sábado, 31 de outubro de 2015

O que acontece conosco quando morremos? A pessoa vai para o céu ou existe um lugar de espera?



Para a morte ser entendida, primeiramente a vida deve ser estudada. Deus é o criador da vida. Em Gênesis 2:7 há o relato: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.

O ser humano é “alma vivente”, fruto da junção do “pó da terra” com o “sopro” de Deus.

O termo sopro é traduzido do hebraico “ruach” (Velho Testamento) e do termo grego “pneuma” (Novo Testamento). Ambos se referem àquilo que é indispensável para dar vida ao corpo – O “Espírito”. Espírito, “pneuma” ou “ruach” são definidos simplesmente como “ar” ou “sopro”. Quando tal junção é desfeita, ocorre a morte.

O MOTIVO DA EXISTÊNCIA DA MORTE

Mas, por que existe a morte?

Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, dotado de livre arbítrio. Diz a Bíblia: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Genesis 2:15-17).

O que estava em jogo não era um fruto ou uma árvore, mas, a obediência a Deus. Caso não quisesse, o homem poderia afastar-se dEle – E assim o fez.

O inimigo de Deus, através de uma “serpente, disse à mulher: É certo que não morrereis” (Gênesis 3:4). E, com esse grande engano fundava o “espiritismo”. Foi através da primeira possessão que se tem registro na história e da mentira “não morrereis” que Adão e Eva comeram do fruto e levaram cativo consigo toda a humanidade. E esses princípios permanecem até dias atuais com a crença que, de alguma forma, o ser humano é imortal.

Adão e Eva não morreram imediatamente após a queda. Deus havia dito que conheceriam o bem o mal se comessem do fruto. E assim aconteceu. Presenciaram os frutos da desobediência – o sofrimento, a dor e a distância do Criador. Mas, em Deus só há verdade – Hoje eles não mais existem. O que Deus havia criado para a eternidade optara por ter um fim.

Falando sobre as conseqüências desse evento, diz Paulo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom 5:12).

A morte é a conseqüência do pecado. A Bíblia é clara em relação a isso: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rom 6:23). O salário do pecado não é o sofrimento eterno ou a vida eterna, mas, a morte. E, mais que isso, Deus respeita a decisão do homem, permitindo que o pecado O afaste de Suas criaturas. Mas, o afastamento é uma das causas, não a inevitável conseqüência.

Ao pecar o homem mudou sua natureza. Deus o havia criado com tendência ao bem, porém, após a queda, passou a ter tendência ao mal. E, inevitavelmente, criou-se um abismo entre o Criador e a criatura.

O ESTADO DOS MORTOS

“É certo que morrereis”. A Bíblia não deixa margem para especulações quanto à morte. O que ocorre nela? A própria Bíblia responde:

“O pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7). Há o “desfazimento” do processo da vida. Em Ezequiel 18:4 Deus Se coloca como possuidor das almas e é claro em determinar: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”.

Da mesma forma que o ser humano não existia até a sua criação, ele deixa de existir após a morte. Apenas o fôlego de vida doado pelo Criador não concede ao homem a existência. Há necessidade do corpo. O corpo do ser humano é como uma lâmpada onde o sopro de vida é a energia. A luz só é gerada com a junção dos dois componentes.

Temos em Jó 33:4 a perfeita distinção: “O sopro do Todo-poderoso me dá vida”. O sopro não é uma vida independente!

Mais que isso, as escrituras não deixam argumentos para a crença na imortalidade da alma. “Porque o que sucede aos filhos dos homens, sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: Como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó retornarão” (Eclesiastes 3:20).

Vale ressaltar: TODOS (HOMEM E ANIMAIS) TÊM O MESMO FÔLEGO DE VIDA. COMO MORRE UM, MORRE O OUTRO. A REFERÊNCIA AO ESPÍRITO É CLARA E INQUESTIONÁVEL. E, POR DERRADEIRO, É-NOS REVELADO QUE TODOS VÃO PARA O MESMO LUGAR – PROCEDEM DO PÓ E AO PÓ RETORNARÃO.

E esse posicionamento é ratificado diversas vezes: “Todavia, o homem não permanece em sua ostentação; é, antes, como os animais, que perecem” (Salmos 49:12).

“O homem, revestido de honrarias, mas sem entendimento é, antes, como os animais, que perecem” (Salmos 49:20).

Como animais! Que expressão! O ser humano não possui o que é atribuído apenas a Deus – A imortalidade: “… o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém! (I Timóteo 6:16).

A Bíblia nunca definiu o espírito humano como imortal. E, além disso, a mesma Bíblia é clara em afirmar que Deus é o único que possui imortalidade.

