” realça a Sua humanidade.
Como “Filho de Deus” Cristo está ligado ao Céu e participa desde a eternidade na natureza divina, como “Filho do homem” está ligado à humanidade, participando da natureza humana.
A prova máxima de que o título “Filho de Deus” indicava a natureza divina de Cristo nós a temos nos relatos seguintes:
Jesus ao declarar-se “Filho de Deus” gerou ódio nos judeus, que protestaram por Ele ter-se feito igual a Deus (João 5:18) e além disso ainda disse ser Ele o próprio Deus (João 10:33) o que era considerado uma blasfêmia para os judeus, pois consideravam a Jesus apenas como homem comum.
Quando Jesus estava perante o Sinédrio, o Sumo Sacerdote disse: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo o Filho de Deus. Respondeu-lhes Jesus: Eu o sou.” Este seu testemunho em se declarar o Filho de Deus levou os judeus a condená-Lo e crucificá-Lo. Mat. 26:63-66; Luc. 22:67-71.
Em Luc. 1:35 o anjo declara a verdadeira divindade de Jesus, todavia ele une aquela divindade à verdadeira humanidade. “O Ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus.”
Desta declaração se deduz que o anjo não deu o nome Filho de Deus para a natureza divina de Jesus, mas para a pessoa santa, que estava para nascer da virgem, pelo poder do Espírito Santo. A natureza divina não tem começo. Era Deus manifestado em carne – I Tim. 3:16; era o “Logos” que estando desde a eternidade com Deus, fez-Se carne e habitou entre nós – S. João 1:14. Eternidade é aquilo que não teve começo, nem permanece em nenhuma referência a tempo.
O apóstolo Paulo nos afiança que o próprio Deus se manifestou em Cristo – Col. 2: 9; sendo esta a mesma ênfase do quarto evangelho.
O evangelho de Marcos apresenta uma dupla Cristologia – Jesus Cristo é ao mesmo tempo o Filho de Deus e Filho do homem. A expressão “Filho de Deus” apresenta-O como participante da divina essência; ao passo que “Filho do homem” mostra a sua identificação com o homem, o verdadeiro representante do homem, identificando-se com o homem em todos os seus problemas, menos quanto ao pecado.
Pelo ensino do Novo Testamento concluímos o seguinte: para que Cristo conduzisse os homens a uma verdadeira e plena comunhão com Deus foi necessário que Ele fosse ao mesmo tempo verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
Pelo exposto até aqui, conclui-se que esta expressão designa a natureza divina e exaltada do Salvador dos homens.
Filho do Homem
Esta expressão é usada 94 vezes no Novo Testamento, sendo empregada por Mateus, 32 vezes; Marcos, 14; Lucas, 26; João 12; Atos, 7; Heb. 1; e Apocalipse, 2; sempre pelo próprio Cristo, exceto em são João 12:34, Atos 7:56, Heb. 2:6 e Apoc. 1:13; 14:14.
Outras fontes mencionam 83 vezes referindo-se a Cristo.
Qual o seu exato significado? Em parte já foi explicado ao tratarmos da expressão “Filho de Deus”.
“Um termo para homem, ser humano; uma figura apocalíptica, no Novo Testamento, um título para Jesus”. – The Interpreter’s Dictionary of the Bible.
É uma expressão hebraica que significa uma posição humilde ou ausência de privilégios especiais.
“O contexto em que o termo filho é usado em João 1:51 (depois de 1:45); 3:13 (depois das objeções de Nicodemos) e 6:27, 33 (em relação com a recusa dos judeus de crerem em Jesus (parece indicar que para João, exatamente como os sinóticos, Jesus quis com esse termo acentuar propositadamente a sua natureza humana. Isso é confirmado por João 5: 27, onde o motivo por que Jesus é constituído Juiz do mundo é que ele é Filho, sem artigo, indicando-se portanto a natureza humana em geral, o que chama mais a atenção porque no contexto imediato trata-se de Jesus como Filho de Deus; juízo foi confiado ao Filho de Deus humanado, a fim de que os homens fossem julgados por alguém que pode compreender a sua fraqueza (confira Heb. 4:15)”. – Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Editora Vozes Ltda. Petrópolis, 1971, pág. 588.
Nos evangelhos sinóticos esta expressão com referência a Jesus divide-se em três classes:
1º) Aparece num grupo de passagens com referência à vida de Jesus aqui na terra. Mar. 2:10 e 26; Luc. 19:10.
2º) Neste grupo se refere aos sofrimentos e morte de Jesus. Mar. 8:31; 9:31; 14:21.
3º) Nesta classe a frase tem referência à segunda vinda de Cristo. Mat. 24:30; 25:31.
Pelo cotejo dos três grupos de passagens, vemos que a expressão é usada por Cristo em conexão com Sua missão, Sua morte e Sua ressurreição e ainda com Seu segundo advento.
Qual a Idéia de Jesus Quando Empregava a Frase em Questão?
Cremos que para Jesus o título era messiânico, indicando Aquele de quem os profetas tanto falaram e por quem o povo tanto esperava. Esta expressão era usada por Jesus para preparar o povo para a revelação clara de que Ele era o Messias.
“Ele não usava o título Messias para evitar complicações políticas, já que os israelitas esperavam um Messias político e dominador.” – The Interpreter’s Dictionary of the Bible, vol.4, pág.413.
O título designa-O como o Cristo encarnado e leva-nos para os milagres pelos quais a criatura e o Criador estavam unidos na pessoa divina – humano, divindade sendo identificada com a humanidade, a fim de que a humanidade pudesse se transferir de novo na imagem divina.
Quando usada por Nosso Senhor, era sem dúvida reminiscência de Daniel 7:13-14, onde o Filho do homem recebe o seu domínio eterno.
O título Filho do homem assegura-nos que o Filho de Deus, na verdade, veio viver na Terra como um homem entre os homens a fim de que Ele pudesse morrer por nós. “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar Sua vida em resgate de muitos” Mar. 10:45.
