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sábado, 23 de novembro de 2019

TÓXICOS - 3 de 3 - Eu, Tóxico!

TÓXICOS - 2 de 3 - Crenças Tóxicas

TÓXICOS - 1 de 3 - Religiosidade Tóxica

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Modelo bíblico de pregação: como posso ser um pregador?



Cada pessoa recebe um ou vários dons, é importante que você descubra quais são os seus dons e os use para revelar o amor de Deus às pessoas ao seu redor. O segredo de um sermão edificante e que alcance o coração das pessoas pelo poder de Deus, assim como o seu, depende de quanto o pregador vive a mensagem.

A mensagem deve revelar a sua experiência pessoal com Deus e com a Palavra. Aprofunde essa experiência a cada dia. Peça a plenitude do Santo Espírito e esteja aberto a impressão do Senhor quanto a mensagem que a igreja precisa. Ore por um coração sensível a voz do Espírito Santo. ‘“Senhor, ensina-nos a pregar!” Seria bom que os discípulos tivessem feito esse pedido a Cristo, tal como o fizeram com respeito à oração. Teríamos então todos os benefícios de algumas orientações práticas sobre pregação, recebidas diretamente do Mestre dos pregadores. Ao examinarmos a vida e o ensino de Jesus, descobrimos muitos princípios que podem revolucionar nosso ministério da pregação.

sábado, 19 de agosto de 2017

7 dicas para abolir os sermões “água com açúcar”

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Uma das principais razões de igrejas estarem mortas espiritualmente é a falta de sermões bíblicos expositivos, que exponham a Palavra de Deus assim como ela é. Lamentavelmente, os irmãos estão anêmicos na fé porque os pregadores insistem em dar “água com açúcar” para o povo de Deus, ao invés do alimento sólido e nutritivo que encontramos nas Escrituras.

Todo pregador cristão faria um grande favor para Deus se meditasse com interesse e reverência em Hebreus 5.12-14, onde Paulo adverte contra o ingerir somente “leite espiritual”. Imagine o que ele diria dos (não todos) sermões fracos de hoje em dia!

A realidade que percebo em todas as igrejas por onde passo é que muitos oradores pensam que pregar na igreja é simplesmente “ler a Bíblia e falar sobre ela”.

Isso está errado!

sábado, 20 de maio de 2017

Adorador ou Expectador? - Pr. Elias Brenha


terça-feira, 30 de agosto de 2016

QUATRO LEPROSOS SALVAM UMA NAÇÃO



II Reis 7:9 - “Então, disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos”.

CONTEXTO LOCAL
Qual é o contexto deste verso?
Façamos uma viagem no túnel do tempo. Estamos em 850 A.C., no reinado de Jorão em Israel, que vive uma situação dramática: 
Por muitas vezes Eliseu pôde prever o plano do rei da Síria de atacar Israel. O profeta alerta o rei de Israel sobre cada ameaça.
O rei da Síria descobre que Eliseu está alertando previamente o rei de Israel, então envia seu exército para prender o profeta.
Quando os servos de Eliseu vêem o exército sírio cercando-os, ficam temerosos. Eliseu assegura aos seus servos de que seu exército é maior do que o dos sírios e pede que o Senhor abra os olhos de seus servos.
Os servos então enxergam um grande exército de cavalos e carros de fogo ao redor deles.
Conforme os soldados sírios se aproximavam, Eliseu ora ao Senhor e pede que os cegue, e Deus assim faz. Eliseu guia os líderes á cidade de Samaria, e quando o rei de Israel pergunta se pode matar os sírios, Eliseu responde que não. E diz ao rei que os alimente e os envie de volta para casa, e ele assim faz.
Mais tarde, os sírios voltam e finalmente sitiam Samaria. As condições dentro de Samaria ficam terríveis: uma grande fome leva o povo a comer cabeça de jumento com esterco de pombas (6:25); o desespero amplia e o conduz para um canibalismo inominável (6:26-29); crianças estavam servindo de alimento, e as mães disputavam uma os filhos das outras.  Diante do caos o rei de Israel concentra sua indignação no alvo errado – o profeta Eliseu e o Senhor (6:30-33).
Eliseu faz, então, uma profecia dupla: 
Haverá comida suficiente para a cidade atingida pela fome dentro de 24 horas;
O oficial do rei que duvidou da primeira profecia de Eliseu nada comerá.

O foco do texto  concentra-se agora na porta de Samaria onde estão quatro homens marcados: 
1. Pela mesma limitação física (4:3 “homens leprosos”); 
2. Pela segregação (v. 3; Lv 13:46; Nm 5:1-4; 12:4-5 “estavam à entrada da porta”);  
3. Pela inquietação da morte iminente (v. 3 “... para que estaremos nós aqui sentados até morrermos?”); 
4. Pela esperança e ousadia (v. 4 “...vamos, pois, agora, se nos deixarem viver, viveremos.....) – diante de três opções claras de morte, insistiram em sonhar com a vida; 
5. Pela unidade – sofrem juntos, refletem juntos, sonham juntos e agirão sempre juntos.....

Sem dúvida o restante dos homens leprosos haviam morrido de fome. Estes quatro homens estavam em situação especialmente difícil. Eles não poderiam entrar em suas casas na cidade de Samaria por causa de sua lepra e eles não podiam ir muito longe da cidade que estava cercada pelo exército sírio. Percebendo que também iria morrer em breve eles decidiram ir ao encontro do exército sírio e esperar por misericórdia, porém preparados para a morte.

