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domingo, 4 de março de 2012

A Justificação Católica para Mudar o Sábado para o Domingo

Vejam a justificação católica para a mudança do sábado para o domingo… O pior é que os evangélicos aceitam as ordens do papa e guardam o domingo que é um sinal da autoridade papal. O sinal entre Deus e o Seu povo está escrito em Ezequiel 20:20; 12:20.

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Este material IMPRIMATUR… É genuinamente católico.

Nesta página vemos e comprovamos a origem das doutrinas católicas: Doutrinas de homens.

Que argumento interessante… A Igreja Católica “achou conveniente”… E como fica a vontade de Deus? E como fica o que Deus escreveu em tábuas de pedra? Que coisa… Como podem ter a “coragem” de reescrever a Palavra de Deus.

Fica uma pergunta: O fato dos protestantes dizerem que seguem as Escrituras e seguirem na realidade o que o papa ensina… Acham eles que estão desvinculados da Igreja Católica, mas, no fundo estão todos unidos na adoração ao poder papal.

O Salmo 118 e a “observância” do domingo


“A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular. Isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós. Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia.” (Nova Versão Internacional, grifo acrescentado).


Há muito tempo vários defensores da observância do primeiro dia da semana têm forçado o Salmo 118:22-24 a dizer o que ele não quer.


Afirmam tais estudiosos que o “dia em que o Senhor agiu” é uma referência ao dia da ressurreição de Jesus (domingo) e que, portanto, o salmista estaria profetizando a mudança do dia de guarda.


Entretanto, é impossível imaginar que Davi estivesse fazendo uma profecia sobre algo contrário ao que Jesus mesmo disse em Mateus 5:17-19. O Salvador garantiu que Ele não veio para mudar a Lei, tornando assim o plano de salvação algo incoerente (por que pagar a dívida por nossa desobediência a uma Lei que pode ser mudada?)


Ele veio para cumprir a Lei (que nesse texto se refere aos escritos de Moisés) no sentido de dar a ela o seu verdadeiro significado e mostrar a amplitude espiritual dela. Esse é o significado do termo grego para “cumprir” (pleroo).


Além disso, é de estranhar que Davi, um observador do sábado, que até compôs o que conhecemos como Salmos Sabáticos (do número 92 a 100), tenha profetizado a mudança do dia de guarda.


Mais estranho ainda é ele não ter feito pelo menos um Salmo (ou hino) para “comemorar” a santidade do domingo! Não estou fazendo uso do chamado “argumento do silêncio”, mas, refletindo no comportamento do salmista diante do dia de guarda.


NÃO É SÓ ISSO


A seguir, apresentarei outras razões que nos levam a ter certeza de que o Salmo 118 não fala da observância do domingo. Elas foram extraídas do livro Respostas a Objeções, de Francis Nichol (Casa Publicadora Brasileira, 2004), p.p. 159-162:


1) Em nenhum lugar a Bíblia diz que Cristo tornou-se a “principal pedra angular” pelo ato de ressuscitar dos mortos;


2) O contexto de Colossenses 1:18 indica que, se algum ato está sendo focalizado, é a morte de Cristo, que ocorreu no sexto dia da semana (Nota: para serem mais coerentes com o próprio argumento em torno do Salmo 118, os observadores do domingo deveriam observar a sexta-feira);


3) É evidente que a declaração de Paulo em Efésios 1:22, a respeito da supremacia de Cristo sobre a igreja, não justifica a conclusão de que a aquisição de Sua supremacia ocorreu no domingo da ressurreição;


4) O grande plano da salvação depende de uma série de importantes eventos (não somente a ressurreição): a crucifixão e o segundo advento;


5) Um exame dos versos que precedem e seguem a passagem (Sl 118:22-24) revela que o salmista aqui está preocupado com o assunto amplo da salvação (e não com a observância do domingo). Assim diz o verso 21: “Render-te-ei graças porque me acudiste e foste a minha salvação”. Diz o verso 25: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade!”. Compare o comentário de Pedro no Novo Testamento: “Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro” (At 4:11, 12).


6) De acordo com o apóstolo Paulo (2Co 6:2), o “dia da salvação”, do qual os profetas tinham escrito, era o “agora” (decidir-se pela salvação HOJE), quando ele estava escrevendo à igreja de Corinto, muitos anos depois da ressurreição.


7) O paralelo do Salmo 118:22-24 é com João 8:56. Veja:


“Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”


“Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se.


O paralelismo é perfeito. Aqui vemos que Abraão, com olhar profético, antecipou o próprio tempo em que Cristo estaria diante dos homens para lhes oferecer a salvação e “regozijou-se”. Evidentemente, o “dia da salvação”, segundo esse texto paralelo, começou antes da ressurreição.


A conclusão natural é que o Salmista está falando do dia da salvação que seria anunciado claramente pelo advento de nosso Senhor como o Salvador da humanidade.


E para encerrar, Francis Nichol continua: “A Bíblia revela que Abraão ‘regozijou-se’ e ‘alegrou-se’ em relação ao ‘dia’ do qual falou o salmista. Há algum defensor do domingo tão corajoso a ponto de afirmar que Abraão guardou o domingo?”


CONSELHO FINAL DESTE IRMÃO


Aceite os fatos não por causa dos adventistas, mas, por causa do seu amor e respeito a Deus(Jo 14:15). E, medite no fato de Davi ter escritos os salmos sabáticos e não “salmos dominicais”.


Ah! Não se esqueça do que Jesus ensinou em Mateus 5:17-19. Isso evitará que sua mente divague em busca de novos “argumentos”, além dos que Deus já expos claramente nas Escrituras a respeito do assunto.