 Conclusão
Para a nossa mente ocidental os termos “Pai” e “Filho”, sugerem por um lado a idéia de origem e superioridade, e por outro lado, a idéia de dependência e subordinação. Numa linguagem teológica, porém, eles são usados no sentido oriental ou semítico de igualdade com respeito à natureza (mesma natureza). Quando as Escrituras chamam a Jesus Cristo como o Filho de Deus, elas querem afirmar a verdadeira divindade de Cristo. Quando O denominam Filho do homem querem realçar a Sua humanidade.
Esta idéia é bastante clara nos conceitos emitidos pelos teólogos adventistas, como nos comprovam estas duas destacadas obras.
1ª) “O título acentua a realidade de Sua natureza humana, assim como o título semelhante, ‘Filho de Deus’ confirma sua divindade.” – Seventh-Day Adventist Bible Dictionary, by Siegfried H. Horne.
2ª) “O termo ‘Filho de Deus’ dá ênfase à identidade de Cristo com Deus, Sua natureza divina, e Sua íntima e pessoal relação com o Pai. O termo ‘Filho do Homem’ dá ênfase a Sua identidade com o homem, Sua natureza humana, e Sua íntima e pessoal relação com a humanidade.” – Problems in Bible Translation, publicação da Review and Herald, pág. 243.
Apesar destas declarações tão evidentes, antes de concluir é preciso acrescentar o seguinte:
“Tradicionalmente o título, Filho do homem, tem sido empregado para designar a humildade de Cristo para distinguir de Sua natureza divina. Certamente esta significação está envolvida, mas uma muito mais profunda significação emerge de um mais atento exame de seu uso.” “Com esta expressão Cristo reivindica sua natureza divina.” – The Zondervan – Pictorial Encyclopedia of the Bible, vol. V, pág. 485.
A obra The Christology of the New Testament de Oscar Cullman na página 162, nos informa:
“A Teologia clássica sempre contrastou Filho do Homem e Filho de Deus. Do ponto de vista do dogma posterior “verdadeiro Deus – verdadeiro homem”, entendeu-se a designação “Filho do Homem” apenas como uma expressão da “natureza humana” de Jesus em contraste com sua “natureza divina”. Nessa época os teólogos não estavam familiarizados com as especulações judaicas sobre a figura do Filho do Homem, e não levaram em consideração o fato de que por meio desse próprio termo Jesus falou de seu divino caráter celestial.”
Com efeito há passagens na Bíblia onde a expressão “Filho do Homem” é usada, que mais parecem indicar a sua divindade do que a humanidade.
Os exemplos mais frisantes parecem ser estes:
a) Mateus 24:30. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.”
b) Mateus 25:31. “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória.”
c) S. João 3:13. “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem.”
d) Lucas 5:24. “Mas, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para casa.”
O Espírito de Profecia parece confirmar que o título “Filho do homem” designava também a divindade de Cristo.
“Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto céu. É o ‘Filho do homem’ que partilha do trono do Universo. É o ‘Filho do homem’, cujo nome será ‘Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz’.” – O Desejado de Todas as Nações, pág. 25.
As idéias seguintes do comentário de E.G. White sobre S. João 1:1, no SDABC, vol. 5, págs. 1126-1130 são oportunas sobre este assunto:
I. Natureza divina – humana
“Ele era Deus enquanto estava na Terra, mas despojou-se da forma de Deus, e em seu lugar tomou a forma e o estilo de um homem.
“Ele velou a Sua divindade com as vestes da humanidade, mas não se apartou da Sua divindade. Um Salvador divino-humano, Ele veio para estar na testa da raça caída, para partilhar da sua experiência desde a meninice até a varonilidade.
“As duas expressões ‘humano’ e ‘divino’ estavam em Cristo, intimamente e inseparavelmente unidas e no entanto elas tinham uma individualidade distinta.
“Cristo não nos deu a impressão que tomou a natureza humana; em verdade Ele a tomou”.
II. Cuidado ao tratar com a natureza humana de Cristo
“Seja cuidadoso, excessivamente cuidadoso ao demorar-se sobre a natureza humana de Cristo. Não O apresente diante do povo como um homem com propensão para o pecado. Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado um ser puro e sem pecado, sem uma nódoa de pecado sobre si, ele era a imagem de Deus. Ele podia cair, e ele caiu pela transgressão. Por causa do pecado sua posteridade nasceu com propensões inerentes da desobediência. Mas Jesus Cristo foi o Unigênito Filho de Deus. Ele tomou sobre si a natureza humana, e foi tentado em todos os pontos como a natureza humana é tentada. Ele podia ter pecado, podia ter caído, mas em nenhum momento houve nEle uma propensão má.”
“Quando Cristo foi crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A divindade não morreu, isso teria sido impossível.” – SDABC, vol. V. pág. 1113.
Nota: Este capítulo recebeu orientação especialmente das seguintes fontes:
¨ El Nuevo Testamento Comentado – William Barclay.
¨ Bible Commentary – Beacon Commentary and Critical Notes de Adam Clarke.
¨ Enciclopedia de la Biblia.
¨ O Novo Dicionário da Bíblia.
¨ Seventh-Day Adventist Bible Commentary e Dictionary.
¨ The Interpreter’s Bible.
¨ The Interpreter’s Dictionary of the Bible.
¨ Teologia Bíblica de A. B. Langston.
¨ The Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible.
¨ Dicionário Enciclopédico da Bíblia.
Texto de autoria de Pedro Apolinário, extraído da apostila Explicação de Textos Difíceis da Bíblia.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Documentário Forks over Knives (Troque a faca pelo garfo) – um documentário que mudará a sua vida