II Reis 7:3-9pp
O historiador judeu Josefo nos diz que um desses quatro leprosos era Geazi, o ex-funcionário da Eliseu, que recebeu a lepra de Naamã, o comandante sírio, por ser ganancioso. Pode ter sido ele aquele que se sentiu culpado pela acumulação e disse: “Este é um dia de boas notícias, e retemos conosco a paz?”
Entenderam que a felicidade era tanta que não podiam conter somente para eles. Precisavam divulgar a boa-nova. 
Em tempo de crise, esperar por uma solução pode ser um modo equivocado de crer, mas agir de acordo com a evidência do poder de Deus é a revelação da verdadeira fé que triunfa em meio à crise.
Enquanto o povo lamentava a crise, quatro pessoas marginalizadas correram em busca da solução. 
Há um ditado que diz: “Enquanto alguns choram, outros vendem lenços”. Esta foi a atitude dos leprosos em meio á crise.


CHAMADO
No contexto de 2 Reis 7, Deus não curou os leprosos da terrível lepra, mas proveu através deles o alimento para uma sitiada cidade onde as mais violentas cenas estavam ocorrendo. 
Os leprosos, na medida que usufruíam das benesses da salvação miraculosa, foram sendo tomados por um sentimento:
- de culpa (“não fazemos bem”), - V. 9 
- de omissão (“este é o dia de boas-novas e nós nos calamos”), 
- de urgência (“se esperarmos até à luz da manhã, seremos tido por culpados”), 
- de decisão (“agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do Rei”). 
Assim, foram à cidade e deram o grande brado de vitória aos porteiros (v. 10), que comunicaram ao rei (v. 11) que a princípio ficou ressabiado, mas depois acabou tendo que admitir que Deus fizera mesmo um grande milagre (v. 12-15). 
Deus poderia ter usado o Rei, o sacerdote ou até mesmo o profeta para anunciar a boa nova da salvação, mas preferiu usar quatro inexpressivos e rejeitados leprosos, ensinando-nos que a tarefa da proclamação deve ser feita por todos aqueles que já experimentaram o poder do livramento do Senhor, independentemente de cultura, status, importância, projeção, riqueza, fama, reconhecimento ou qualquer outro valor humano! CADA UM SALVANDO UM. Ninguém está fora deste desafio.
Deus pode resolver qualquer tipo de problema, por meio de qualquer tipo de pessoa, usando qualquer tipo de método que se case bem com os propósitos divinos. Mesmo aqueles aparentemente não tão qualificados para a obra que se pretende realizar. 
        
        Enviar leprosos para prover comida? 
        Pense: Quem comeria alguma coisa das mãos de leprosos? Quem acreditaria em homens nessa condição? A incapacidade dos leprosos era evidente. Mesmo assim foram úteis.
Outros personagens bíblicos também se sentiram limitados para a obra que Deus designou para eles. Eram leprosos interiormente:
        - Moisés gaguejava
        - Jeremias se sentia uma criança; 
- Abraão se julgava velho;
- Jacó era inseguro;
- Jonas era um homem relutante;
- Pedro era impulsivo;
- Marta era estressada com as coisas do dia a dia;
- Tomé era um homem atolado em dúvidas;
- Paulo tinha problemas com sua saúde;
- Timóteo era tímido.

Mas todos cumpriram sua missão, assim como os leprosos.
        O limite de nossas forças é a oportunidade de Deus. 

DESAFIOS ATUAIS
À exemplos dos personagens bíblicos e dos leprosos no passado, a igreja hoje possui alguns desafios:
1. Não nos conformarmos com a situação – nem da igreja nem do mundo. Rom. 12:2 EGW: Débil e defeituosa... / militante em triunfante
2. Tomar uma decisão de mudança de atitude –Os leprosos se levantaram ao crepúsculo para irem ao arraial dos Sírios – 2 Reis 7:5 – Adventistas da promessa. Foram promessa, são promessa e sempre serão promessa. 
3. Disposição em ser mártires da fé. V. 4 “se nos deixarem viver, viveremos, e se nos matarem, tão-somente morreremos”. Ester.
4. Crer em milagres. V 5 e 6. Deus já havia vencido a guerra por eles. Deus venceu a guerra contra Jericó, Deus venceu a guerra por Gideão e os 300 soldados.
5. Cada um salvando um - A revolução começa com uma pessoa, mas precisa ser partilhada a outros. Alguém tem que ser o primeiro.
Três vezes a expressão “disseram uns aos outros” é mencionada nesta história:
- V. 3 – Os leprosos disseram uns aos outros – um deles começou e mobilizou os outros três.
- V. 6 – Os sírios disseram uns aos outros – Deus fragilizando os inimigos.
- V. 9 – Os leprosos disseram uns aos outros – senso de missão. 

No verso 3 os leprosos estavam preocupados com a vida deles, mas no verso 9 estavam preocupados com a vida dos seus semelhantes.
V.3 – Comunhão – alimento para eles
V.9 – Missão – alimento para os outros

        Os leprosos contaram aos porteiros, os porteiros contaram ao rei, o rei contou aos mensageiros, os mensageiros contaram o que viram ao rei, e o rei contou ao povo que havia uma cidade aberta para eles, com alimentos e com salvação.
 “Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo” (II Cor. 2:14, NVI)
Fome em Samaria era prenúncio de grande calamidade nacional. Fome no mundo é prenúncio de calamidade global. Fome na Igreja é anúncio de algo ainda mais terrível 

        Deus está ainda disposto a colocar seus recursos a disposição das pessoas que desejam evangelizar. A Palavra de Deus ainda é o recurso disponível.  Quando Ele fala as coisas acontecem. Quando Ele age a realidade deixa de ser sombra, clarifica a vida (2Tm 3:16-17). 
        Deus é quem habilita o crente para a ação, mesmo que ele não veja tudo claro diante de si.  
Quando Moisés alegou incapacidade, Deus lhe respondeu “eu serei contigo” (Ex 3:12).  Quando alegou falta de eloqüência Ele respondeu “eu serei com tua boca” (Ex 4:12).  
        Quando Gideão pensou em desistir Deus lhe disse: “eu serei contigo e ferirás os midianitas” (Jz 6:15-16).  
        Quando Jeremias quis esquivar-se, Deus aquietou seus temores dizendo: “Eu estarei contigo para te livrar” (Jr 1:8).  
        E quando Paulo percebeu perplexo o gigantismo da obra a realizar perguntou: “Quem é idôneo?” (2Co 2:16) Deus imediatamente o levou a ver que a “nossa capacidade vem de Deus” (2Co 3:5). 