E, por amor e misericórdia, Jesus morreu na cruz. Por não ter desobedecido a Deus, Sua morte é capaz de justificar a salvação dos que nEle crerem. Deus se fez homem e o céu tocou a terra para que nEle fosse concedido salvação à raça caída. Mas, o livre arbítrio continua existindo. A vida eterna não é imposta ao homem. Também não é uma herança a que tenha direito. É uma graça mediante o evangelho pelo sacrifício de Cristo.

Falando sobre esse assunto, dizem as escrituras: “E manifestada agora pelo aparecimento de nosso salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.” II Timóteo 1:10.

Para que serviria a imortalidade trazida por Cristo se o homem já a possuísse? “Aquele que tem o Filho, tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (João 5:12). Todos nós estamos destinados à morte, mas, a graça de Cristo é capaz de nos conceder salvação e vida eterna.

EXISTE OBRAS/CONSCIÊNCIA APÓS A MORTE?

Por mais especulações que se tenha feito sobre o assunto, Deus concedeu ao mundo tal esclarecimento: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Eclesiastes 9:5-6).

Por 54 vezes a morte é chamada de “sono” pela Bíblia. É um sono profundo em que não há consciência e todos os sentimentos deixam de existir.

O livro de Salmos é repleto de esclarecimentos. O salmista questiona: “Pois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor?” (Salmos 6:5).

“Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios” (Salmos 146:4).

“Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais” (Jó 7:9 e 10).

“A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade” Isaías 38:19.

E, por fim, temos a afirmação: “Os mortos não louvam o Senhor, nem os que descem a região do silêncio” (Salmos 115:17)

Ora, se assim não fosse e os mortos continuassem vivos após a morte (gozando das bem aventuranças do céu ou, como acreditam alguns, contorcendo-se nas chamas do inferno), que necessidade haveria da ressurreição e do julgamento final amplamente divulgado pela Bíblia se a recompensa ocorre na morte?

CONSULTA AOS MORTOS

Em Deuteronômio 18: 10 e 11 é ordenado: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti”.

Da mesma forma, lemos em Isaias 8:19: “… a favor dos vivos se consultarão os mortos?” A Bíblia ainda retrata a história de Saul, que consultou os mortos e teve um trágico fim.

A Bíblia não ignora as manifestações sobrenaturais que ocorrem a volta da humanidade relacionada aos mortos, porém, é expressa em dizer que é ABOMINAÇÃO AO SENHOR. Longe de ser uma obra de Deus, é uma obra do inimigo de Deus e seus anjos, que com ele foram lançados do céu.

OS MORTOS ALGUM DIA VOLTARÃO À VIDA?

Cristo deu Sua vida para salvar a raça humana. Dizem as escrituras: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Quem terá a vida eterna? Aquele que crer no Filho unigênito de Deus. Falando sobre os que aceitaram ou aceitam a Cristo, diz Paulo:

“Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”.

Paulo inicia o texto revelando um mistério: Nem todos passarão pela morte. Na volta de Cristo, haverá fiéis sobre a face da terra, fiéis que não experimentarão a morte por fazerem parte da última geração desse mundo. E apenas os fiéis (que estiverem vivos ou forem ressuscitados) serão transformados e revestidos de imortalidade!

Paulo continua o texto afirmando que, com essa volta de Cristo, soará a trombeta e os mortos serão ressuscitados e, em seguida, TODOS os que nEle crerem serão transformados para estarem juntos com o Senhor. Que evento extraordinário! À vista de todos – Terra e Universo.

O mais intrigante é o que Paulo diz alguns versos antes: “Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O ÚLTIMO ADÃO, PORÉM, É ESPÍRITO VIVIFICANTE. MAS, NÃO É PRIMEIRO O ESPIRITUAL, E SIM O NATURAL; DEPOIS, O ESPIRITUAL” (I Coríntios 15:45-46).

Paulo é expresso em dizer que, após a vinda de Cristo, o ser humano deixará de ser alma vivente para ser “espírito vivificante. Mas, isso não ocorrerá sem que PRIMEIRO HAJA O CORPO NATURAL.

E quando tudo estiver consumado, a morte terá sido tragada pela vitória. João afirma: “Vi novo céu e nova terra… vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (Apocalipse 21:1-2).

Após a vinda de Cristo, Ele mesmo “enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).

E quanto aos que não aceitarem a Cristo? Diz a Bíblia: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12:2).

Sobre o mesmo evento, declara: “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Apocalipse 20:13).

Diz Cristo: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” Apocalipse 22:12.

A promessa para a raça humana é a mesma feita a Daniel: “Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança” Daniel 12:13. A recompensa virá após o descanso e o fim dos dias, não no momento da morte.

Concluindo, apenas com a volta do nosso Salvador é que cada um receberá o seu galardão, sendo a vida eterna a graça de Cristo, concedida apenas os justos, que serão revestidos de imortalidade mediante o evangelho.

Biblia

O que Jesus Fez no Lugar Santo do Santuário Celestial por 1813 anos, do ano 31 d.C. a 1844 d.C.?



