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domingo, 1 de outubro de 2017

12 frases que você já ouviu, mas que não estão na Bíblia

É comum observar em conversas entre cristãos, letras de música, e até mesmo em mensagens de pregações, os “ditados bíblicos” que não estão na Bíblia. Ainda que estas frases não sejam leais às Escrituras Sagradas, muitas delas são coerentes aos princípios bíblicos – se usadas corretamente.

Veja abaixo, os doze versículos imaginários mais populares, conhecidos entre cristãos e não-cristãos:

1. "Vinde a mim como estás."
Jesus faz o convite aos cansados, mas não com estas palavras. O correto é: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês." (Mateus 11:28)

2. "O cair é do homem, mas o levantar é de Deus."
Essa frase, que é muito conhecida, não está na Bíblia. O versículo que remete a este texto é: “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal." (Provérbios 24:16)

3. "Quem não vem pelo amor, vem pela dor.”
Embora a ideia seja verdadeira, este não é um versículo bíblico. Em muitas situações, o sofrimento se torna um instrumento para conduzir o homem ao arrependimento.

4. "O dinheiro é a raiz de todos os males.”
A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas sim o amor ao dinheiro. Veja: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (1 Timóteo 6:10)

5. "Esforça-te, e eu te ajudarei.”
O termo "esforça-te" é, de fato, encontrado várias vezes na Bíblia, mas em nenhum momento está acompanhado de “e eu te ajudarei”. Veja exemplos: "Esforça-te, e faze a obra." (1 Crônicas 28:10); "Esforça-te, e clama." (Gálatas 4:27). 

6. "Eu venci o mundo, e vós vencereis.”
No texto correto da Bíblia, não está escrito "e vós vencereis”. O correto é: "Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33)

7. "Diga-me com quem tu andas, e eu te direi quem és.”
Embora o livro de Provérbios traga essa ideia, este versículo não existe. Veja: "O homem violento persuade o seu companheiro, e guia-o por caminho não bom." (Provérbios 16:29)

8. "É dando que se recebe.”
Muitos mencionam esta frase, em confusão com o seguinte versículo: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (Atos 20:35)

9. "Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”
Na verdade, o que a Bíblia diz é: "... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão." (Mateus 26:52)

10. "Não cai uma folha da árvore sem que Deus queira."
Está ideia é bíblica. Deus não só controla, mas determina todas as coisas. No entanto, este versículo não existe, podendo ser confundido com a ideia do seguinte: “... mas nem um só cabelo de vossa cabeça se perderá.” (Lucas 21:18)

11. “Fazei o bem sem olhar a quem.”
Também não está na Bíblia. O versículo mais parecido que encontramos é: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé." (Gálatas 6:10)

12. “Quem dá aos pobres, empresta a Deus.”
O mais próximo que encontramos na Bíblia é: “Quem se compadece do pobre ao Senhor empresta, e esse lhe paga o seu benefício." (Provérbios 19:17)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Através da Tribulação





Os Pinheiros Bristlecone podem viver mais de 4.000 anos e acredita-se serem as árvores mais antigas ainda vivas no planeta. Encontrados nos cumes das solitárias “White Moutains” (montanhas brancas) na Califórnia, os Pinus longaeva, que raramente ultrapassam 15 metros de altura são árvores de troncos retorcidos que a mais de 5.000 anos suportam ventos ciclônicos, temperaturas de 30 graus negativos, sol escaldante, muitas chuvas e violentas tempestades elétricas. Como eles conseguiram sobreviver, em meio a essas ásperas condições adversas? Eles enviam as suas raízes profundas ao solo, as envolvendo tenazmente em torno de uma rocha sólida, e penduram-se.



O povo de Deus terá de praticar essas mesmas habilidades de sobrevivência nos dias à frente. Jesus disse que um momento terrível de angústia viria sobre o mundo antes de Seu retorno e que seria mais intenso do que qualquer outro na história deste mundo. “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mateus 24:21-22).






Quando Jesus disse estas palavras aos seus discípulos, sem dúvida, ele estava se referindo a uma profecia semelhante feita pelo profeta Daniel. “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro” (Daniel 12:1).






A boa notícia é que os filhos de Deus irão sobreviver à tribulação que virá. Como os pinheiros Bristlecone, os santos terão de afundar suas raízes profundas com fé na Palavra de Deus e se apegarem tenazmente na Poderosa Rocha de todas as eras.



O que é a Tribulação?


Enquanto discutimos a grande tribulação que terá lugar antes do retorno de Jesus, lembre-se que tem havido vários outros “tempos difíceis” para o povo de Deus no passado.



Por exemplo, os filhos de Israel resistiram à 400 anos de tribulação, pouco antes do Êxodo (Atos 7:6). Os primeiros cristãos também passaram por um tempo de angústia, imediatamente após o apedrejamento de Estevão (Atos 8:1). De 303-313 dC, durante a era representado pela igreja de Esmirna (Apocalipse 2:10), o povo de Deus sofreu um período de 10 anos de tribulação. Mas talvez a mais notável foi a dificuldade de 1.260 anos de intensa perseguição empreendida contra os verdadeiros cristãos durante a Idade das Trevas. “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias”…”Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão” (Apocalipse 12:6, 13).



Escuro como cada um desses tempos foram para o povo de Deus, ninguém pode compará-los com a a grande tribulação final que ainda está para acontecer. A grande tribulação corresponde ao tempo durante o qual as sete últimas pragas de Apocalipse capítulo 16 irão cair “Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus” (Apocalipse 15:1).



A ira de Deus será dirigida contra os que desobedecem a Sua lei, distorcem a verdade, e oprimem o seu povo “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Romanos 1:18).



A grande tribulação também coincide com a Batalha do Armagedom. Ambas tendo lugar imediatamente antes da segunda vinda de Cristo “Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom. Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está!” (Apocalipse 16:16-17)



É minha convicção que o grande momento de dificuldade vai durar apenas um mês ou dois. Aqui estão algumas citações bíblicas que mostram que será um período curto de tempo.



Apocalipse 18:8 nos diz: “em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou”. Um “dia” em profecia bíblica representa um ano literal (Ezequiel 4:6, Números 14:34, Lucas 13:32). Assim, quando Apocalipse diz que “em um só dia sobrevirão os seus flagelos”, isso significa dentro, ou em menos de um ano. A própria natureza das sete últimas pragas, os rios e mares transformados em sangue e o planeta sendo abrasado com grande calor, tornaria impossível para a raça humana sobreviver mais de um ou dois meses. É por isso que Jesus disse: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém seria salvo, mas por causa dos escolhidos aqueles dias serão encurtados” (Mateus 24:22, NVI).



A Fúria do Dragão


A experiência dos filhos de Israel, pouco antes das pragas caírem sobre o Egito é um tipo ou símbolo, do que acontecerá ao povo de Deus antes dos sete últimos flagelos descritos no Apocalipse 16.



Depois de 400 anos de escravidão, os Israelitas se tornaram influenciados pela religião do Egito e tinham perdido de vista a lei de Deus. Assim, antes de Moisés e Arão reunirem-se com o Faraó, eles reuniram todos os líderes de Israel para promover um renascimento do compromisso com a lei de Deus, incluindo o sábado da criação (Êxodo 4:29-31). O povo respondeu sinceramente, razão pela qual o faraó ficou furioso e disse a Moisés e Arão: “Essa gente já é tão numerosa, e vocês ainda os fazem parar de trabalhar!” (Êxodo 5:5, NVI). Lembre-se que os filhos de Israel sabiam que o sábado era parte da lei de Deus antes de chegarem ao Monte Sinai (Êxodo 16:22-28).



Antes do início da grande tribulação, especial atenção é novamente chamada para o assunto da adoração e do mandamento do sábado. Em Apocalipse 14:7, um anjo de Deus chama as pessoas para adorar “… aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7). O anjo está claramente citando o mandamento do sábado, que diz: “Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no sétimo dia” (Êxodo 20:11).



A redescoberta da lei de Deus, incluindo a verdade do sábado, será o alarme que desperta a fúria do dragão. O diabo odeia o sábado, porque ele sabe que todos os relacionamentos de amor são construídos sobre o tempo. Se ele pode destruir o dia que foi separado para o povo de Deus passar tempo de qualidade com o seu Criador, ele pode destruir o relacionamento. Vemos isso acontecer repetidamente entre marido e mulher, bem como entre pais e filhos. Se você parar de gastar tempo de qualidade juntos, logo o relacionamento vai desmoronar.



Quando os filhos de Israel responderam ao chamado de Deus para guardarem o Sétimo dia do santo sábado, o faraó ficou furioso. Ele sabia que, enquanto o povo só trabalhasse, trabalhasse, trabalhasse, eles não teriam tempo para pensarem em sua liberdade. O diabo está usando a mesma Estratégia ainda hoje. Seu objetivo é Manter as pessoas tão ocupadas com o trabalho e tão preocupadas com os cuidados desta vida que não lhes sobra tempo para adorarem o seu Criador. Ele sabe que se fizer com que as pessoas negligenciem o descanso do sábado, Elas nunca vão ter tempo para pensar seriamente na salvação.



Olhando ao longo da história até o fim dos tempos, o Senhor sabia que o Seu povo fiel guardaria o sábado do quarto mandamento. É por isso que, em conexão com a tribulação, Jesus aconselha seus seguidores “Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado” (Mateus 24:20).



O tempo de angústia começa com a ira do diabo contra os filhos obedientes de Deus (Apocalipse 12:17) e termina com a ira de Deus contra os que obedecem a besta (Apocalipse 14:9-10).