Ef 3:20.  “Aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos conforme o Seu poder que opera em nós” 
Ele quer realizar muito mais através de nós do que aquilo que temos feito. Por isso “não podemos nos calar, pois hoje é dia de boas novas” (1Rs 7:9). 
        “Muitos a quem Deus capacita para fazer trabalho excelente, pouco conseguem, porque pouco empreendem” (White, SC, 101). 
Há terras ainda para serem conquistadas. Há membros ainda para serem envolvidos. Há estrada ainda para ser percorrida. Ainda não chegamos ao topo do monte Sião com os milhares que Deus no-lO dará.
Mais adiante a serva do Senhor adverte: “Pessoas de pouco talento, se forem fiéis em guardar o coração no amor de Deus, podem ganhar muitas almas para Cristo” (SC, 101).        
Na realidade Deus se chega a nós pelo Espírito Santo e é esse ministério do Espírito que sacode a missão na direção certa convencendo homens e mulheres a viverem a altura do seu chamado.  Não são homens que executam a obra de Deus que recebem os mérito pelo sucesso, mas é o Espírito que se adianta e fortalece a missão com acerto. Mesmo usando pessoas não tão bem qualificadas.

PREOCUPAÇÃO
Mas, antes de terminar, preciso lembrar um personagem preocupante mencionado na história. Contrastando os leprosos que tinham tudo para se esquivar e acabaram se tornando os protagonistas humanos de uma incrível vitória, aparece por outro lado um líder incrédulo.
Após o profeta anunciar que em 24 horas a crise passaria...
V. 2 - O oficial, em cujo braço o rei estava se apoiando, disse ao homem de Deus: "Ainda que o Senhor abrisse as comportas do céu, será que isso poderia acontecer?”
V. 19 – final triste...

CONCLUSÃO
        Ao a IASD completar 170 anos, é hora para uma reflexão. Não apenas como igreja, mas sobretudo como pessoa, como membros. Estamos nós mantendo a chama com a mesma intensidade com que os pioneiros da igreja mantiveram?
        Ap 2:2-5: “abandonastes o teu primeiro amor”. Repetir a primeira experiência com Cristo é renovar os velhos votos que distinguem o crente em Cristo do descrente.  Não há como desconsiderar o primeiro momento de nossa conversão, fruto da convicção do Espírito. 
         
Chegamos ao clímax da história humana.  As grandes catástrofes que marcaram substantivamente a vida da humanidade por décadas como as duas grandes guerras, já fazem parte da triste história da humanidade. Milhões morreram com a idéia de tornar o mundo melhor.  Pereceram com esse ideal.  O século 20 se foi. Neste tempo a Igreja Adventista se tornou um espetáculo à vista pelo crescimento agigantado que a caracterizou. Foram 170 anos de luta.  
170 anos se passaram, e o que nos motiva ainda é pertinente. A razão de nossa fé triunfa em meio à crise seja ela qual for. 
“Não podemos temer o futuro a não ser que nos esqueçamos da maneira como o Senhor tem guiado Seu povo até aqui”, parafraseando Ellen G. White.  
A batalha cristã é a única guerra que é ganha por rendição. É depois de entregar tudo a Jesus que ganhamos a vitória. “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8:35-36, NVI).
Nós não podemos ter plena posse do evangelho a menos que o entreguemos. Estamos cercados por aqueles que estão morrendo de fome de algumas migalhas do pão da vida. Sim, o Senhor usou o mais fraco dos fracos para levar a boa notícia para aquela cidade faminta e ele pode te usar também para compartilhar o evangelho com seus amigos famintos.

Se quatro leprosos puderam salvar uma nação, seria demais desafiar cada membro a salvar pelo menos uma alma por ano?
Se a mensagem dos leprosos chegou até o rei, seria demais esperar que a mensagem de Deus chegue através de nós aos nossos amigos, familiares e vizinhos?
Se Deus venceu a batalha pelos israelitas, seria demais acreditar que Ele possa vencer a batalha pelos adventistas?

Vamos, irmãos. Esqueçamos a lepra da indiferença, da comodidade, da mornidão. Subamos e contemos ao mundo que há uma cidade preparada com uma ceia para todos nós. São as bodas do cordeiro. Há ouro, prata e vestes nos aguardando lá também.
Só assim, lá em cima poderemos dizer uns aos outros: Nós fizemos bem. Anunciamos as boas novas. Não nos calamos.
Que Deus nos abençoe para que este testemunho aconteça o quanto antes.


Por Marlinton Lopes

sábado, 5 de março de 2016

Pr. Rodrigo Silva - Sentido da Vida - Espaço Novo Tempo Fortaleza

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Buscando Longe o que está Perto com Dr Rodrigo Silva

domingo, 14 de junho de 2015

Deus sempre usa o pregador?




