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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

“A Bíblia não diz que o dízimo deve ser em dinheiro”

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 No dia 25/03/2009, no programa Na Mira da Verdade, houve uma pergunta sobre o dízimo e eu gostaria de fazer algumas considerações sobre o assunto. Eu esquadrinhei a Bíblia e não consegui encontrar qualquer referencia sobre dízimo mensal, em dinheiro. Pelo contrário: em Deuteronômio 14: 22 a 29 fica bem claro que o dízimo nunca poderia ser em dinheiro. Por que Jesus Cristo não deu o dízimo? Por que não aconselhou que se desse o dízimo? Por que a viúva pobre deu uma oferta de tudo o que tinha e não o dízimo? Por que Paulo pedia oferta e não dízimo? Onde está escrito na Bíblia que o dízimo é para evangelizar? A Bíblia, a meu ver, não deixa dúvidas: o dízimo era ofertado simbolicamente a Deus e na prática era entregue aos levitas, para seu sustento. Em algum momento Deus mudou esta ordenança? Deus, por acaso, disse: “Quando não houver mais levitas o dízimo deverá ser dado à igreja mensalmente e em dinheiro”? A passagem bíblica favorita das igrejas em geral é a que está no livro de Malaquias, só que lá não se fala em dinheiro e sim em dízimo. Quando Jesus Cristo criticou os fariseus porque davam o dízimo e não faziam nada pelo próximo, Ele disse que os fariseus davam dízimo do quê? São estas as minhas considerações. Para mim, a Bíblia é simples, clara e verdadeira. J. V., por e-mail.
Farei algumas observações sobre o seu e-mail com o objetivo de lhe ajudar a se aprofundar ainda mais no conhecimento da Palavra de Deus:

1) Deuteronômio 14:22-29 (entre outros textos) não está discutindo se o dízimo deveria ou não ser dado em dinheiro, mas que deveria ser devolvido. O dinheiro não é mencionado no texto porque há mais de 3000 anos atrás não havia o dinheiro como o conhecemos hoje. A “moeda” deles eram os produtos agrícolas! É importante analisar esse contexto histórico do verso para não corrermos o risco de interpretarmos o texto de maneira equivocada.
2) Jesus aconselhou sim a dar-se o dízimo em Mateus 23:23:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas [não negligenciar a justiça, a misericórdia e a fé], sem omitir aquelas [o dízimo!]!”
E, se Ele aprovou a prática de dizimar; e se disse em João 13:15 que devemos seguir o exemplo dEle, não resta dúvidas de que dizimou. Caso Jesus não tivesse dizimado, seria um pecador, pois, na Bíblia, negar o que é de Deus é roubo (Malaquias 3:8,9). E, se fosse um ladrão, Cristo não poderia ser nosso perfeito Salvador (até mesmo porque ladrões não irão para o Céu – 1 Coríntios 6:9, 10; Apocalipse 22:15).
3) Cristo também demonstrou não ser contra o uso do dinheiro no ato de dizimar no seguinte texto: “Eles chegaram e disseram: —Mestre, sabemos que o senhor é honesto e não se importa com a opinião dos outros. O senhor não julga pela aparência, mas ensina a verdade sobre a maneira de viver que Deus exige. Diga: é ou não é contra a nossa Lei pagar impostos ao Imperador romano? Devemos pagar ou não? Mas Jesus percebeu a malícia deles e respondeu: —Por que é que vocês estão procurando uma prova contra mim? Tragam uma moeda para eu ver. Eles trouxeram, e ele perguntou: —De quem são o nome e a cara que estão gravados nesta moeda? Eles responderam: —São do Imperador. Então Jesus disse: —Dêem ao Imperador o que é do Imperador e dêem a Deus o que é de Deus. E eles ficaram admirados com Jesus.” Marcos 12:14-17 (Nova Tradução Na Linguagem de Hoje),
4) O texto de Lucas 21:1-4 não faz referência ao dízimos, mas, às ofertas. E o objetivo é ensinar que o mais importante não é a quantidade das ofertas, mas o que é dado de coração. Todavia, as ofertas não excluem o sistema de dízimos que fazem parte da adoração a Deus. Veja que em Malaquias 3:8, 9, a pessoa é chamada por Deus de “ladrão” não apenas quando deixar de dar ofertas, mas também de dizimar! Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos E nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.”
Não é dito no texto que mencionou que a viúva não era dizimista. Mesmo porque isso era prática comum entre os judeus (um judeu não dizimar era um absurdo. Por isso, Paulo faz mais menções às ofertas, pois, o ato de devolver o dízimo não era o tipo de problema que ele enfrentava com as igrejas), assim como a guarda do Sábado.
5) Realmente, os dízimos foram dados para o sustento dos levitas (Números 18:24). Mas, no Novo Testamento, Paulo mesmo disse (fazendo menção aos que cuidam do templo – os levitas) que os que pregam o evangelho devem viver do evangelho (independente do tipo de moeda que circule):
“Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” 1 Coríntios 9:13-14.
É bastante claro que aqui Paulo trata do sistema de dízimos, pois, menciona o trabalho dos levitas (que você mesmo reconhece ser mantido pelos dízimos) para ilustrar e ensinar que os que pregavam o evangelho nos dias dele também deveriam ser mantidos pelo dízimo! E, nos dias de Paulo, além de produtos agrícolas, já havia dinheiro em circulação (e nem todos viviam mais da agricultura apenas). E hoje, como uma pessoa que prega o evangelho irá viver somente com produtos agrícolas na nossa sociedade capitalista? A moeda é outra, e, portanto, devemos dizimar com o tipo de dinheiro que temos disponível.
Creio que sua dificuldade maior em aceitar os dízimos possa ocorrer por causa dos conceitos errados ensinados pela Teologia da Prosperidade. E você não tem culpa disso.
Por isso, ore a Deus e Ele iluminará sua mente para que entenda a beleza envolvida no ato de dizimar. Não dizimamos para “barganhar” com Deus, mas, em gratidão por tudo o que Ele nos deu (Deuteronômio 8:17, 18) e em reconhecimento de que Ele é o dono de tudo – inclusive do nosso dinheiro (Salmo 24:1; Ageu 2:8). Isso é adoração e ser um administrador dos bens que o Senhor nos deu (Lucas 12:42).
Sou dizimista (não com produtos agrícolas, pois, não trabalho com eles) e muito abençoado por Deus. Essa experiência particular que cada dizimista tem é a maior prova (e um argumento irrefutável) de que o sistema de dízimos (praticado com sinceridade de coração e da maneira correta) é apoiado por Deus.
Se quiser continuar na análise do assunto estarei a sua disposição.
Um abraço,
Leandro Soares de Quadros
Jornalista – consultor bíblico

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Comentários de Ellen G. White Sobre o Uso dos Recursos do Dízimo


Robert W. Olson

A. Introdução

Por ocasião da Organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia, não tínhamos um sistema dizimal plenamente desenvolvido, nem dispúnhamos de alguma instrução de Ellen G. White a respeito do emprego do dízimo. Os mais antigos comentários da Sra. White sobre como deviam ser gastos os recursos provenientes do dízimo eram de natureza bem geral. Perto do fim de 1879, ela escreveu:

“Importa que se apóiem as instituições que são instrumentos de Deus no promover Sua obra na Terra. Devem-se erigir igrejas, estabelecer escolas, e aparelhar as casas editoras com os meios necessários à realização de uma grande obra na publicação da verdade a ser propagada por todas as partes do mundo. Essas instituições são ordenadas por Deus, e devem ser mantidas com dízimos e ofertas liberais. À medida que a obra se dilata, necessitar-se-ão de meios para que ela avance em todos os seus ramos.” – 4T, 464 (1TS, 543).

Três anos mais tarde, ela fez um comentário um tanto semelhante: “O dízimo de todas as nossas rendas é do Senhor. Reservou-o para Si, para ser empregado em fins religiosos.” – CM, 67.

No entanto, por volta da década de 1890, Ellen White tornara-se muito mais explícita nos seus conselhos. À medida que a Igreja crescia e novos problemas e desafios tinham de ser enfrentados, o Senhor lhe deu mais luz de Sua vontade nessa questão.

Em 16 de março de 1897, ela escreveu para A. G. Daniells:

“Esta manhã enviei-lhe uma carta escrita para a América, e enviada ontem de manhã para lá, que lhe mostrará como eu considero o dinheiro do dízimo que está sendo usado para outras finalidades. [Ver Special Testimonies, Série A. No 10, págs. 16-25.] Este é o fundo de renda especial do Senhor, para um fim especial. Eu nunca compreendi tão plenamente este assunto como o compreendo agora. Como me foram enviadas perguntas, para que eu as respondesse, recebi instruções especiais do Senhor, de que o dízimo é para um fim especial, consagrado a Deus para sustentar os que ministram na obra sagrada, como os escolhidos do Senhor para realizar o seu trabalho, não somente pregando sermões, mas ministrando. Eles devem compreender tudo o que isso abrange.” – Carta 40, 1897; 1MR, 187.

A própria Sra. White nos ajuda a compreender “tudo o que isso abrange”, pois ela aprovou especificamente certos usos do dízimo, ao passo que desaprovou outros de maneira não menos específica.

B. Uso Apropriado do Dízimo

De acordo com Ellen White, os recursos do dízimo podem ser usados devidamente para o sustento das seguintes categorias de obreiros ou projetos:

1. Ministros do Evangelho 

“Examine cada qual suas rendas com regularidade, pois são todas uma bênção de Deus, e ponha de parte o dízimo como fundo separado, para ser sagradamente do Senhor. Em caso algum deve ser esse fundo dedicado a qualquer outro uso; deve ser unicamente dedicado ao sustento do ministério do evangelho.” – R&H, 9 de maio de 1893; CM, 81.

“O dízimo deve ser usado para uma só finalidade — sustentar os ministros a quem o Senhor designou para fazerem Sua obra. Ele deve ser usado para sustentar os que proferem as palavras de vida para as pessoas e têm sobre si o encargo do rebanho de Deus. … Quando um homem ingressa no ministério, ele deve ser pago com o dízimo e receber o suficiente para sustentar sua família. Não deve sentir-se como se fosse um mendigo.” – Ms 82, 1904.