Sem Segunda Chance


Antes da grande tribulação começar, o povo de Deus irá experimentar um pequeno tempo de angústia. Durante este tempo os Santos terão de partilhar a sua fé em face da rígida oposição social, política e religiosa “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:17).



Esse pequeno tempo de dificuldade será semelhante ao período de tempo, pouco antes das pragas que caíram sobre o Egito. O Faraó, irritado tentou transformar os corações de seus escravos israelitas contra o seu Deus, forçando-os a produzir o contingente usual de tijolos sem fornecer a palha necessária. Da mesma forma, antes da tribulação, o governo vai usar sanções políticas e econômicas para pressionarem as pessoas a receberem o sinal da besta. Quando este não conseguir forçar o povo de Deus, à desobediência, haverá então um decreto de morte definitiva “e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta” (Apocalipse 13:15). Neste momento, a grande tribulação começa e as sete últimas pragas começam a cair.



A principal razão desta tribulação ser tão intensa é porque ela virá para os perdidos “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro” (Daniel 12:1). Observe que, quando começa a tribulação, os casos de todas as pessoas já estão para sempre decididos.



A porta da salvação e da graça será fechada para o mundo, assim como a porta da arca foi fechada sete dias antes do dilúvio começar. Naquele tempo, Jesus vai dizer: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Apocalipse 22:11-12).



Pela primeira vez na história do mundo, o Espírito de Deus será totalmente retirado do perdido. Os perdidos, serão dados totalmente ao controle demoníaco. Os salvos serão selados e os perdidos para sempre perdidos. Não pode haver mais mudança de lado.



Deus em Julgamento


Se ninguém é convertido pelas pragas, então por que o Senhor permite isso?



Por milhares de anos o Espírito de Deus tem trabalhado nos corações dos homens. Mas ele alertou que isso nem sempre seria assim (Gênesis 6:3). Satanás devia ter uma oportunidade para demonstrar como seria o mundo estando este totalmente sob seu poder. E assim Deus vai finalmente permitir que os ventos da contenda soprem sem obstáculos, mas não antes de Seus servos serem selados (Apocalipse 7:1-3).



A grande tribulação irá revelar ao universo que nada, nem mesmo as piores condições da história do mundo, mudaria o caráter dos que ainda estiverem vivos sobre a terra. O povo de Deus continuará confiando nEle apesar das circunstâncias, e Seus inimigos continuarão se rebelando contra ele.



Às vezes, a adversidade traz uma alma perdida ao arrependimento, mas assim que as sete últimas pragas estiverem sendo derramadas, os maus irão revelar que já não existe nada de resgatável neles.



“O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória” (Apocalipse 16:8-9).



“e blasfemavam contra o Deus dos céus, por causa das suas dores e das suas feridas; contudo, recusaram arrepender-se das obras que haviam praticado” (Apocalipse 16:11, NVI)



“também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande” (Apocalipse 16:21)



Através da Tribulação Com Cristo


Muitos cristãos acreditam que os justos serão todos arrebatados para fora do mundo pouco antes do tempo de angústia e que os ímpios serão deixados para trás para suportarem sete anos de tribulação. Porque soa atraente, essa doutrina ganhou aceitação generalizada. Mas a verdade é que a Bíblia ensina claramente o contrário.



Aqui está apenas algumas das muitas passagens que ensinam que no final do tempo de Deus as pessoas vão passar pela tribulação.



A Bíblia descreve os 144.000 como “os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14).



Em Seu grande discurso profético sobre o monte das Oliveiras Jesus fez a seguinte declaração imediatamente após citar a tribulação: “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mateus 24:22). Se os eleitos não estavam no mundo durante a grande tribulação, eles não precisariam que os dias fossem abreviados !



Por toda a Escritura, vemos exemplos do Senhor salvando o Seu povo através da tribulação, não a partir dela.



Noé não foi salvo do Dilúvio, mas através dele.



Daniel não foi salvo da cova dos leões, mas através dela.



Sadraque, Mesaque e Abedenego não foram salvos da fornalha de fogo, mas através dela. Na verdade, Jesus passou por isso com eles, e Ele vai passar a grande tribulação com a gente também!



Os filhos de Israel não foram salvos do Egito antes que as pragas caíssem, mas depois. Deus demonstrou seu amor e poder, preservando-os no Egito em meio às dez pragas. Da mesma forma, os justos estarão no mundo, quando caírem as sete últimas pragas (Apocalipse 16), mas Deus vai preservá-los.



Deus nunca prometeu que nossa vida seria sempre fácil. Cristo orou ao Pai pelos Seus discípulos: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (João 17:15). Da mesma forma, em 2 Timóteo 3:12 Paulo afirma: “todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Paulo também disse a um grupo de discípulos que “através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22).



Embora Deus nem sempre oferece um escape da tribulação, Ele faz a promessa de nos dar o poder e a força para passar por ela. “tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).



Em Sua parábola dos dois construtores, Jesus ensinou que a tempestade vem tanto ao homem prudente que constrói sobre a rocha, como certamente também para o homem tolo que constrói sobre a areia. (Mateus 7:24-27). A tempestade vai chegar para todos.



Não é preciso ter medo


Imagine, se você ousar, esta receita aterrorizante. Primeiro, despeje todo o conteúdo do Armagedom numa panela de pressão, em seguida, misture lentamente as sete últimas pragas com uma garrafa cheia de angústia para Jacó e uma Babilônia toda esmagada. Em seguida, mexa uniformemente, acrescente duas caixas cheias de ira, uma de Deus e uma de Satanás. Tampe a panela e cozinhe em fogo alto.



Soou apetitoso?


Nós todos parecemos evocar essas imagens assustadoras quando pensamos na tribulação.Agora pense na Imagem de Jesus em um frágil e pequeno barco num mar escuro, com as ondas crescendo e o vento rugindo. Marcos 4:38-40 registra a cena: “E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança”.



Então Cristo disse-lhes: “Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé?” Jesus descansou com a paz de um bebê porque ele viveu pela fé em Seu Pai celestial. Uma mensagem que ele repetiu várias vezes durante o Seu ministério foi “Não temas”.



Em João 16:33, Jesus disse: “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”.






Deus não quer que a gente viva com medo, mas sim pela fé “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João 4:18).



Durante a pior hora do mundo e da maior prova, Deus irá fornecer maior paz e fé. Precisamos apenas lembrar que Jesus está no barco com a gente. Apesar da fornalha ser aquecida sete vezes mais, podemos passar com segurança através dela, se Jesus estiver ao nosso lado.



O Salmo 91 contém promessas especiais para aqueles que viverem durante a última grande tribulação. Ele diz: “Você não terá medo dos perigos da noite nem de assaltos durante o dia. Não terá medo da peste que se espalha na escuridão nem dos males que matam ao meio-dia. Ainda que mil pessoas sejam mortas ao seu lado, e dez mil, ao seu redor, você não sofrerá nada. Você olhará e verá como os maus são castigados” ( Salmos 91:5-8, NTLH).






O salmista deixa claro que nós estaremos no meio do mundo durante as pragas e ainda assim permaneceremos intocados, se Deus for o nosso refúgio “Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda” (Salmo 91:10)



Resgate dos Céus


Na sexta-feira de 2 de junho de 1995, o Capitão Scott O’Grady estava voando com seu F-16 sobre a Bósnia, quando seu avião foi cortado em dois por um míssil inimigo. Miraculosamente, antes de descer para o mergulho fatal no jato F-16, O”Grady conseguiu acionar o que ele chamaria depois, numa reunião da imprensa, a “bela alavanca dourada” entre os seus joelhos, ejetando o assento pára-quedas, que o colocou fora da nave sinistrada. De repente, ele encontrou-se em um mundo diferente e hostil com todo o exército sérvio vasculhando cada centímetro de chão em busca dele. Durante seis dias ele orava, muitas vezes escondido com o rosto no chão para evitar ser visto pelos soldados inimigos passando a poucos metros. Durante seis longos dias, ele sobreviveu ao frio, molhado, cansado, com fome, comendo insetos e bebendo água suja, no pequeno equipamento de sobrevivência, o piloto americano encontrou um rádio transmissor PRC-112, quase do tamanho de um walkman comum, com uma autonomia de 7 horas. Por causa do mau tempo, O”Grady conseguiu fazer um só contato com um outro piloto americano, o capitão Thomas Hanford, indicando sua sobrevivência e localização aproximada. Correndo de inimigos e se escondendo sob arbustos, veio depois um ousado resgate dos céus. Quarenta dirigíveis, centenas de soldados, satélites e a tecnologia combinada de todos da OTAN foram contratados para resgatar o soldado caçado com êxito.



Deus vai fazer menos para o seu povo?


Quando o Capitão Scott O’Grady retornou aos Estados Unidos, ele foi saudado como um herói. Por quê? Porque ele tinha saído da grande tribulação. Nós também podemos ter de suportar um breve momento de dificuldade, mas ele se desvanece na insignificância, quando comparado com o momento glorioso quando Jesus vier bater através do céu com seus exércitos angelicais para resgatar Seus filhos.
“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8:18).



Artigo escrito por Doug Batchelor, traduzido pelo blog www.setimodia.wordpress.com, do original “Through The Tribulation”.

sábado, 13 de junho de 2015

Os Reis do Orgulho

Por Doug Batchelor

Um fato surpreendente: Joshua Abraham Norton sofria de delírios de grandeza. Ele preferia ser chamado de Sua Majestade Imperial Norton I, e em 1859, se auto proclamou imperador dos Estados Unidos. Naturalmente, as pessoas se divertiam com as grandes reivindicações feitas pelo pobre coitado, mas ainda que fosse geralmente considerado um pouco “louco”, ele comia de graça nos melhores restaurantes de São Francisco e os jornais da cidade publicavam muitas de suas proclamações – Incluindo a dissolução do Congresso dos E.U.A pela força e a construção de uma ponte através da baía de São Francisco. Seu humor e obras ficaram famosos não só na cidade em que vivia mas em todo o mundo.