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

“Os Díscipulos colheram espigas no Sábado” Mateus 12:1-2.


Por favor, amado, isso é transgredir o Sábado?
– Que mal existe em que alguém no Sábado, com fome, arranque uma espiga de milho ou uma fruta para comer? Só uma mente farisaica pode assim pensar. E, de fato, foram os fariseus os seus acusadores. Jesus disse aos fariseus: “...é lícito fazer bem no Sábado.” Mateus 12:12.
Por exemplo: Quem é que hoje, indo para a igreja, enguiçando o carro na rua, no Sábado, não irá tentar consertá-lo? – Abandoná-lo ali, seguir a pé, tomar um ônibus, chamar um táxi – o que seria mais racional?
Meu irmão, o Sábado do qual Jesus é Senhor (Mat. 12:8) é um dia deleitoso, aprazível, sem jugos ou fardos. É um dia alegre, que dá prazer e não enfado. O Sábado dos fariseus é que é frio e escudado na letra que mata.
Jesus comparou o ato de Davi (com fome entrou no templo e comeu os pães do altar, o que só aos sacerdotes era permitido) com a atitude dos fariseus. E depois arrematou categoricamente: “Está aqui quem é maior que o templo.” Mateus 12: 3-6.
Por que Jesus não disse: “Está aqui quem é maior do que o Sábado?” Sim, por que não afirmou isso? Jesus não pode Se contradizer. Se Ele tivesse declinado ser maior que o Sábado, seria forte argumento para o seu cancelamento. Mas o não afirmar é a segura guia de que jamais o Sábado seria abolido ou transferido para qualquer outro dia. Ouça: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado” (Mateus 24:20). Isto foi dito por Cristo antes de morrer e focalizava um fato a ocorrer 39 anos após Sua ascensão ao Céu. Não é, por conseguinte, prova insofismável a favor do Sábado, depois de Sua morte? 
Extraído do Livro Assim diz o Senhor, pelo site Bíblia e  a Ciência 

O que quer dizer a expressão: imundo até à tarde?


Os principais textos que contêm essa expressão “imundo até à tarde”, são os seguintes:  “E por estes vos tornareis imundos; qualquer que tocar o seu cadáver imundo será até à tarde”. (Levítico 11:24). “Todo animal quadrúpede que anda na planta dos pés vos será por imundo; qualquer que tocar o seu cadáver será imundo até à tarde”. (Levítico 11:27). “Então, o sacerdote lavará as vestes, e banhará o seu corpo em água, e, depois, entrará no arraial, e será imundo até à tarde”. (Números 19:7).
Há cerca de 28 versos das Escrituras que contêm esta expressão “imundo até a tarde”. Mas o que significa?
Os comentaristas bíblicos afirmam que os detalhes mencionados, no contexto desses versos, tinham a ver com os efeitos perigosos e fatais da impureza espiritual.
Apesar de muitos destes rituais não serem válidos para nós hoje, podemos tirar dos mesmos importantes lições para nossa vida. Estes versos nos mostram o valor que Deus dá à pureza física e espiritual. A recomendação da Bíblia é que nos afastemos de tudo aquilo que tende a sujar nosso corpo, que é o templo do Espírito Santo (I Coríntios 6:19-20).

O pão levedado e a Adoração


Em Levítico 7:13 é dito aos israelitas sobre as “ofertas pacíficas que alguém pode oferecer a JAVÉ” (:11), que entre os ingredientes deveria aparecer, “por sua oferta, pão levedado”. A lei é estranha, pois em todas as cerimônias onde a massa de farinha estaria presente (especialmente na Páscoa), o fermento não deveria constar! “Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes a JAVÉ, se fará com fermento” (2:11). Qual é a lição de Deus para Seus filhos aqui?

(I) Tanto o Senhor Jesus como Paulo comparam o fermento ao pecado: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia” (Lc 12:1). “Preveniu-os Jesus, dizendo: Vede, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes” (Mc 8:15). “Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (Mt 16:12). “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (I Co 5:6-8). Se tal é o significado do “pão levedado”, por que colocá-lo junto da “oferta de gratidão”?

(II) “Esta é a regulamentação da oferta de comunhão que pode ser apresentada a JAVÉ: Se alguém a fizer por gratidão, então, junto com sua oferta de gratidão, terá que oferecer bolos sem fermento e amassados com óleo, pães finos sem fermento e untados com óleo, e bolos da melhor farinha bem amassados e misturados com óleo. Juntamente com sua oferta de comunhão por gratidão, apresentará uma oferta que inclua bolos com fermento” (Lv 7:11-13, NVI). Retornando ao texto em análise vemos que o pecador traria como gratidão pães asmos (ou sem fermento). A oferta aceita seria aquilo que JAVÉ havia ordenado – pães ou bolos sem fermento! Agora, “com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica” (:13, ARC). O elemento principal da “oferta de gratidão” ou do “sacrifício de louvores” era a massa sem fermento que Deus ordenara, não o acompanhamento, o pão levedado. Além disso, as “ofertas pacíficas” ou “oferta de comunhão” eram o “sacrifício pacífico” de um animal (veja Lv 3), símbolo do “Cordeiro de Deus” (Jo 1:29), sem o qual não haveria “comunhão”, nem “gratidão” e muito menos aceitação. Ou seja, mesmo na demonstração de alegria e gratidão do pecador a Deus, é o Senhor Jesus quem torna sua satisfação e seu louvor aceitáveis a Deus, enquanto ele coopera obedecendo-Lhe os mandamentos!   