2. Instrutores Bíblicos 

“O dízimo deve ser para os que trabalham na palavra e na doutrina, sejam eles homens ou mulheres.” – Ev, 492.

“Há esposas de pastores – Irmãs Starr, Haskell, Wilson e Robinson – que têm sido obreiras dedicadas, diligentes e sinceras, dando estudos bíblicos e orando com famílias, ajudando em tudo com seus esforços pessoais, de maneira tão bem-sucedida como seus maridos. Essas mulheres dão todo o seu tempo, e lhes é declarado que não recebem nada por seus trabalhos porque seus maridos recebem salário. Recomendo que prossigam, e todas essas decisões serão revistas. A Palavra declara: ‘Digno é o trabalhador do seu salário.’ Quando for tomada alguma decisão como essa, eu irei protestar em nome do Senhor. Acharei ser meu dever criar um fundo com o dinheiro do meu dízimo para pagar essas mulheres que estão realizando uma obra tão essencial como os pastores.” – Carta 137, 1898; MR, 959.

3. Professores de Bíblia

“Algumas mulheres estão agora ensinando moças a trabalharem com êxito fazendo visitas e dando estudos bíblicos. … Não deveria esse trabalho  ser considerado tão farto em resultados como a obra dos pastores ordenados? Não deveria isto determinar o pagamento das pessoas que trabalham? Essas obreiras não seriam defraudadas se não fossem pagas? …

“Em muitos aspectos, uma mulher pode comunicar a suas irmãs conhecimento que não é possível a um homem comunicar. A obra sofreria grande prejuízo sem essa espécie de labor. Repetidas vezes o Senhor me tem mostrado que as instrutoras são tão grandemente necessárias à obra a que Ele as designou, como os homens.” – Ms 43a, 1898; MR, 330.

“Os que tiverem mais vocação para o ministério deviam ser empregados para dirigir o ensino de Bíblia em nossas escolas. As pessoas escolhidas para essa obra precisam ser acurados estudantes da Bíblia; homens que tenham profunda experiência cristã; e seu ordenado deve ser pago do dízimo.” – CPPE, 431 (1913).

“Tem sido comunicada positiva luz para que os que ministram em nossas escolas, ensinando a Palavra de Deus, explicando as Escrituras, educando os alunos nas coisas divinas, sejam sustentados com o dinheiro do dízimo. Estas instruções foram dadas há muito tempo, e mais recentemente têm sido aqui e ali repetidas.” – 6T, 215 (1900); CM, 103.

Em 4 de dezembro de 1904, W. C. White escreveu para William Covert, presidente da Associação Wisconsin:

“Na resolução desse problema nas escolas com as quais Mamãe estava estreitamente ligada, o dízimo só era usado para o pastor ligado à escola, que tinha a principal responsabilidade pelo ensino da Bíblia e cujo trabalho especial era o preparo de jovens para a obra evangélica.”

4. Campos Missionários Necessitados, Tanto na América Como Além-Mar

“Em algumas das maiores associações, o dízimo poderá ser mais do que suficiente para sustentar os obreiros que agora estão no campo. Isso, porém, não sanciona o seu uso para alguma outra finalidade. Se as associações estivessem fazendo a obra que Deus deseja que elas façam, haveria muito mais obreiros no campo, e a necessidade de recursos aumentaria grandemente. Há missões a serem mantidas em campos onde não há igrejas nem dízimos, e também onde os crentes são novos e o dízimo é limitado. Se tendes recursos que não sejam necessários depois de acertardes as contas com os vossos ministros de maneira liberal, enviai o dinheiro do Senhor para esses lugares desprovidos.” – Ms 139, 1898; 1MR, 182, 184.

“Precisamos compreender cada vez mais que os recursos que chegam à associação, nos dízimos e dádivas de nosso povo, devem ser usados para o sustento da obra não somente nas cidades americanas, mas também nos campos estrangeiros. Que os meios tão zelosamente arrecadados sejam distribuídos altruistamente. Os que compreendem as necessidades dos campos missionários não serão tentados a usar o dízimo para o que não é necessário.” – Ms 11, 1908; 1MR, 192.

5. Diretores do Departamento de Publicações

W. C. White escreveu para W. S. Lowry em 10 de maio de 1912:

“Em muitas associações, em anos passados, surgiu a pergunta se era lícito e apropriado pagar o agente estadual de colportagem com o dízimo. Esta questão tem sido debatida em concílios de Uniões e da Associação Geral, e nossos irmãos têm a convicção de que é certo sustentar esse agente com o dízimo porque os livros são pregadores muito eficazes. Sempre que esta questão é apresentada a Mamãe, ela tem dado sua aprovação ao plano que geralmente é adotado por nosso povo.”

6. Médicos Missionários (Pastores Médicos) 

“Alguns, que não vêem a vantagem de educar os jovens para que sejam médicos tanto da mente como do corpo, dizem que o dízimo não deve ser usado para sustentar médicos missionários, que dedicam o seu tempo ao tratamento de doentes. Em resposta a tais afirmações, sou instruída a dizer que a mente não deve tornar-se tão estreita que não possa apreender a verdade da situação. Um ministro do evangelho que seja também médico missionário, que pode curar também enfermidades físicas, é um obreiro muito mais eficiente do que aquele que não o pode fazer. Sua obra como ministro do evangelho é muito mais completa.” – Medicina e Salvação, pág. 245.

7. Benefícios de Aposentadoria Para Pastores e Suas Famílias

“Muitos obreiros foram para a sepultura com o coração quebrantado, por terem envelhecido e perceberem que eram considerados um fardo. Mas se houvessem sido retidos na obra, e obtido uma colocação tranqüila, com todo o seu salário, ou parte dele, poderiam ter realizado grande bem. Durante o seu tempo de serviço esses homens efetuaram trabalho dobrado. Sentiam tanta responsabilidade pelas almas que não desejavam ver-se livres do excesso de trabalho. Os pesados encargos suportados abreviaram-lhes a vida. As viúvas desses ministros não podem ser olvidadas; mas, se for necessário, devem ser pagas com o dízimo.” – Ms 82, 1904; 1MR, 189.

Em 24 de fevereiro de 1911, E. R. Palmer escreveu para Ellen White descrevendo os pormenores do recém-adotado plano de aposentadoria. Ele declarou: “Cada uma de nossas associações contribui com cinco por cento de seus dízimos para o Fundo de Aposentadoria.”

Ellen White respondeu:

“Fiquei contente por receber uma carta sua, como alguém que foi designado para  desempenhar uma parte na distribuição do fundo de aposentadoria. … É correto que sejam elaborados planos seguros para o sustento de nossos obreiros idosos ou de obreiros mais novos que estejam sofrendo por causa de trabalho excessivo.” – Carta 10, 1911; MR, 193.

8. Salário Parcial Para Alguns Colportores Evangelistas

De acordo com W. C. White, foi provido um salário parcial para alguns colportores na Austrália enquanto a Irmã White esteve ali. Em 11 de junho de 1902, ele escreveu para o diretor de Publicações da União-Associação do Lago:

“Não vejo luz alguma num movimento indiscriminado para colocar os colportores na folha de pagamento e tomar suas comissões. Estudei a proposta muitas vezes e nada vejo nela senão ruína financeira para a associação e desmoralização para os colportores.

“Há muitos lugares, porém, em que nossos colportores deveriam estar, mas onde é muito difícil de trabalhar; e creio que seria uma grande vantagem para nossa obra se homens e mulheres fiéis fossem escolhidos para ir a nossas cidades e outros campos que são especialmente difíceis, com a promessa de dois ou três dólares por semana, para ajudá-los a se manterem durante os períodos em sua obra nos quais suas comissões não lhes dão amplo sustento. Tenho visto este plano ser adotado com excelentes resultados, e creio sinceramente nele.

“Nas Colônias australianas não dispúnhamos de recursos para sustentar obreiros bíblicos de acordo com o plano antigo; mas conseguimos o maior número de colportores possível para venderem o Bible Echo, o Health Journal e nossos livros menores, nas grandes cidades, e pagamos a cada um desses obreiros de dois a dois e meio dólares por semana do dízimo da associação, para ajudá-los em suas despesas. Penso que será necessário adotar um plano semelhante a esse em muitos campos difíceis.” – W. C. White a J. B. Blosser, 11 de junho de 1902.

Embora não tenhamos uma declaração de Ellen White apoiando esse uso de recursos do dízimo, parece ser razoável deduzir que ela aprovava o plano, pois ele foi posto em prática na Austrália enquanto ela esteve ali. O fato de que W. C. White defendia o plano também parece indicar que Ellen White o aprovava.

C. Usos do Dízimo em Situações Incomuns

1. Casas de Culto, em Casos Excepcionais

“Há casos excepcionais, em que a pobreza é tão profunda que, para conseguir o mais humilde lugar de culto, talvez seja necessário apropriar-se dos dízimos. Esse lugar não é, porém, Battle Creek nem Oakland.” — Ms 24, 1897; 1MR, 191.

 “Todos aqui [Petoskey, Michigan] são pobres, quase não conseguindo manter-se por si mesmos. Assim sendo, o pedido que faço é que a associação compre esta pequena casa de culto. Desejamos que todos vós concordeis com isto, e a associação poderá ficar com a propriedade até que a igreja aqui aumente em número e possa comprá-la.” – Carta 96, 1890, a O. A. Olsen, presidente da Associação Geral.

2. O Secretário e Tesoureiro de Igrejas Grandes

C. F. McVagh, presidente da União-Associação do Sul, escreveu para W. C. White, em 24 de outubro de 1912:

“Os irmãos Nicola, Hart e outros dos irmãos mais idosos dizem-me lembrar-se claramente de que, anos atrás, a Irmã White afirmou que o arrecadador de dízimo e secretário da igreja de Battle Creek devia ser pago do dízimo, e até o tempo da administração Haughey suponho ser verdade que a igreja de Battle Creek pagava o seu secretário e tesoureiro com o dízimo, e então enviava o saldo para a associação.”