Rudyard Kipling escreveu a curta e inteligente história “O Homem que Queria ser Rei”, um conto sobre as maquinações de dois amigos do século 19. Os ex-soldados partiram da Índia britânica em busca de aventura e acabaram como reis no que é agora parte do Afeganistão. É um estudo fascinante de como a sua ascensão ao poder régio lentamente desencadeou o orgulho latente em seus corações, mudando suas características e dividindo-os como amigos.


A maioria de nós já ouviu a expressão “o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Isto é especialmente verdadeiro para os monarcas, que são expostos às tentações do orgulho mais do que as pessoas comuns. A Bíblia está repleta de exemplos de homens que queriam ser reis, e reis que queriam ser divinos. Na verdade, nós aprendemos que o pecado entrou no nosso universo através do portal do orgulho …

O Anjo que Queria ser Deus


Em Isaías 14, encontramos um retrato fascinante da primeira vítima do veneno do orgulho. É a história de como o diabo tornou-se um demônio. Claro, que sabemos que Deus não criou o diabo. Pelo contrário, Ele criou um anjo deslumbrantemente perfeito chamado Lúcifer, que foi o maior dos querubins, o líder do coro celestial, e o mais inteligente e poderoso de todos os seres criados.


Mas todas as criaturas de Deus são livres para escolher quem vão amar e servir. Infelizmente, Lúcifer tomou a tóxica decisão de escolher-se a si mesmo, acima de todos os outros. Ele tornou-se hiper-narcisista, encantado com sua própria beleza. “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! … Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14:12-13). Lúcifer tinha claramente problemas com seu ego.

Quando o anjo rebelde espalhou seu desafeto entre os outros anjos, finalmente Deus teve que expulsá-lo da corte celestial. Mas esse não foi o fim do orgulho na criação de Deus. Na verdade, foi o primeiro tipo de tentação que Lúcifer, agora mais conhecido como Satanás, apresentou para Adão e Eva. Disse-lhes que se fossem simplesmente comer do fruto proibido, seus olhos seriam abertos e seriam como Deus, implantando assim, em seus corações e mentes seus desejos arrogantes. E funcionou.

Finalmente, o orgulho é uma forma de idolatria – tornando-nos um objeto de adoração. As aspirações do Clube do diabo em toda a grande controvérsia giram todas em torno do “próprio eu, do ego”. Em Ezequiel 28, encontramos mais alguns detalhes sobre as muitas facetas do orgulho que levaram à queda de Lúcifer — orgulho pelo poder, posição, posse, inteligência, aparência, e muito mais. O capítulo deve ser um alerta para os cristãos na era final da história humana, porque essas características egoístas continuam a contribuir para a queda daqueles que, eventualmente se distanciam do Espírito do Senhor. Na verdade, o orgulho é o arrastão invisível com o qual o diabo captura os mais confiantes do povo de Deus.


O Orgulho do Poder


“Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o designei.Você estava no monte santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes.” (Ezequiel 28:14). A Bíblia passa muito tempo nos reis que foram vencidos pelo orgulho de seu próprio poder, alimentando o egoísmo para nenhum fim.


Nabucodonosor lutava com este problema particular do orgulho. No auge de seu poder, o grande rei da Babilônia teve um sonho sobre uma árvore da qual o mundo inteiro era alimentado e em que cada pássaro encontrava um local para alojar-se nos seus ramos. Mais tarde, ele observa a árvore ser cortada, e preocupado o rei pede a interpretação do sonho. O profeta Daniel informa a Nabucodonosor, que o monarca é a árvore que será cortada. Daniel aconselha-o a voltar dos seus caminhos pecaminosos, viver em retidão, e mostrar misericórdia para com os pobres.


Convencido pelo profeta, Nabucodonosor consegue humilhar-se – por um tempo. Como a Babilônia continuou a crescer em prosperidade, tal como os seus exércitos continuaram a ganhar batalhas, como todos os seus projetos de construção chegaram a ser concretizados, um dia o rei saiu para uma de suas varandas palacianas a contemplar a gloriosa vista do seu reino, e proclamou: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?” (Daniel 4:30).


Soa como o diabo, não é? Ele tomou crédito irresponsável para tudo, sobre o qual foi dado a ele reinar. Neste exato momento, Deus emitiu um juízo sobre o orgulhoso rei. “Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino.” (verso 31).

O que se segue é bastante surpreendente. Por sete anos, Deus tirou a sabedoria do rei, inteligência e poder. Nabucodonosor, tornou-se como um animal, andando sobre suas mãos e joelhos. Seus conselheiros não sabiam o que fazer com ele. Temendo que isto pudesse desestabilizar o reino, eles se recusaram a declarar a situação para os cidadãos do reino e soltaram o rei para pastar nos jardins reais, onde ele andava ao redor, comendo erva como um boi.

Após sete anos, Deus teve misericórdia e restaurou o juízo de Nabucodonosor. Mas a lição é tão clara como a história do diabo em Ezequiel: Deus é o único que merece o nosso louvor, não importa o quanto de poder possuímos neste mundo. Quando Deus nos dá a capacidade de influenciar os outros, não devemos agir como se fizéssemos tudo por nossa própria conta. Devemos usar esse poder com profunda humildade. Por causa de seu orgulho, Nabucodonosor perdeu tudo. O orgulho também pode levar os cristãos a um lugar onde podem perder o acesso ao reino de Deus, assim como aconteceu com o diabo.


Orgulho pela Posição


“Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci…” (Ezequiel 28:14). Algumas pessoas crescem orgulhosas de sua posição no trabalho e na vida. Isto é parte da mesma miríade de questões, com as quais o diabo lutou antes de ser expulso do céu. Hamã no livro de Ester fornece outro exemplo de orgulho auto-destrutivo em exibição na Bíblia.


O poderoso Xerxes da Pérsia soube que um judeu chamado Mordecai tinha salvo sua vida de uma trama de assassinato. Xerxes quis honrar Mordecai, mas Hamã, que tinha recebido recentemente uma promoção de alta honra do rei, tornou-se irritado com Mordecai, porque o judeu devoto não se curvava diante do nobre arrogante. Hamã ficou tão zangado, que na verdade, ele quiz matar todos os judeus na terra.

Com o orgulho inflado Hamã continuou a progredir, e se gabava a seus amigos sobre “… a glória das suas riquezas e a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e como o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei.” (Ester 5:11).

Assim, quando Mardecai continuou a recusar-se a mostrar reverência a Hamã, o nobre se irou contra ele. Hamã, presunçosamente, decidiu construir uma forca para pendurar a Mordecai, certo de que Xerxes lhe daria permissão por causa de sua posição real elevada. No entanto, antes que ele pudesse pedir ao rei permissão, Xerxes pergunta a Hamã: “O que deve ser feito ao homem que o rei deseja honrar?”

O orgulho, um espelho distorcido que obstrui o pensamento claro e a razão, permitiu a Hamã ver apenas a si mesmo. Cheio de vaidade, Hamã pensou no seu coração: “A quem o rei teria prazer de honrar, senão a mim?” (Ester 6:6 NVI). O nobre logo vislumbrou a procissão mais extravagante, ele poderia estar pensando que – Andaria no cavalo do rei, com vestes de rei, com a coroa de rei sobre a sua cabeça, desfilando para cima e para baixo pelas ruas da cidade para que todos o honrassem. Jesus disse: “Da abundância do coração fala a boca”, e isso não poderia ser mais verdadeiro para Hamã, que falava como se ele quisesse desesperadamente ser o rei.

Bem, vocês podem imaginar o choque de Hamã com o que se seguiu: “O rei ordenou então a Hamã: Vá depressa apanhar o manto e o cavalo, e faça ao judeu Mardoqueu o que você sugeriu … Não omita nada do que você recomendou” (verso 10). Hamã foi ordenado para homenagear o homem o qual seu orgulho tão desesperadamente queria assassinar.

A Bíblia diz: “Quando vem a soberba, então vem a vergonha” (Provérbios 11:2). A história de Hamã é um grande exemplo do pagamento final do orgulho. Ele foi pendurado na forca que ele havia construído para Mordecai.

Esse orgulho pela posição, infectava mesmo aqueles que estavam mais próximos a Jesus. Em Marcos 9, encontramos os discípulos discutindo sobre qual deles seria o maior no reino de Jesus. Era como se eles nunca tivessem ouvido uma das lições mais poderosas que Jesus já havia dado a eles: “Entre vocês, o mais importante é aquele que serve os outros, Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.” (Mateus 23:11-12 NTLH).


Se você se exaltar a si mesmo, esforçando-se para obter posição e honra, você será humilhado por Deus. Se você se humilhar, Deus encontrará uma forma de exaltar-lhe, nesta vida ou ao entrar na eternidade. Você se sente como se tivesse sido preterido em seu trabalho por causa do favoritismo ao invés da habilidade? Não deixe que isso te incomode. Contente-se a servir onde Deus o colocou. Cristo em seu tempo vai te levantar.

Orgulho Espiritual


O orgulho espiritual é um poço escondido em que muitos cristãos inocentes caíram. É especialmente insidioso porque se disfarça como virtude. No Antigo Testamento, o Rei Uzias, foi em geral um bom governante, mas ele caiu por seu orgulho religioso. Ele achava que merecia os mesmos privilégios que os sacerdotes. O rei Saul também perdeu o seu reino, após usurpar as responsabilidades do sacerdócio.