Aplicações Mesmo vindo de um coração agradecido, desejoso de ofertar e agradar a Deus, a lei deixa claro que o oferecimento deveria satisfazer algumas condições estipuladas pelo próprio Deus. Não era o ofertante quem decidia o que ou como demonstrar seu louvor de gratidão, mas o Ofertado! Observe como esse princípio de adoração a JAVÉ ficaria registrado na mente dos israelitas, caso eles levassem a sério as palavras de Deus pronunciadas por Moisés. O mesmo vale para os adoradores do século XXI. Não é nossa gratidão o mais importante na adoração coletiva ou particular, mas se a expressamos do jeito que o Motivador e Alvo de nossos louvores – Deus – ordenou em Sua Palavra, por meio dos profetas! Isso fica ainda mais sério quando nos lembramos do acompanhamento do “pão levedado”. Mesmo priorizando o Cordeiro e  satisfazendo todas as condições divinas, o pecador ainda carrega consigo o pecado, a natureza pecaminosa, o caráter imperfeito e a atração pelo que é do mal! “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado”. “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”; “mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.” (Rm 7:14, 18, 19 e 23). Vamos refletir nos exemplos que seguem para enxergarmos as verdades espirituais que nosso Deus por meio do “pão levedado” ensinou ao antigo Israel e certamente deseja ensinar aos adoradores hodiernos.

Exemplo 1 “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lc 18:11 e 12). Aqui o “pão levedado” foi o elemento principal da adoração, em vez de ser apenas o acompanhante inseparável (pelo menos até a glorificação! I Co 15:50-53). Observe que este pecador não levou “bolos sem fermento e amassados com óleo, pães finos sem fermento e untados com óleo, e bolos da melhor farinha bem amassados e misturados com óleo” (Lv 7:12, NVI). Ou seja, ele não obedeceu à ordem do Ofertado de levar perante Ele “os asmos da sinceridade e da verdade (I Co 5:8)”. Semelhante ao adorador Caim, ele levou para Deus ofertas do seu gosto fermentado! (Gn 4:3-5). Resultado: não foi aceito e nem sua adoração ou oferta (Lc 18:14).


Existe um mito no meio cristão que é expresso em afirmações como “dê a Deus o que você tem de melhor” ou “dê a Ele o seu melhor”. Segundo a Bíblia, o melhor do homem está fora dele! “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos” (I Cr 29:14). Até a obediência que precisamos ter para oferecer um louvor aceitável a Deus, não está em nós: “JAVÉ, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre no coração do teu povo estas disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo... dá coração íntegro para guardar os teus mandamentos, os teus testemunhos e os teus estatutos” (versos 18 e19). O certo é dar ao Todo-poderoso o que Ele pede, do jeito que Ele pede e reconhecendo que, mesmo assim, Ele é o Ofertante de nossas ofertas, o Compositor de nosso louvor e o Autor de nossa adoração! O que vem de nós é apenas o permitir ou (o atrapalhar) Deus atuar.

Exemplo 2 “E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: [...] Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude. E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades” (Mc 10:17-22). Neste exemplo, o pecador se ajoelha, apresenta sua oferta (uma falsa obediência) e depois se sai “triste”. Primeiro, se ele estivesse acostumado a obedecer aos mandamentos de Deus, como alegou, ele também obedeceria à ordem de Jesus (veja Mt 25:21). Ou seja, sua desobediência a Cristo revela sua desobediência a Lei! Esse pecador não enxergava que vivia agarrado ao “pão levedado” e ao mundo e pensava que adorava a Deus de verdade. Talvez ele esperasse do Senhor Jesus um elogio. Mas, a sua reação ao que ele recebeu revelou sua incompleta, imperfeita e inaceitável “oferta de gratidão”. Resultado: sua não santificação (secularização) o impediu de rogar a Deus forças para confiar em Jesus e obedecer-Lhe o mandado. Abandonou o Ofertado e não Lhe entregou seu “pão levedado”!

Exemplo 3 “Na cidade de Cesaréia havia um homem chamado Cornélio, que era comandante de um batalhão romano chamado Batalhão Italiano. Ele era um homem religioso; ele e todas as pessoas da sua casa adoravam a Deus. Cornélio ajudava muito os judeus pobres e orava sempre a Deus. Um dia, ali pelas três horas da tarde, Cornélio teve uma visão. Ele viu claramente um anjo de Deus, que chegou perto dele e disse: — Cornélio! Ele ficou olhando para o anjo e, com muito medo, perguntou: — O que é, senhor? O anjo respondeu: — Deus aceitou as suas orações e a ajuda que você tem dado aos pobres e ele não esqueceu você” (At 10:1-4, NTLH). Aqui vemos um pecador que, embora não pertencesse a Israel, oferecia a Deus adoração e outras ofertas. O grande missionário divino, o Senhor Espírito, iluminou a mente de Cornélio e este escolheu cooperar com Deus! Ensinou aos de sua própria casa, a outros também próximos a si, ajudou aos pobres, era dedicado no que fazia e “orava sempre a Deus”. Resultado: o Céu o aceitou por meio do Cordeiro aqueles “asmos” mesmo juntos do fermento! E um anjo foi comissionado para usar aquele “pão levedado” aceito para ensinar lindas lições a Pedro (versos seguintes).