Em resposta, W. C. White disse que suas recordações eram as mesmas:

“Minha lembrança do caso está plenamente em harmonia com as declarações dos irmãos Nicola, Hart e outros. No passado, quando a igreja de Battle Creek estava crescendo, verificou-se que se o trabalho de coletar o dízimo não fosse levado avante com regularidade, a quantidade recebida seria muito menor do que se a tarefa fosse realizada de maneira metódica, por um arrecadador que fizesse desse trabalho o seu constante dever. Verificamos também que esse trabalho requeria mais tempo do que seria correto solicitarmos de um, dois ou três diáconos, e a comissão da igreja achou que seria um bom método e um benefício para os dizimistas e também para a associação, escolher e empregar um bom arrecadador, e pagar-lhe uma importância razoável pelo tempo que gastasse fazendo esse trabalho.

“Esse plano, com as razões que lhe serviam de base, foi apresentado a Papai* e a Mamãe, e recebeu sua calorosa aprovação. Não posso mencionar o tempo e o lugar, nem repetir as palavras, mas estou bem certo de que Mamãe deu sua calorosa aprovação a esse plano, e parece-me que a sabedoria do plano pode ser discernida claramente do ponto de vista comercial e que deve ser mantido, embora não encontremos um testemunho escrito que trate do assunto.

“Em anos passados, não foi feito esforço algum para ocultar de outras igrejas o fato de que a igreja de Battle Creek procedia dessa maneira. Nossos irmãos reconheciam amplamente que em igrejas cujas circunstâncias são diferentes precisam ser adotados métodos diferentes. Apraz-me dizer-lhe que a igreja do Sanatório de Santa Helena emprega um fiel arrecadador de dízimos e paga os serviços efetuados por ele com o dízimo. Se esse plano fosse interrompido, penso que a associação perderia de cinco a dez vezes o que é pago ao arrecadador. Mas não achamos que nossas igrejas menores tenham de adotar este plano ou que elas fiquem perplexas porque o plano é adotado em nossas igrejas muito grandes.” – W. C. White, a C. F. McVagh, 31 de outubro de 1912.

* Tiago White faleceu em 1881; portanto, essa era uma prática muito antiga em Battle Creek. O fato de que a igreja do Sanatório de Santa Helena pagava o seu “arrecadador de dízimos”, em 1912, parece indicar que Ellen White continuava aprovando o plano.

3. Obra Médico-Missionária, de Maneira Muito Limitada

Em 4 de maio de 1898, a Comissão da Associação Geral autorizou uma troca de dízimos com o Dr. John Harvey Kellogg, o qual escreveu para Ellen White em 17 de março de 1901, a respeito desse fundo especial:

“O dízimo que é pago pelos obreiros do nosso sanatório é pago na íntegra à tesouraria da associação, do mesmo modo que os outros dízimos. Mas, a nosso pedido, e com a sua aprovação, uma quantia equivalente é apropriada para ser usada em levar avante a obra missionária ligada ao sanatório. Esta é a maneira pela qual a questão sempre tem sido conduzida, e nunca pedi algo diferente.

Ellen White, evidentemente, aprovou o uso, pelo Dr. Kellogg, dos recursos do dízimo para finalidades médico-missionárias, pois três anos antes ela escrevera aos nossos irmãos dirigentes:

“Por que, pergunto-vos, não foram feitos esforços especiais para empregar obreiros médico-missionários em nossas igrejas? O Dr. Kellogg quer tomar algumas medidas que eu ficaria triste se ele fosse compelido a tomar. Ele diz que se não forem concedidos recursos para levar a mensagem às igrejas pelos obreiros médico-missionários, ele separará o dízimo que é pago à associação, para sustentar a obra médico-missionária. Deveis chegar a um acordo e trabalhar harmoniosamente. Que ele separe o dízimo da tesouraria seria uma necessidade que eu receio grandemente. Se esse dinheiro, em dízimos, é pago à tesouraria pelos obreiros, por que, pergunto, não deveria essa quantia ser proporcionada para levar avante a obra médico-missionária?” – Carta 51a, 1898.

“Se não for prestado nenhum auxílio pelos presidentes e pastores de nossas associações aos que estão engajados em nossa obra, o Dr. Kellogg não depositará mais o dízimo dos obreiros do sanatório. Eles irão utilizá-lo para levar avante a obra que está em harmonia com a luz da Palavra de Deus. …

“Quando o Senhor atua nas igrejas, ordenando que efetuem determinado trabalho, e eles recusam efetuá-lo, se alguém consente em dirigir-se às profundezas da desgraça e miséria humanas, a bênção de Deus estará sobre ele.” – Carta 51, 1898.

Ellen White advertiu que esse tipo de trabalho, embora importante, não deveria absorver todas as energias da Igreja. Ela indagou:

“Se todos nós nos empenhássemos no trabalho que o Dr. Kellogg está realizando pelas classes mais baixas do povo, que seria da obra que deve ser efetuada nos lugares em que a mensagem do terceiro anjo, a verdade sobre o sábado e a segunda vinda de nosso Senhor nunca foram proclamadas?” – Carta 18, 1900.

D. Uso Impróprio do Dízimo

“Ellen White também identificou algumas finalidades para as quais o dízimo não devia ser empregado. Estas abrangiam o seguinte:

1. O Cuidado dos Pobres, dos Doentes e dos Idosos

“Devido às circunstâncias, alguns ficarão pobres. Pode ser que eles não foram cautelosos, ou não souberam como conduzir as coisas. Outros, são pobres devido a doenças ou infortúnios. Qualquer que seja a razão, eles estão em necessidade, e ajudá-los é um aspecto importante da obra missionária. Essas pessoas infelizes e necessitadas não devem ser enviadas longe do lar para serem atendidas. Que cada igreja sinta a responsabilidade de ter especial interesse pelos fracos e idosos. Um ou dois, dentre eles, certamente poderão ser tratados. O dízimo não deve ser utilizado para essa obra.” – Ms 43, 1900; MR, 177.

“O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres.” – CM, 103.

2. A Educação de Estudantes Necessitados

“Agora, quanto à educação de estudantes em nossas escolas. É uma boa idéia; terá de ser efetuada; mas Deus não permita que em vez de nós mesmos praticarmos abnegação e sacrifício pessoal para realizar essa obra, subtraiamos algo da porção do Senhor, reservada especificamente para sustentar os ministros em atividade no campo. …

“Todas essas coisas devem ser feitas, segundo estais propondo, para ajudar os estudantes a obterem uma educação, mas eu vos pergunto: Não devemos, todos nós, agir altruistamente nesta questão, criando e mantendo um fundo para ser utilizado em tais ocasiões? Quando virdes um rapaz ou uma moça que são pessoas promissoras, adiantai ou emprestai a quantia necessária, com a idéia de que é um empréstimo, não uma dádiva. É melhor que seja assim. Então, quando a quantia for devolvida, poderá ser usada para educar a outros. Esse dinheiro não deverá, porém, ser retirado do dízimo, e sim de um fundo separado, providenciado com essa finalidade.” – Carta 40, 1897; 1MR, 193, 194.

3. Fins Escolares e Sustento de Colportores

Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado – o sustento dos ministros. … Devem-se estabelecer provisões para esses outros ramos da obra. Eles devem ser mantidos, mas não do dízimo.” – 9T, 248-250 (1909).

4. Despesas de Igrejas

“Foi-me mostrado que é um erro usar o dízimo para atender a despesas ocasionais da igreja. … Estais roubando a Deus cada vez que pondes a mão no tesouro a fim de tirar fundos para atender às despesas correntes da igreja.”* — CM, 103.

“Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor e que deve ser escrupulosamente cuidada. Mas os recursos para essa obra não devem provir do dízimo.” – 9T, 248 (1909).

5. Construções de Igreja ou Institucionais

Uma igreja para 1.500 pessoas sentadas foi erigida em Oakland, Califórnia, na década de 1880. O custo total, incluindo o terreno e os móveis, foi de 36.000 dólares. Uma década mais tarde, o débito da construção fora reduzido para 12.400 dólares; mas, por diversas razões, os membros estavam tendo grande dificuldade para efetuar os pagamentos da hipoteca. Em 1o de fevereiro de 1897, C. H. Jones escreveu para Ellen White:

“Estamos numa situação crítica. Há grande perigo, a menos que a dívida seja liquidada, de que a igreja seja considerada inadimplente, e que se execute a hipoteca. …

“Irmã White, seria errado, nessas circunstâncias, que a igreja de Oakland retivesse parte do seu dízimo, durante algum tempo, a fim de liquidar a dívida – tomando-o simplesmente como um empréstimo a ser devolvido à associação logo que seja possível? Se for errado, não queremos fazê-lo; se for correto, será um grande alívio para a igreja.”

Respondendo de maneira geral, Ellen White declarou:

“Há casos excepcionais, em que a pobreza é tão profunda que, para conseguir o mais humilde lugar de culto, talvez seja necessário apropriar-se dos dízimos. Esse lugar não é, porém, Battle Creek nem Oakland.” — Ms 24, 1897; 1MR, 191.

Então, numa carta a Jones, sob a data de 27 de maio, ela respondeu mais diretamente à sua pergunta, afirmando:

“Toda pessoa que tem a honra de ser um mordomo de Deus deve proteger cuidadosamente o dinheiro do dízimo. Este é um recurso sagrado. O Senhor não sancionará o empréstimo desse dinheiro para qualquer outra obra. Isso produzirá males que agora não podeis discernir. Ele não deve ser utilizado pela igreja de Oakland, pois há missões a serem mantidas em outros campos, em que não há igrejas nem dízimos.” – Carta 81, 1897; 1MR, 185.

Em 1895-1896, foi construído o Sanatório de Boulder, ao custo de cerca de 80.000 dólares. Dessa quantia, 60.000 dólares foram providos pela Associação Geral, com recursos basicamente oriundos do dízimo. Ellen White se opôs a essa forma de financiar as despesas da construção dessa instituição. Em 19 de junho de 1899, ela escreveu:

“Foi-me perguntado por meio de uma carta: ‘A senhora tem alguma luz para nós a respeito do Sanatório de Boulder?’ … A luz que o Senhor achou por bem conceder-me é que não foi correto construir esse sanatório com recursos providos pela Associação Geral.” – Carta 93, 1899.