Várias vezes vejo cristãos dizendo: “Ah, não importa quem é o pregador, Deus sempre irá usá-lo de alguma forma para edificar minha vida”. De onde surgiu isso? Essa visão ingênua e romantizada da igreja e do púlpito pode parecer muito bonita a alguns, mas, na verdade, é fruto de misticismo e não há nada de bíblico nela. O fato de alguém ocupar um púlpito não é salva-guarda contra falsos ensinos. Afirmar tal coisa é não apenas crer estar firme construindo sua casa sobre areia movediça (uma vez que Deus nunca prometeu essa segurança quanto aos sermões que ouvimos), mas também negar as diversas advertências bíblicas contra os falsos mestres, os quais pregam suas falsidades de dentro do próprio povo de Deus (Mt 7:15; 24:11; 2Co 11:13-15; Gl 2:3-5; 2Pd 2:1; 1Jo 4:1).

Ao contrário do que muitos acham, abrigar esse tipo de pensamento não acaba exaltando o púlpito como um local abençoado, mas, visto que tal visão não é bíblica, esse pensamento apenas rebaixa o púlpito cristão como um local místico, que pode ser ocupado por qualquer um, mesmo que não esteja sequer minimamente interessado e preparado para ministrar alimento sadio à igreja.

Púlpito não é brincadeira. Não é lugar para colocarmos alguém simplesmente por ser alguém incisivo ou simpático, “desenrolado” ou bem-intencionado, e sim pessoas que se preparem espiritual e intelectualmente para esta tarefa. Não inutilize a Palavra de Deus. Ela existe a fim de que possamos nos alimentar dela. Pôr no púlpito alguém que não está apto para alimentar a outros com a Palavra é uma forma de inutilizá-la, não só porque ela não estará servindo ao propósito para o qual foi dada, mas também porque ela mesma afirma que quem instrui o povo deve manejá-la bem (2 Tm 2:15) e que o Espírito reparte os dons conforme Lhe apraz. Uns possuem o dom de ser mestres, ou seja, instruir a igreja (1Co 12:7-11, 28); outros, não (1Co 12:28-29), portanto, não deveriam ocupar o púlpito.

Muitos podem achar essas palavras arrogantes, crendo que isso é pregar uma espécie de segregação. Curiosamente, essas pessoas não acham arrogante desconsiderar que o Espírito Santo é soberano acerca de como Ele reparte os dons e que não devemos cobiçar aquilo que Deus, em Sua infinita sabedoria, escolheu não nos dar. Tampouco acham arrogante subir a um púlpito para pregar suas próprias palavras, e não a Palavra de Deus. Sim, porque quem não estuda não poderá falar outra coisa senão suas próprias Palavras, pois Deus não costuma transmitir miraculosamente aquilo que podemos adquirir estudando. Em momento algum a Bíblia afirma que o Espírito Santo seria dado a fim de fazer de nós preguiçosos e pouco aplicados em buscar o sentido original do texto bíblico.

Se uma pessoa quer subir ao púlpito sem preparo espiritual e intelectual para alimentar a igreja, a única forma de amá-la e amar a igreja é não permitindo que a arrogância destruidora dela seja alimentada enquanto a igreja morre de inanição, pois é exatamente isso o que fazemos quando permitimos que tal pessoa pregue.

Quando digo que não devemos permitir isso, não é crucificando ou zombando do pregador ou dos púlpitos, numa revolta infantil e inoperante, mas cobrando amoravelmente dos líderes um alimento sólido, tanto deles quanto de quem eles colocam no púlpito. Cobrando cursos de capacitação para que a igreja tenha condições de ler, entender e comunicar efetivamente a Palavra de Deus, em vez de sermões melosos, ou fanáticos, ou sem pé nem cabeça, ou mesmo bem estruturados, mas cujas conclusões não procedem do texto bíblico.

Procure os líderes de sua igreja e converse humildemente sobre isso. Procure você também, na medida de suas possibilidades, estudar para cobrar. Muitos deles, quando veem que o nível dos membros é muito baixo, se acomodam e também passam a não estudar, criando um ciclo vicioso: líderes preguiçosos, incapazes de alimentar o povo; gerando um povo cada vez mais ignorante; que alimenta a preguiça desses líderes; que gera um povo cada vez mais ignorante; que… Não espere por ninguém; esse ciclo precisa ser rompido em algum ponto. Que seja você o ponto de rompimento com o desleixo para com a Palavra de Deus. Comece não admitindo sermões rasos, especulativos e que enfatizam o que a Bíblia não enfatiza, “negligenciando os preceitos mais importantes da lei” (= Palavra de Deus) (Mt 23:23). Comece parando de se resignar diante do engano supersticioso do “não importa quem pregue”. Importa, sim! Com amor e mansidão, exija Bíblia, cruz e evangelho nos púlpitos de sua igreja!

“Há homens que ficam nos púlpitos como pastores, professando alimentar o rebanho, enquanto as ovelhas estão morrendo por falta do pão da vida. Há longos e arrastados discursos grandemente compostos de narrativas de anedotas; mas o coração dos ouvintes não é tocado [e esse entretenimento pode ser tanto “liberal” como “extremista”]. Pode ser que os sentimentos de alguns sejam tocados, podem derramar algumas lágrimas, mas seu coração não foi quebrantado. […] O Senhor, Deus do Céu, não pode aprovar muito do que é trazido ao púlpito pelos que professam estar falando a Palavra do Senhor. Não inculcam ideias que sejam uma bênção para os que o ouvem. Alimento barato, muito barato é colocado diante do povo [novamente, esse alimento barato, água com açúcar, pode ser tanto  “liberal” como “extremista”]” (Ellen G. White, Testemunhos para ministros, p. 336-337).