Um abraço e que “O Senhor do Sábado” (Mc 2:28; Mt 12:8) lhe abençoe e guarde.
Leandro Quadros

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Série Verdades Bíblicas com Cid Moreira - 15 A Origem da Guarda do Domingo

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

“Dia do Senhor” (Apoc. 1:10)

“Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta.”
A expressão grega – Kuriakê hemera – dia do Senhor, não deixa dúvida alguma de que o profeta se refere a um dia de propriedade do Senhor, desde que a vocábulo kuriakê é adjetivo possessivo que está determinando o substantivo hemera – dia, como posse. Em outras palavras, João faz alusão a um dia semanal que, antes da visão, ele considerava como “dia do Senhor” propriedade do Senhor.
Esta expressão aparece apenas uma vez na Bíblia. Em I Cor. 11:20 encontramos uma frase mais ou menos semelhante a esta, referindo-se à Ceia do Senhor –  kuriakón deipnon.
A que dia está se referindo o apóstolo com esta afirmação?
Cinco posicionamentos são apresentados:
1º) Abrangendo toda a dispensação cristã e não qualquer particular dia de vinte e quatro horas.
2º) Uma segunda classe sustenta que se refere ao dia do Juízo.
3º) É uma referência ao dia do imperador.
4º) Um grupo mais numeroso, por óbvias razões, defende ardorosamente que é uma referência ao dia de domingo.
5º) Ainda outra classe mantém o principio, que Kuriakê hemera significa o sétimo dia, o sábado do Senhor.
O Dia da Dispensação Cristã
Há ponderáveis razões para se rejeitar esta interpretação, considerando-se os seguintes fatores:
Segundo o contexto da passagem (Apoc. 1:9-10). Sabemos o lugar da visão – ilha de Patmos; o motivo de estar ali – por causa da palavra do Senhor; sua condição em visão – no espírito, e o tempo especifico do recebimento da visão – no dia do Senhor. Estas circunstâncias nos cientificam de que o dia em que foi dada a visão tem uma existência real e não simbólica ou mística. Os que defendem que significa toda a dispensação cristã lhe atribuem um significado simbólico que não é admissível.
Dia do Juízo
Embora João tivesse tido uma visão sobre o dia do juízo, não poderia ter sido neste dia, porque este ainda estava no futuro.
Esta interpretação não pode ser aceita quando sabemos:
1º) Vincent em Word Studies in the New Testament, vol. II, pág. 425, comentando Apoc. 1:10, assim se expressa:
“Dia do juízo é expresso no Novo Testamento por he hemera tu kuriu – II Tes. 2: 2; ou – hemera kuriu – II Ped. 3:10; ou ainda - hemera christu – o dia de Cristo – Fil. 2:16″.
2º) O SDABC (Comentário Bíblico Adventista) comentando esta mesma passagem afirma:
“O contexto nos indica que a expresso ‘dia do Senhor’ se refere ao tempo em que João teve a visão e não ao seu conteúdo”.
3º) A palavra traduzida por em é en, e, quando se refere a tempo, é definida por Robertson nos seguintes termos: “tempo em que, um ponto ou período definido em, durante o qual alguma coisa se realizou”. Nunca significa acerca de, sobre. Assim sendo os que defendem que João estava se referindo ao dia do juízo, estão em contradição com a linguagem usada, querendo que a preposição en (em) signifique acerca, sobre, em vez de en (em), e talvez o pior ainda é que fazem João afirmar uma estranha falsidade, ao declarar que teve uma visão na ilha de Patmos, há aproximadamente dezenove séculos, no dia do juízo, que ainda hoje se encontra no futuro.
Dia do Imperador
A História nos confirma que no Império Romano o Imperador era freqüentemente chamado de Kúrios – Senhor, conseqüentemente todas as coisas pertencentes ao Imperador eram denominadas de Kuriakós = do Senhor.
Isbon T. Beckwith, no livro The Apocalypse of John, pág, 435 nos diz que o primeiro dia do mês era chamado na Ásia Menor – “Dia do Imperador”.
Embora houvesse o “Dia do Imperador” e a expressão “Kuriakós” para designar as coisas pertencentes ao imperador, seria difícil concluirmos que João se estivesse referindo a um dia imperial, quando atentamos para o fato de que ele fora perseguido e estava exilado, na ilha de Patmos, por negar-se a prestar culto ao imperador.
O Comentário Adventista pondera muito apropriadamente, ao explicar Apoc. 1:10.
“Parece mais provável que João tenha escolhido a expressão “Kuriakê Hemera“, para designar o dia do sábado, como uma penetrante maneira de proclamar o seguinte fato: Como o imperador tinha um dia devotado a sua honra, assim o Senhor de João, por cuja causa ele agora sofria, também tem o seu dia”.
Dia do Domingo
Este ponto de vista é defendido pela maioria dos comentaristas católicos e protestantes, interessados em justificar pela Bíblia que o domingo é o dia do Senhor.
Será que há provas bíblicas para fazer tal afirmação?
A resposta a esta pergunta apenas pode ser uma forte negação – nem uma prova bíblica jamais foi encontrada neste sentido.
A história eclesiástica nos confirma que os pais da igreja fizeram longo uso da expressão “Kuriakê hemera” para o primeiro dia da semana. Por esta razão muitos estudiosos argumentaram, que Kuriakê hemera, em Apoc. 1:10, também se refere ao domingo e que João não apenas recebeu sua visão naquele dia, mas também o reconheceu como o “dia do Senhor” pelo fato de naquele dia o Senhor haver ressuscitado dos mortos.
Esta argumentação não subsiste quando se pondera o seguinte, de acordo com o SDABC (Comentário Bíblico Adventista), vol. VII, pág. 735:
“Existem razões tanto negativas como positivas para a rejeição desta interpretação. A primeira é o reconhecimento do princípio do método histórico que declara que uma alusão deve ser interpretada somente em termos da evidência que lhe antecede no ponto de vista do tempo, ou que lhe seja contemporânea e não por dados históricos dum período posterior. Este princípio tem um aspecto importante no problema do significado da expressão ‘dia do Senhor’ como aparece na presente passagem. Embora este termo ocorra freqüentemente nos Pais da Igreja sem a significação de domingo, a primeira evidência conclusiva de tal uso não aparece senão na última parte do segundo século, no apócrifo Evangelho Segundo Pedro (9-12; ANF. Vol. 9, pág. 8), onde o dia da ressurreição de Cristo é denominado ‘dia do Senhor’. Desde que este documento foi escrito pelo menos três quartos de séculos ap6s João ter escrito o Apocalipse, ele não pode ser apresentado como prova de que a frase ‘dia do Senhor’ no tempo de João se refere ao domingo”.
O domingo ou primeiro dia da semana é designado no grego neotestamentário pelas expressões – mia ton sabbaton – Mar. 16:2; Luc. 24:1; S. João 20:1, 19; Atos 20:7; I Cor. 16:2 e – prote sabbatu – Marcos 16: 9.
Arnaldo B. Christianini em Subtilezas do Erro, na minuciosa análise histórica e exegética do livro O Sabatismo à Luz da Palavra de Deus de Ricardo Pitrowiski, inseriu um capítulo – “O Dia do Senhor”, do qual destacamos estes pensamentos:
“. . . o fato de um profeta ter visão em determinado dia, não significa que tal dia deve ser guardado. A santidade de um dia repousa em base mais sólida, fundamenta-se num claro e insofismável ‘assim diz o Senhor’.
“A afirmação de que ‘dia do Senhor’ nessa passagem se refira indiscutivelmente ao primeiro dia da semana é baseada em presunção sem nenhum valor probante. O fato de em fins do segundo século da era cristã surgirem escritos aludindo ao primeiro dia da semana como sendo ‘dia do Senhor’, não autoriza a dogmatizar que João também se referia ao domingo”.
O Sábado – O Dia do Senhor
Tendo analisado as quatro posições anteriores, nossa atenção se fixará na declaração de que o sábado é o “dia do Senhor”. Após os seis dias da Criação, Deus reservou o sétimo dia para Si, colocando sobre ele a Sua bênção e reclamando-o como Seu santo dia. Gên. 2:2-3.
A Bíblia está repleta de declarações convincentes de que o sábado é o dia do Senhor, destacando-se entre estas por sua clareza ímpar as seguintes:
a)     Êxodo 16:23 – “Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor.”
b)    Êxodo 20:8-11 – “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. … porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.”
c)     Isaías 58:13 – “. . . mas se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor digno de honra. . .”
d)    Mat. 12:8 – “Porque o Filho do homem é Senhor do sábado.”
“Cristo se apresenta como – Senhor do sábado. Desde que é o Senhor dos homens, Ele é também Senhor sobre o que foi feito para os homens – o sábado – Marcos 2:28.
“Assim, quando a frase ‘Dia do Senhor’ é interpretada de acordo com as evidências anteriores e contemporâneas dos dias de João, torna-se evidente que não há referência a nenhum outro dia a não ser o sábado ou o sétimo dia da semana”. – SDABC, Vol. VII, pág. 736.
Em conclusão são oportunas ainda as asseverações do livro já citado de Arnaldo B. Christianini, págs. 177-178:
“Temos fundadas razões para crer que S. João se referia ao sábado. Porque, consoante a Bíblia, o único ‘dia do Senhor’ que nela se menciona é o sábado. . .
“O discípulo amado conhecia muito bem as palavras do Decálogo (Êxodo 20:10) bem como as de Isaías (Isa. 58:13). À vista disso, não precisamos ter dúvida quanto ao dia a que ele quis referir-se quando no Apocalipse escreveu: ‘fui arrebatado em espírito no dia do Senhor’.”
É uma verdade acaciana entre os comentaristas, que em nenhum lugar da Bíblia, se encontra uma afirmação que identifique o primeiro dia da semana como o dia do Senhor.
Texto de autoria de Pedro Apolinário, extraído da apostila Explicação de Textos Difíceis da Bíblia.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como guardar o Sábado