* Depois de ler essa mensagem de Ellen White, a igreja de Battle Creek votou, em 16 de janeiro de 1897, “que a igreja abandone a prática de pagar as despesas correntes da igreja e do Tabernáculo com o dízimo”. (Publicado em Special Testimony to Battle Creek Church, pág. 10.) 

E. Considerações e Conclusões

Ellen White declara que o dízimo deve ser usado para “uma só finalidade – sustentar os ministros” e que ele deve ser dedicado “somente para sustentar o ministério do evangelho”. Estas expressões parecem indicar que os recursos do dízimo devem ser reservados exclusivamente para pagar os salários de pastores e evangelistas. É evidente, porém, que Ellen White não interpretou seus próprios escritos de modo tão restrito.

Entre os legítimos recebedores dos recursos do dízimo ela incluiu os  diretores do Departamento de Publicações, pastores médicos, os médicos missionários do Dr. Kellogg, um tesoureiro e secretário de igreja e, evidentemente, colportores evangelistas com designações territoriais especialmente difíceis.

A ampla compreensão de Ellen White da questão do uso do dízimo é ainda mais acentuada por sua prontidão para fazer exceções às regras em determinadas circunstâncias. Conforme foi mencionado, ela admitiu que, em casos de extrema pobreza, os recursos do dízimo poderiam ser usados para adquirir casas de culto. É verdade que isso constituía um uso excepcional – e não regular — do dízimo, mas recebeu a aprovação de Ellen White.

Por outro lado, Ellen White mencionou diversas causas para as quais o dinheiro do dízimo não devia ser utilizado. Ao especificar que o dízimo não devia ser usado para despesas da igreja, cuidado de indigentes, salários de colportores ou fins escolares, ela não estava rotulando essas causas de indignas, mas indicando que se o dízimo fosse usado para esses e outros bons programas similares, não sobraria dinheiro suficiente para sustentar o ministério evangélico.

O fundamento lógico para dar a máxima prioridade ao ministério evangélico no uso dos recursos do dízimo deve ser que os pastores, evangelistas e administradores de associações não dispõem de outra fonte adequada de renda para o seu sustento. Isto é também verdade a respeito de outros que trabalham no escritório das associações, como secretárias, contadores, zeladores, etc. Colportores, professores, obreiros de instituições médicas e empregados de casas publicadoras, todos produzem rendimentos de seus trabalhos. Tal não é, porém, o caso dos pastores ou do pessoal do escritório da associação. Por isso, se o dízimo é desviado para outros empreendimentos, o ministério evangélico será prejudicado e, conseqüentemente, a Igreja, como um todo, também será prejudicada.

Talvez surja a pergunta: Por que Ellen White aprovou o pagamento do “arrecadador de dízimos” (tesoureiro) da igreja de Battle Creek com o dízimo, se ele não era um pastor e não estava empenhado na obra ministerial? A resposta, provavelmente, está no fato de que seu trabalho conduzia a uma receita muito maior de dízimos para a associação, mesmo depois de ser pago o seu salário, do que seria o caso se ele não exercesse essa função.

Talvez também seja feita a pergunta: Por que Ellen White instou com as congregações locais para que pagassem suas despesas operacionais (utilidades, manutenção, materiais, etc.) com ofertas voluntárias, ao passo que não deu o mesmo conselho a respeito das despesas do escritório da associação. Em outras palavras, se é apropriado pagar a conta elétrica do escritório da associação com recursos do dízimo, por que não pagar também a conta elétrica da igreja local com o dízimo?

A resposta a essa pergunta poderá ser que as despesas do escritório da associação ocorrem a fim de prover um centro de atuação e subsistência para os dirigentes da associação. Tais despesas passam a fazer parte da função ministerial. Por outro lado, as mesmas despesas, numa igreja local, provêem um centro de atuação para os membros e não estão exclusivamente ligadas à obra do pastor.

Ainda há um outro assunto que merece atenção. Uma prática ocasionalmente encontrada no decorrer dos anos é a de alguns membros de igreja designarem o seu dízimo a projetos de sua própria escolha. Ellen White se opôs a esse procedimento, declarando:

“Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo segundo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor. …

“Se nossas igrejas tomarem sua posição baseadas na Palavra do Senhor, e forem fiéis na devolução do dízimo ao Seu tesouro, mais obreiros serão animados a entrar para a obra ministerial. Mais homens se dedicariam ao ministério, não estivessem eles informados da escassez do tesouro.” – 9T, 247, 249.

O “tesouro”, no conceito de Ellen White, era a associação. Agradou-lhe que o Dr. Kellogg estivesse pagando todo o dízimo dos obreiros do sanatório “à associação” (ver pág. 23), e ela demonstrou grande pesar ante o pensamento de que esse plano viesse a ser suspenso. “Isso de ele separar o dízimo do tesouro — ela escreveu – seria uma necessidade que eu receio grandemente” (Carta 51a, 1898).

Na opinião de Ellen White, portanto, as várias associações deviam assumir a responsabilidade de autorizar o dispêndio dos recursos do dízimo. E isso devia ser feito por meio de grupos representativos de dirigentes da Igreja que compõem as comissões de nossas Associações locais, das Uniões e da Associação Geral. Ellen White se opôs energicamente ao “régio poder” exercido por alguns homens que controlavam todos os fundos da Associação Geral durante a década de 1890. Na assembléia da Associação Geral de 1901, ela admoestou os delegados:

“Não é o desígnio de Deus que dois ou três homens planejem por toda a Associação e decidam como o dízimo deve ser usado, como se o dízimo fosse um fundo que lhes pertencesse.” – 1901, GCB, 83.

Se as várias associações têm de decidir como os recursos do dízimo devem ser usados, alguns talvez queiram saber por que Ellen White, às vezes, utilizou o seu dízimo para certas causas de sua própria escolha. A resposta a essa questão é dada por Arthur L. White, em The Early Elmshaven Years, págs. 389-397:

A devida consideração do amplo conjunto de comentários de Ellen White sobre este assunto conduz ao seguinte resumo de princípios a serem aplicados na utilização dos recursos do dízimo:

1. O dízimo é do Senhor e deve ser devolvido à casa do tesouro, a tesouraria da associação, por meio da igreja local dos membros.

2. Os ministros do evangelho e os instrutores bíblicos devem ter a primazia no dízimo e ser remunerados adequadamente (págs. 17 e 18; Seções 1 e 2).

3. A associação deve partilhar o dízimo com a Igreja mundial (pág. 18; Seção 4).

4. Os membros da Igreja devem dar ofertas para as despesas operacionais da igreja local (págs. 20, 21 e 22; Seções 1, 2 e 4).

5. Alguns aspectos do evangelho, embora sejam importantes, não devem ser mantidos com o dízimo, pois dispõem de outras fontes para sua manutenção (pág. 22; Seção 3).

6. As exceções a estes princípios só podem ser efetuadas em casos de extrema pobreza ou em circunstâncias extraordinariamente incomuns (págs. 20 e 21).

 Fonte: 1o de junho de 1986
Revisado em fevereiro de 1990
Centro White

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Diretrizes sobre o Uso do Dízimo


Introdução

O plano de Deus para o sustento de Sua obra na Terra é através do dízimo e das ofertas voluntárias do Seu povo. O dízimo é a fonte principal de fundos para a proclamação total do Evangelho a todo o mundo pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Isto inclui um esforço evangelístico equilibrado e de vasto alcance ao público e a nutrição espiritual dos membros da Igreja. Sendo que o dízimo é reservado para um propósito especial, as ofertas voluntárias devem prover fundos para muitas funções da obra do Evangelho.

Princípios Concernentes à Utilização do Dízimo

1)  Somente organizações da Associação estão autorizadas a fazer distribuições dos fundos do dízimo. O dízimo é do Senhor e deve ser devolvido à casa do depósito, o tesouro da Associação, por intermédio da igreja local a que pertence o membro. “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.” (Mal. 3:10).

“O dízimo é sagrado, reservado por Deus para Si mesmo. Tem de ser trazido ao Seu tesouro, para ser empregado em manter os obreiros evangélicos em seu labor.” (Obreiros Evangélicos, p. 226).

2)  As Associações e Uniões devem repartir o dízimo com a Igreja mundial.

“Mais e mais devemos chegar à percepção de que os meios que entram na Associação em dízimos e ofertas do nosso povo devem ser usados para o sustento da obra, não somente nas cidades americanas mas também nos campos estrangeiros. Que os meios tão zelosamente arrecadados sejam distribuídos altruisticamente. Aqueles que compreendem as necessidades dos campos missionários não serão tentados a usar o dízimo para aquilo que não é necessário.”(Manuscrito 11, 1908).

3)  A qualificação de um obreiro para sustento do dízimo deve ser determinada pela natureza da obra. Deste modo outros fatores inclusive as credenciais em curso não são os critérios definitivos para sustento do dízimo.

“O dízimo deve ir para aqueles que laboram na palavra e doutrina, sejam homens ou mulheres.”(Manuscrito 149, 1899).

4)  O dízimo deve ser usado somente para o sustento daqueles que estão empenhados na evangelismo e para o sustento dos ministérios.

“O dízimo deve ser usado para um único propósito, sustentar os ministros a quem o Senhor designou para fazer a Sua obra. Deve ser usado para o sustento daqueles que falam ao povo as palavras da vida e levam as responsabilidades do rebanho de Deus.” (Manuscrito 82, 1904).

5)  O funcionamento da igreja local é importante mas não deve ser sustentado pelo dízimo.

a.  “O dízimo deve ser usado para uma única finalidade, sustentar os ministros a quem o Senhor indicou para fazer a Sua obra. Deve ser usado para o sustento daqueles que falam ao povo as palavras da vida e levam as responsabilidades do rebanho de Deus.” (Manuscrito 82, 1904).

b.  “O dízimo não deve ser consumido em despesas eventuais. Isto faz parte do trabalho dos membros da Igreja. Eles devem sustentar sua igreja com seus dons e ofertas.” (Carta 81, 1897).

Praxes Concernentes ao Uso do Dízimo: Funções para as Quais o Dízimo Pode Ser Usado

1)  O sustento dos evangelistas, pastores e instrutores bíblicos.