(Vanedja Cândido)Missão pós moderna

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O Milionário da Caverna - Doug Batchelor

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Deus criou o Universo

Deus existe? Existem evidências que apontem para a existência dEle. Ele criou o Universo? Há evidências disso? Teria Deus deixado "digitais" espalhadas na natureza? Como detectá-las? É sobre isso que o jornalista Michelson Borges fala nesta palestra. Apresentada na Fadminas, em Lavras, MG

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Parábola do Rico e Lázaro



1. Hoje responderemos a uma questão levantada pelos imortalistas: Se os adventistas não crêem que os justos vão para o Céu e os ímpios vão para o Inferno, logo após a morte, como podem explicar a história do Rico e Lázaro, narrada pelo próprio Cristo? Se o relato não ensina que o homem vai ou para o Céu ou para o Inferno, então, o que ensina a história?

2. Começaremos dizendo que realmente NÃO CREMOS que os justos vão para o Céu e os ímpios para o inferno logo após a morte. Este não é o ensino da Bíblia. A Bíblia ensina que os mortos tanto justos como injustos vão todos para a sepultura e aguardam a ressurreição e o Juízo, e só depois serão destinados para diferentes lugares, conforme os resultados do Juízo.

3. Mas, então, COMO ENTENDER a História do Rico e Lázaro?

Luc 16:19-31:

"19  Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
20  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
21  e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
22  Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
24  Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
26  E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
27  Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28  porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29  Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30  Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31  Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."


I – JESUS CONTOU UMA PARÁBOLA

[1] Jesus contou uma "estória". Vamos assentar em primeiro lugar que Ele não contou uma história verídica. Ele contou uma estória imaginária, tirada das crenças populares. Ele contou simplesmente uma parábola.

Alguns insistem dizendo que Jesus contou não uma parábola, mas uma história verdadeira, uma história real pelo modo como se iniciou: "Ora, certo homem, ..." (16:19). Isto não é uma forma de se contar uma história?

Resposta: Jesus contou as 2 parábolas anteriores, iniciando com as mesmas palavras. (Lc 15:11; 16:1). Portanto, não há nenhum problema em começar uma parábola desta forma, iniciando como se fosse contar uma história qualquer.

[2] o que é uma parábola?

Parábola é uma história imaginada, tendo o objetivo de ensinar algumas lições, sem a preocupação de que os pormenores sejam verdadeiros. Uma parábola, embora tenha mais de uma lição, sempre tem uma lição principal.

Mas por que nós insistimos em dizer que isto é uma parábola? Ora, se é apenas uma parábola, [a] Não é verdadeira, nunca aconteceu, nem acontecerá. [b] Se é apenas uma parábola, deve possuir uma lição principal, e isto é o que é importante, e não o enredo ou os pormenores. [b] Se é uma parábola, não serve para ensinar doutrina, conforme a regra.

[3] Qual é a 1ª REGRA DE INTERPRETAÇÃO das parábolas?

[a] A grande regra de interpretação das parábolas é a seguinte: "Não podemos tirar uma DOUTRINA de qualquer parábola, quando essa doutrina entra em choque com as outras passagens mais claras da Escritura."

[b] O Dr. William Smith, em seu Dicionário da Bíblia, vol. 2, p. 1.038: "É impossível firmar a prova de uma importante doutrina teológica numa passagem que reconhecidamente é abundante em metáforas judaicas."

[c] o Dr. Edershein, em seu livro sobre a Vida de Jesus [Life and Times of Jesus], afirma categoricamente: "A doutrina da vida após à morte não pode ser extraída desta parábola."

II - INCOERÊNCIAS NA PARÁBOLA

Há alguns pontos de incoerências que não podem ser aceitos em uma história verídica. Vamos apresentar 4 deles.

[1] Os Personagens não eram Almas (v. 23, 24).

Eles têm olhos, e portanto: rosto, cabeça, pescoço. Têm dedos: mão, braço, antebraço, tronco. Têm língua: boca, aparelho digestivo. Ora, uma alma, conforme a crença popular, (1) não tem funções físicas da matéria, (2) não precisa de água, e (3) não pode ser queimada no fogo.

Mas na parábola, o castigo do Inferno é no corpo e não na alma. Isso contradiz a crença popular de que ao morrer, a alma do rico é que foi para o Inferno. Quando Cristo falou do Inferno, Ele disse: "Convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mt 5:30). Cristo ensinou que o castigo será no corpo, e não na alma desencarnada.

Entretanto, uma alma, como geralmente é descrita, sendo imaterial, incorpórea, imponderável, invisível, de forma simples, etérea como um espírito intangível – sendo tudo isso [embora nunca jamais alguém tenha visto semelhante coisa para afirmar com certeza] – essa alma/espírito não pode sentir a ação do fogo porque o fogo só queima coisas materiais. Portanto, se o rico está no Inferno em tormentos, não podia estar a sua alma, porque o tormento do fogo só é sentido no corpo, e não na alma.

[2] O Inferno está próximo do Céu


Como pode o Céu estar tão próximo do Inferno, de tal modo que é possível a comunicação de justos com injustos?

Será isso possível? Se isso fosse possível, imagine o desespero, a aflição e a angústia de uma mãe cujos filhos se perderam e se encontram nas chamas crepitantes do Inferno, e podendo vê-los e se comunicar com eles, e eles rogando misericórdia e ela sem poder fazer nada para aliviar o seu sofrimento que se estenderá por toda a eternidade! Certamente, o Céu para essa mãe seria um outro Inferno! Como poderia ela ser feliz?

A Bíblia não contém a doutrina do Céu próximo do Inferno de modo que os justos que estão no Céu podem ver os perdidos, a tal ponto que podem contemplar o seu sofrimento e falar com eles! Deus é muito sábio para cometer esse erro! Ele é muito justo para praticar esta injustiça! Ele é muito amorável para permitir que os salvos sofram ainda as consequências do pecado por toda a eternidade!