Se você aceitou que o Sábado é o Dia do Senhor, provavelmente deve estar se perguntando:

Como vou guardar este dia?

A resposta está na própria Bíblia, veja estes versos:
E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia, de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o Santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera. Gen. 2:2,3
Deus havia completado a obra da criação no sexto dia. Tudo estava feito, os animais, as plantas, o homem e tudo mais. A santa Palavra diz então que Deus descansou no sétimo dia de toda a obra que havia feito.
Eu pergunto: Será que Deus se cansa?
Será que precisava de um dia inteiro para recuperar as sua energia?
Precisava de férias?
É lógico que não.
Deus somente quis nos dar um exemplo de como deveria funcionar nossas semanas.
Como deveríamos agir para descansarmos dos 6 dias de trabalho.

Não esqueça:
“O Sábado foi feito por causado homem. Não o homem por causa do Sábado.” Marcos 2:27
Deus quis mostrar ao homem que depois de seis dias trabalhando, correndo de lá prá cá, ele deveria tirar um tempo para descansar. Deve “separar um dia para o repouso e recuperação de sua energias.
O Sábado é o dia da semana no qual devemos deixar de lado todos os nossos problemas, nossas dívidas, nossas preocupações e utilizar este dia para descanso da mente e do corpo.
A Bíblia diz que Deus abençoou o Sábado. Diz também que Ele santificou este dia.
Ora, santificar quer dizer separar, deixar de lado. Deus tornou o Sábado um dia de e descanso.

“Lembra-te do dia do Sábado para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nele nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus a terra, o mar e tudo o que neles há, e, no sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de Sábado e o santificou”. Êxodo 20: 8-11
Deus nos manda lembrar de santificar o Sábado (separar). E aconselha a que ninguém trabalhe neste dia. Nem você, nem seu cônjuge, nem seus filhos ou empregados. Deus pede que este seja um dia especial para a família em geral e explica porque:
Ele quer que nós nos lembremos sempre que somos criaturas Suas e que é Seu poder que nos mantém vivos. Ele sabia que o homem ficaria correndo de um lado para o outro preocupado com suas próprias coisas, e que teríamos muito pouco tempo para meditar sobre Ele e suas obra.
Por isto Ele estabeleceu este dia. Para que parássemos. Lembre-se que quando Deus fala em parar de trabalhar, Ele está falando não só do pai com seu trabalho diário, mais também da mãe com sua correria doméstica, dos filhos com seus estudos e de nosso empregados e funcionários que nos ajudam nas labutas do dia a dia. Todos devem parar e devem fazer deste dia um dia especial.
“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao Sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse.” Is. 58:13-14
Aqui a forma de guardar o Sábado é melhor explicada.
Como posso parar de profanar Sábado?
Não falando as minhas próprias palavras. Não tendo conversas vãs neste dia.Não andando nos meus próprios caminhos. Não fazendo as coisas que são do meu interesse.
Devo dedicar as atividades que beneficiem aos outros. Levar a palavra de Deus a outras pessoas. Visitar um pessoas doente ou necessitada. Fazer ações que beneficiem a outros.
Lembra do capítulo “O Sábado e o Dízimo?
Ali nós vimos como todo mandamento se baseia em princípios e o Sábado tem o mesmo principio do dízimo. Se você entendeu este principio, é fácil guardar o Sábado.
Devemos guardar o Sábado tendo em nossa mente que este dia, como o dízimo , não nos pertence. Ele não é nosso. É um tempo reservado e santificado por Deus. Devemos neste dia se abster de fazer qualquer coisa que poderíamos fazer em outros dias, outras horas. Devemos devolver estas horas para o Senhor em forma de agradecimento pela semana toda e oferecer a Ele e ao nosso próximo nossa atenção e serviços, sempre tendo em mente honrar ao criador.
Existem regras para guardar o Sábado?