2)  O sustento do pessoal que provê liderança e serviços administrativos para os esforços evangelísticos e o sustento dos ministérios da Igreja. Estes incluem oficiais da Associação, diretores departamentais, contadores, funcionários e secretárias de escritório.

3)  As despesas que são necessárias para sustentar o programa evangelístico total e o sustento dos ministérios da Igreja, tais como:

a.  Despesas com evangelismo.

b.  Despesas operacionais do escritório da Associação.

c.  Equipamento evangelístico e do escritório da Associação.

d.  Despesas operacionais dos locais de acampamento e reuniões campais.

4)  O sustento das funções que são consideradas essenciais aos programas evangelísticos e o sustento dos ministérios da Igreja.

a.  Escolas primárias – Distribuições de até 30 por cento dos salários e despesas totais dos diretores e professores primários em reconhecimento de sua função como líderes espirituais.

b.  Escolas secundárias – O equivalente do sustento total dos professores de Bíblia de escolas secundárias, preceptores de dormitórios de alunos e diretores.

c.  Colégios/Universidades – Uma soma igual ao custo total dos departamentos de Bíblia dos colégios e universidades, preceptores de dormitórios de alunos, os diretores e reitores de alunos.

d.  Colportores evangelistas – Distribuição da Associação em lucros ou benefícios aos colportores evangelistas.

e.  Centros/Acampamentos da Associação – Distribuição para as despesas operacionais dos centros/acampamentos da juventude pertencentes à Associação.

f.   Programas da mídia – A produção de impressos, rádio e televisão.

g.  Aposentados – Os benefícios da aposentadoria dos empregados denominacionais (excetuando-se aqueles que são providos de outra forma; ex.: os empregados das instituições de saúde).

Praxes Concernentes ao Uso do Dízimo: Funções para as Quais o Dízimo Não Será Usado

1)  Manutenção da igreja local e outras despesas operacionais. Estas devem ser custeadas pelas ofertas dos membros.

2)  Manutenção de escolas primárias e outras despesas operacionais. Estas devem ser custeadas das taxas escolares e/ou subsídios da Igreja.

3)  Manutenção e despesas operacionais de escolas secundárias e de ensino superior. Estas devem ser custeadas pelas taxas escolares e outras rendas institucionais.

4)  Projetos de construção da igreja, da Associação ou institucionais. Estes devem ser custeados pelos membros e/ou outras fontes alheias ao dízimo.

Declaração de Posição ou Ponto de Vista Quanto à Administração dos Fundos do Dízimo

1)  O Papel da Família da Igreja no Tocante à Administração dos Fundos do Dízimo. A Igreja mundial é a família de Deus na Terra. Cada membro, como uma parte desta família, goza dos privilégios e leva as responsabilidades quanto às normas que são determinadas para a arrecadação e distribuição dos fundos do dízimo. A família agindo coletivamente através da sessão da Associação Geral e do Concílio Anual da Comissão da Associação Geral determina a praxe, em harmonia com os princípios das Escrituras e do Espírito de Profecia, para o recolhimento, desembolso e administração dos fundos do dízimo. Esta declaração é  produto de muita consulta com uma variedade de pessoas de dentro da Igreja – leigos, pastores, administradores de Associações e líderes mundiais. Como membros da família, cada indivíduo, instituição ou organização respeitará a honra da família atuando de acordo com estas diretrizes a fim de prover um sistema de apoio financeiro regular, fidedigno e sempre crescente para a proclamação do Evangelho a todo o mundo.

2)  A “Casa do Tesouro” ou “Tesouro” da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Segundo as Escrituras, o dízimo é do Senhor e deve ser trazido à Sua casa como ato de adoração. A Igreja Adventista do Sétimo Dia realiza isto enviando o dízimo ao tesouro da Associação por intermédio da igreja a que o indivíduo pertence. Em circunstâncias incomuns, os membros da igreja devem consultar-se com os oficiais de sua Associação ou Missão local. O seguimento de qualquer outro plano causa confusão e competição e debilita a estrutura financeira da Igreja, enfraquecendo assim a capacidade da Igreja de cumprir sua missão mundial. A fim de continuar um forte e equilibrado programa da Igreja ao redor do mundo, os membros não devem dirigir o dízimo do Senhor para projetos de sua própria escolha.

3)  Caminhos Alternativos para a “Casa do Tesouro”.

a.  O Senhor promete bênçãos sem medida àqueles que restituem um dízimo fiel à casa do tesouro. A família da Igreja Adventista do Sétimo Dia tem determinado que o caminho normal para a casa do tesouro é através da Associação/Missão local.

b.  Se membros, por razão de confidência, preferirem enviar uma parte do dízimo para a Associação Geral ou para sua União-Associação, aqueles oficiais podem aceitar tal dízimo, mas o enviará sem o nome da pessoa à Associação a que ela pertence para distribuição à Igreja mundial. Tais pessoas devem ser animadas a dar andamento ao dízimo através dos canais regulares.

4)  Partilha do Dízimo.

a.  O plano de partilha do dízimo é uma maneira equilibrada de distribuir equivalentemente com a Igreja mundial os recursos financeiros. Este plano é básico e essencial ao sistema de apoio financeiro à obra mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

b.  As igrejas, Associações, Uniões-Associações, a Associação Geral e as Divisões da Associação Geral não aceitarão dízimos de membros que seguem uso contrário às percentagens habituais que são partilhadas com os vários níveis da organização da Igreja.

c.  A igreja local está autorizada somente a aceitar e encaminhar os fundos totais do dízimo ao tesouro de sua Associação/Missão local.

5)  Solicitação do Dízimo. Os pastores e administradores da Associação e da Missão não solicitarão fundos do dízimo de membros de outras Associações ou Divisões. A Igreja tem feito provisão para o nivelamento dos recursos financeiros.

6)  Dízimo para Instituições. Organizações denominacionais tais como Christian Record Braille Foundation, A Voz da Profecia, Fé para Hoje, Está Escrito, Pão da Vida não devem aceitar fundos que sabem ser o dízimo de adventistas do sétimo dia. Quando membros enviam dízimo a uma organização denominacional, têm a responsabilidade de indicar que isto é dízimo.

7)  Dízimo de Membros que se Transferem. Os membros que se mudam para uma nova localidade são estimulados a transferir sua condição de membro dentro de seis meses e começar a apoiar sua nova igreja e Associação onde estão recebendo alimento espiritual, assistência pastoral e serviços da Associação.

8)  Empréstimo de Dízimo. Igrejas, escolas (dízimo de alunos), Associações e indivíduos não “emprestarão” dos fundos do dízimo para cuidar das necessidades da igreja, Associação ou necessidades individuais. Os fundos do dízimo serão retidos somente até à data de sua remessa regular.

9)  Não-Aceitação do Dízimo. Se, de acordo com essas praxes, surgir uma situação em que não é permissível a uma organização a aceitação dos fundos do dízimo, serão feitos esforços para se obter autorização do membro para encaminhar o dízimo para os canais regulares. Se tal autorização não for obtida, o dízimo será devolvido com uma explicação apropriada e um apelo à pessoa para que participe do plano da igreja de partilhar o dízimo do Senhor com a Igreja mundial.

10) Não-Devolução do Dízimo. O dízimo que foi aceito e pelo qual se passou recibo não será devolvido às pessoas que por motivos variados possam solicitá-lo.

11) Responsabilidade da Liderança. A direção da Igreja em todos os níveis é um encargo sagrado. A falha ou recusa de cooperar com as praxes combinadas da família da Igreja concernentes à administração do dízimo desgasta a capacidade da Igreja de cumprir sua missão mundial. As pessoas que desconsideram estas praxes desqualificam-se para a liderança da Igreja.

NOTA: As praxes precedentes não se aplicam às ofertas. Os membros tomam a decisão quanto  ao destino de suas ofertas.

Estas diretrizes foram adotadas e votadas pela Comissão Executiva da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia na sessão do Concílio Anual em Washington, DC, em 14 de outubro de 1985.

sábado, 13 de junho de 2015

O Dízimo Verdadeiro - Está Escrito - Ivan Saraiva

sábado, 23 de maio de 2015

Onde está escrito na Bíblia que o dízimo tem que ser de 10% de tudo o que recebemos?



A palavra dizimo, em si mesma, quer dizer dez por cento. Se você olhar num dicionário verá que este é o significado. O dicionário Michaelis traz a seguinte definição para o verbete “dizimo”, A décima parte (substantivo masculino).

Em Malaquias 3:10 você vê que esta prática é uma solicitação de Deus. Aqueles que separam dez por cento dos lucros para a obra de Deus serão ricamente recompensados. Deus é quem promete.

“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Malaquias 3:10 RA)

O dízimo é fruto de um coração agradecido, por tudo que o Senhor tem proporcionado. Ajudar financeiramente para a construção do reino de Deus neste mundo. mediante os dízimos e ofertas, é um privilégio.

A finalidade do dízimo é abençoar aquele que o separa. O dizimista passa a ser mais íntimo de Deus e torna-se menos egoísta.

Via Escola Bíblica

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Ainda devemos devolver os dízimos?

domingo, 15 de setembro de 2013

54 Perguntas Respondidas sobre o Dízimo na Igreja Adventista do Sétimo Dia


Ouro da felicidade
O QUE SIGNIFICA O DÍZIMO?

Significa a décima parte dos lucros e entradas que o crente destina para uma finalidade sagrada. Essa décima parte é devolvida a Deus como um sinal da aliança e da sociedade com Ele, reconhecendo-O como o Criador e Proprietário de todas as coisas. Gênesis 14:18; Levítico 27:30 e 32; Malaquias 3:7-10.

DIZIMAR ESTÁ RELACIONADO A UM MANDAMENTO DE DEUS OU À VONTADE HUMANA?

Está relacionado com um mandamento de Deus, pois como Soberano do Universo, reservou para Si o dízimo, e logo o estabeleceu como um concerto: “Trazei todos os dízimos a casa do tesouro” Malaquias 3:10. “Dever é dever, deve ser realizado por amor a ele”. CSM, 90. “A negligência ou adiamento desse dever, provocará o desagrado divino.” – CSM, 67. Sendo que o governo de Deus respeita o livre-arbítrio, dizemos que Ele não obriga ninguém a segui-Lo. Este acordo poderá não ser executado nem aceito, mas quem procede assim terá que enfrentar as consequências. O princípio do dízimo se baseia em princípios tão duradouros como a lei de Deus.