[3] Há um grande abismo entre justos e ímpios (26)

Se havia um grande abismo, como o rico não viu isso? Se havia um grande abismo, como podiam falar entre si? Se o Céu está tão próximo do Inferno, de tal modo que podem falar entre si, como há um grande abismo?

Se havia um grande abismo, como poderia Lázaro estender a ponta do dedo até a boca do rico? O seu braço não alcançaria tamanho abismo. E como poderia uma simples gota de água ser suficiente para refrescar a língua de alguém que está num lago de fogo? Certamente, antes de chegar a gota, haveria de evaporar-se.

[4] Abraão chama ao rico de "Filho"! (25)

Mas quem são os filhos de Abraão? "Os da fé é que são filhos de Abraão!" disse o apóstolo Paulo (Gál 3:7). A parábola não disse que ele era um homem de fé. Pelo contrário, ele não tinha ligação com Deus. Não era um homem religioso. Nem tampouco o pobre mendigo para que fosse para o Céu. Portanto, nenhum deles era filho de Abraão.

Estas são incoerências que não podem ser admitidas em uma história verdadeira.

III – OITO ENGANOS TEOLÓGICOS

Por que essa parábola não pode ser uma história verídica? Por que não podemos retirar dela uma doutrina dos mortos?

Há Oito Enganos, há OITO EQUÍVOCOS TEOLÓGICOS na parábola que estão em CONTRADIÇÃO com as demais doutrinas da Bíblia. Isso não pode acontecer.

1º Engano: Existe Vida Após a Morte

A estória diz que o rico e o pobre morreram e foram ambos levados pelos anjos para viver em diferentes lugares. Eles morreram. Mas eis que estão vivos! Abraão, o rico e Lázaro morreram, mas aparecem vivos na parábola. 

Mas o que é morte? Morte é cessação da vida. Morte é o contrário da vida. Depois da morte, não há vida. Notem o que disse o patriarca Jó inspirado por Deus: Jó 14:10, 11-12, 14: "O homem, ... morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" Onde está o homem que morre? A pergunta é retórica e contém uma resposta evidente: "Ele não está mais presente! Ele está morto!" Mas Jó ainda continua: "Como as águas do lago se evaporam, e o rio se esgota e seca, assim o homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono." (vs. 11-12). Como um rio seca, assim o homem morre e não se levanta, não tem vida, não pode se mexer. Está seco, vira pó. Não está vivo.

A doutrina de muitos hoje é que o homem morre e continua vivo, em algum lugar. Mas a Bíblia diz que a morte é a cessação da vida. "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" (v. 14). A resposta dada pelo mesmo Jó é um categórico "Não!". A vida do homem morto depende da ressurreição. Antes disso, ele continuará morto, aguardando a manhã da ressurreição, quando então, acordará de seu sono profundo e imperturbável.

E quanto a Abraão? Não estaria no Céu o pai da fé?  Não. A Bíblia diz que ele ainda não foi ressuscitado (Hb 11:8,13,16,39). Abraão não pode estar no Paraíso, porque ele ainda não obteve a concretização da promessa.

2º Engano: A Recompensa Será Depois da Morte

Lázaro recebeu a sua recompensa logo após a sua morte. Foi para o seio de Abraão, entrou na bemaventurança eterna. Mas isso contradiz a própria doutrina que Jesus Cristo nos deixou. Ele disse em Luc 14:14: "A tua recompensa, ... tu a receberás na ressurreição dos justos." A recompensa dos justos será dada apenas no dia da Ressurreição. Portanto, não devemos esperar que os mortos antes da ressurreição sejam galardoados. Você receberá a sua recompensa só na ressurreição, não antes. A parábola não está de acordo com as próprias palavras de Cristo, ao ensinar a doutrina escatológica.

A recompensa não será após a morte, mas após a Ressurreição. Ora, se a parábola entra em choque com a doutrina de  Cristo, é evidente que Ele não desejava ensinar a doutrina que a parábola sugere.

3º Engano: Os Mortos Vão para Lugares Diferentes

O rico foi para o inferno; e Lázaro foi para o seio de Abraão. Ambos foram para lugares diferentes, após a sua morte. Será que isso é verdade? Não. O que a Bíblia ensina sobre ricos e pobres, após à morte? Para onde vão os ricos e para onde vão os pobres? E por analogia, para onde vão os animais, logo que morrem?


Lemos em Ecl 3:19-20: "O que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.   Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão." O profeta não está falando do corpo dos mortos, mas das pessoas mortas. Ricos e pobres vão para o mesmo lugar. Justos e ímpios vão para o mesmo lugar. Todos são iguais diante de Deus. O destino do homem não será diferente no momento da morte. Todos vão para a sepultura. Assim também ocorre com os animais.

4º Engano: Os Mortos Estão Conscientes

O rico está conversando com Abraão, e suplicando misericórdia, e portanto, estão conscientes depois da sua morte. É possível isso? Não de acordo com o ensino da Bíblia. A Palavra de Deus ensina que os mortos estão inconscientes.

Disse mais o sábio Salomão em Ecl 9:5-6: "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol"

Os mortos estão em completa inconsciência, eles não podem se comunicar com os vivos, eles não sabem o que se passa com os vivos, eles não se falam entre si mesmos, eles não podem se comunicar com os anjos, eles não podem adorar nem louvar a Deus, porque eles estão inconscientes num sono sem sonhos e sem pesadelos. De fato, eles estão mortos e completamente mortos, e isso significa que não participam de nenhuma espécie de vida.   

O próprio Cristo falou de Lázaro, o seu amigo, quando ele morreu, que ele estava dormindo o sono da morte (Jo 11:11-14). Mas uma pessoa que está dormindo está em completa inconsciência. E não era só o corpo de Lázaro que dormia. Era ele mesmo quem dormia inconsciente. Cristo não poderia se contradizer. Na parábola, Ele está ilustrando outra coisa. Não a doutrina dos mortos.  E Ele nunca Se contradiz.