Conclusão É impossível oferecer uma adoração isenta de pecado a Deus. Mas, Ele sabe disso e quer que Seus adoradores também compreendam isto! A verdadeira gratidão a Jesus envolve obediência completa aos Seus mandamentos. No entanto, até esta obediência completa vem dEle, do Cordeiro que torna a oferta aceitável! Não devemos escolher o que ofertar ao Senhor. Devemos fielmente examinar Sua Palavra e obedecê-la. Isto é gratidão, ainda que estejamos em luta com o pecado. Só Jesus ofereceu a Deus uma oferta de gratidão sem pão levedado e foi aceito (Jo 8:46)! Os demais homens, devemos reconhecer que, mesmo em submissão ao Criador, mesmo temendo-O, dando-Lhe glória e adorando-O (Ap 14:7), carecemos de Sua graça para sermos aceitos, pois nada que façamos muda o fato de possuirmos o fermento do pecado permeando toda nossa vida e é nosso privilégio entregar a Deus este fermento enquanto procuramos seguir Seus reclamos, e sermos conduzidos por Ele para ensinar essa e outras lições para outros pecadores, enquanto Ele nos purifica “de toda injustiça” (I Jo 1:9). 

O Tijolo


Um jovem e bem sucedido executivo dirigia, em alta velocidade, sua nova Ferrari. De repente um tijolo surgiu e espatifou-se na porta lateral do carro.
Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo.
Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou:
- Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro. Aquele tijolo que você jogou vai me custar muito dinheiro!
Por que você fez isto?
Respondeu a criança:
- Por favor, senhor me desculpe, eu não sabia mais o que fazer! Implorou o pequeno menino.
- Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local!


Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados dizendo:
- É meu irmão, ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo.
Soluçando, o menino perguntou ao executivo:
- O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas?
Ele está machucado e é muito pesado para mim.
Movido internamente para muito além das palavras, o jovem motorista, engolindo um imenso nó, dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de rodas.Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.
A criança então agradeceu:
- Obrigado! E que Deus possa abençoá-lo!
O homem viu então o menino distanciar-se...
Empurrando o irmão em direção à casa...
Foi um longo caminho até a sua Ferrari...
Um longo e lento caminho de volta...
Ele nunca mais consertou a porta amassada.
Deixou-a assim para lembrar-se de não ir tão rápido pela vida, que alguém precisasse atirar um tijolo para obter a sua atenção...
Moral: ..."preste atenção para os lados, sempre tem alguém que precisa de ajuda!"

Coma mais maçãs!



As variedades são muitas e a composição química magnífica: 0,5% de proteínas, 14% de carboidratos e muitos micronutrientes essenciais à saúde como potássio, magnésio, fósforo, além das vitaminas A, B1, B2, B6 e C. Estudos antigos já mostravam que o consumo de uma maçã ao dia era capaz de reduzir os níveis de colesterol no sangue, melhorar a eliminação de metais tóxicos, reduzir a incidência de doenças periodontais e facilitar a digestão. Fora isso, são muito fáceis de serem carregadas na bolsa, sendo um lanche muito prático. Para complementar, um novo estudo publicado no BMC Microbiology mostrou que as bactérias boas presentes no trato digestório adoram os compostos presentes nas maçãs, o que fortalece o sistema imunológico local e mantém as células do intestino saudáveis, algo fundamental para a prevenção do câncer de cólon e de doenças inflamatórias intestinais. No estudo realizado com camundongos, os que ingeriram mais pectina, um componente das fibras dietéticas da maçã, tinham quantidades aumentadas de bactérias benéficas, que melhoram a saúde intestinal.


Essas bactérias conseguem utilizar a pectina para produzir ácidos graxos de cadeia curta, matéria prima que mantém o pH do meio em condições ótimas não só para a sobrevivência delas mesmas mas também para a boa absorção de nutrientes. O butirato produzido também mantém as células do intestino saudáveis.


(Pesquisa: Tine R Licht, Max Hansen, Anders Bergstrom, Morten Poulsen, Britta N. Krath, Jaroslaw Markowski, Lars O. Dragsted and Andrea Wilcks. "Effects of apples and specific apple components on the cecal environment of conventional rats: role of apple pectin". BMC Microbiology, 2010

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Jefté realmente sacrificou sua filha a Deus ou não?