COM QUE FINALIDADE DEUS ESTABELECEU O SISTEMA DE DÍZIMO?

Para beneficiar o homem. “A fim de que o homem se pudesse tornar como seu criador de índole benevolente e abnegada.” – CSM, 15.
“Vi que o sistema do dízimo desenvolverá o caráter e manifestará o verdadeiro estado do coração.” – I TS, 237.
Para expressar a Deus a nossa lealdade e obediência à soberania divina. “Exige Ele esse tributo como prova de nossa fidelidade a Ele” – CSM, 72.
Para reconhecer a Deus como dono e doador de tudo. I Crôncias 29:11-14.
Para habilitar-nos a receber bênçãos de Deus. Malaquias 3:10 – 12.
“Para avanço da obra de Deus na Terra” – CSM, 77.

QUAL O ÚNICO DESTINO QUE DEUS DÁ AO DÍZIMO?

Através dos tempos, Deus estabeleceu que o dízimo seria destinado, somente, para o sustento de seus ministros, os levitas. Assim aconteceu no antigo testamento: os levitas e sacerdotes foram sustentados com os dízimos (Números 18:21 e 24.) No Novo Testamento e na atualidade, o dízimo é para o sustento do ministério evangélico (I Coríntios 9:14; I Timóteo 5:18).

QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO “SUSTENTO DO MINISTÉRIO EVANGÉLICO”?

Ministério evangélico é um cargo ou ocupação de tempo integral, daqueles que se dedicam a uma função evangelizadora. O dízimo dedica-se ao sustento e a uma função evangelizadora. Isto compreende os pastores, professores que dão ensinamento bíblico, e também inclui todos os gastos da denominação, derivados da atenção às igrejas, tanto pelas Associações/ Missões, como pelas Uniões, Divisões e a Associação Geral.

QUE SIGNIFICA “CASA DO TESOURO” EM MAL. 3:10?

Significa: Depósito (Salmo 33:7), armazém (I Crônicas 27:28), Casa de provisões. Com frequência usa-se como sinônimo de tesouraria (Neemias 12:12). Pode referir-se a tesouraria da igreja local como um depósito temporário, de onde se enviam os dízimos para a Missão / Associação, depois para a União, Divisão e para a Associação Geral, entidades que representam a igreja organizada, de onde se administram os usos e destinos dos dízimos. Esta é a verdadeira “Casa do Tesouro”.
“Aqueles que se encontram à testa dos negócios na sede da causa, têm de examinar detidamente as necessidades dos vários campos; pois eles são os mordomos de Deus, destinados a estender a verdade, a todas as partes do mundo. Eles são inescusáveis, se permanecem em ignorância com respeito às necessidades da obra.” OE, 454,455.

DEVOLVER O DÍZIMO É UM ATO DE ADORAÇÃO?

Sim, é um ato de adoração. Ao Jacó devolver ao Senhor seus dízimos, ele estava adorando-O (Gênesis 28:22). O povo de Israel levava a Deus parte de seus bens, como um ato de adoração (Êxodo 23:15; Deuteronômio 16:16).
Ao nos apresentarmos diante do Senhor com o dízimo, estamos identificando-nos como seus adoradores. Através da devolução do dízimo, entregamos a Deus não apenas dinheiro, mas, sobretudo, o coração, a própria vida como um reconhecimento de Sua propriedade. II Cor. 8:5.

HÁ ALGUMA DIFERENÇA ENTRE ADMITIR E DEMONSTRAR QUE DEUS É DONO DE TUDO?

Em forma teórica, muitos admitem que Deus é o dono de todos os seus bens, mas não o demonstram ou expressam de maneira tangível e concreta. Não basta falar do dízimo, é necessário praticá-lo. A Bíblia nos adverte em Isaías 29:13; Romanos 10:10 e 15:6.

POR QUE SE USA A EXPRESSÃO “ROUBAR A DEUS” PARA REFERIR-SE AO ATO DE NÃO DIZIMAR?

Porque a Bíblia dá esta ênfase. Malaquias emprega esta palavra com muita clareza (Malaquias 3:8-10). Roubo equivale a apropriar-se de algo que foi deixado em confiança. É uma apropriação indevida.
“Defraudar o Senhor, (nos dízimos e nas ofertas) é o maior crime de que o homem pode ser culpado”. CSM 86.

QUAL A DIFERENÇA EXISTENTE ENTRE DÍZIMO E OFERTA?

Dízimo:
Deus declara que é propriedade exclusiva Dele. Levítico 27:30: “Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do Senhor santas são ao Senhor”.
Nisto não temos o direito de escolher. Deus exige obediência total. As ordens têm de ser cumpridas. (Malaquias 3:10, Deuteronômio 14:22) fazendo-se uso do livre arbítrio.
Deus aceita tanto o bom como o mau. Levítico 27:32 e 33. Aqui Deus se preocupa não tanto pela qualidade, mas pela quantidade, pela parte que Ele reclama como Sua.
Embora o dízimo seja um dever, Deus espera que esta obrigação tenha a motivação do amor, um amor responsável, um amor que leva a obediência. João 14:15 e 15:10.
Oferta:
É “propriedade” do homem. Nós sabemos que o ser humano não é proprietário de nada. Sem dúvida, Deus nos permite considerar os nove décimos (depois do dízimo) como nossos, pois podemos usá-los conforme a nossa vontade. É por esta razão que podemos ofertar voluntariamente. Deuteronômios 16:10.
A quantia que damos está determinada pelo critério espiritual de avaliação e proporção das bênçãos recebidas I Coríntios 16:2; Deuteronômios 16:17; S. Lucas 12:48. Aqui também usamos a faculdade de escolha.
Deus somente aceita a oferta que é perfeita, porque esta representa a Cristo. Aquilo que mais preocupa a Deus é a qualidade. Malaquias 1:8; Levítico 22:21 e 22.
A motivação do amor é a única que Deus aceita, ainda que a oferta seja da melhor qualidade. A motivação está no doador. Deus olha o doador e sua oferta. Gênesis 4:4, IJoão 3:16. João 15:13.
Portanto, o dízimo é devolvido, ao passo que as ofertas são doadas voluntariamente. As ofertas são nossa resposta de amor e gratidão pelas bênçãos de Deus.

POR QUE O DÍZIMO É VISTO COMO UM MANDAMENTO SE NÃO ESTÁ CONTIDO NO DECÁLOGO?

Ainda que não esteja expressamente mencionado no Decálogo, sabemos que sua não devolução implícita é uma violação do oitavo e décimo mandamento do Decálogo. 1 Tim. 6:10, Col. 3:5. Por sua parte, Levítico 27:34 diz: “São estes mandamentos que o Senhor ordenou a Moises, para os filhos de Israel, no Monte Sinai”
Foi no mesmo lugar em que foram dados os 10 mandamentos, que Deus deu a ordenança dos dízimos. “Este não é um pedido de um homem, é um dos mandamentos de Deus, pelo qual Sua obra pode ser sustentada e levada adiante no mundo.” – TM 312.
“O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e dilatado, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era Cristã” – CSM 75,76.

É JUSTO QUE UM POBRE DÊ DÍZIMOS DE SUAS PEQUENAS ENTRADAS?

Sim é, por que: “para o pobre, o dízimo será de uma importância comparativamente pequena, e suas dádivas serão de acordo com a sua possibilidade” – CSM 73.
“O Plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e equidade.” – CSM 73 “Não é devolver ao Senhor o que é Seu que torna o homem pobre, reter é que leva a pobreza.” – CSM 36.
Frequentemente os que recebem a verdade se acham entre os pobres do mundo. … “E quando Ele vê um fiel cumprimento do dever na devolução do dízimo, muitas vezes em Sua sábia providência, proporciona meios pelos quais seja aumentado.” – OE 222 e 223.

O DÍZIMO DEVE SER CALCULADO DE FORMA EXATA OU PODE SER UM VALOR APROXIMADO?

“O Senhor pede que Seu dízimo seja entregue em Seu tesouro. Escrita, honesta e fielmente, seja-Lhe devolvida esta parte.” – CSM 82.
“Quanto à importância exigida, Deus especificou um décimo da renda” – I TS 373.

HERANÇA, PRESENTES OU DINHEIRO ACHADO DEVEM SER DIZIMADOS?

Considerando que a herança constitui um aumento ou ganho patrimonial, deveríamos devolver o dízimo correspondente. No caso de presentes, se estes são úteis para o momento atual, estando o seu valor incluído no orçamento familiar, deve dizimar-se. Se o dinheiro achado se incorpora ao patrimônio daquele que o encontrou, deve dizimar-se.

É CORRETO DESCONTAR IMPOSTOS ANTES DE CALCULAR O DÍZIMO?

Não. Não deveríamos descontar os impostos antes de calcular os dízimos, porque os impostos, quer sejam federais, estaduais ou municipais, outorgam serviços ao cidadão, que se constituem em benefícios indiretos. Em consequência, deveriam dizimar-se as somas de dinheiro destinadas a pagar os impostos.

DEVE-SE DIZIMAR O DINHEIRO QUE SE TEM RECEBIDO COMO EMPRÉSTIMO?

Não, porque o dinheiro emprestado não é ganho. Em caso de a pessoa obter lucros do dinheiro emprestado, então sim, deveria dizimar-se.

DEVEM-SE DIZIMAR GANHOS DA VENDA DE UM IMÓVEL COMPRADO COM DINHEIRO DIZIMADO?

Sim. Deve-se dizimar, podendo-se agir das seguintes maneiras:
Caso não haja inflação no país, dizima-se o lucro da venda.
Havendo inflação, pode fazer a correção monetária. Se houver lucro, dizima-se o mesmo. Não havendo, não há necessidade de dizimar.

O FILHO QUE É DEPENDENTE FINANCEIRAMENTE DOS PAIS DEVE DIZIMAR?

Como meio educativo e de conscientização seria de grande benção que dizime o dinheiro que recebe para o seu uso pessoal, ainda que esse dinheiro tenha sido previamente dizimado.