Jesus abordou essa falha fatal em uma de suas parábolas mais populares. “Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos” (Lucas 18:10). Aqui Jesus contrasta duas pessoas que pertenciam à mesma igreja. No tempo de Jesus, os fariseus eram profundamente respeitados por sua religiosidade, enquanto os publicanos eram considerados párias.


Na parábola, “O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano, Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho”, enquanto “o publicano ficou a distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’ “(Lucas 18:11-13).

De acordo com Jesus, foi o humilde publicano quem foi para casa justificado (Lucas 18:14). Você vê, o fariseu estava orgulhoso de suas boas obras, acreditando que ações espirituais valeriam sua aceitação diante de Deus. Mas o publicano tinha simples confiança na misericórdia de Deus. O publicano foi perdoado, mas o fariseu não. Não podemos perder essa lição, se quisermos crescer em Cristo.

O orgulho espiritual é mortal – e é a desgraça da Igreja de Laodicéia. Quando uma pessoa ou igreja diz: “Eu sou rico, e me tenho enriquecido, e de nenhuma coisa tenho necessidade” isso é nada mais do que o orgulho espiritual egoísta. E Deus tem algo a dizer sobre isso. Ele diz que nós realmente somos “pobres, miseráveis, cegos e nús e não sabemos disso”. Quanto mais você se tornar espiritualmente orgulhoso, mais espiritualmente pobre você é. Mas aqueles que reconhecem e admitem o seu estado espiritual falho, sabem que podem ser salvos apenas pela graça de Cristo, e tem uma vantagem nessa humildade. Jesus promete-lhes: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.”


No clássico, Parábolas de Jesus, de Ellen White lemos : “O mesmo mal que levou Pedro à queda e excluiu da comunhão com Deus o fariseu, torna-se hoje a ruína de milhares. Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso para o espírito humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança incute, e o mais irremediável.” (Pág. 154).


É por isso que Jesus disse: “Cuidado com os mestres da lei. Eles fazem questão de andar com roupas especiais, de receber saudações nas praças e de ocupar os lugares mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Estes Homens diz Jesus “… receberão condenação mais severa!” (Marcos 12:38-40).


Você está sobrecarregado com orgulho espiritual? Você está orgulhoso de seu conhecimento das doutrinas da Bíblia? Você vai à igreja zombando daqueles que não vão no mesmo dia que você? Sonde o seu coração para as razões pelas quais você faz as coisas religiosas. O orgulho é a semente que Satanás plantou para ter Jesus pregado na cruz. Em Marcos 15 é nos dito que Pilatos perguntou aos judeus “Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus? sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.” (versos 9 e 10). O Orgulho ofendido por sentirem que Jesus ameaçava a importância deles entre os povos, fizeram com que eles o matassem.


O Poder da Humildade


Nós examinamos o poder destrutivo do orgulho na vida de grandes reis e do povo de Deus. Vamos concluir este estudo com uma pequena lição sobre o poder restaurador de escolha da humildade.

A Bíblia nos diz repetidamente que Deus quer corações humildes em Seu povo. “O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus”. (Miquéias 6:8, NTLH).


O orgulho é uma bússola que aponta sempre para si mesmo. Mas nós podemos escolher resistir a essa tendência natural. Através do Espírito de Deus, podemos optar por sermos humildes. A Bíblia não diz que devemos pedir a Deus para nos humilhar, em vez disso, nós somos repetidamente convidados a nos humilhar “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14). Deus certamente pode encontrar formas de fazê-lo recuar em seu orgulho, e isso, porque Ele te ama. Mas isso não significa que você possa querer se humilhar diante dele: Praga após praga caíram sobre Faraó e seu povo, mas o líder egoísta não se humilhava para salvar ninguém, nem mesmo seu próprio filho.

Espero viver e reinar com Cristo, um dia, mas isso nunca vai acontecer se eu não escolher abraçar a humildade agora, como Moisés a escolheu quando ele estava vivo. É dito sobre este profeta “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” (Números 12:3).

Isso é extraordinário considerando que ele teve a oportunidade de viver nos palácios do Egito. Moisés poderia ter sido um rei orgulhoso. Ele poderia ter tido todo o mundo curvando-se diante dele. No entanto, ele humildemente se afastou disso tudo, porque ele queria servir a Deus.

Adivinha onde ele está agora? Ele está na presença de Cristo, um dos poucos escolhidos que já vivem no céu. Isso é melhor do que ser um faraó embalsamado cercado por objetos empoeirados. E tudo porque Moisés se humilhou para que o Senhor pudesse levantá-lo. Precisamos perceber o nosso verdadeiro estado, se quisermos que Deus nos transforme de uma largata em uma borboleta.


Ser como Cristo


Os exemplos contrastantes entre o orgulho do Faraó e a mansidão de Moisés são um símbolo de Lúcifer e Jesus. E cada um de nós deve escolher imitar os traços de um ou de outro. Portanto, aqui está um princípio inabalável que você deve ter conhecimento: Deus exalta aqueles que são mais humildes e humilha os mais orgulhosos.



Quem é que vai receber a maior humilhação no dia do julgamento? Satanás, porque ele queria ser Deus. Exaltou-se mais do que qualquer outro ser da criação, portanto, ele vai ser humilhado mais do que qualquer outro. Ele que caminhou ao lado do Todo-Poderoso brilhando entre pedras preciosas, vai ser lançado no lago de fogo. É o maior rebaixamento na história.



Quem mais se humilhou a si mesmo? Jesus, porque Ele desceu do seu trono celeste para a cova da humilhação e da morte por amor de Sua criação. Jesus foi o Criador tornando-se criação. Jesus “humilhou-se, tornando-se obediente até à morte. … Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2:8-9).



Estas principais características de Jesus e de Lúcifer estão em guerra dentro de todos nós. Cada um de nós terá que escolher copiar um desses dois modelos em nossas vidas. Para o seu bem e para o bem do Reino de Deus, escolha a humildade hoje e peça a Deus para ajudá-lo nisso.



Artigo escrito pelo pastor Doug Batchelor, do Ministério Amazing Facts, traduzido do original “The Kings of Pride”.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O relato da vida de Ananias e Safira