Existem duas correntes de interpretação sobre Juízes capítulo 11:


I - Jefté não matou em sacrifício sua filha, porque:
a - este ato estaria indo contra todos os princípios bíblicos. "Não matarás" e Deuterônomio 12:31 diz: "Não farás assim para com o Senhor teu Deus; porque tudo o que é abominável ao Senhor, e que ele detesta, fizeram elas para com os seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimam no fogo aos seus deuses";
b - de acordo com os originais em hebraico, poderia ser traduzido assim o verso 31 de Juízes 11: "será do Senhor, e lhe oferecerei um holocausto";
c - Jefté não sacrificaria sua filha, pois sabia que Deus não aceitava isto, se tivesse feito tal ato, seu nome não poderia ter aparecido em Hebreus capítulo onze;
d - se Jefté tivesse realmente sacrificado sua filha, teríamos de encontrar na Bíblia alguma reprovação de Deus a Jefté;
e - entende-se então que a filha de Jefté foi dedicada ao Senhor, devotada a perpétua virgindade, como se pode inferir das declarações bíblicas: "chorou por sua virgindade" "ela jamais foi possuída por varão." Ela lamentou não por morrer virgem, mas por passar o resto de sua vida, sem poder conhecer um varão, pois naquela época, a virgindade por toda a vida e a falta de filhos era considerada como desgraças máximas.
Logo, concluímos que a filha de Jefté foi dedicada a Deus, ficando virgem por toda a sua vida, não podendo se casar, nem ter filhos.


II - Jefté realmente sacrificou sua filha, porque:
a - era comum as moabitas e ao povo pagão daquela época sacrificar filhos aos deuses;
b - Jefté fez este voto sem a aprovação do Senhor, foi num momento de crise, pressão emocional, fraqueza e desespero, que levou a tomar atitude muito precipitada;
c - Abraão também ia fazer isto com seu filho Isaque, ficando fácil entender que Jefté também cumpriu a promessa de sacrifício de sua filha;
d - o Rei Moabe, Mesa, sacrificou seu filho primogênito, conforme relatado em II Reis 3:27, era algo relativamente comum para a época;
e - o fato de Jefté ter feito este voto de sacrificar algo, e ter oferecido a sua filha, está relatado na Bíblia não como um exemplo a ser seguido, mas sim como um fato ocorrido, que não nos leva a concluir que isto é algo a ser praticado pelos cristãos que seguem a Deus. Outros fatos negativos a Bíblia menciona, que não significa que pelo simples fato de estar na Bíblia é algo que deva ser praticado. Exemplo: o apedrejamento de Estevão, isto não significa que devemos apedrejar os cristãos, tem que se olhar o contexto. E o contexto da Bíblia é claro em afirmar que "Não matarás" é um mandamento escrito pelo dedo de Deus, que deve ser sempre respeitado.
Concluímos portanto, nesta segundo hipótese, que Jefté realmente ofereceu sua filha em sacrifício a Deus, e que isto não significa que tenha agido certo, mas sim a Bíblia registrou este detalhe de fraqueza de sua vida, assim como registrou a fraqueza de outros personagens como no caso de Abraão que certa feita, mentiu dizendo que sua esposa era sua irmã.


CONCLUSÃO FINAL


Se Jefté ofereceu sua filha em sacrifício em sistema de celibato ou realmente a matou, não podemos com certeza caracterizar, mas uma coisa podemos ter total certeza: que o ato de oferecer filhos ou filhas em sacrifício a Deus, tirando a vida deles, é totalmente condenado pela Bíblia, e jamais será isto ingrediente para a salvação de qualquer pessoa. Leia Lev. 18:21. Deuf. 12:31, etc.

Baseados em João 1:17 podemos concluir que a graça não existiu antes dos tempos do Antigo Testamento?


O texto diz: “Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” João certamente não quer dizer que a graça ou a verdade não existiram antes de Cristo vir, mas a ‘plenitude’ da graça foi revelada em Cristo. Em contraste ao sistema da Antiga Aliança refletido na Lei de Moisés, a vida e o ministério de Cristo ofuscou-a completamente. João usa expressões superlativas como essas para descrever a vinda de Cristo ao mundo: ‘Glória’, ‘cheio de graça e de verdade? (verso 14), ‘sua plenitude’, ‘graça sobre graça’ (verso 16). Era como a madrugada estrelada dando lugar à luz dos brilhantes raios do Sol.


Mas observe que a graça já existia no mundo desde o início. Paulo fala da ‘graça’ que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos’. II Timóteo 1:9. Jeremias falou da ‘graça no deserto’. Jeremias 31:2. Noé encontrou graça, e assim muitos outros personagens do Antigo Testamento. Mas a plenitude da graça apareceu na pessoa de Jesus. A lei revelou a vontade de Deus, mas a graça deu o poder para guarda-la. Como diz Romanos 5:20 ‘Onde abundou o pecado, superabundou a graça’. Romanos 5:20
Via Rádio NT