Não existem regras para guardar o Sábado. Se fizermos isto estaremos correndo o risco de agirmos como os fariseus no tempo de Jesus que tornaram o Sábado um fardo.
Porém, como seguidores da Bíblia, nós procuramos guardar o Sábado da mesma forma como ele era guardado na antigüidade,
especialmente guarda-lo como Jesus guardou.
Como Adventistas do Sétimo dia, nós desenvolvemos certos costumes, não regras para a guarda do Sábado. Isto nos tem ajudado a melhor dedicar este dia.
Veja algumas delas:

“Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é licito, nos sábados, fazer o bem.” Mateus 12:12
Jesus fazia o bem no Sábado e isto devemos fazer também.
Não só no Sábado, mais “especialmente” no Sábado. Faça visitas aos doentes e aos necessitados. Torne o seu Sábado um dia especial de ajuda aos outros.
“...De uma tarde a outra celebrareis o vosso Sábado.” Lev. 23:32
A convenção que o dia muda a meia noite é recente. Até pouco tempo atrás, como a Bíblia ensina, o dia começava com a noite e terminava com o pôr do sol.
Vinte e quatro horas exatas, independente dos horário de verão e outras invenções humanas. Portanto, nós que acreditamos no Sábado temos o costume bíblico de começar o dia no pôr do sol de Sexta feira e termina-lo no pôr do sol de Sábado.
Fazendo isto, temos também um vantagem extra. Quando o Sábado se inicia e se encerra estamos acordado e preparados para recebe-lo. É muito comum fazermos um culto doméstico com nossa família, cantando hinos, citando passagens bíblicas e orando pedindo que Deus abençoe este dia. Se o Sábado começar a meia noite, provavelmente estaríamos dormindo e não haveria como recebe-lo adequadamente. Outra vantagem é que, independente do lugar em que se esteja, com relógio ou não, sabemos quando começa e onde termina o Sábado.
“ E, chegada a tarde, porquanto era dia de preparação, isto é, a véspera do Sábado,” Marcos 15:42
Os judeus chamam a Sexta feira de dia da preparação, pois é neste dia que todos os preparativos para o Sábado são realizados. É na Sexta que se prepara a roupa a ser usada na igreja, as refeições que serão consumidas naquele dia, as ofertas e outras coisas. As lojas e comércios são fechadas mias cedo, para que os pais possam estar em casa no pôr do sol.
A um ar de ansiedade e expectativa, como os preparativos para um grande festa, ou a chegada de um parente distante. Apesar de sempre presente, neste dia fazemos um convite especial para que Jesus venha habitar conosco nestas próximas 24 horas.
Ele é o convidado especial.
Na Sexta feira procuramos deixar a casa em ordem e deixamos a refeição principal do sábado já pronta. Porque? Porque tanto a mulher como o homem tem direito e o dever de descansar neste dia. Nada de ficar horas na cozinha, limpando casa, cuidando da louça.
Este é um dia especial. É muito melhor gastar alguns poucos minutos esquentando uma refeição do que passar duas ou três horas preparando-a.
Normalmente no Sábado nós nos abstemos de diversas coisas que desviam nossa atenção deste dia especial e roubam nosso tempo para estudar a sua palavra e meditar sobre a sua criação. Por isto é costume não assistir televisão, escutar rádio ou ir a festas.
Fica difícil pensar em Jesus ouvindo no Jornal Nacional que o governo adotou tal medida econômica, que morreram 5 em um acidente de
carro ou conversando com os amigos sobre o jogo de futebol.
O Sábado é especial. Eu pessoalmente passo a sexta a noite com minha família, lendo, escutando música sacra ou vendo algum filme sobre Jesus. Um noite agradável em família.
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos a casa do Senhor!” Salmos 122:1
Jesus tinha o costume de ir a igreja aos Sábados. Então devemos imita-lo.
Devemos nos congregar, aprender mais sobre sua palavra, ensinar os novos na fé, enfim, nos reunirmos com nosso irmão e repartirmos com eles as bênçãos sabáticas.
Durante o Sábado, ensine seus filhos sobre a razão deste dia. Passeie com eles pela natureza e ensine-os de que tudo foi feito por Deus.
Ensine-o a acreditar na criação.
Ensine-o a ser grato a Deus por tudo.
Ensine-o a amar o nosso Pai como Ele nos amou.
Não há regra para guardar o Sábado, há princípios. Deus Santificou e abençoou o Sábado.
O Sábado é para nosso refrigério, convívio familiar e louvor a Deus. Na dúvida, ore e pergunte a Jesus se Ele faria esta ou aquela coisa se estivesse no seu lugar.
Esta é a melhor regra a ser seguida.
Se você deseja saber o endereço de uma igreja que guarda o Sábado perto de sua residência, CLIQUE AQUI.
Bom Sábado! 
Artigo extraído do livro Sábado, o selo de Deus, pelo Site Bíblia e a Ciência
Livro de autoria de Peter P. Goldschmidt, capítulo 10 (último)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