Quando Jesus completou a primeira fase da expiação, morrendo como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”  (Jo 1:29), ascendeu ao Céu para iniciar a segunda fase, o Ministério da Intercessão junto ao Altar de Incenso, no lugar Santo, (Ap 8:3-4). (Lv 8:1-12; Ex 30:25-29).
ocorreu, exatamente no dia de Pentecostes, cinqüenta dias após a sua ressurreição. 

Ellen White descreve a festa de entronização de Jesus: 
“Todo o Céu estava esperando para saudar o Salvador à Sua chegada às cortes celestiais. Ao ascender, abriu o caminho, e a multidão de cativos libertos à Sua ressurreição O seguiu... Ao aproximar-se da cidade de Deus, cantam...: ´Levantai, ó portas, as vossas cabeças; Levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória` (Sl 24:7-10). Então se abrem de par em par as portas da cidade de Deus... Ali está o trono... e o arco-íris da promessa”. 

“Ali estão os querubins e serafins. Os comandantes das hostes celestiais, os filhos de Deus, os representantes dos mundos não caídos, acham-se congregados. O conselho celestial, perante o qual Lúcifer acusara a Deus e a Seu Filho..., todos ali estão para dar as boas-vindas ao Redentor. Estão ansiosos por celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei, mas Ele os detém com um gesto. 
Ainda não. Não pode receber a coroa de glória e as vestes reais. Entra à presença do Pai. Mostra a fronte ferida..., os dilacerados pés; ergue as mãos que apresentam os vestígios dos cravos. Aponta para os sinais de Seu triunfo; apresenta a Deus o molho movido, aqueles ressuscitados com Ele como representantes da grande multidão que há de sair do sepulcro por ocasião de Sua Segunda vinda”.  (O Desejado de Todas as Nações, 796, 797).

As festas do Santuário Terrestre eram proféticas e sombras das coisas celestiais. Jesus morreu no dia da Páscoa, 14 de Nisã, e ressuscitou no dia das Primícias, 16 de Nisã, como “as primícias dos que dormem” ( I Co 15:20).
 Ao ascender ao Céu, o derramamento da chuva temporã do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 2), foi uma confirmação de que Jesus tinha sido ungido e entronizado no Santuário Celestial. Vale a pena um estudo sobre as festividades dos israelitas.
A expiação do pecado no Santuário Terrestre era efetuada em três diferentes fases:

O pátio. 
Era o local onde o cordeiro era morto, no altar de sacrifício. No Apocalipse, o pátio do Santuário Celestial é mencionado somente uma vez (11:1-2); é o planeta Terra onde o Cordeiro de Deus foi morto, e o altar de sacrifício é o monte do Calvário.

O lugar Santo. 
Era o local onde se realizava o ministério da intercessão junto ao altar de incenso. Do Santuário Celestial o Apocalipse menciona: os castiçais (1:12-13); o Sumo-Sacerdote Jesus (1:13); as sete lâmpadas (4:5); o altar (8:3 e 5; 11:1; 14:18; 16:7); o incenso (8:5).

O Lugar Santíssimo.  
Era o local onde se efetuava a purificação do santuário, junto à Arca do Concerto. Era um dia de juízo para os israelitas. No Apocalipse há muitas referências ao Santíssimo: Ap 11:19 fala da Arca do Concerto; 4:1-11 apresenta a Sala do Juízo onde está o trono de Deus; 7:15 confirma que o trono de Deus está no Santuário; 5:1 menciona que Quem está assentado no trono tem em suas mãos um livro selado com sete selos, etc., etc.

O Santuário Terrestre foi dado para ser uma ilustração, ou alegoria do Celestial: “O primeiro tabernáculo... é uma alegoria para o tempo presente... Mas vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito Tabernáculo..., entrou uma vez no Santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. (Hb 9:11-12).
A expiação do pecado em suas três fases envolvendo o Santuário Celestial:
O pátio. 
Ao morrer no “pátio do Santuário, a Terra”, realizou a primeira fase da expiação. 

O lugar Santo. 
Durante o período histórico das sete igrejas, de 31 até 1844, Jesus realizou a segunda fase da expiação, através do Seu Ministério da Intercessão no Lugar Santo. 

O Lugar Santíssimo. 
A terceira fase seria a Purificação do Santuário Celestial ou Juízo pré-Advento, que teve início em 1844, ao final da profecia dos 2.300 anos de Dn 8:14. (Hb 9:11-12 e 23-26).

Pode-se dizer que Jesus esteve e esta à frente do Seu povo, e de Sua Igreja coordenando suas atividades através do Espírito Santo e de Seus anjos. Ver Apocalipse 1:20; 3:1; 5:6 etc. 
Ele dirigia e continua dirigindo os anjos celestes numa obra formidável em prol de nossa salvação (Hebreus 1:7 e 14). 
E, acima de tudo, Ele intercedia, como ainda intercede, pelos seres humanos junto ao Pai (1 João 2:1; e Hebreus 7:25; e 9:24).