Desenhos Bíblicos para Colorir - A Conversão de Paulo

Título: “A Conversão de Paulo”
1- Recepção (Receba as crianças, cumprimente-as e converse um pouco com elas sobre a sua semana).
2- Louvor / Adoração
3- Oferta
4- Pedidos de Oração: Peça às crianças que orem para que novos lideres de crianças sejam levantados e novas células sejam abertas e pelo Nosso 7º congresso Kids (e demais pedidos da célula).
5- Objetivo: Levar as crianças a entenderem que Deus é bom e perdoa todo tipo de pecado quando nos arrependemos .
6- Quebra-Gelo: Para qual lugar ou cidade você gostaria de viajar nestas férias?
7- Versículo para Memorizar: “Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, ” Salmos 86:5
8- Referência Bíblica: Atos 9:1-22
9-Mensagem: Saulo não parava de ameaçar de morte os seguidores do Senhor Jesus. Ele foi falar com o Grande Sacerdote e pediu cartas de apresentação para as sinagogas da cidade de Damasco. Com esses documentos Saulo poderia prender e levar para Jerusalém os cristãos que moravam ali, tanto os homens como as mulheres. Mas na estrada de Damasco, quando Saulo já estava perto daquela cidade, de repente, uma luz que vinha do céu brilhou em volta dele. Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia: — Saulo, Saulo, por que você me persegue? — Quem é o senhor? — perguntou ele. A voz respondeu: — Eu sou Jesus, aquele que você persegue. Mas levante-se, entre na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer. Os homens que estavam viajando com Saulo ficaram parados sem poder dizer nada. Eles ouviram a voz, mas não viram ninguém. Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não podia ver nada. Então eles o pegaram pela mão e o levaram para Damasco. Ele ficou três dias sem poder ver e durante esses dias não comeu nem bebeu nada. Em Damasco morava um seguidor de Jesus chamado Ananias. Ele teve uma visão, e nela apareceu o Senhor, chamando: — Ananias! Ele respondeu: — Aqui estou, Senhor! E o Senhor lhe disse: — Apronte-se, e vá até a casa de Judas, na rua Direita, e procure um homem chamado Saulo, da cidade de Tarso. Ele está orando e teve uma visão. Nela apareceu um homem chamado Ananias, que entrou e pôs as mãos sobre ele a fim de que ele pudesse ver de novo. Ananias respondeu: — Senhor, muita gente tem me falado deste homem e de todas as maldades que ele fez em Jerusalém com os Cristãos. E agora ele veio aqui para prender todos os que te adoram. Mas o Senhor disse a Ananias: — Vá, pois eu escolhi esse homem para trabalhar para mim, a fim de que ele anuncie o meu nome aos não-judeus, aos reis e ao povo de Israel. Eu mesmo vou mostrar a Saulo tudo o que ele terá de sofrer por minha causa. Então Ananias foi, entrou na casa de Judas, pôs as mãos sobre Saulo e disse: — Saulo, meu irmão, o Senhor que me mandou aqui é o mesmo Jesus que você viu na estrada de Damasco. Ele me mandou para que você veja de novo e fique cheio do Espírito Santo. No mesmo instante umas coisas parecidas com escamas caíram dos olhos de Saulo, e ele pôde ver de novo. Ele se levantou e foi batizado; depois ele comeu alguma coisa e ficou forte como antes. Saulo ficou alguns dias com os Cristãos em Damasco. E começou imediatamente a anunciar Jesus nas sinagogas, dizendo: — Jesus é o Filho de Deus. Todos os que ouviam Saulo ficavam admirados e perguntavam: — Não é este o homem que em Jerusalém estava matando os Cristãos? Não foi ele que veio até aqui para prender e levar essa gente aos chefes dos sacerdotes?
Mas as mensagens de Saulo se tornavam cada vez mais poderosas. E as provas que ele apresentava de que Jesus era o Messias eram tão fortes, que os judeus que moravam em Damasco ficavam calados, sem ter o que dizer.
10- Aplicação: Saulo era um perseguidor de cristãos, o seu desejo era prendê-los e até matá-los, mas um dia a bondade de Deus o alcançou e ele pode ver o grande amor de Deus através do seu filho Jesus, que o resgatou e o perdoou de todos os seus pecados, mudou seu coração e o seu nome para Paulo, para que ele fosse um grande pregador da Palavra de Deus. Assim o Senhor Jesus faz hoje na nossa vida quando nos arrependemos dos nossos pecados Ele nos perdoa e nos chama de seus filhos e nós devemos fazer como Paulo ensinar a Palavra de Deus a todas as pessoas.
11- Atividade: Líder faça dois grupos,escolha uma criança de cada grupo, depois coloque um objeto em um determinado lugar da sala, coloque uma venda nos olhos de uma criança de cada grupo ( uma por vez) e rode ela uma vez, depois com a ajuda do grupo ela deve achar o objeto na sala. ( Ex. mande ela mais para a direita, mais para a esquerda,na frente, etc...). Depois deixe que elas compartilhem como foi ficar sem enxergar por um tempo, assim como Paulo ficou, ele dependeu de Jesus para enxergar o verdadeiro caminho.
12- Comunhão / Encerramento 
História extraída do blog de Miriam Galli
Desenhos extraídos da internet de forma gratuita, clique para ampliar e após direito e salvar imagem como...
















Famílias dos Manuscritos


Para auxiliar a sua leitura os manuscritos foram dispostos em grupos ou famílias, considerando-se as características semelhantes ou diferentes que apresentavam.


Esta classificação foi feita após uma cuidadosa comparação de centenas de manuscritos. Hoje sabemos que cada uma dessas famílias é representada por um manuscrito “padrão”, preparado numa sede eclesiástica importante da antiguidade, como Alexandria, Cesaréia, Antioquia e Roma.


O procedimento seguido era este: os bispos dirigentes das sedes reuniam os manuscritos à sua disposição, pediam emprestados todos os manuscritos que pudessem conseguir, estudavam-nos minuciosamente, resultando daí o manuscrito padrão.


O termo técnico para o exame do material de que dispunham e o conseqüente agrupamento em famílias é recensão.


O objetivo primordial desta classificação era descobrir os manuscritos mais antigos, porque mais se deveriam assemelhar aos originais. O precursor da classificação em famílias, ou do método genealógico foi o erudito alemão Karl Lachmann (1793-1851), que nos ensinou o seguinte princípio: o melhor método para descobrir o texto bíblico é traçar sua árvore genealógica através da qual atingiremos seu arquétipo.