As "Coletas" da Igreja de Corinto

Emprega-se muito o surrado texto de I Coríntios 16:2, na tentativa de "justificar", pela Bíblia, a guarda do domingo. Muitos, valem-se da versão Almeida comum, que omite a expressão "em casa" encontrada no texto original. E argumentam: "Ora, se cada um pusesse de parte 'em sua casa' o dinheiro, teria que ser feita a coleta quando Paulo chegasse e era justamente isto o que queria evitar!"
Veremos como isto se pulveriza a um simples sopro de verdade. Nem haveria necessidade de argumentar, pois o próprio texto de Almeida na Versão Revista e Atualizada no Brasil, se encarregaria de fulminar a falsidade. Ei-la:
  • "Quanto à coleta para os santos, fazei vós como também ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for."
Maior clareza não pode haver! Torna-se dispensável qualquer comentário! A Simples leitura do texto nos convence de que:
  1. Não se tratava de culto nem de reunião de espécie alguma no primeiro dia da semana.
  2. A coleta não era feita na igreja.
  3. A coleta não era parte do culto nem se destinava à igreja local.
  4. Era uma separação de dinheiro que cada um devia fazer em sua casa.
  1. Quando Paulo viesse, cada um lhe entregaria o total de sua separação semanal, que Paulo levaria ou mandaria para os crentes pobres de Jerusalém. Não se faria coleta alguma quando Paulo viesse, porquanto esta já fora feita, já estava pronta. Paulo somente a tomaria para encaminhá-la ao seu destino.
Notemos no texto a expressão "pôr de parte", separar, reservar, depois de um balanço na situação, "conforme a prosperidade". Ora, se se tratasse de coleta feita num culto, Paulo não usaria estas expressões. Notemos mais a demolidora expressão "em casa" que está no texto original, e também nas melhores traduções. Isto liquida a pretensão de ser a coleta feita na igreja. Notemos ainda a expressão "e vá juntando", o que indica uma acumulação que se formava gradativamente mediante periódicas reservas de dinheiro.
Por que num "primeiro dia da semana"? Porque com o sábado findava-se a semana. Os cristãos eram previdentes e organizados. Era costume, no início da semana, logo no seu primeiro dia, planejarem suas atividades seculares, considerarem os gastos da semana anterior, anteciparem providências e fazerem previsão dos gastos para a nova semana. Uma questão de contabilidade doméstica. Paulo lhes recomenda que, ao fazerem a costumeira previsão, no início da semana, não se esqueçam de separar, o que fosse possível, em dinheiro para os pobres de Jerusalém, colocando o donativo numa caixa em seus lares. A idéia de Culto ou de reunião dominical é completamente estranha ao texto, e seria uma deslealdade à Bíblia forçá-la aqui.
O The Cambridge Bible For Schools and Colleges, autorizado comentário das Escrituras publicado pela Cambridge University Press dos prelados da igreja Anglicana, declara, comentando este texto, que "não podemos inferir desta passagem que os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana". E prossegue:
"'Cada um ponha de lado', isto é, em casa, no lar, não em reunião como geralmente se supõe. Ele [Paulo] fala aqui de um costume que havia naquele tempo, de se colocar uma pequena caixa ao lado da cama, e dentro dela se depositavam as ofertas, depois de se fazer oração". - Parte "The First Epistle to the Corinthians", editado por J. J. Lias, pág. 164.
Notemos que este comentário é insuspeito, porque é dos ardorosos advogados do repouso dominical. A seguir, citaremos interessante testemunho católico. O cônego Hugo Bressane de Araújo, em seu opúsculo Perguntas e Respostas, vol. 1, pág. 23, escreve o seguinte:
"'Pergunta: Mas dizem os protestantes que S. Paulo manda guardar o domingo.'
'Resposta: Não. S. Paulo, na I Epístola aos Coríntios, cap. XVI, só ordena que se faça uma coleta para os pobres no primeiro dia da semana; eis as palavras do Apóstolo; vers. 2.º - 'Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte alguma coisa em casa, guardando assim o que bem lhe parecer, para que se não façam as coletas quando eu chegar.' Porventura esta determinação do Apóstolo acerca das esmolas para os pobres de Jerusalém anula o preceito sobre a observância do sábado?'" - Edições 1931, págs. 23 e 24.
Este comentário também é insuspeito, por ser de origem da instituição responsável pela observância dominical religiosa. Alinhemos ainda alguns testemunhos de pessoas guardadoras do domingo:
Sir Willian Domville, em seu livro The Sabbath, entre outras considerações diz:
"É estranhável que um texto que nada diz a respeito de qualquer reunião para qualquer propósito, venha a ser usado para provar um costume de reunir finalidades religiosas!... Se é insustentável inferir do texto um costume de reunir - pois nele não se menciona reunião alguma - parece ainda mais insustentável, e mais incoerente inferir dele... que a ordem de reservar um donativo em casa signifique que o mesmo deveria ser dado na igreja...
A tradução em nossas Bíblias comuns é exatamente como o original: 'Cada um de vós ponha de parte em casa'. Uma tradução ainda mais literal da palavra original thesaurizon (acumulando), mostra de modo mais claro que cada irmão contribuinte devia ir ajuntando por si mesmo, e não entregar a oferta de semana em semana a uma outra pessoa." - The Sabbath, págs. 101 à 104.
Diz Neander: "Contudo não podemos de modo algum ver aqui qualquer observância especial do dia, como afirma Osiander."
John Peter Lange, outro comentarista muito citado, conclui: "A expressão é, pois, conclusiva contra a opinião prevalecente de que a coleta se fazia na igreja. Era ela um negócio individual e privado". E mais adiante: "'E vá juntando'... Em virtude de todo domingo alguma contribuição ser posta à parte, formaria, sem dúvida uma acumulação".
Era, sem dúvida, esta "acumulação" que Paulo tomaria e enviaria de uma só vez, já pronta, para Jerusalém.
A Enciclopédia Bíblica (em inglês), de Cheyne and Black, no artigo "dia do Senhor", comenta esta passagem, chegando à seguinte conclusão: "Não devemos, no entanto, passar por alto o fato de que a dádiva de cada um devia ser separada particularmente (par hauto) isto é, em seu próprio lar, e não em alguma assembléia de adoração".
Outro fato digno de nota é que, antes do fim do quarto século de nossa era, ninguém se lembrou de valer-se deste texto para pretender confirmar a guarda do domingo. O primeiro a fazê-lo foi Crisóstomo, em sua Homília 43 sobre I Coríntios. No entanto, o próprio Crisóstomo admite que a coleta não se fazia na igreja. Eis textualmente seu comentário:
"S. Paulo não afirmou que trouxessem suas ofertas à igreja, para que não se envergonhassem da pequenez da quantia; mas, 'aumentando-a aos poucos em casa, que a tragam, quando eu chegar'; por ora, vão juntando, em casa, e façam de suas casas uma igreja e de seu mealheiro um cofre". Eis o silogismo: 
  • Premissa Maior: O dia em que o crente, em casa, põe de parte um donativo para os pobres, é o dia de guarda;
  • Premissa Menor: Ora, os crentes de Corinto faziam isso no primeiro dia da semana;
  • Conclusão: Logo, o primeiro dia da semana é dia de guarda.
Estará certa a premissa maior? Seria esta a forma de se estabelecer uma doutrina? Será sincero este modo de proceder com as coisas divinas?
Pensaram acaso os leitores como deveriam sentir-se os crentes de Corinto, se lhes fosse dado saber, naquela ocasião, que algumas professos cristãos do século XX haviam de tentar estabelecer a doutrina da guarda do domingo, no simples fato deles, os crentes coríntios, colocarem moedas em cofres domésticos com a intenção de ajudar os pobres de Jerusalém? Com certeza estes amigos de Paulo ficariam estarrecidos! E talvez bem aborrecidos também!