Com efeito, toda a Bíblia ensina que os mortos estão inconscientes, no pó da terra, dormindo o sono da morte, aguardando a ressurreição. E nenhuma parábola pode desfazer a verdade dessa doutrina firmemente estabelecida na Bíblia.

5º Engano: Pedir a Intercessão dos Santos Mortos


O rico pede a intercessão do pai Abraão (Lc 16:24). Hoje muitas pessoas estão fazendo a mesma coisa e cometendo o mesmo erro, pedindo a intercessão dos santos que já morreram. Eles pensam que os santos que estão no Céu podem falar a Deus e convencê-lO a nos ajudar mais prontamente do que nós que estamos tão longe.

O apóstolo Paulo no entanto, afirmou que só há um Intercessor. Em 1Tim 2:5-6: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a Si mesmo se deu em resgate por todos" A Bíblia ensina que temos um único Advogado e Intercessor, que é Jesus Cristo o nosso Senhor, que morreu por nós na Cruz. Ninguém mais é chamado a interceder por nós diante de Deus, além de Jesus.

6º Engano: O Paraíso dos Justos é o Seio de Abraão

O Céu é pintado com anjos e o pai Abraão, em cujo seio o mendigo foi abrigado. Esse paraíso é muito estranho. Não se compara com o verdadeiro Paraíso que Deus está preparando para os justos.

Qual é o verdadeiro Cenário do Céu? Qual é o Paraíso da habitação de Deus? Isaías contemplou a Deus no seu alto e sublime trono, cercado de anjos serafins, louvando a Trindade e cantando: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" (Isa 6:1-3). Estêvão teve uma visão na qual ele contemplou a Deus no Seu trono e a Jesus em pé à Sua direita (Atos 7:56).

João contemplou o Céu e viu um Santuário, com os dois compartimentos, no qual Cristo administra, e intercede por nós.  Ele viu o trono de Deus, no qual está assentado o Pai, e o Seu Filho, Jesus Cristo, e ao Seu redor bilhões de anjos que louvam a Trindade, cantando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor".  Este é o cenário do Céu. Além disso, Ele viu Novos Céus e Nova Terra, onde habitarão os justos. Ele viu a nova Jerusalém descendo do Céu. O pai Abraão, abrigando mendigos, nem é mencionado, e nem foi encontrado, embora estará também entre os salvos.

7º Engano: O Inferno já Existe Presentemente

A parábola diz: "No inferno, estando em tormentos..." (v. 23). Dizem os imortalistas que a parábola ensina o tormento eterno. Porém, o relato, embora fale em tormento infernal, não diz que ele será eterno.

O que é o Inferno? A Bíblia fala nos informa que o Inferno é um lugar de tormentos destinado a Satanás e os seus anjos que com ele entraram em rebelião contra Deus. E todos os ímpios que se identificam com o Diabo e escolhem o pecado e a rebeldia, também sofrerão o castigo no mesmo lugar (Mt 25:41).

Mas, será que o Inferno já existe? A parábola diz que o rico morreu e foi direto para o Inferno. Mas o que diz a Bíblia sobre a época do castigo? O tempo do castigo é no presente ou no futuro? Será que o castigo dos ímpios no Inferno é aplicado logo após a morte?  

A Bíblia ensina sobre o tempo em que acontecerá o Inferno: Apo 20:7, 15: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão... E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Quando será o Inferno? No final do Milênio, e só então, ocorrerá o Juízo Executivo, o Lago de Fogo, quando os ímpios receberão o castigo de suas obras. Nesse tempo, o fogo que castiga os ímpios também os destrói, porque o Lago de fogo é chamado "a segunda morte", e morte significa cessação de vida.

Portanto, o Inferno não existe agora, presentemente. Não existe agora um lugar de tormento. Os imortalistas não precisam se preocupar, porque os seus parentes mortos que não se salvaram não estão queimando agora, e não serão atormentados para sempre.

8º Engano: A Salvação Vem Pelo Mérito da Pobreza

Por que o rico se perdeu? E por que Lázaro se salvou? O rico se perdeu porque era rico, e Lázaro se salvou porque era pobre. Ainda mais: o rico não era mau, não era ímpio, nem Lázaro era bom, e muito menos religioso. Mas Lázaro se salvou pelo mérito da pobreza e miséria em que se encontrava na terra.  

Certa vez um cristão se aproximou de um mendigo que lhe pediu uma esmola. Então, ele lhe passou uma esmola, e querendo ajudar mais com a mensagem do Evangelho, disse ao mendigo, que também era paralítico: "Você já aceitou a Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal?" O mendigo lhe falou: "Por quê?" "Ora", disse o cristão "porque Cristo pode curar a você, você será salvo e perdoado dos seus pecados, e levado para o Céu, e viverá eternamente!" "Mas, por que você acha que eu estou sofrendo tudo isso? Eu suporto a fome, o desprezo dos outros, eu sou paralítico! Quando eu morrer eu vou direto para o Céu, porque Deus vai me dar a recompensa, porque eu já paguei todos os meus pecados! Por isso eu estou sofrendo aqui na terra. E todos os ricos vão pagar no fogo do Inferno!" Ledo engano. Tudo errado.

Quais são as condições da salvação? O apóstolo Paulo ensina que tanto ricos como pobres são salvos pela graça de Deus pela fé que resulta em boas obras (Efé 2:8-10). A Bíblia fala que muitos ricos hão de se salvar, como Jó, Davi, Salomão, Nicodemos, Zaqueu. Mas também fala que muitos pobres vão se perder, junto com os ricos, e os grandes deste mundo (Apo 6:15-17).