Ao proclamarem os discípulos as verdades do evangelho em Jerusalém, Deus deu testemunho de sua Palavra e uma multidão creu. Muitos desses primeiros crentes foram imediatamente separados da família e dos amigos pelo zeloso fanatismo dos judeus, sendo, portanto necessário prover-lhes alimento e abrigo.
O relato declara: "Não havia, pois entre eles necessitado algum."Atos 4:34. E diz como as necessidades eram supridas. Aqueles dentre os crentes que tinham dinheiro e bens, alegremente sacrificavam-nos para socorrer na emergência. Vendendo suas casas ou suas terras, eles levavam o dinheiro e o depositavam aos pés dos apóstolos. "E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." Atos 4:35.
Esta liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito. "Era um o coração e a alma" (Atos 4:32) dos conversos ao evangelho. Um comum interesse os guiava - o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado, era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres.
Assim será sempre, quando o Espírito de Deus toma posse da vida. Aqueles cujo coração transborda do amor de Cristo, seguirão o exemplo dAquele que por amor de nós, Se tornou pobre, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Dinheiro, tempo, influência - todos os dons que receberam das mãos de Deus - só serão por eles apreciados quando usados como meio de fazer avançar a obra evangélica. Assim foi na igreja primitiva; e, ao ver-se na igreja de hoje que, pelo poder do Espírito os membros retiraram suas afeições das coisas do mundo, e se dispõem a fazer sacrifícios a fim de que seus semelhantes possam ouvir o evangelho, as verdades proclamadas terão poderosa influência sobre os ouvintes.
Contraste flagrante com o exemplo de generosidade manifestada pelos crentes foi a conduta de Ananias e Safira, cuja experiência, traçada pela pena da Inspiração, deixou uma escura nódoa na história da igreja primitiva. Com outros, esses professos discípulos haviam participado do privilégio de ouvir o evangelho pregado pelos apóstolos. Haviam eles estado presentes com outros crentes, quando, após haverem os apóstolos orado, "moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo". Atos 4:31. Profunda convicção havia-se apossado de todos os presentes, e sob a direta influência do Espírito de Deus, Ananias e Safira haviam feito o voto de dar ao Senhor o produto da venda de certa propriedade.
Depois, Ananias e Safira ofenderam o Espírito Santo cedendo a sentimentos de cobiça. Começaram a lamentar o haverem feito aquela promessa e logo perderam a suave influência da bênção que lhes havia aquecido o coração com o desejo de fazer grandes coisas em benefício da causa de Cristo. Julgaram haverem-se precipitado e sentiam ser necessário reconsiderar sua decisão. Falaram entre si sobre o caso e resolveram não cumprir a promessa. Viam, porém, que os que entregavam seus bens para suprir as necessidades de seus irmãos mais pobres, eram tidos em alta estima pelos crentes; e, com vergonha de que os irmãos viessem a saber que sua mesquinhez de alma regateara aquilo que haviam solenemente dedicado a Deus, resolveram deliberadamente vender sua propriedade e fingir que davam todo o produto para o fundo comum, guardando, porém, para si mesmos, grande parte. Deste modo garantiriam para si o pão do depósito comum, ao mesmo tempo em que alcançariam a alta estima de seus irmãos.
Mas Deus aborrece a hipocrisia e a falsidade. Ananias e Safira praticaram fraude em sua conduta para com Deus. Mentiram ao Espírito Santo, e seu pecado foi punido com juízo rápido e terrível. Quando Ananias chegou com sua oferta, Pedro disse: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus." Atos 5:3 e 4.
"E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram." Atos 5:5.
"Guardando-a não ficava para ti?" perguntou Pedro. Atos 5:4. Nenhuma escusa influência tinha levado Ananias a sacrificar sua propriedade pelo bem geral. Ele agira por livre escolha. Mas procurando enganar os discípulos, tinha mentido ao Onipotente.
"E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os mancebos, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas." Atos 5:7-11.
A infinita sabedoria viu que essa evidente manifestação da ira divina era necessária para impedir que a jovem igreja se desmoralizasse. O número dos crentes aumentava rapidamente. A igreja teria corrido perigo se, no rápido aumento de conversos, fossem acrescentados homens e mulheres que, embora professassem servir a Deus, adoravam a Mamom. Esse juízo testificou que os homens não podem enganar a Deus, que Ele descobre o pecado oculto do coração e não Se deixa escarnecer. Destinava-se a ser uma advertência à igreja, para levá-la a evitar a pretensão e hipocrisia, e acautelar-se de roubar a Deus.
Não apenas para a igreja primitiva, mas para todas as gerações futuras, este exemplo de como Deus aborrece a cobiça, a fraude, a hipocrisia, foi dada como um sinal de perigo. Foi a cobiça que Ananias e Safira tinham acariciado em primeiro lugar. O desejo de reter para si à parte que haviam prometido ao Senhor levou-os à fraude e à hipocrisia.
Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos donativos de Seu povo. As ofertas voluntárias e os dízimos constituem o meio de manutenção da obra do Senhor. Dos bens confiados aos homens, Deus reclama certa porção - o dízimo. A todos deixa Ele liberdade para decidirem se desejam ou não dar mais do que isto. Mas quando o coração é tocado pela influência do Espírito Santo, e é feito um voto de dar certa importância, aquele que fez o voto não tem mais nenhum direito sobre a porção consagrada. Promessas desta espécie feitas aos homens são olhadas como obrigatórias; seriam menos obrigatórias as feitas a Deus? São as promessas julgadas no tribunal da consciência menos obrigatórias que as escritas nos contratos humanos?
Quando a luz divina brilha no coração com clareza e poder inusitados, o habitual egoísmo relaxa as garras e há disposição para dar para a causa de Deus. Mas ninguém deverá pensar que lhe será permitido cumprir as promessas feitas, sem protesto da parte de Satanás. Ele não tem prazer em ver o reino do Redentor estabelecido na Terra. Sugere que a promessa feita foi excessiva, que isto poderá prejudicar a aquisição de propriedades ou a satisfação dos desejos da família.
É Deus quem abençoa os homens dando-lhes bens, e faz isto para que eles possam contribuir para o avançamento de Sua causa. Ele envia o sol e a chuva. Faz florescer a vegetação. Dá saúde e habilidade para se adquirirem meios. Todas as nossas bênçãos são recebidas de Sua mão generosa. Em retribuição Ele quer que homens e mulheres demonstrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas - em ofertas de ação de graças, em ofertas pelo pecado e ofertas voluntárias. Se o dinheiro entrasse para a tesouraria de acordo com este plano divinamente recomendado - a décima parte do que ganhamos e as ofertas liberais - haveria abundância para o avançamento do trabalho do Senhor.
Mas o coração dos homens torna-se endurecido pelo egoísmo, e à semelhança de Ananias e Safira, são tentados a reter parte do preço, conquanto pretendam estar a cumprir os requisitos de Deus. Muitos gastam dinheiro prodigamente na satisfação própria. Homens e mulheres consultam o prazer e satisfazem o gosto, ao passo que levam para Deus, quase de má vontade, uma oferta mesquinha. Esquecem-se de que um dia Deus pedirá estrita conta de como Seus bens foram usados, e que não aceitará a insignificância que levam à tesouraria, mais do que aceitou a oferta de Ananias e Safira.
Do severo castigo infligido a esses indivíduos, quer Deus que aprendamos também quão profunda é Sua aversão e desprezo por toda a hipocrisia e engano.
Simulando haverem dado tudo, Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo, e, como resultado, perderam esta vida e a futura. O mesmo Deus que os puniu, condena hoje toda falsidade. Lábios mentirosos são-Lhe uma abominação. Ele declara que na cidade santa "não entrará... coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira". Apocalipse 21:27. Seja a verdade dita sem rebuços nem tibieza. Torne-se ela uma parte da vida. Considerar levianamente a verdade, e dissimular para servir a planos egoístas, significa o naufrágio da fé. "Estai, pois firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade." Efésios 6:14. Quem profere inverdades, vende sua alma por baixo preço. Suas falsidades podem parecer servir em emergências; pode parecer, assim, que faz negócios vantajosos que não poderia conseguir pelo reto proceder. Mas finalmente chega ao ponto em que não pode confiar em ninguém. Sendo ele mesmo falsificador, não tem confiança na palavra de outros.
No caso de Ananias e Safira, o pecado da fraude contra Deus foi rapidamente punido. O mesmo pecado foi muitas vezes repetido na história posterior da igreja, e é cometido por muitos em nosso tempo. Mas embora possa não manifestar-se visivelmente o desagrado de Deus, não é menos desprezível a Sua vista agora do que o foi no tempo dos apóstolos. A advertência foi dada; Deus tem claramente mostrado Seu desprezo por este pecado; e todos os que se dão à hipocrisia e à cobiça, podem estar certos de que estão destruindo a própria alma.

Desconheço a fonte

sábado, 29 de dezembro de 2012

As Duas Testemunhas: Moisés e Elias

Por Doug Batchelor








Um fato surpreendente: a luz mais brilhante que o homem fez brilhar sobre a terra emana do topo do hotel Luxor, uma gigantesca estrutura em forma de pirâmide, em Las Vegas, Nevada. Um total de 45 lâmpadas de xenônio, cada uma do tamanho de uma máquina de lavar roupa e com as brilhantes lâmpadas disparando uma poderosa explosão de luz radiante direto para o céu. A luz que irradia a partir do topo desta montanha artificial é tão brilhante, que os astronautas podem ver quando estão em órbita. Pilotos de linha aérea são aconselhados a evitarem a área, pois o feixe de luz pode cegar temporariamente os que voam através dele.

Você sabia que existe uma história na Bíblia que fala de uma montanha em chamas com luz celestial? Mesmo que raramente abordado, este evento, chamado de Monte da Transfiguração, ou às vezes o Monte Glorioso, é um dos momentos mais importantes do Novo Testamento. Esta experiência monumental encontrada nos Evangelhos de Mateus 16, Marcos 9 e Lucas 9 está cheia de profundo significado para os cristãos, e isso ajuda a esclarecer muitas outras maravilhosas verdades da Bíblia.

1. Ascendendo para a Luz


Após um longo dia de ensino ministrando às multidões, Cristo e seus discípulos se separaram da multidão que clamava. Jesus então diz algo muito incomum: “Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus” (Marcos 9:01). Provavelmente pareceu aos discípulos que Jesus estava prevendo algo realmente grande. Mas o quê?

Então, seis dias depois de Jesus fazer este anúncio enigmático, eles chegam ao pé de uma “alta montanha”. Lá ele chama a Pedro, Tiago e João, e parte com eles, deixando os outros no vale e começa uma longa caminhada até a íngreme colina. Quando o sol estava se pondo, eles exaustos, finalmente chegaram ao cume da montanha. Jesus imediatamente se ajoelha e começa a orar, e na primeira tentativa que os discípulos fazem para acompanhá-lo, estando exaustos, caem em sono profundo.

Então, algo extraordinário acontece! Combinando o testemunho de Lucas e Marcos, nos é dito, “enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura”. “como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar”. (Veja o relato completo em (Lucas 9:29-31 e Marcos 9:2-9).

2. A Razão para a Revelação


De repente, despertados pelo acontecimento cósmico, os discípulos vêem Cristo brilhando com uma luz celestial que irradiava de dentro dele. Ele não é apenas o humilde filho de José e Maria, mas com a glória revelada, ele agora aparece como o majestoso Criador do universo.

No clássico livro, O Desejado de Todas as Nações, a autora nos ajuda a compreender melhor a principal razão para a visitação celeste. Em sua oração, “Ele roga que testemunhem uma manifestação de Sua divindade que, na hora de Sua suprema agonia, os conforte com o conhecimento de que Ele é com certeza o Filho de Deus, e que Sua ignomiosa morte é uma parte do plano da redenção”.

O Pai amoroso lhes concede esse breve vislumbre da glória de Seu Filho, porque Ele sabia que os discípulos estavam prestes a ver seu Mestre totalmente humilhado. Seu mestre estava prestes a ser despido, espancado e machucado, aparecendo muito desamparado e muito mortal. Assim, da mesma forma que uma pequena árvore armazena seiva durante a quente e brilhante primavera, para sustentá-la durante o inverno frio e escuro, Jesus sabia que a fé dos discípulos precisava de um impulso luminoso na montanha para enfrentarem o escuro dia sobre o Calvário que se aproximava.

Os discípulos também precisavam da garantia deste evento, porque continuavam a confundir a finalidade da missão do Messias com as fábulas populares judaicas da glória terrena. Jesus sabia que ia ser devastador para eles verem suas esperanças de glória terrena perfurada pelos pregos romanos, de modo que o Pai concedeu esta visão para lembrá-los que o reino de Cristo era celeste, não terreno.

3. Por que Moisés e Elias?


Junto com a mais brilhante e gloriosa luz do céu, jamais vista na Terra, duas das maiores celebridades da Escritura apareceram ao lado de Cristo. “E apareceu-lhes Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus” (Marcos 9:04).