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 211.
Fonte: Artigo Extraído do Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 33

A Célebre Reunião de Trôade


Atos 20:7 reza: "E no primeiro dia da semana, ajundando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, discursava com eles; e alargou a prática até a meia-noite." - E desse texto, que relata um fato eventual da vida paulina, alguns tomam a liberdade de tirar as seguintes conclusões:
1. Que os crentes em Trôade reuniam-se regularmente aos domingos para o culto, e que esta foi uma reunião de Santa Ceia;
2. Que a reunião em tela não ocorreu sábado à noite, como admitimos por motivos óbvios;
3. Que Lucas, sendo gentio e escrevendo a um "romano", deveria valer-se da contagem romana de tempo, e não da judaica;
4. Que os romanos desde o início de sua história (753 a.C.) contavam os dias de meia-noite à meia-noite;
5. Que provavelmente (não afirmam com convicção) Lucas seguira o método romano.
  • Vamos pulverizar estas falsidades, seguindo, a ordem numérica acima estabelecida:
1. A afirmação de que os cristãos troadeanos se reuniam com absoluta regularidade aos domingos é temerária, destituída de fundamento, pois a Bíblia não se infere que havia, na época, tal costumes, e os documentos do primeiro século o desautorizam.
O Dr. Augusto Neander, abalizado escritor eclesiástico, insuspeito por ser observador do domingo, assim se refere à passagem de Atos 20:7: "A passagem não é absolutamente convincente [como prova da guarda do domingo], porque a partida iminente do apóstolo era motivo para reunir a pequenina igreja, em uma ceia fraternal, ocasião em que fez seu último discurso, embora não fosse culto especial de domingo nesse caso." 1
Também o autorizado Ellicott, observador do domingo, no seu comentário bíblico, assim considera esta passagem: "'Que havia de partir no dia seguinte.' - Pode parecer estranho que alguns sustentem a opinião exposta na nota anterior, de que o apóstolo e seus companheiros assim se propusessem a viajar no dia ao qual se transferissem todas as restrições do sábado judaico. No entanto, é de se lembrar: 1.º - que não há nenhuma prova de que S. Paulo pensasse em tais dias como assim mudados, mas bem ao contrário (Gálatas 4:10; Colossenses 2:16); e 2.º - que o navio, no qual seus amigos tomaram passagem, provavelmente não devia alterar seu dia de partida para satisfazer escrúpulos, mesmo que tais escrúpulos existissem." 2
Como se vê, foi um fato eventual, acidental, circunstancial que ocorreu. Citemos ainda o testemunho de Meyer: "Que nesse tempo o domingo já fosse regularmente observado por influentes corporações religiosas e os Agapae (plural do termo grego que significa amor, designando as refeições sociais, ou festas de amor, seguidas usualmente pela Ceia do Senhor, na primitiva igreja cristã), não pode, com efeito, ser provado como certeza histórica, visto que possivelmente a observância do Agapae nesta passagem, talvez ocorresse apenas acidentalmente no primeiro dia da semana, porque Paulo pretendia partir no dia seguinte e porque nem mesmo I Coríntios 16:2 e Apocalipse 1:10 distinguem necessariamente esse dia como separado para serviços religiosos." 3 
Quanto ao "partir o pão" há divergência de interpretação, sendo temerária a afirmação de que se tratasse da Santa Ceia. Este "partir o pão" era um ato que os cristãos primitivos praticavam diariamente (Atos 2:46), e não apenas no primeiro dia da semana, como se pretende insinuar. A própria Bíblia se encarrega de desmentir conclusões levianas.
Walker, notável historiador eclesiástico, assim comenta o costume: "... partiam o pão diariamente em casas particulares. Este 'partir o pão' servia a um fim duplo: era um elo de fraternidade e um meio de sustento para os necessitados." 4
2. O sistema de contar os dias de pôr do Sol a pôr do Sol vem da Criação, e está em toda a Bíblia. E quanto ao tempo referido na passagem de Atos 20:7, podemos alinhar um rol de citações que confirmam nosso ensino.
Conybeare and Howson, têm esta convicção: "Era o anoitecer que sucedia o sábado judaico. No domingo de manhã o navio deveria partir... Ele [Paulo] continuou sua solitária viagem naquele domingo, depois do meio-dia, na primavera, entre os carvalhais e córregos de Ida." 5
Robertson, admite: "Com toda probabilidade se reuniram em nosso sábado à noite - início do primeiro dia ao pôr do Sol." 6
Calvino, assim comenta a passagem: "É ponto pacífico que Paulo esperara pelo sábado, por que no dia anterior à sua partida, podia muito facilmente encontrar reunidos todos os discípulos num mesmo lugar. Digno de nota é o favor de todos eles, não se sentindo incomodados em que Paulo lhes discursassem até à meia-noite, embora necessitasse ele seguir viagem; tampouco se tratava de uma ocasião especial para serem instruídos. Pois não tinha o apóstolo outro motivo para alongar o seu discurso a não ser unicamente o profundo desejo e atenção dos seus ouvintes." 7 