Tudo indica que a Parábola do Rico e Lázaro não passa de uma alegoria, uma estória, uma simples parábola. Encontramos em Isaías uma estória semelhante, a Alegoria da Queda de Babilônia, em que os reis mortos falam entre si na sepultura a respeito do rei de Babilônia, que também foi morto e sepultado entre eles (Is 14:9-10). Também encontramos no livro de Juízes o Diálogo das Árvores em que elas falavam com outras 4 árvores pedindo-lhes que reinassem sobre elas (Jz 9:8-15). Esses são exemplos de alegorias e não podem ser tomadas ao pé da letra. 


Portanto, a estória do Rico e o Mendigo não é verdadeira, é uma estória imaginada da época conforme as ideias populares. E Jesus usou essas crendices e montou a parábola, a fim de advertir ao povo em seus próprios termos e em suas próprias estórias.

IV - LIÇÃO PRINCIPAL

Toda parábola tem uma lição principal, que serve de base e objetivo por que a parábola foi contada. E aqui temos a lição principal: Busque a Deus, enquanto você tem vida aqui nesta terra, porque depois da morte, não haverá mais oportunidade de salvação.

De que modo devemos buscar a Deus?

1. Devemos buscar a Deus prioritariamente.

Cristo contou essa parábola para os fariseus. O que acontecia com eles? Luc 16:14: Os fariseus "eram avarentos." As suas prioridades estavam nos bens materiais. A sua confiança estava no dinheiro e só se preparavam para as coisas desta vida, não para o futuro. Eles não estavam buscando a Deus; antes, buscavam as riquezas, e serviam a Mamon. Disse Cristo portanto: Preparai-vos para o amanhã de Deus. "Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Lc 16:13). "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt 6:33).

2. Devemos buscar a Deus reverentemente.

Luc 16:14: "Os fariseus ouviam tudo isso e O ridicularizavam". Não manifestavam reverência para com Cristo que lhes dizia a verdade. E Ele era Deus. Hoje muitas pessoas têm esta mesma atitude: Eles ouvem a verdade de Cristo, mas como não estão dispostos a abandonar os seus pecados, ridicularizam-nO, debocham dEle, e O rejeitam. Mas, a semelhança do rico da parábola, podem se perder para sempre. Esta é uma advertência para todos os que tratam as coisas de Deus levianamente, de modo debochado, ridicularizado. Mas Ele com infinito amor ainda estende o Seu convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei." (Mt 11:28).

3. Devemos buscar a Deus presentemente. 

Busque a Deus hoje, agora, antes que seja tarde demais. Para o rico, foi tarde demais. Os fariseus consideravam que uma pessoa rica era abençoada por Deus e já era por isso um candidato certo para a salvação eterna. Mas Cristo ensinou que isso era um engano. Ricos e pobres têm que buscar a Deus hoje porque depois da morte não haverá mais oportunidade de nos prepararmos para a eternidade. Hoje é o dia da salvação. Preparai-vos hoje para o amanhã de Deus.

CONCLUSÃO

1. Portanto, aqui temos não uma história verídica, mas uma parábola que não pode nos ensinar sobre o estado dos mortos, que jazem nas sepulturas, aguardando a ressurreição.

2. Mas a parábola tem uma lição principal como todas as parábolas: Busque a Deus antes que seja tarde demais.

3. Portanto, busquemos a Deus em primeiro lugar, busquemos a Deus prioritária, reverente, e presentemente.

4. Somente assim você poderá evitar o Inferno e alcançar o Céu.



PR. ROBERTO BIAGINI
Teólogo, Mestre em Teologia. Realizou vários cursos de Extensão Teológica da Andrews University e do Centro de Educação Contínua da DSA. Trabalhou como distrital de várias igrejas do centro, norte e sul do país. É casado com a Profª. Silvane Luckow Biagini, e tem dois filhos, Ângela e Roberto.





domingo, 25 de novembro de 2012

A Grande Esperança 8 - A Grande Esperança (Judas 14, 24, 25)

Sermão de sábado, 24/11 - A Grande Esperança (Judas 14, 24, 25), da semana, A Grande Esperança com Pr. Alejandro Bullón da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

sábado, 24 de novembro de 2012

A Grande Esperança 7 - Amor, o fundamento da esperança (Judas 21-23)

Sermão de sexta, 23/11 - Amor, o fundamento da esperança (Judas 21-23), da semana, A Grande Esperança com Pr. Alejandro Bullón da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Grande Esperança 6 - Viver sem esperança, não é viver (Judas 10 e 13)


A Grande Esperança, com Pr. Alejandro Bullón. Quinta, 22/11/12 - Viver sem esperança, não é viver. Judas 10-13.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A Grande Esperança 5 - A esperança da resurreição (Judas 9)


A Grande Esperança, com Pr. Alejandro Bullón. Quarta, 21/11/12 - A esperança da resurreição. Judas 9.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Grande Esperança 4 - Quando a esperança acaba (Judas 6 e 8)


Sermão de terça, 20/11 - Quando a esperança acaba (Judas 6 e 8) da semana, A Grande Esperança com Pr. Alejandro Bullón da Igreja Adventista do Sétimo Dia.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Grande Esperança 3 - Sem graça, não há esperança (Judas 4 e 5).

Sermão de segunda, 19/11 - Sem graça, não há Esperança (Judas 4 e 5) da semana A Grande Esperança com Pr. Alejandro Bullón da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Grande Esperança 2 - Defensores da Esperança (Judas 3).

Sermão de domingo, 18/11 - Defensores da Esperança (Judas 3) da semana A Grande Esperança com Pr. Alejandro Bullón da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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