Jesus Se tornou Sumo Sacerdote no ano 31 ou em 1844?
Concordamos que Jesus tenha sido investido no ofício sumo sacerdotal quando de Sua ascensão ao Céu em 31 d.C. 
Mas, é importante que se tenha em mente que o Sumo Sacerdote não atuava apenas no Dia da Expiação, quando entrava no Lugar Santíssimo do Santuário. 
Durante o ano, o Sumo Sacerdote também oficiava como um sacerdote comum, no átrio e no Lugar Santo. 
Assim, o fato de já ser chamado de Sumo Sacerdote a partir de Sua ascensão não quer dizer que Ele tivesse que cumprir, desde já, o ritual do Grande Dia da Expiação, e ter ido direto para o santíssimo antes de 1844.

Como se demonstra mediante a análise da estrutura e do mobiliário do Santuário Celestial em Apocalipse, Deus estava sentado num trono situado no Lugar Santo do Templo Celestial quando da ascensão de Jesus. 
Portanto, embora ministrando no Lugar Santo, Jesus possuía ACESSO IRRESTRITO a Seu Pai desde o ano 31 d.C. Ele não precisou esperar até 1844 d.C para ir à presença de Deus, como alguns imaginam, por causa da suposição errônea de que a arca da aliança seja um símbolo do trono de Deus. A arca e o trono constituem realidades distintas.

O Santuário Celestial possui um véu de separação entre o Santo e o Santíssimo?

Embora alguns entendem que “não”, a Bíblia dá testemunho de que “sim”. É aqui que os opositores da doutrina do Santuário sobre 1844 ficam sem saída! João viu uma “porta aberta” no Céu. 
Ao entrar por ela, João pôde contemplar o “trono”, as “sete lâmpadas de fogo” e o “altar de incenso” (Apocalipse 4:1, 2 e 5; 8:3 e 4; e 9:13). Ele nada falou da “arca da aliança”. Nada!!! 
Mas, ao abrir-se “o Santuário de Deus que se acha no Céu”, ele contemplou “a arca de Deus no Seu Santuário” (Apocalipse 11:19). Esse lugar que se abriu só pode ser o Santíssimo, onde ficava a arca da aliança. Portanto, existem, sim, 2 grandes divisões no Santuário Celestial. Isso é inegável!

Jesus consumou TUDO na Cruz?

Jesus era tipificado tanto pelos animais que eram sacrificados quanto pelos sacerdotes que oficiavam o sangue. Tanto uns quanto outros apontavam para Cristo, porém destacando aspectos distintos. O sacrifício dos animais figurava como símbolo do sofrimento e morte de Cristo, ao passo que o trabalho dos sacerdotes retratava Sua obra intercessória. 
É claro que a missão de Jesus como o Cordeiro de Deus foi consumada na Cruz; mas Sua função como nosso Sumo Sacerdote apenas começou quando Ele subiu ao Céu. Do contrário, Ele não precisaria ser investido em ofício algum.

Supremacia Profética

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Aves do Paraíso !

Contemple a beleza extraordinária desses lindos pássaros!













Entropia Genética - a rápida destruição do genoma humano (Legendas Embutidas)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Documentário MUITO ALÉM DO PESO - OFICIAL

Hoje em dia, um terço das crianças brasileiras está acima do peso. Esta é a primeira geração a apresentar doenças antes restritas aos adultos, como depressão, diabetes e problemas cardiovasculares. Este documentário estuda o caso da obesidade infantil principalmente no território nacional, mas também nos outros países no mundo, entrevistando pais, representantes das escolas, membros do governo e responsáveis pela publicidade de alimentos.

Este é um vídeo que todos deveriam assistir. Olhe para cima!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Adão viveu 930 anos?

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Gênesis 5:5 afirma que Adão viveu 930 anos. A julgar pelos padrões de hoje, é algo que soa impossível. Muitos leitores contemporâneos do Gênesis não aceitam tais números, e alguns até acabam rejeitando toda a Bíblia. Porém alguns pesquisadores encontraram razões para acreditar.

O geneticista de plantas Dr. John Sanford e seus colegas plotaram as idades dos patriarcas bíblicos listadas em Gênesis. O resultado obtido apresenta uma queda no tempo de vida após os 950 anos de Noé, “de uma forma que jamais poderia ocorrer por acaso”, de acordo com um artigo online que apresenta seus resultados.[1]
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Os tempos de vida listados no Gênesis caem conforme uma bem definida curva de decaimento [exponencial] que inicia imediatamente após o Dilúvio.

O artigo dos pesquisadores aponta como a curva de decaimento biológico encontrada no texto bíblico está em harmonia com as curvas de decaimento biológico conhecidas da ciência da acumulação de mutações.[1][2]

Teriam as mutações iniciais danificado os genes que antes permitiam que os corpos humanos vivessem por centenas de anos?

