sábado, 2 de setembro de 2017

Proteína bastante antiga.

Por Sean D. Pitman M.D.

Apesar das evidências reproduzíveis de que o ADN, bem como muitas proteínas, são relativamente instáveis e que decaem rapidamente, os achados positivamente reportados de tal material existente nos fósseis supostamente com milhões de anos, parece intrigante. Por exemplo,  em 1992, o Dr. Muyzer, et al., usou uma reacção de cadeia de polimerase (PCR) para amplificar a proteína que eles suspeitavam ser osteocalcina de dois dinossauros do período Cretáceo identificados como "Lambeosaurus F38" (que eles acreditavam ter 75,5 "milhões anos"), "Pachyrhinosaurus F39" (supostamente com 73,25 "milhões de anos"), e uma terceira amostra de dinossauro (...).


Foram usados dois métodos distintos para se determinar se a proteína realmente era de osteocalcina ou não. O primeiro método usado foi uma reacção imunológica. Eis a forma como funciona:

Quando algumas moléculas de uma substância estranha são injectadas num animal, o sistema imunológico do animal irá, obviamente, produzir anticorpos para a combater.
O tipo de anticorpos que ele produz depende do tipo de material estranho que é introduzido.
Para além disso, o sistema imunitário do animal irá produzir uma quantidade imensa de anticorpos em resposta a apenas algumas moléculas, e como tal, os anticorpos são muito mais facilmente detectáveis que o material  estranho em si.
Os pesquisadores extraíram osteocalcina dos ossos dum jacaré e injectaram-no num coelho para apurarem que tipo de anticorpos este iria produzir para lutar contra a osteocalcina. Depois disso, pegaram em ossos de dinossauro em pó e injectaram-no no coelho, e este produziu o mesmo tipo de anticorpos - indicando indirectamente que havia osteocalcina nos ossos de dinossauro em pó.
O segundo método usou uma medição directa dos rácios Gla/Glu "detectados através da cromatografia de alta performance." (7) A sua conclusão foi de que ambos os métodos apuraram que a osteocalcina ainda se encontrava presente nos três tipos de ossos de dinossauro analisados. Este estudo foi publicado em Outubro de 1992.

Uma busca pela literatura apurou que os artigos relativos ao material orgânico presente nos ossos de dinossauro foram publicados entre Abril de 1990 a Novembro de 1994 (Segundo pude apurar, nada foi publicado na Nature ou na revista Science em torno deste assunto desde então). Na mesma publicação do Dr. Muyzer (7), o Dr. Matthew Collins disse o seguinte:

Os dinossauros têm em torno de si um fascínio duradouro. Reportamos a detecção duma proteína num osso de dinossauro, publicado por volta da mesma altura que o filme Parque Jurássico, de Steven Spielberg, saiu, e como tal, essa informação estava destinada a gerar toda a atenção mediática.

O nosso relatório alegou ter detectado imunologicamente a osteocalcina, para além de ter apurado a presença pouco usual do aminoácido g-carboxiglutâmico (Gla) num osso de dinossauro de sedimentos imaturos (não-aquecidos),

A osteocalcina ajusta-se de modo peculiar a tal sobrevivência: encontra-se abundante nos ossos, liga-se fortemente a ele e tem a característica distinta de ser a única proteína antiga a ser alguma vez sequenciada. (7).

Alguns artigos sugeriram que o que foi achado trouxe para a linha da frente a possibilidade de transformar a ficção científica do Parque Jurássico num facto científico. A revista  "Elsevier" (2/10/93) declarou:

[A presença de osteocalcina] deixou os cientistas a ponderar que, se isto é possível  ocorrer com uma proteína, talvez também seja possível com o ADN.

O "Daily Telegraph" chegou até a sugerir que os restaurantes geradores de tendências podem até começar a servir sopas de dinossauro.

No entanto, a comunidade científica estava mais céptica. Num artigo de 1992 que se encontrava numa entrevista para a  Science News,  Jeff Bada (um experiente geoquímico proteico) avisou:

Fico apreensivo em relação à estabilidade do Gla. Porque é que ele se manteria sem alteração durante dezenas de milhões de anos?

Os cientistas estão a perguntar: "Como é possível esta proteína ser tão jovem e fresca quando ela se encontra dentro de ossos tão antigos?" Talvez seja mais racional considerar a possibilidade deles nunca virem a encontrar uma resposta porque estão a fazer a pergunta errada.

Talvez devamos perguntar: "Como é que estes ossos podem ser antigos quando eles têm  proteínas tão frescas?" Esta pergunta coloca a questão num prisma totalmente distinto.


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Os evolucionistas nunca irão entender como é que as proteínas e o ADN podem durar "milhões de anos" sem decair porque as proteínas e o ADN não podem durar dezenas de "milhões de anos"; a sua visão do mundo rejeita à priori qualquer interpretação que não possa ser incorporada dentro da mitologia dos "milhões de anos", mesmo que essa interpretação esteja em total acordo com o que se pode observar.

Um cientista sério analisa todas as hipóteses e faz a inferência que melhor se ajusta aos dados observáveis: se encontramos material biológico "jovem" dentro de fósseis supostamente "antigos", então é bem provável que esses fósseis não sejam tão "antigos" assim; talvez haja algo de errado com os métodos de datação que dão idades na ordem dos "milhões de anos" e talvez seja altura de buscar interpretações alternativas.

Mas o ateu evolucionista, que tem um compromisso com o Naturalismo e não com a ciência, não pode de maneira nenhuma colocar em causa os mitológicos "milhões de anos" visto que todo o edifício naturalista que ele criou para si depende dessa posição de fé.

Para o ateu evolucionista, todas as evidências têm que ser interpretadas à luz dos mitológicos "milhões de anos", e tudo aquilo que não se enquadra nesta visão têm que ser colocado à parte e/ou deturpado de modo a manter a filosofia naturalista intacta.

Para nós Cristãos o facto dos dados observáveis estarem de acordo com a linha temporal Bíblica não pode de maneira nenhuma ser surpresa: ao contrário dos evolucionistas e dos crentes nos mitológicos "milhões de anos", nós temos Uma Testemunha Ocular do que aconteceu no passado; Ele não só viu como a vida surgiu na Terra, como foi Ele Mesmo Quem a criou, e registou na Bíblia, em traços gerais, a forma como criou e o tempo que durou o processo criativo.

A Terra não tem "milhões de anos"; a evolução nunca aconteceu e nem vai alguma vez acontecer no futuro.  Os evolucionistas são livres para acreditar no que é refutado pelas evidências históricas e observáveis, mas eles não são livres para chamar de "ciência" à sua fé religiosa.

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