Alguém poderia perguntar: por que esses dois indivíduos? Deus também havia levado Enoque para o céu, por que ele não veio para essa visita especial? Muito simples, porque as duas personalidades que vieram eram símbolos vivos da Palavra de Deus. Moisés representava a lei e Elias representava os Profetas. Jesus diz em Mateus 5:17 “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruir, mas para [cumprir].” Moisés é o grande legislador, Elias é o maior dos profetas do Antigo Testamento.

Em toda a Bíblia, a Palavra de Deus é freqüentemente retratada com uma imagem dupla. Os Dez Mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra. A Palavra de Deus também é retratada como uma espada de dois gumes. Duas lâmpadas e duas oliveiras retratam as duas divisões da Bíblia sagrada. Mas o testemunho final da Palavra de Deus é Jesus: “no rolo do livro está escrito a meu respeito” (Hebreus 10:7). No rolo do Livro, a Bíblia, tudo aponta para Jesus, que é a combinação de duas naturezas, a humana e a divina. Jesus é o Verbo feito carne (João 1:14).


Em Lucas 16:31, Jesus conclui a parábola do homem rico e Lázaro, “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. Aqui, Jesus coloca uma alta prioridade na Palavra de Deus, e não devemos perdê-la. Não importa que milagres você testemunhe, mesmo que alguém ressuscite dentre os mortos, você ainda deve colocar a plena Palavra de Deus em terrenos mais altos.

4. O Endosso Final


Em tempos de eleição, os políticos começam a campanha e disputam o apoio dos eleitores. Uma maneira comum para eles conseguirem isto é conseguindo o apoio de tantos líderes populares e credíveis quanto possível. A Gloriosa experiência do Monte foi o endosso final.

Desde a época de Abraão, cada judeu havia procurado pela vinda do Messias. Vários Cristos falsos tinham aparecido no cenário da história hebraica. Agora, como um símbolo de apoio supremo, Jesus está glorificado flanqueado à direita e à esquerda dos dois maiores heróis do antigo Israel. Moisés e Elias rodeavam Jesus para nos dar um quadro muito vívido que a Palavra de Deus aponta para Jesus e o endossa como o Messias.

Este endosso de Moisés e de Elias representava o aval da lei e dos profetas, a Palavra de Deus, que Jesus era “aquele que estava para vir” (Mateus 11:3). Não haviam outras pessoas que pudessem ter oferecido maior validação para o ministério de Jesus do que estes dois gigantes da Escritura.

A transfiguração é também um cumprimento direto da profecia. Malaquias predisse, “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que eu ordenei-lhe, em Horebe para todo Israel, os estatutos e juízos. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes do grande e terrível dia do Senhor”. Uma razão da Palavra de Deus ser tão maravilhosa é porque é muito precisa. Tanto Moisés como Elias aparecem no Novo Testamento antes do sacrifício de Jesus, para incentivá-lo e apoiá-lo.

5. Duas ou Três Testemunhas


Em Apocalipse 11:3-12, encontramos a grande profecia das duas testemunhas de Deus. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (Apocalipse 11:4). Sabemos que uma lâmpada é um símbolo da Palavra de Deus, “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105). Quando Zacarias vê duas oliveiras na visão, ele pergunta ao anjo o que elas representam. “E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor” (Zacarias 4:6).


Apocalipse adverte o que vai acontecer com aqueles que prejudicarem as duas testemunhas de Deus, a Bíblia Sagrada. “se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos” (Apocalipse 11:5). Isso aconteceu nas experiências de Elias e Moisés. Fogo desceu do céu sobre os egípcios que perseguiram os filhos de Deus e também consumiu os filhos de Aarão. Ele também consumiu os soldados quando eles desafiaram Elias. Além disso, “Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue” Elias orou e fez cessar a chuva? Moisés orou e a água se transformou em sangue? Então, novamente, vemos por que Deus compara as duas testemunhas, a Sua Palavra, com o ministério de Moisés e Elias.

Então, como se a aprovação de Moisés e Elias não fosse suficiente, uma nuvem encobre a montanha e a voz do Todo-Poderoso é ouvida dizendo: “Este é o meu Filho amado, a ele ouvi.” A Bíblia diz: “Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra.” (2 Coríntios 13:1). No monte, dois seres humanos redimidos por Cristo testificam que Ele é o Messias, e, claro, o terceiro é a voz do próprio Deus! Que melhor confirmação da verdade Deus poderia ter oferecido, o legislador e o maior profeta e Seu próprio testemunho audível?

6. Uma Conversa Divina


Quando li pela primeira vez esta passagem, eu me perguntava: “Como eles sabiam que era Moisés e Elias?” Eles não tinham fotografias jornalísticas ou vídeos arquivados com que comparar esses seres. Então eu percebi que provavelmente ouviram alguma coisa da conversa e ouviram Jesus abordá-los pelo nome.

Felizmente, o Evangelho de Lucas ainda nos dá um pouco sobre o que estes grandes homens discutiam. É dito: “eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém” (Lucas 9:30-31). Naturalmente, referiam-se ao Seu sacrifício no Monte Calvário.

Eu não posso imaginar quaisquer outros dois indivíduos que seriam mais bem qualificados para incentivarem Jesus a avançar com o seu sacrifício. Tanto Moisés como Elias, entendiam o aguilhão da perseguição e rejeição por seu próprio povo. Tenha em mente, tanto Moisés como Elias tinham estado no céu por centenas de anos, não por causa de suas boas obras, mas porque eles estavam desfrutando um adiantamento sobre o sacrifício que Jesus estava prestes a fazer. Em outras palavras, se Jesus não fosse adiante com o plano para morrer pela humanidade, Moisés e Elias não teriam o direito de permanecer no céu. Eles foram, obviamente, muito motivados a encorajar e inspirar Jesus a seguir em frente. Em última análise, o objetivo de ambos era o de serem testemunhas de Cristo e apoiarem a Jesus no julgamento e sacrifício que se aproximava.

7. Três Tabernáculos


Quando os olhos dos discípulos se ajustaram à luz e eles recobraram o juízo, a primeira coisa que fizeram foi tirar os sapatos quando perceberam que estavam em terra santa. Depois de alguns minutos aterrorizados por escutarem este diálogo divino, Pedro sentiu-se compelido a dizer alguma coisa. “E tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, é bom que estejamos aqui; e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.” (Marcos 9:5).

É interessante que a história da Bíblia registra três templos terrenos: um no deserto durante o tempo de Moisés; o templo de Salomão erigido durante o tempo de Elias, e o terceiro templo construído após o cativeiro babilônico. Este terceiro é o que Jesus purificou. Há também três aspectos ou etapas da salvação: a justificação, simbolizada por Moisés, a santificação, simbolizada pelo ministério de Elias, e a glorificação representada por Jesus.

8. A Experiência no Topo da Montanha


Muitos dos pontos altos da Bíblia são também de experiências no cume das montanhas. O Senhor muitas vezes organiza eventos profundos no topo de montanhas, porque são monumentos naturais. Sempre que o povo de Deus olhava para esses picos proeminentes, eles se lembravam dos eventos importantes de sua história sagrada.

Considere, por exemplo, que, após 40 anos no deserto, Deus entregou Sua aliança com Moisés no topo de uma montanha. O Monte Sinai tinha o fogo de Deus com fumaça e trovão tremendo o cume. Após 40 dias no deserto, Deus também falou com Elias no Monte Sinai com fogo, vento, e um terremoto (1 Reis 19:11-12). Após 40 dias no deserto, Jesus repreendeu o demônio em uma montanha alta (Mateus 4:8-10). Deus também faz promessas sobre as montanhas. Foi nas montanhas do Ararat que Deus fez Sua aliança com Noé. Ele fez Sua aliança com Abraão no Monte Moriá. A nação inteira dos judeus confirmou o pacto da terra prometida no Monte Gerizim (Josué 8:33). Claro, Elias estava no Monte Carmelo, quando o fogo e a chuva cairam, um símbolo do Espírito de Deus, reavivando a igreja. Moisés primeiro vislumbrou a Terra Prometida do Monte Nebo, e foi de uma alta montanha que João viu pela primeira vez a cidade santa (Apocalipse 21:10). O mais importante, a aliança do amor e da salvação foi selada no Monte Calvário.

Tal como Jesus, Moisés estava em uma montanha com as mãos levantadas, sustentadas de um lado e do outro por Arão e Hur (Êxodo 17:12). Claro, quando Jesus morreu no Calvário, dois ladrões o rodeavam um a sua direita e outro à sua esquerda, representando dois tipos de pecadores, da mesma forma você têm Moisés e Elias acompanhando Jesus no Monte da Transfiguração. Eu acho que antes de escalarmos o Monte Glorioso, é preciso escalarmos o Monte do Calvário. Deus quer confirmar Sua aliança com você e enche-lo do Seu Espírito, e isso vai acontecer quando você se humilhar sobre o monte onde Jesus foi morto.

9. A Palavra Final


O Glorioso Mounte foi coberto com a autoridade divina. Marcos 9:7 diz: “E desceu uma nuvem que os cobriu com a sua sombra”. Esta nuvem estava realmente velando a glória do Pai, que declarou: “Este é o meu Filho amado. A ele ouvi.” Deus, o Pai vem para sancionar o Seu Filho que recebe Sua aprovação total.

Isto é tão importante para nós entendermos. No início do ministério de Jesus, Deus Pai fala pessoalmente no batismo de Cristo no baixo vale do Jordão, e identifica Jesus como seu Filho. Ele diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”, anunciando que o povo judeu já não precisava mais procurar a alguém como o Messias (Mateus 3:17). Quem veio antes dele era uma fraude, e qualquer outra pessoa que viesse depois seria uma falsificação. Jesus é o único!