Os autores do artigo escreveram que “os dados do tempo de vida indicam [sic] que a extrema longevidade dos Patriarcas foi real, e o rápido declínio da longevidade após o Dilúvio também.”

E se o tempo de vida dos patriarcas foi real, então os versos que se referem a eles descrevem acuradamente uma história real.

(Institute for Creation Research)


Referências

[1] Sanford, J., J. Pamplin, and C. Rupe. Genetic Entropy Recorded in the Bible? (http://www.logosra.org/#!latest-post/c213d) Encouragement for Believers – Science Update. Posted on logosra.org June 1, 2014, accessed June 26, 2014.

[2] Veja também Sanford, J. 2008. Genetic Entropy. Waterloo, NY: FMS Publications, 155.


domingo, 25 de outubro de 2015

As 95 Teses de Martinho Lutero


Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.

Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.

Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.



1ª Tese Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos…., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.

2ª Tese E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.

3ª Tese Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.

4ª Tese Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.

5ª Tese O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.

6ª Tese O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.

7ª Tese Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.

8ª Tese Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.

9ª Tese Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema

10ª Tese Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.

11ª Tese Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.

12ª Tese Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.

13ª Tese Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.

14ª Tese Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.

15ª Tese Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.

16ª Tese Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.

17ª Tese Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.

18ª Tese Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.

19ª Tese Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.

20ª Tese Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.

21ª Tese Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.

22ª Tese Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.

23ª Tese Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.

24ª Tese Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.

25ª Tese Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.

26ª Tese O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.

27ª Tese Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.

28ª Tese Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.

29ª Tese E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.

30ª Tese Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.

31ª Tese Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.

32ª Tese Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33ª Tese Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.

34ª Tese Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35ª Tese Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36ª Tese Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37ª Tese Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

38ª Tese Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.

39ª Tese É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.

40ª Tese O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.

41ª Tese É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.

42ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.

43ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.

44ª Tese Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.

45ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.

46ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.

47ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada

48ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.

49ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.

50ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51ª Tese Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.

52º Tese Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.

53ª Tese São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.

54ª Tese Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.

55ª Tese A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.

56ª Tese Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.

57ª Tese Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.

58ª Tese Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.

59ª Tese São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.

60ª Tese Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.

61ª Tese Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.

62ª Tese O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63ª Tese Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.

64ª Tese Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.

65ª Tese Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.

66ª Tese Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.

67ª Tese As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.

68ª Tese Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69ª Tese Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-

70ª Tese Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.

71ª Tese Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.

72ª Tese Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.

73ª Tese Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.

74ª Tese Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.

75ª Tese Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.

78 ª Tese Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.

77ª Tese Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.

78ª Tese Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.

79ª Tese Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.

80ª Tese Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.

81ª Tese Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.

82 ª Tese Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima’ caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?

83ª Tese Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto’ ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?

84ª Tese Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?

85ª Tese Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?

86ª Tese Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?

87ª Tese Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?

88ª Tese Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.

89ª Tese Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?

90ª Tese Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91ª Tese Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.

92ª Tese Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.

93ª Tese Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.

94ª Tese Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.

95ª Tese E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

Central da Bíblia

Deputado pede resguardo do sábado para policias judeus e adventistas


Deputado pede resguardo do sábado para policias judeus e adventistas
PL pede resguardo do sábado para policias adventistas

Um projeto apresentado na Assembleia Legislativa de Rondônia pede que as crenças religiosas sejam consideradas nas academias de Polícia Militar e Civil, para que judeus e adventistas consigam resguardar o pôr do sol da sexta-feira e aos sábados.

O projeto foi apresentado pelo deputado Alex Redano (SD) durante uma sessão ordinária. A ideia é que judeus e adventistas sejam dispensados do trabalho durante os dias sagrados sem computação de falta e penalizações.
Para seguidores das duas religiões o dia sagrado começa no pôr do sol da sexta-feira e encerra no pôr do sol do sábado. Nesse período eles não podem exercer nenhuma atividade.

“Sabemos que a liberdade de crença consiste na possibilidade que cada indivíduo tem de escolher a religião com que mais se identifica e seguir os seus dogmas ou de não seguir religião alguma”, afirmou o autor do projeto.
A ideia é garantir em lei que esses seguidores sejam dispensados de aulas, realizar exames e até mesmo trabalhar neste período. Redano ainda afirma que o ideal seria que a prestação alternativa de serviço fosse adotada pelas instituições públicas e empresas privadas.

O deputado estadual ainda propõe que a Câmara Federal crie um projeto para regulamentar os incisos VI e VII do artigo 5º da Constituição que determina “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. Com informações Folha Nobre, via Gospel Prime

Dica de Leitura: “Teoria do Design Inteligente” (Ebook)

Everton_Fernando_Alves

Everton Fernando Alves, mestre em Ciências da Saúde (UEM, 2014), acaba de lançar seu Ebook “Teoria do Design Inteligente: Evidências Científicas no Campo das Ciências Biológicas e da Saúde”, que pode ser lido gratuitamente AQUI (clique).