A MENSALIDADE QUE OS ESPOSOS DÃO ÀS ESPOSAS DEVE SER DIZIMADA?

Ao tratar-se de uma mensalidade que já foi dizimada, a esposa não necessita voltar a dizimá-la. Agora, se esta mensalidade provém de um esposo crente e ele não dizimou o seu salário, então a esposa pode ser de grande ajuda para o esposo, ajudando-o a dizimar. Pode existir o caso de um esposo não crente, que se incomode grandemente se imaginar que sua esposa dizima dinheiro do viver diário. Então é melhor atuar com prudência. É preferível que a esposa desista de fazê-lo.

O QUE A PESSOA DEVERÁ FAZER DIANTE DA CONSCIÊNCIA, QUE POR DESCUIDO OU INFIDELIDADE, DEIXOU DE DIZIMAR?

“Se tiverdes recusado lidar honestamente com Deus, eu vos suplico que penseis em vossa deficiência, e sendo possível, façais restituição. Caso não seja possível fazê-lo, com humildade e arrependimento orai para que Deus vos perdoe, por amor de Cristo, a grande dívida” – CSM, 100.

QUE PRINCÍPIO DEVO USAR AO DIZIMAR, SE NÃO TENHO CERTEZA DO LUCRO EXATO OBTIDO?

“Ao determinar a proporção de oferta para a causa de Deus, deveis de preferência exceder as exigência do dever a não cumpri-las.” – 1 TS, 563. Em caso de dúvida é preferível “errar” do lado da fidelidade e generosidade do que da mesquinharia e avareza, pois Deus é magnânimo com Seus filhos.

QUAL ERA A SITUAÇÃO POLÍTICA E RELIGIOSA DA NAÇÃO ISRAELITA NOS DIAS DE MALAQUIAS?

Malaquias viveu no final do período do cativeiro babilônico. Neemias havia acabado de liderar o povo no retorno do cativeiro e empreendido uma reforma política ao reorganizar a nação e reconstruir os muros da cidade e outra reforma espiritual ao restaurar o templo e os tesouros do Senhor, saqueados pela infidelidade do povo.
Em seu livro Malaquias denuncia a infidelidade do povo para com os serviços da casa do Senhor restaurados por Neemias. (Ne. 12:44-47; 13:10-13.)
É importante salientar o fato que os livros de Crônicas, Esdras e Neemias tratam do mesmo tema de Malaquias. “Casa do Tesouro”, portanto, pode ser melhor compreendido à luz desses livros.

COMO FICOU O SISTEMA FINANCEIRO ORGANIZADO POR NEEMIAS NOS DIAS DE MALAQUIAS?

Neemias estabeleceu “câmaras” ou tesourarias em várias cidades de Israel, para recolherem temporariamente, os dízimos e ofertas, que eram as porções dos sacerdotes e levitas. (Ne. 12:44).
Ele fez cuidadosa separação entre dízimo e oferta. (Ne. 12:44).
Estabeleceu tesoureiros para cada “câmara” ou tesouraria, como nos dias de Ezequias. (2Cr.31:19).
Esses tesoureiros foram escolhidos dentre os próprios levitas. Dessa maneira não seriam vitimas do jogo de interesses alheios à função. Se eram dignos de serem ministros do santuário, também o seriam para administrarem os fundos para seu próprio sustento com fidelidade. (2Cr.31:19).
A distribuição dos dízimos e ofertas era controlada a partir de Jerusalém. Os tesoureiros das “câmaras” que havia espalhadas por todo o país, enviavam o produto recolhido para a “Casa do Tesouro” em Jerusalém e de Jerusalém voltava para os levitas espalhados por todo Israel. ( 2Cr. 31:4-6; Ne.12:44).
Havia uma equipe encarregada da distribuição em Jerusalém e outra para o resto do país. (Ne.13:13).
Os levitas eram assistidos conforme o registro de suas famílias, mulheres e crianças (2Cr 31:19). Essa assistência financeira e material não considerava como prioridade os lugares que eram os maiores doadores, para que ali ficassem retidos os dízimos, mas as necessidades de manutenção dos indivíduos e da obra em Israel como um todo. Assim que, todos os levitas recebiam sua manutenção de acordo com as necessidades de suas famílias (2Cr 31:17-19).
Pode-se depreender dos registros bíblicos que essa unificação do sistema gerido pelos próprios levitas: 1) proporcionava igualdade de tratamento e proporcionalidade na manutenção do ministério; 2) Concedia uma visão global unificada gerando um senso nacional de missão e unidade entre os sacerdotes; 3) Procurava evitar ambições financeiras na liderança espiritual da igreja israelita.
Portanto, na Bíblia, os dízimos e ofertas dos sacerdotes não ficavam em cada vila ou cidade, ou na posse do próprio adorador. Os relatos bíblicos disponíveis indicam que tanto no período pré como pós-exílio, sempre que o sistema de manutenção dos sacerdotes foi reformado sob direção profética, a casa do tesouro foi uma tesouraria centralizada em Jerusalém e administrada pelos próprios levitas. Para esta “casa do tesouro” Malaquias apelava para que fossem conduzidas todas as dádivas. A partir desse centro administrativo todos os levitas recebiam auxílio conforme o registro de “suas famílias” (2Cr 31:17 -19).

HÁ NOS ESCRITOS DE ELLEN G. WHITE REFERENCIA À POSSIBILIDADE DE PESSOAS OU IGREJAS LOCAIS AGIREM SEPARADAMENTE DA ORGANIZAÇÃO?

“Alguns têm apresentado a ideia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas às leis, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se.” OE, 487.

O DÍZIMO PODE SER USADO PARA ATENDER OS GASTOS DA IGREJA?

“Foi-me mostrado que é um erro usar o dízimo para atender a despesas ocasionais da igreja” – CSM, 103.
“Mas estais roubando a Deus cada vez que pondes a mão no tesouro, a fim de tirar fundos para atender as despesas correntes da igreja.” – CSM, 103.
“Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidado. Mas o fundo para essa obra não deve provir dos dízimos.” – CSM, 102.

O DÍZIMO PODE SER USADO PARA ATENDER DESPESAS DE ESCOLAS OU ASSALARIAR COLPORTORES?

“Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devam ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado – o sustento dos ministros” CSM, 102.

OS POBRES DA IGREJA PODEM SER ATENDIDOS COM O DÍZIMO?

“O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres. Deve ser dedicado especialmente ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo; e não deve ser desviado desse propósito” – CSM, 103.

PODEMOS USAR OS DÍZIMOS PARA AJUDAR ESTUDANTES POBRES DOS NOSSOS COLÉGIOS?

“… Mas este dinheiro não deve ser extraído do dízimo, se não de um fundo separado para este propósito.” – EGW, carta 40, 1897.

COMO DIZIMAR?

Antes de fazer qualquer gasto, separe a décima parte de todas as suas entradas e coloque esta quantia em um envelope de dízimo. “Não Lhe devemos consagrar o que resta de nossas rendas, depois que todas as nossas necessidades reais ou imaginárias tenham sido satisfeitas; mas antes de qualquer parte ser gasta, devemos pôr de parte aquilo que Deus especificou como Seu” – CSM, 81.

NÃO SINTO A ALEGRIA QUE AS OUTRAS PESSOAS SENTEM AO DIZIMAR. PORQUE DIZIMAR É TÃO DIFÍCIL PARA MIM?

Dizimar é difícil, não pelas quantias em jogo, mas pelos motivos. Se você tem achado que é muito difícil pode ser que você esteja dizimando por motivos errôneos.
Se você esta dizimando porque seu amor a Deus o leva a cumprir esta responsabilidade e porque ama almas que se perdem, seu motivo é puro, espiritual e desinteressado, e você descobrirá que o dízimo é um caminho de vida comovedor e abundantemente recompensador.

COMO DEVE DIZIMAR AQUELE QUE SE DEDICA A ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS OU SIMILARES?

Deveria guardar um registro da venda de seus produtos e acrescentar a este total o valor dos produtos do estabelecimento consumidos em seu lar e os juros ou aluguéis recebidos de outros. Isto constitui uma entrada bruta. Logo deverá deduzir todos os gastos O resultado é o ganho que deverá ser dizimado.

COMO UM COMERCIANTE DEVE DIZIMAR?

Um comerciante deve devolver o dízimo de seus lucros líquidos. Para calcular este ganho, deve somar a sua venda do mês e outras entradas como: juro por dinheiro investido, aluguel de propriedades, etc. Logo deve restar o custo das mercadorias vendidas, os gastos que tenham tido com relação a sua atividade comercial. Esta diferença será o lucro líquido, sobre o qual deve devolver o dízimo.

PODERIA APRESENTAR UM EXEMPLO CONCRETO SOBRE A MANEIRA EM QUE ARRENDADORES, AGRICULTORES OU COMERCIANTES DEVOLVEM PERIODICAMENTE O DÍZIMO?

Alguns proprietários adventistas pegam mensalmente um saldo igual ao que os demais membros da família que trabalham com eles. Isto provê uma entrada mensal e lhes permite devolver regularmente o dízimo e dar suas ofertas. Estes salários estão baseados na colheita dos últimos anos. Periodicamente (uma vez ao ano, cada seis meses) computam as entradas e ajustam qualquer diferença que houver.

COMO PROCEDER PARA DEVOLVER O DÍZIMO QUANDO NÃO SE PODEM CALCULAR EXATAMENTE OS GANHOS MENSAIS, COMO NO CASO DE COMERCIANTE AMBULANTE?

O comerciante ambulante deveria separar o dízimo calculando a diferença entre o total das vendas e o total das compras de mercadorias do dia, semana, etc. Se tem gastos com transportes, armazenagens, etc… Pode deduzi-los e dizimar a diferença.

COMO DEVERIA DIZIMAR UM INDUSTRIAL QUE COMPROU MAQUINARIAS COM UM EMPRÉSTIMO BANCÁRIO?

Deverá devolver mensalmente o dizimo da parte da quota mensal que paga ao banco e que corresponde à amortização do capital emprestado (a parte da quota mensal que corresponde a juros poderia ser considerada como um gasto e em consequência não sujeita a dízimo). Igual critério deveria seguir um taxista que compra um veículo com um empréstimo bancário, um técnico ou profissional que compra em iguais condições seu equipamento para o trabalho, etc.