  • Convém alinhar mais comentários de eruditos evangélicos, observadores do domingo:
Hackett, professor de grego do Novo Testamento, no Seminário Teológico de Rochester, diz em seu comentário: "Os judeus contavam o dia da tarde para a manhã, e sobre esta base a noite do primeiro dia seria nosso sábado à noite. Se Lucas aqui contava assim, como supõem muitos comentaristas, o apóstolo então aguardava o término do sábado judaico, e realizara sua última reunião religiosa com os irmãos em Trôade... na noite de sábado, e em conseqüência, recomeçara a viagem na manhã de domingo." 8
O autorizado e sempre citado Moffat, consigna o seguinte comentário sobre a passagem em lide: "Paulo e seus amigos não podiam, como bons judeus, iniciar uma viagem no sábado; fizeram-na tão cedo quanto foi possível, a saber, na madrugada do 'primeiro dia' - tendo o sábado expirado ao pôr do Sol." 9
Outro estudioso do assunto foi McGarvey: "Chego, portanto, à conclusão de que os irmãos se reuniram na noite após o sábado judaico, que era ainda observado como dia de repouso por todos dentre eles que eram judeus ou prosélitos; e considerando este fato, tal foi o início do primeiro dia da semana, empregado na maneira acima descrita. Na manhã de domingo, Paulo e seus companheiros reencetaram a viagem." 10
Robertson Nicoll nos diz sobre o assunto: "Vieram a Trôade, e lá permaneceram por uma semana, forçados sem dúvida pelas exigências do navio e seu carregamento. No primeiro dia da semana, S. Paulo reuniu a igreja para culto. A reunião realizou-se no que poderíamos chamar de sábado à noite; pois nos devemos lembrar de que o primeiro dia judaico começa ao pôr de Sol do sábado." 11
Stockes, outro comentarista de valor nos diz: "A reunião foi realizada no que poderíamos chamar a noite de sábado; pois nos devemos lembrar de que o primeiro dia judeu tinha início ao pôr do Sol do sábado." 12
Stifler, também autor de um comentário do livro Atos dos Apóstolos, nos informa: "Sem dúvida reuniram-se na noite de nosso sábado, de modo que o pão da comunhão foi partido antes do romper do dia, na manhã do nosso domingo." 13
Conviria lembrar a maneira bíblica de delimitar o dia. Para isso devem-se reler Gênesis 1:5, 8, 19, 23 e 31; Levítico 23:32, Marcos 1:32, 15:42 e outras passagens. Assim fica pulverizada a segunda conclusão leviana.
3. Grande erro é afirmar que Lucas, sendo gentio e escrevendo a outro gentio, se tivesse valido do sistema romano de demarcar o tempo. Os evangelhos sinóticos referem-se ao sistema judaico, ainda vigorante em seus dias. E também Lucas. Primeiramente vejamos no seu Evangelho dirigido ao mesmo Teófilo:
  • Lucas 2:8 - "vigílias da noite" (não havia tal entre os romanos).
  • Lucas 4:40 - "pôr do Sol".
  • Lucas 23:44 - "hora sexta" (½ dia entre os romanos) e também "hora nona" (3 horas entre os romanos).
  • Lucas 24:29 - "é tarde e já declina o dia" (referência clara ao pôr de Sol). 
Há também em Atos dos Apóstolos:
  • Atos 2:15 - "hora terceira" (9 horas entre os romanos).
  • Atos 3:1 - "hora nona" (15 horas).
  • Atos 10:3 - "hora nona".
  • Atos 10:9 - "hora sexta" (½ dia).
  • Atos 23:23 - "hora terceira" (21 horas) da noite. Cláudio Lísias não mandaria escoltar Paulo às três da madrugada... Lucas não se valeu da contagem romana. E assim fica fulminada a terceira conclusão imprudente.
4. Que os romanos desde o início de sua história adotassem o chamado "dia civil", é afirmação que provoca repúdios entre pessoas de certa cultura. Recomendaríamos o livro "Sunday in Roman Paganism", de Leo Robert Odom, que traz exaustivas provas de que o "dia civil" se implantou no início da era cristã.
Citaremos aqui apenas o testemunho de um escrito W. E. Allen: "No fim do primeiro século o método judaico não estaria mais em uso." 14
Deve-se dizer, em alto e bom som, que a Bíblia não se subordina aos arbítrios humanos, pois Deus não altera Suas normas. O modo bíblico de contar o tempo é sempre o mesmo. E se os oponentes da verdade, contra todas as provas, teimarem em afirmar que a reunião de Trôade se deu num primeiro dia da semana, então foi numa noite que findava esse dia, e então a "Santa Ceia" ocorreu numa segunda-feira, pois se deu depois da meia-noite!!!
5. Aquele advérbio "provavelmente" destrói o próprio argumento. Nos não nos basearíamos em doutrina alguma sobre probabilidades. Tudo no que cremos se assenta na sólida base de um "Assim diz o Senhor..."
Depois de expor estes fatos incontraditáveis, afirmamos: ainda que a reunião de Trôade se desse, sem sombra de dúvida, num domingo, e ainda que nela se celebrasse a Santa Ceia, nada disso constituiria prova de que o dia de repouso houvera sido mudado, pois não há na Bíblia recomendação taxativa a respeito.
A verdade, porém, é que Paulo passou aquele domingo caminhando a pé, de Trôade a Assôs, uma distância de várias dezenas de quilômetros. Bem analisada, a passagem é contrária à tese dominguista.