“Atualmente, tem havido um grande questionamento se a origem da vida é mais bem explicada pelo acaso ou design. A teoria do design inteligente tem tido crescente atenção, tornando-se um tema de debate e investigação principalmente no campo das Ciências Biológicas e da Saúde. Este livro te apresentará uma perspectiva científica ainda pouco explorada. Aqui, você encontrará evidências da assinatura de um projeto intencional nas estruturas biológicas complexas presentes na natureza e nos seres vivos.” (da Descrição)

sábado, 24 de outubro de 2015

Documentário "O Enigma da Informação"

A informação é quem controla o desenvolvimento da vida. Mas qual é a fonte da informação? Ela poderia ter sido produzida por um processo darwiniano não controlado sem propósito? Ou ela requere um projeto inteligente?

Banho no Sábado



“Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isto como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas”. Ellen G. White, Testemunhos Seletos 3, 12

“No sexto dia deve-se fazer todos os preparativos necessários para o sábado. Todas as compras devem ter sido feitas, e todo o nosso cozinhar terminado, na sexta-feira. Seja tomado o banho, engraxados os sapatos e preparada a roupa”. EGW, Nos lugares celestiais, 151

Os textos de Ellen White orientam que toda preparação para o sábado deve ser concluída antes do por do sol. As tarefas de preparação dos alimentos, das roupas e a higiene devem ser feitas na sexta-feira evitando sobrecarregar o dia de sábado com afazeres cotidianos. Devemos porém, considerar que o banho na época de Ellen White era uma tarefa exaustiva. Grande parte das residências não possuía água encanada e serviços de esgoto. Era preciso buscar a água em baldes, aquecê-la para o banho e finalmente descartá-la. Muitas pessoas nem mesmo tomavam banho rotineiramente. Foi por isso que ela aconselhou: “Deve ser encarecido o valor do banho diário para promover a saúde e estimular a ação mental.” Educação, 200

As comodidades dos dias atuais permitem que tomemos banho diariamente sem dispender grande tempo. O que precisamos ter em mente é o princípio bíblico. Se for possível tomar o banho antes das horas do sábado e estar pronto ao por do sol, com certeza, a pessoa se sentirá mais confortável para desfrutar das horas sagradas.

Mas não haverá nada de errado em tomar um banho logo ao despertar, antes de ir para a igreja. Além disso devemos considerar o clima de cada região. Em locais muito quentes, as pessoas sentirão a necessidade de tomar banho com mais frequência e isso pode incluir as horas do sábado.

Via Centro White

Diretrizes sobre a Observância do Sábado




Propósito e Perspectiva


O principal objetivo deste documento sobre a observância do sábado é oferecer conselhos ou diretrizes aos membros da Igreja que desejam uma experiência mais rica e significativa de observância do sábado.  Espera-se que se produza um estímulo para uma genuína reforma quanto à guarda do sábado em âmbito mundial.

Conhecendo-se o fato de que a comunidade mundial de adoradores encontra numerosos problemas quanto à observância do sábado, originários de determinados contextos culturais e ideológicos, tentou-se tomar essas dificuldades em consideração.  Não pretende este documento abranger todas as questões relativas à guarda do sábado, mas apresentar princípios bíblicos e diretrizes do Espírito de Profecia que ajudem os membros da Igreja em seu esforço por seguir a orientação do Senhor.

Espera-se que os conselhos dados neste documento sejam úteis.  Em última análise, entretanto, as decisões feitas sob circunstâncias críticas devem ser motivadas pela fé e confiança pessoal no Senhor Jesus Cristo.

Sábado – Salvaguarda de Nosso Relacionamento com Deus

O sábado engloba toda nossa relação com Deus.  É uma indicação dos atos de Deus em nosso favor no passado, presente e futuro.  O sábado protege a amizade do homem com Deus e proporciona o tempo essencial para o desenvolvimento dessa relação.  O sábado esclarece a relação entre Deus e a família humana, pois aponta a Deus como criador numa época em que os seres humanos gostariam de usurpar a posição de Deus no universo.

Nesta era de materialismo, o sábado conduz homens e mulheres àquilo que é espiritual e pessoal.  São sérias as consequências de esquecer o dia do sábado para o santificar.  Esse esquecimento produzirá uma distorção e final destruição do relacionamento de uma pessoa com Deus.

Quando é guardado o sábado, ele torna-se testemunha do repouso que advém de confiar apenas em Deus como sustentador, como base de nossa salvação e como o fundamento de nossa esperança no futuro.  Como tal, o sábado é um deleite porque entramos no descanso de Deus e aceitamos o convite para comungar com Ele.

Quando Deus pede que nos lembremos do dia do sábado, Ele o faz porque deseja que nos lembremos dEle.