DEVERIA ENSINAR-SE ÀS CRIANÇAS A DIZIMAR SEUS ESCASSOS RECURSOS?

Cada um deveria dizimar, não importa quão abundante ou escasso sejam seus recursos. Toda pessoa que tem idade suficiente para entender e escrever tem geralmente uma pequena quantia de dinheiro e é responsável perante Deus pela maneira que a administra. “Ensine-os a devolver dízimos e ofertas” – LA, cap. 63.

É CORRETO DEVOLVER O DÍZIMO DE UMA SÓ VEZ NO FINAL DO ANO?

Não é o melhor por três razões:
A Associação /Missão que recebe seus dízimos tem sérias obrigações para sustentar aos pastores, e estas não podem esperar até o fim do ano.
Você necessita das bênçãos e da fortaleza divina que vem cada mês do ano
Devido à inflação seu verdadeiro valor se reduz.

DEVO DEVOLVER MEU DÍZIMO NA IGREJA ONDE SOU MEMBRO?

Sim, você deveria devolver o dízimo na igreja que você é membro.

NECESSITO DEVOLVER O DÍZIMO AINDA QUE NÃO ASSISTA REGULARMENTE À IGREJA?

Deus diz que devemos levar todos os dízimos a casa do tesouro. Você paga o aluguel de sua casa ou os impostos, mesmo quando está de férias, não é verdade? Deus espera que você dizime seus ganhos cada vez que os recebe independentemente de você estar ou não em condições de ir a igreja. Dizimar é uma prova de reconhecimento da soberania e propriedade de Deus sobre tudo o que existe, e nada tem haver com a possibilidade física de assistir ou não a igreja.

EU POSSO ADMINISTRAR O DÍZIMO EM VEZ DE LEVÁ-LO PARA IGREJA?

Não. Sua igreja necessita do dízimo. A regra é esta: “Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo seguindo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor” – CSM, 101.

POSSO RETER OS DÍZIMOS SE NÃO CONCORDO COM A MANEIRA COMO ELE É USADO?

“Alguns se tem sentido mal satisfeitos, e dito: Não pagarei mais o dízimo, pois não confio na maneira porque as coisas são dirigidas na sede da obra. Roubareis, porém, a Deus, por pensardes que a direção da obra não esta direita? Apresentai vossa queixa franca e aberta, no devido espírito, e as pessoas competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em ordem, mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque outros não estejam fazendo o que é direito.” – CSM, 93 e 94.

DEVO DIZIMAR, APESAR DE MINHAS DÍVIDAS?

Sim, pois nossa primeira maior dívida é com Deus. Ele nos dá todas as coisas independentemente das obrigações financeiras com seus semelhantes. O dizimista cristão, inteligente e fiel, sempre se considera endividado em primeiro lugar com Deus, pois Ele é o proprietário de tudo o que lhe confiou como mordomo. É uma grande injustiça usar o dízimo de Deus para pagar dívidas a seres humanos. Não se pode pagar a alguns, roubando a outros.

DEVO DIZIMAR, MESMO GANHANDO O INSUFICIENTE PARA ATENDER AS MINHAS NECESSIDADES?

O Senhor não nos pede que dizimemos do que não recebemos e sim do que ganhamos, sendo muito ou pouco. Aquele que cumprir a disposição de Deus no pouco que lhe tem sido dado, receberá a mesma recompensa que aquele que dá de sua abundância. “Aquele que segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma recompensa que aquele que oferta de sua abundância.” – OE, 223.

DEVERIA DIZIMAR QUANDO MINHA PRIMEIRA OBRIGAÇÃO É PARA COM A MINHA FAMÍLIA?

“Algumas pessoas se sentem sob sagrado dever para com os filhos. A cada um devem dar seu quinhão, mas se acham incapazes de conseguir meios para auxiliar a causa de Deus. Dão a desculpa de que têm um dever para com os filhos. Pode isso ser certo, mas seu primeiro dever é para com Deus… Não permitais que vossos filhos roubem vossas ofertas do altar de Deus, usando-as para seu próprio proveito.” – CSM, 94.

TENHO RAZÕES PARTICULARES PARA NÃO DIZIMAR. CERTAMENTE NÃO SE ESPERA QUE EU DIZIME, NÃO É VERDADE?

Muitos creem erroneamente que o dízimo realmente lhes pertence, em lugar de reconhecerem que pertence a Deus como o expressa Levítico 27:30. “Exigia um décimo e isto Ele requer como o mínimo que o homem Lhe deve devolver. Diz: Dou-vos nove décimos, ao passo que exijo um décimo; este é o Meu. Quando os homens o retém, estão roubando a Deus.” I TS, 373.

UMA VIDA DE ORAÇÃO SUBSTITUI A DEVOLUÇÃO DOS DÍZIMOS?

“A oração não tem o fim de operar qualquer mudança em Deus; ela nos põe em harmonia com Ele. Não ocupa o lugar do dever. Por mais frequentes e fervorosas que sejam as orações feitas, jamais serão aceitas por Deus em lugar do nosso dízimo. A oração não paga nossas dívidas para com o Senhor.” CSM, 99.

ALGUÉM QUE NÃO SEJA FIEL NOS DÍZIMOS PODE SER OFICIAL DA IGREJA?

Os dirigentes da igreja devem dar exemplo na devolução dos dízimos. “Aquele que não procede de acordo com esse padrão de liderança, não deve continuar como oficial de igreja ou obreiro da Associação / Missão” – Manual da Igreja, 138.
“Quem deixa de dar exemplo neste assunto importante, não deve ser escolhido para o cargo de ancião, nem para cargo algum da igreja”. – Manual da Igreja, 54.

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS NA IGREJA POR INCENTIVAR A FIDELIDADE NA DEVOLUÇÃO DO DÍZIMO?

O pastor, ancião, tesoureiro e o presidente da comissão de mordomia.

PARA QUE SE DESTINAM OS 10% DE DÍZIMOS QUE CADA ORGANIZAÇÃO RECEBE E ENVIA A ORGANIZAÇÃO SUPERIOR?

Para cobrir os gastos que sustentam o ministério e a direção da obra nessas organizações. “Assim, a Associação ou Missão local, a União e a Associação Geral ficam providas de fundos para suster os obreiros empregados e atender aos gastos de dirigir a obra de Deus em suas respectivas esferas de responsabilidade e atividade” – Manual da Igreja, 163.

Veja nesse vídeo a explicação de como são investidos os dízimos e ofertas na Igreja Adventista: http://adv.st/1fm2dL7

PODE DEDICAR-SE UM TEMPLO CONSTRUÍDO COM DÍZIMOS?

Não. Assim como apresentar a Deus uma casa de culto com uma dívida constitui uma negação da fé, porque fala de uma mordomia infiel, de igual maneira e ainda pior, todavia, é o fato de que seja construída utilizando a porção do Senhor. O Espírito de Profecia diz: “Mas estais roubando a Deus cada vez que pondes a mão no tesouro a fim de tirar fundos para atender as despesas correntes da igreja” – CSM, 103.

DEVERIA A IGREJA RECEBER OS DÍZIMOS DO PRODUTO DE ATIVIDADES QUE ESTÃO EM ABERTA TRANSGRESSÃO AOS MANDAMENTOS DE DEUS OU DE UMA PESSOA QUE NÃO É CRENTE?

Às vezes se alega que esse dízimo é dinheiro sujo, indigno, porque provém, por exemplo, de uma prostituta, um homossexual ou de uma pessoa que faz negócios dúbios, e em consequência não é digno de ser recebido por Deus.
Mas, em realidade, não há tal coisa, como dinheiro sujo ou limpo, digno ou indigno. O dinheiro em si mesmo é neutro.
O que são sujos ou indignos são os meios para obter o dinheiro.
Em consequência, quando o dinheiro é dedicado a Deus pode ser legitimamente recebido, salvo quando o dinheiro obtido é produto de fraudes, assaltos, roubos, etc.
Ellen G. White, Chuvas de bênçãos, compilado e organizado por Arnaldo Enríquez (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1998), 87.

DEVERIAM RECEBER-SE OS DÍZIMOS DE CULTIVOS TAIS COMO FUMO, CAFÉ, ERVA-MATE, UVA PARA VINHOS, COCA, ETC.?

O problema não está no dinheiro ou nos cultivos, senão nos meios errados que usa o homem para obter o dinheiro e no uso equivocado, contrário ao plano de Deus, que faz de ditos cultivos. Em última instância, o dízimo é uma questão de consciência entre o homem e Deus. Se a pessoa persiste em sua conduta depois de a igreja fazer tudo o que estiver ao seu alcance para orientá-lo, então a responsabilidade fica com o membro e não com a igreja. White, Chuvas de bênçãos, compilado e organizado por Arnaldo Enríquez, 87.

PODEM SER RECEBIDOS DÍZIMOS DO PRODUTO DE VENDAS DE ARTIGOS COMERCIALIZADOS NA FRONTEIRA OU DE ARTIGOS PROIBIDOS POR LEI?

Cremos que seria prudente em qualquer dos dois casos não recebê-los, pois o conhecimento de que tais dízimos tiveram origem ilícita e violatória da lei, faria que quem os recebesse se tornasse cúmplice no delito perpetrado.

PODEM SER RECEBIDOS DÍZIMOS DE DINHEIRO GANHO EM LOTERIAS, RIFAS, PROGNÓSTICOS DESPORTIVOS, ETC.?

Tratando-se de pessoas que não são membros da igreja, podem ser recebidos, pois em quase todos os países estes meios de obter dinheiro são lícitos e aprovados por lei.
A igreja não aprova a participação em loterias, rifas ou prognósticos desportivos, de modo que um bom membro da igreja não participa dessas atividades.
Se por ignorância ou outra razão participou e obteve um prêmio, e deseja dizimá-lo, é decisão e problema de consciência dele. Se a igreja está inteirada do fato, deverá chamar-lhe a atenção, para não voltar a cair em um fato semelhante.

Via Adventistas.org

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