Então, no final do ministério de Jesus, Deus Pai novamente identifica seu divino Filho na montanha, algo muito simples é ordenado. “A ele ouvi”. Essa é uma frase completa, de fácil compreensão. Mas “ouvir” significa mais do que apenas ouvir os sons audíveis. Significa “ouvir com atenção integral e praticar”. Jesus diz: “Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:17). Deus Pai, em pessoa, está ordenando a você e a mim para ouvirmos a palavra de Jesus e colocá-la em prática.

Tem havido um monte de falsificações, fraudes, e líderes impostores tentando imitar Cristo. Mas Deus, o Pai diz sobre Jesus na Bíblia, “a ele ouvi”. Ele é a Palavra verdadeira! Isso é algo muito poderoso para contemplarmos.

10. De Repente


Com os últimos ecos da voz de Deus trovejando e ressoando do monte, os discípulos tremendo se encolheram de medo. Marcos 9:8 diz que “de repente”, tudo acabou. Tão rapidamente como a luz brilhou, ela se dissipou. “E, tendo olhado em volta, ninguém mais viram, senão só Jesus com eles.” Como a glória evaporava seus olhos se ajustavam à escuridão, Moisés e Elias, o Pai, e a nuvem tinham ido, tudo o que podiam ver era Jesus. Ele prometeu, “Eu nunca te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5).

É fácil ter a nossa visão obscurecida pelo caleidoscópio de imagens que vemos na Bíblia. E é fácil ter nossa mente nublada com a colagem de imagens que vemos na vida moderna. Mas depois tudo se desvanece, e nós estamos na base da montanha mais uma vez, o que realmente importa? Acho que Deus está nos dizendo para apenas ouvirmos a Jesus, para apenas olharmos para Jesus. Ele foi o único que restou com eles; todos podem abandoná-lo, mas Jesus diz: “Eu estarei com vocês até o fim” (Mateus 28:20). Lembre-se sempre que Jesus ainda está lá para você, mesmo depois da glória desaparecer.

11. Não Contem


Cristo mais uma vez diz algo muito incomum para os discípulos aturdidos. Você e eu mal podemos imaginar como esses três apóstolos estavam se sentindo, “ao descerem do monte” (Marcos 9:9). Esse evento deve ter lhes causado incrível mudança de vida, e eles provavelmente estavam em estado de choque espiritual, mais do que quando Cristo acalmou a tempestade e andou sobre as águas. Eles podiam até mesmo estar brilhando com o resíduo remanescente da luz que ainda se dissipava de suas faces, assim como Moisés ficou depois de falar com Deus. Que dúvidas sobre Jesus eles poderiam, eventualmente, ter agora? Eles estavam provavelmente prontos para morrerem por Jesus naquele momento.

Mas, em seguida, Jesus ordena-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto. Eu imagino que poderia ter sido este um dos mandatos mais difíceis que já receberam de seu Senhor. Eles testemunharam apenas um vislumbre do céu. Como o antigo Israel, eles ouviram a voz de Deus resplandecendo de uma montanha, e agora, eles são orientados a não fazerem qualquer comentário a respeito deste notável evento. Não contem. Guardem isso na mente. Ele está pedindo para três pescadores não comentarem sobre a experiência mais emocionante de suas vidas. Eu não sei se eu poderia ter me mantido quieto.

12. Tempo para Contar


Felizmente, eles não foram exortados para “nunca falarem sobre isso” Mais precisamente, Jesus solicitou: “que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos” (Marcos 9:9).

Por que Jesus fez esse pedido sabendo que o coração deles tinha sido tão profundamente tocado por este evento? Eu creio que Ele queria que eles armazenassem esta experiência para quando realmente precisassem. Pedro, Tiago e João, foram escolhidos para serem os líderes da igreja primitiva, e quando tudo parecesse perdido, ou quando as coisas ficassem dificeis, eles poderiam dizer: “Não desanimem. Queremos lhes contar sobre algo que vimos com Jesus na montanha”. Mas, infelizmente, parece que quando eles mais precisaram, não se lembraram desta experiência, quando o seu Senhor foi para a cruz, eles se esqueceram quem Ele era.

Deus deu-lhe uma experiência de montanha? Talvez ele tenha respondido orações e operado milagres, e quando essas coisas acontecem, você diz, “Óh, louve ao Senhor!” Mas então, quando a glória desaparece, você acaba em um vale com o diabo atropelando você. E a lembrança de tudo que aconteceu na montanha se evapora.

É como quando Deus tinha dito aos filhos de Israel para não fazerem ídolos, e eles ouviram a voz de Deus, e sentiram o chão tremer, e viram o fogo consumir a montanha. Cinicamente, prometeram ao Senhor que iriam obedecer. No entanto, poucos dias depois, eles estavam adorando a um bezerro de ouro.

O diabo é um mestre em induzir a amnésia da montanha. Se você der a ele cinco minutos de sua atenção, ele pode te fazer esquecer toda uma vida de milagres. Se você receber suas sugestões, se você abraçar seu desânimo e as dúvidas, todas essas memórias da montanha podem se dissipar quando você mais precisar delas.

13. Significado para os Últimos Dias


A experiência no Monte Glorioso é especialmente importante para o fim dos tempos, é por isso que após a sua ressurreição, Jesus voltou a ensinar sobre esta matéria. “E começando por Moisés e todos os [profetas aqui estão Moisés e Elias, de novo!], Expôs-lhes em todas as Escrituras as coisas referentes a si mesmo” (Lucas 24:27).

Apocalipse 12:17 diz, “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”. A mulher representa a igreja, e o dragão, o diabo que quer destruí-la. A igreja nos últimos dias tem duas características marcantes: “guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus”. Qual é o testemunho de Jesus? Apocalipse 19:10 explica: “O testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. Assim, os membros da igreja dos últimos dias são identificados como um povo que guarda a lei (os mandamentos) e têm os profetas (o espírito de profecia).


Isaías 8:16 diz: “Resguarda o testemunho, sela a lei no coração dos meus discípulos”. Moisés, antes de morrer, exortou os filhos de Israel para guardarem a lei. Ele repete os Dez Mandamentos para eles em Deuteronômio 5 e diz: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração…Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos” (Deuteronômio 6:6-8). Portanto, a lei e as palavras dos profetas são selados pelo Espírito Santo na mente e no coração do povo de Deus. “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 4:30).

Devemos nos fartar com a lei e os profetas, com a Palavra de Deus, para um propósito especial nestes últimos dias. Marcos 9:3 diz: “suas vestes tornaram-se resplandecentes e sobremodo brancas, como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar”. Marcos está realmente lutando aqui para descrever com palavras a aura de luz brilhante que os discípulos viram em torno desta assembléia celestial. As vestes de Cristo eram radiantemente brancas, como neve nova e brilhante como o sol. Naturalmente, o manto que Jesus usou é um símbolo da sua pureza. É o que ele está usando no céu. Maravilhosamente, eu e você seremos oferecidos a essa mesma roupa purificada pelo seu sangue, se permanecermos fieis à Sua Palavra. “Estes são os que … levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14). “Desde que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade através do Espírito de amor sincero” (1 Pedro 1:22).

14. O que não Acontecerá com Moisés e Elias


Já que estamos falando sobre o fim dos tempos, é importante olhar para uma questão crucial que está causando muita confusão. Em Apocalipse 11, lemos acerca de duas testemunhas. “Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias” Por favor note que isto não quer dizer que estas duas testemunhas só profetizariam por 1.260 dias, pois testemunhas de Deus testemunham o tempo todo. Isto, naturalmente, refere-se à Idade das Trevas de 538 a 1798, quando a lei e os profetas, a Bíblia, foi obscurecida.

Há muitos bons cristãos que acreditam que nos últimos dias, Moisés e Elias, literalmente descerão até a terra novamente para pregar, apenas para serem mortos e jazerem nas ruas por três dias e meio. É uma meia verdade, porque as duas testemunhas, a Palavra, é simbolizada por Moisés e Elias. Mas esses dois homens de Deus estão no céu com seus corpos glorificados, e a Bíblia não nos diz que Deus quer que outros dois descam do céu para serem mortos. Moisés e Elias não vão vir de volta à Terra desta forma.

15. Um Tipo do Segundo Advento


Para fazer um círculo completo, vamos voltar um breve momento para onde começamos. Uma das lições mais importantes a partir do Monte da Transfiguração é que ele representa um retrato em miniatura da segunda vinda de Jesus.

Voltando a esta experiência, Pedro identifica o evento como uma amostra da vinda de Jesus. “Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela Glória Magnífica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (2 Pedro 1:16-17).

Lembre-se que Jesus disse que alguns de seus discípulos não experimentariam a morte antes de ver o reino de Deus vir com poder. Claro, sabemos que esses discípulos morreram há muito tempo, mas foi-lhes dado um vislumbre antecipado de como seria quando Cristo retornasse.

Uma série de insights interessantes podem ser adquiridos a partir dessa história. Considerem os paralelos:

Haverá duas categorias de santos quando Jesus voltar: Os ressuscitados e os vivos. Moisés, que morreu e ressuscitou (Judas 1:9), é um símbolo da grande classe de pessoas que acordam de seus túmulos empoeirados, quando o Senhor os chama – “Os mortos em Cristo ressuscitarão”. Elias representa a outra classe de pessoas que estarão vivas quando Jesus voltar. Assim como Elias, que foi arrebatado ao céu por uma carruagem de fogo, e Enoque que andou com Deus foi levado vivo ao céu, eles serão transladados com os novos corpos gloriosos sem nunca terem experimentado a morte.