Princípios e Teologia da Observância do Sábado

1) Natureza e Propósito do Sábado.  A origem do sábado encontra-se na criação, quando Deus descansou de Sua obra no sétimo dia (Gên. 1-3).  O sábado tem importância como sinal perpétuo do concerto eterno entre Deus e Seu povo, a fim de que soubessem quem os criou (Êx. 31:17) e os santifica (Êx. 31:13; Ezeq. 20:12), e para que O reconhecessem como o Senhor seu Deus (Ezeq. 20:20).

2) O Caráter Singular do Sábado.  O sábado é uma ocasião especial para a adoração de Deus como Criador e Redentor, e como o Senhor da vida, com quem toda a família humana se reunirá por ocasião do segundo advento.  O mandamento do sábado forma o centro da lei moral, como o selo da autoridade de Deus.  Sendo que constitui um símbolo do relacionamento de amor de Deus com seus filhos terrestres, os seres humanos são obrigados a respeitar este dom no sentido de que farão o possível para promover e envolver-se em atividades que ajudem a estabelecer e reforçar um relacionamento duradouro com Deus.  Assim Seu povo se envolverá apenas em atividades voltadas para Deus e seus semelhantes, e não naquelas que se inclinam para a gratificação do próprio eu e dos próprios interesses.

3)  A Universalidade do Sábado.  A universalidade tem sua raiz na criação.  Dessa maneira seus privilégios e obrigações são vigentes para todas as nações, classes ou setores. (Êx. 20:11; 23:12; Deut. 5:13; Isa. 56:1-8).  A observância do sábado diz respeito a todos os membros da casa, incluindo as crianças, e estende-se até mesmo “ao estrangeiro que está dentro das tuas portas” (Êx. 20:10).

4) Os Limites do Tempo do Sábado.  Dados bíblicos: o sábado começa no final do sexto dia da semana e dura um dia, de anoitecer a anoitecer (Gên. 1; Mar. 1:32).  Esse tempo coincide com o tempo do ocaso do sol.  Nos lugares onde for difícil determinar exatamente a hora do pôr-do-sol, o guardador do sábado começará o sábado no final do dia, marcado pela diminuição da luz.

5) Princípios que Orientam a Observância do Sábado.  Embora a Bíblia não trate diretamente de muitas questões específicas que possamos ter atualmente quanto à observância do sábado, ela nos apresenta princípios gerais aplicáveis hoje (ver Êx. 16:29; 20:8-11; 34:21; Isa. 58:13; Nee. 13:15-22).

“A lei proíbe trabalho secular no dia de repouso do Senhor; o labor que constitui o ganha-pão, deve cessar; nenhum trabalho que vise prazer ou proveito mundano é lícito nesse dia; mas como Deus cessou Seu labor de criar e repousou no sábado, e o abençoou, assim o homem deve deixar as ocupações da vida diária, e devotar essas sagradas horas a um saudável repouso, ao culto e a boas obras.” (O Desejado de Todas a Nações, p. 186).

Esse conceito, entretanto, não apóia a inatividade total. O Antigo e o Novo testamentos nos convidam a cuidar das necessidades e aliviar o sofrimento dos outros, pois o sábado é um bom dia para todos, particularmente para os humildes e oprimidos (Êxodo 23:12; Mat. 12:10-13; Mar. 2:27; Luc. 13:11-17; João 9:1-21).

Contudo, nem mesmo as boas obras devem obscurecer a principal característica da observância do sábado, a saber, o repouso (Gên. 2:1-3).  Isso inclui tanto o repouso físico (Êxodo 23:12) como o espiritual em Deus (Mat. 11:28).  O último leva o observador do sábado a procurar a presença de Deus e à comunhão com Ele no culto (Isa. 48:13), tanto na meditação silenciosa (Mat. 12:1-8) como na adoração pública (Jer. 23:32; II Reis 4;23; 11:4-12; I Crônicas 23:30; Isa. 56:1-8).  Seu objetivo é reconhecer a Deus como Criador e Redentor (Gên. 2:1-3; Deut. 5:12-15), e é compartilhado pela família isoladamente e pela comunidade maior (Isa. 56:1-8).

6)  O Sábado e a Autoridade da Palavra de Deus.  Ellen White assinala que o mandamento do sábado é único, pois contém o selo da Lei de Deus.  Unicamente ele “apresenta não só o nome mas o título do Legislador.  Declara ser Ele o Criador dos céus e da Terra e mostra, assim, o Seu direito à reverência e culto, acima de todos.  Afora esse preceito, nada há no decálogo para mostrar por que autoridade a lei é dada” (O Grande Conflito, pp. 451-452).

O sábado, com sinal do Criador, aponta para Sua autoridade e direito de propriedade.  Uma significativa observância do sábado, portanto, indica a aceitação de Deus como Criador e Possuidor, e reconhece Sua autoridade sobre toda a criação, inclusive o próprio ser.  A observância do sábado baseia-se sobre a autoridade da Palavra de Deus.  Não há para ela outra razão lógica.