Destas classificações em famílias, a de Westcott e Hort é uma das mais conhecidas e discutidas. A classificação destes eruditos é a seguinte:


a) Texto Siríaco


O nome siríaco deriva-se da conclusão de que na Síria, provavelmente em Antioquia, uma revisão textual se processou durante a primeira metade do 4º século. Esta revisão se fez necessária, porque o texto já apresentava muitas variantes e a Igreja ardentemente almejava uniformidade nas Escrituras.


Neste grupo está a maioria dos manuscritos gregos do Novo Testamento, sendo muitos unciais do V século e quase todos os minúsculos.


b) Texto Ocidental


Assim denominado porque suas mais influentes evidências são predominantemente latinas. Tem como característica preponderante divergir das outras famílias.


Ao contrário do siríaco, neste grupo se encontra um pequeno grupo de manuscritos, sendo liderado pelo Códice Beza ou D. Fazem também parte dele antigas traduções latinas e Pais da Igreja latinos, como Cipriano, Irineu e Tertuliano.


c) Texto Alexandrino


Também formado por pequeno grupo de manuscritos que não puderam ser colocados nas outras classes por eles apresentadas.


d) Texto Neutro


Para Westcott e Hort sob este nome se encontram os dois principais manuscritos, isto é, o a = alef e o B.


De acordo com o conceito destes eruditos, era o melhor texto por ser o mais primitivo e ter sido transmitido com pureza de forma. Denominaram-no de Neutro por não se desviar na direção seguida pelos outros grupos.


As idéias de W. H. marcaram época, e os princípios por eles defendidos ainda são válidos, mas o progresso da Crítica Textual e a descoberta de novos manuscritos mostraram a necessidade de revisão em seus métodos.


Quem se interessar por um conhecimento mais completo da teoria de Westcott e Hort deve estudar nas obras especializadas em Crítica Textual ou em Introduções ao Novo Testamento, como a de Everett F. Harrison, páginas 71 a 74.


A classificação mais usada e aceita por todos hoje pouco difere da de W. H. Ao estudá-la observe seus pontos afins e suas divergências.


a) Texto Bizantino


É conhecido como Asiático por Bengel, Constantinopolitano por Griesbach, Siríaco, por W. H., oriental por Semler e K por Von Soden.


O chefe da recensão deste tipo de texto foi Luciano. Trabalho feito nos últimos anos do século terceiro, levando-se em conta que foi martirizado em 312, por ordem do imperador Maximino. O principal objetivo desta recensão foi fundir passagens paralelas para que nada se perdesse do texto sagrado e aclarar o texto, fazendo com que passagens difíceis se tornassem mais fáceis. Como um exemplo da fusão de variantes pode ser citado Lucas 24:53, que aparece em alguns manuscritos – “e estavam sempre no templo louvando a Deus”, mas em outros se encontra – “orando a Deus”. O texto bizantino reuniu as duas expressões, aparecendo: “e estavam sempre no templo louvando e orando a Deus”.


Este é o texto da grande quantidade de unciais e cursivos. Nele está baseado o Novo Testamento de Erasmo, o Textual Receptus e todas as edições do Novo Testamento anteriores à de W. H. em 1881. Dentre seus unciais destacam-se A, E, L, F e o W.


O Bizantino tem sido classificado pelos entendidos como bastante deficiente.


b) Texto Ocidental


Recebe este nome por ser representado pelo códice Beza, Greco-latino D, e pela velha Versão Latina.


A característica deste texto, é a divergência sensível que se nota ao compará-lo com outros grupos.


São seus principais representantes: D, DP, F, P29, P48, 171, Velha Latina.


Preeminentes vultos da Crítica Textual considerando a falta de homogeneidade do Texto Ocidental afirmam que nele não se processou nenhuma recensão, embora Ropes e Hatch afirmam ser ele o resultado de uma recensão.


c) Texto Alexandrino


Westcott e Hort o denominaram de Neutro, e Von Soden de H (Hesiquiano). O grupo consta especialmente dos manuscritos: alef, B, P 75 e 33.


Como o nome indica, teve a sua origem no Egito, na famosa cidade de Alexandria, um dos principais centros de cultura na antiguidade. É o produto da mais aprimorada e minuciosa recensão já efetuada no texto bíblico. Este trabalho foi dirigido por Hesíquio, com uma técnica bastante adiantada.


d) Texto Cesareense


 O nome cesareense não indica que teve sua origem em Cesaréia, pois a crítica textual comprova sua origem no Egito. Cesareense vem da circunstância de ser o tipo de texto usado em Cesaréia.


O manuscrito padrão deste grupo é o Coridete ou B. Apresentam características semelhantes ao Coridete as Famílias 1 e 13 dos minúsculos.


A recensão do tipo cesareense de texto tem sido atribuída a Panfílio, grande admirador de Orígenes, que por defender a multiplicação das cópias das Escrituras foi martirizado em 309.


Este estudo é difícil, complexo, e mesmo as idéias apresentadas foram simplificadas, para que até pessoas não muito relacionadas com a Crítica Textual o pudessem compreender razoavelmente.


O agrupamento de manuscritos em famílias simplificou bastante o trabalho da Crítica Textual, que não se baseia mais no número de manuscritos, mas no número de famílias e suas características predominantes. É muito mais fácil e apresenta melhores resultados consultar cinco manuscritos de famílias diferentes do que uma centena pertencentes à mesma família.


O texto perfeito, ideal, ainda não foi encontrado, os problemas vão sendo superados e os esforços de muitos denodados trabalhadores, neste campo, merecem nosso respeito e consideração.


Texto de Pedro Apolinário, História do Texto Bíblico, Capítulo 11.

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