Durante a transfiguração, Jesus, Moisés e Elias vestiam roupas brancas, o mesmo tipo que os remidos vestirão. Nuvens de glória também os acompanhará, Jesus partiu nas nuvens e disse que iria voltar nas nuvens. E ainda a voz do Pai no céu foi ouvida no Monte Glorioso, assim como será ouvida quando Cristo voltar à direita do Pai (Mateus 26:64).

16. Seis Dias Depois


Poderia ter alguma importância o fato de que tudo isso aconteceu seis dias depois que Jesus fez a promessa? Depois que Cristo disse aos discípulos que eles iriam ver a vinda de Seu reino, Ele demorou seis dias, antes de os levar até a montanha. Eu acredito que isto produz algumas verdades fascinantes.

No entanto, antes de avançarmos, tanto Mateus como Marcos recordam este período de seis dias. Mas Lucas menciona que o atraso foi de oito dias. Muitos antagonistas apontam para isso e dizem, “contradição!” Mas não é bem isso. Mateus e Marcos, ambos judeus, registraram o tempo de maneira diferente de Lucas, que era grego. Lucas inclui o dia que Jesus falou do evento a acontecer e o tempo que levaram para retornarem para casa, e ele também dá uma estimativa apoximada, “cerca de oito dias.” Não, não há fogo ou fumaça aqui, estas três contas combinam muito bem.

Mas, depois de seis dias, Jesus leva os seus discípulos para cima. Em 2 Pedro 3:8, é dito: “Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia”. Após a queda de Adão, Deus promete que Cristo viria para derrotar o diabo e quando Cristo veio, Ele disse que voltaria. Se conseguirmos aproximar a data da criação para cerca de 4004 aC, sabemos que por 2000 anos, Deus pregou sua mensagem através dos patriarcas, homens como Adão, Matusalém, Enoque, e Noé. Em 2004 aC, Abraão nasceu. Durante os próximos 2000 anos, Deus estendeu a mão com o Seu evangelho por meio dos judeus, os hebreus. E eles esperaram fielmente o Messias vir através de seus descendentes. Então, aproximadamente em 4 aC, Jesus Cristo nasceu, e durante os últimos 2000 anos, Deus tem compartilhado sua boa notícia através do Israel espiritual, a igreja. Se você adicionar estes (três) 2.000 s juntos, você obtém 6.000. Se aplicarmos o tema ao que Pedro escreveu, bem, isso deveria lhe causar arrepios! Salmo 90:4 reafirma, “mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi”.

Eu também gostaria de acrescentar que o Senhor disse que os justos viveriam e reinariam com o Senhor por mil anos – um sábado de descanso. Após este tempo no céu, Deus cria um novo céu e uma nova terra, em que a Nova Jerusalém descerá. Eu certamente posso estar errado, e a configuração de datas é proibida na Bíblia, mas creio que o plano de salvação está contido em sete mil anos. Eu acredito que vai acontecer desta forma.


Se nós estamos na prorrogação agora, nós não devemos ser surpreendidos. Nós deveríamos ser gratos, porque a Bíblia diz que o Senhor é longânimo, não querendo que nenhuma pessoa pereça. Deus fará todo o possível, mas com tudo o que está acontecendo na atualidade, devemos estar tremendo o que estamos a viver durante o pôr do sol do sexto dia. O sábado milenar em breve começará!

17. Seis: Um Tema Bíblico


A história da transfiguração não é a única história na Bíblia em que um período de seis dias é invocado. Por exemplo, em Jó 5:19, “Em seis angústias te livrará; e na sétima o mal não te tocará”. Além disso, Atalia reinou por seis anos antes de Josias ser coroado. Quando Josias saiu do templo, Atalia foi morta e ele foi coroado. As trombetas soaram, e depois o sábado começou.

Servos hebreus foram libertados depois de seis anos de servidão. Eles também semeavam nos campos por seis anos e deixavam a terra desolada no sétimo. Da mesma forma, a Terra será desolada durante mil anos, numa altura em que o evangelho não será semeado. Jesus diz: “Eu sou o Semeador. O Evangelho é a semente“. Quando Ele vier no Apocalipse, é com uma foice para colher.

Mas o mais interessante é quando Moisés esteve na base do Monte Sinai. Nós todos sabemos que ele ficou na montanha durante 40 dias e 40 noites, como o dilúvio. Mas o tempo antes disso, Êxodo 24 diz: “Durante seis dias, ele permaneceu na base da montanha”. Depois disso, Deus chamou-o até o topo para receber os mandamentos. Isto é como o que aconteceu no Monte Glorioso. Seis dias depois, Jesus subiu ao monte, e Moisés encontrou-o lá.

A Bíblia se encaixa perfeitamente! É como um quebra-cabeças. É significativo o que foi dito, “depois de seis dias.” Isso me diz que, se este é um retrato em miniatura da segunda vinda, estamos muito perto da volta do Senhor.

18. A Igreja Sedada


É prudente ter em mente que o Monte Glorioso aconteceu muito inesperadamente. A atmosfera em torno da montanha estava quieta e escura, os discípulos sonolentos estavam cochilando. Então BANG! Aconteceu. Cristo também virá como um ladrão na noite, quando muitos de seus seguidores não estarão preparados.

Há um aviso sóbrio para nós nesta experiência. Nos momentos mais cruciais da história da igreja, Satanás parece sedar os santos. Pouco antes desta revelação da glória, as Escrituras declaram que os discípulos “estavam carregados de sono” (Lucas 9:32). Quando Jesus entrou no Jardim do Getsêmani, a Bíblia nos diz que Ele escolheu os mesmos três discípulos para orarem com ele. E mais uma vez voltaram a dormir. Da mesma forma, na parábola das 10 virgens, Jesus nos alerta que pouco antes da sua segunda vinda “cochilaram todas e adormeceram” (Mateus 25:5). Parece que nos momentos mais críticos do ministério de Jesus, os santos estão roncando. É por isso que Jesus adverte: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Marcos 13:35-36).


Quando deveriam estar ajoelhados com Ele no jardim, lembrando a glória que testemunharam, eles adormeceram. E porque Pedro, Tiago e João estavam dormindo no Monte da Transfiguração, eles perderam todo o potencial da sua experiência. Esqueceram-se do Monte Glorioso, pois não estavam prontos para seguir a Cristo no Monte Calvário. Eu me pergunto se isso assombrou-os pelo resto de suas vidas: a oportunidade perdida por terem dormido quando deveriam ter orado.

19. Uma Firme Palavra


Então, como ficar acordados? Para a poderosa arma da oração, podemos acrescentar o testemunho de Moisés e Elias, a lei e os profetas. A Palavra de Deus pode prepará-los para qualquer coisa. Em 2 Pedro 1:17, Pedro remete para o Monte Glorioso. É o único momento em que qualquer um dos três discípulos escreve sobre ele. Mas antes de Pedro morrer, ele escreve com paixão, “Porquanto ele [Jesus] recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo” (2 Pedro 1:17-18).


No entanto, mesmo depois de Pedro refletir sobre esse momento decisivo em sua vida, ele acrescenta, “Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês.” (v. 19). Você pode imaginar ver Cristo em toda a Sua glória entre os dois maiores personagens do Antigo Testamento, com a voz de Deus Pai para sempre gravada em sua memória? No entanto, Pedro confessa que, embora, a experiência tenha sido ótima, ele tinha algo mais importante, mais confiável. A Palavra de Deus que é uma luz que “cresce mais e mais brilhante até o dia amanhecer”.

Pedro viu o Cristo glorificado, ele recebeu um vislumbre do céu. Mas você e eu temos algo de maior valor. Temos a Bíblia. Cristo nos diz através de Pedro que a Bíblia é mais confiável do que uma visão. Se você quiser uma experiência de montanha, você tem que se achegar para sua Bíblia. Nada é mais importante do que o testemunho de Moisés e Elias, a espada de dois gumes, a Lei e os Profetas, os mandamentos de Deus, o testemunho de Jesus. Esta é a coisa mais preciosa que Deus conferiu aos mortais. Jesus, o Verbo que se fez carne.

20. Brilhando para Deus


Quando criança, sempre fui fascinado por esses brinquedos de plástico verde pálido que você podia guardar e eles continuavam brilhando mesmo que a luz fosse apagada. Lembro-me que um desses brinquedos era uma espada de plástico que brilhava no escuro. Depois de expô-la à luz, eu poderia encontrar meu caminho através da casa escura apenas pelo brilho da minha espada.

O Senhor nos deu uma mensagem de aviso especial no Monte da Transfiguração. Haverá alguns dias muito preocupantes pela frente, e agora temos de gastar tempo na montanha captando a luz da Palavra de Deus para podermos enxergar através dos vales escuros. A mensagem da montanha nos diz que Jesus é o Único, e que também nós podemos usar as mesmas vestes que Ele, Elias e Moisés usavam naquele dia. Ele está nos dizendo para ouvir o testemunho de Jesus, e a leis e os profetas, que apontam para o cumprimento por meio de Cristo. Este é um quadro da iminente segunda vinda, e um aviso para não nos tornarmos espiritualmente sonolentos. A experiência da montanha nos ajuda a lembrar que mesmo quando desaparece a glória, Jesus está sempre conosco e que Jesus é o único caminho para o céu.

Sete indivíduos apareceram sobre a montanha naquele dia: Três do céu – Moisés, Elias e Deus Pai, três da terra – Pedro, Tiago e João. E então havia Jesus, a ponte, a escada, entre o céu e a terra.

Artigo escrito pelo pastor adventista Doug Batchelor do Ministério Amazing Facts. Traduzido do Original “The Two Witnesses”, pelo blog www.setimodia.wordpress.com

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