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 205.
Fonte:Artigo Extraído do Livro  O Selo de Deus na Lei, no capítulo 32

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Apocalipse 1:10 e o “Dia do Senhor”


Um opositor aos mandamentos de Deus afirma: “O primeiro dia da semana ou domingo tomou tanta importância, pelas coisas que se deram nele, especialmente pela ressurreição de Jesus, que se tornou comum entre os apóstolos e os cristãos primitivos chamá-lo ‘dia do Senhor’. A linguagem de João ‘Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor‘ (Apocalipse 1:10) revela o fato que qualquer pessoa no seu tempo, que lesse esse seu escrito saberia a que dia se referia, isto é, qual o dia que pertencia ao Senhor Jesus.”
Há nesse trecho nada menos que três afirmações destituídas de qualquer fundamento:
a) “… o domingo tomou tanta importância…”
Não tomou importância nenhuma. Tanto assim que os evangelistas sinóticos, escrevendo seus evangelhos sempre depois do ano 60, mais de 30 anos após a ressurreição, referem-se ao dia meramente como “o primeiro dia da semana”, sem nenhum título da santidade, sem nenhum caráter especial. Nos escritos apostólicos não se vê esta “tanta importância” que o opositor pretende. E o mesmo João, escrevendo seu evangelho, perto do ano 100 de nossa era, também refere ao dia como sendo “o primeiro dia da semana”. Quer dizer que no fim do primeiro século, o dia não tinha a “tanta importância” que lhe atribuem.
 E isto nos vai ser confirmado pelo pastor Albert C. Pittman: “Primitivamente reuniam-se [os cristãos] no domingo de manhã, porque o domingo não era um dia feriado, mas sim um dia de trabalho normal como os demais… Partilhavam de uma merenda religiosa e em seguida retornavam ao seu trabalho, para os labores da semana.” – The Watchman Examiner, 25 de outubro de 1956.
b) “… se tornou comum entre os apóstolos… chamá-lo ‘dia do Senhor’.”
Aí está outra ficção. Quais apóstolos? Onde? Quando? Como se prova que tornou comum entre os apóstolos designar o domingo como o “dia do Senhor”? Apontem-se seus escritos, por favor! Queremos provas!
c) “A linguagem de João: Eu fui arrebatado no ‘dia do Senhor’ revela o fato…”
Primeiramente o arrebatamento nada prova em favor da guarda do dia, aliás a nova versão bíblica diz “achei-me em espírito”, indicando apenas que o apóstolo teve as visões. João teve outras visões e, com relação a estas, não se menciona o dia em que ocorreram. A segunda visão se deu em dia não especificado (Apocalipse 4:2), e o fato de um profeta ter visão em determinado dia, não significa que tal dia deva ser guardado. A santidade de um dia repousa em base mais sólida, fundamenta-se num claro e insofismável “assim diz o Senhor”.
A afirmação que o “dia do Senhor” nessa passagem se refira indiscutivelmente ao primeiro dia da semana é baseada em presunção sem nenhum valor probante. O fato de em fins do segundo século da era cristã surgirem escritos aludindo ao primeiro dia da semana como sendo “dia do Senhor’, não autoriza ao dogmatizar que João também se referia ao domingo. Antes do ano 180 d.C., quando surgiu um falso Evangelho Segundo S. Pedro que afirmava ser o primeiro dia da semana o “dia do Senhor”, nada, absolutamente nada se pode invocar para dizer que João de referia ao domingo. O próprio Justino Mártir que alude a um costume que se implantava entre os cristãos, de se reunirem no primeiro dia da semana, ao dia, refere como”o dia do Sol” e não como o “dia do Senhor”.
A partir daqueles tempos, o título “dia do Senhor” aparece exuberantemente na literatura patrística. Mas é preciso provar que João tinha em mente o primeiro dia da semana quando escreveu “dia do Senhor”. Autoridades evangélicas afirmam que João escreveu seu evangelho depois do Apocalipse, situando-se entre 96 a 99 d.C., tais como: Albert Barnes, em suas Notas Sobre os Evangelhos, John Beatty Howell em sua tabela de datas, W. W. Rand, em seu Dicionário Bíblico, e comentaristas Bloomfield, Dr. Hales, Horne, Nevinse Olshausen, Williston Walker e muitos outros.
Isso é importante, pois se João, no Apocalipse, escrito antes, se refere ao domingo como o “dia do Senhor”, como então no seu evangelho, escrito posteriormente, volta a referir-se simplesmente ao “primeiro dia da semana”? (João 20:1 e 19).
 Temos fundadas razões para crer que S. João se referia ao sábado. Porque, consoante a Bíblia, o único “dia do Senhor” que nela se menciona é o sábado. Leia-se cuidadosamente Isaías 58:13: “santo dia do Senhor“. O quarto mandamento em Êxodo 20:10 diz: “o sétimo dia é o sábado do Senhor.” Em Marcos 2:28 lemos: “O Filho do homem é Senhor até do sábado.”
E a Revista de Jovens e Adultos para Escola Dominical, editada pela Convenção Batista Brasileira, relativa ao 4.º trimestre de 1938, pág. 15, assim comenta este versículo: “… o ‘Filho do homem é Senhor do sábado (Marcos 2:28)’; isto é… o sábado é o ‘dia do Senhor’, o dia em que Ele é Senhor e pelo Seu senhorio Ele restaura o Seu dia ao seu verdadeiro desígnio.”
O discípulo amado conhecida muito bem as palavras do Decálogo (Êxodo 20:10) bem como as de Isaías (Isaías 58:13). À vista disso, não precisamos ter duvidas quanto ao dia a que ele quis referir-se quando no Apocalipse escreveu: “fui arrebatado em espírito no dia do Senhor”. Só posteriormente, com a fermentação da apostasia na igreja primitiva, é que o domingo foi tomando corpo, e a designação “dia do Senhor” lhe foi dada deliberadamente.
¤ Heylin, erudito de projeção intelectual, da Igreja da Inglaterra, escritor bem informado, dá o seguinte testemunho:
“Tomai o que quiserdes, ou os pais [da igreja] ou os modernos: e não encontraremos nenhum dia do Senhor instituído por mandamento apostólico: nenhum ‘sabbath’ [dia de repouso] por eles firmados sobre o primeiro dia da semana. Vemos assim sobre que bases se assenta o dia do Senhor: primeiro sobre o costume e a consagração voluntária desse dia para reuniões religiosas; tal costume continuou favorecido pela autoridade da igreja de Deus, que tacitamente o aprovava; e finalmente foi confirmado e ratificado pelos príncipes cristãos em todos os seus impérios. E como dia de descanso dos trabalhos e abstenção dos negócios, recebeu sua maior força dos magistrados civis enquanto detinham o poder, e a seguir dos cânones, decretos de concílios, decretais dos papas, ordens de prelados de categoria quando a direção dos negócios eclesiásticos lhes era exclusivamente confiada. Estou certo de que assim não foi com o antigo sábado, o qual nem teve origem no costume – e o povo não se adiantara a ponto de dar um dia a Deus – nem exigiu qualquer favorecimento ou autoridade dos reis de Israel para ser confirmado ou ratificado. O Senhor falou que Ele queria ter um dia em sete, exatamente o sétimo dia da criação do mundo, para ser dia de repouso para todo Seu povo, e este nada mais tinha a fazer senão de boa vontade submeter-se à Sua vontade e obedecer-lhe… Assim, porém, não ocorreu no caso em tela. O dia do Senhor [domingo] não tem nenhuma ordem para que deva ser santificado; mas foi evidentemente deixado ao povo de Deus determinar este ou outro dia qualquer, para uso notório. E assim foi adotado por eles, e tornado um dia de reunião da congregação para práticas religiosas; contudo, por trezentos anos não houve lei alguma que o impusesse aos crentes e tampouco se exigia a cessação do trabalho ou de negócios seculares nesse dia.” – Dr. Peter Heylin, em History of the Sabbath, 2.ª parte, capítulos I e III, seção 12.
¤ ”Quando os antigos pais da Igreja falam do dia do Senhor, eles, às vezes, talvez por comparação, o liguem ao dia de repouso; porém jamais encontramos, anterior à conversação de Constantino, uma citação proibitória de qualquer trabalho ou ocupação no mencionado dia; e se houve alguma, em grande medida se trata de coisas sem importância, pelas razões que apresentavam.” – Smith’s Dictionary of the Bible, pág. 593.
 Depois de tudo isto, ainda que se pudesse provar (o que é absolutamente impossível) que João tivera a visão num primeiro dia da semana, isto em nada altera a observância do sétimo dia da semana, pois não tem relação alguma com o dia do repouso do cristão, e muito menos se destina a abolir o sábado do Decálogo.
A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 201.
Fonte: Artigo extraído do Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 31

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