Os seres humanos têm a liberdade de entrar em relacionamento com o Criador do universo como um amigo pessoal.

Os guardadores do sábado podem ter de enfrentar resistências por vezes devido ao seu compromisso com Deus no sentido de santificar o sábado.  Para aqueles que não reconhecem a Deus como seu Criador, parece arbitrário ou inexplicável que alguém deixe seu trabalho no dia de sábado meramente por  motivos religiosos.  A observância significativa do sábado testifica do fato de que escolhemos obedecer ao mandamento de Deus.  Assim reconhecemos que nossa vida é agora vivida em obediência à Palavra de Deus.  O sábado constituirá uma prova especial no tempo do fim.  O crente terá de fazer uma escolha entre submeter-se à Palavra de Deus ou à autoridade humana (Apoc. 14:7,12).

A Vida no Lar e na Família e sua Relação com o Sábado

1) Introdução.  A vida doméstica é a pedra angular da apropriada observância do sábado.  Somente quando as pessoas observam o sábado conscienciosamente no lar e assumem suas correspondentes responsabilidades como membros da família, a Igreja como um todo revelará ao mundo as alegrias e privilégios do santo dia de Deus.

2) Diferentes Tipos de Lares.  No século XXI há vários tipos de lares; por exemplo, o lar onde há marido, esposa e filhos; o lar onde há marido e esposa sem filhos; o lar onde há apenas um pai (ou mãe) com filhos (onde, devido ao falecimento ou ao divórcio, o pai ou a mãe precisam atuar como pai e mãe ao mesmo tempo); o lar em que uma pessoa tenha se casado ou em que a morte ou o divórcio tenha deixado alguém sozinho, sem filhos; ou o lar em que apenas o pai ou a mãe seja membro da Igreja.  Ao levar em conta as necessidades e os problemas dessas categorias, deve-se entender que alguns dos princípios e sugestões enunciados se aplicarão a todos os grupos, e alguns serão mais especializados.

3) Duas Instituições Sagradas – O Lar e o Sábado.  “No princípio” Deus colocou um homem e uma mulher no Jardim do Éden, seu lar.  Também “no princípio” Deus deu o sábado aos seres humanos.  Essas duas instituições, o lar e o sábado, andam juntas.  Ambas são dons de Deus.  Portanto, ambas são sagradas, sendo que a última fortalece e enriquece de maneira única os laços da primeira.

O companheirismo íntimo é um elemento importante do lar. O companheirismo íntimo com outros seres humanos é um elemento importante do sábado. Ele aproxima as famílias a Deus e os indivíduos uns aos outros.  Vista a partir dessa perspectiva, a importância do sábado para o lar não pode ser subestimada.

4) Responsabilidades dos Adultos como Mestres.  Ao escolher Abraão como pai do povo escolhido, Deus disse: “Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele.” (Gên. 18:19).  Parece claro, então, que foi dada aos adultos uma enorme responsabilidade no lar com vistas ao bem-estar espiritual dos filhos.  Tanto por preceito como por exemplo, devem eles proporcionar o tipo de estrutura e atmosfera que torne o sábado um deleite e uma parte tão vital da vida cristã que, mesmo muito tempo depois de deixar o lar, os filhos continuem os costumes que lhes foram ensinados na infância.

Em harmonia com a injunção “tu as inculcarás (as palavras e mandamentos de Deus) a teus filhos” (conforme Deut. 6:4-9), os membros adultos da família devem ensinar os filhos amarem a Deus e guardarem seus mandamentos.  Devem ensiná-los a ser leais a Deus e a seguir sua direção.

Desde a mais tenra infância, as crianças devem ser ensinadas a participar do culto familiar, a fim de que o culto na casa de Deus se torne uma extensão do costume da família.  Também desde a infância, as crianças devem ser ensinadas sobre a importância da assistência à igreja, aprendendo que a verdadeira observância do sábado envolve ir à casa de Deus para o culto e o estudo da Bíblia.  Os adultos da família devem dar o exemplo, assistindo aos cultos de sábado, formando um padrão que será visto como importante quando os filhos tomarem decisão sobre aquilo que tem valor na vida.  Através de discussões, enquanto as crianças crescem e se tornam mais maduras, e através do estudo da Bíblia, deve-se-lhes ensinar o significado do sábado, sua relação com o viver cristão e sua natureza permanente.

5) Preparação para o Sábado.  Se o sábado deve ser observado devidamente, a semana inteira deve ser programada de tal maneira que todos os membros estejam prontos para receber o santo dia quando ele chegar.  Isso significa que os membros adultos da família farão planos para que as tarefas domésticas – a compra e o preparo de alimentos, o preparo das roupas e todas as outras necessidades da vida diária – sejam completadas antes do pôr-do-sol de sexta-feira.  O dia de repouso deve tornar-se o eixo em torno do qual gira a roda da semana inteira.  Quando se aproximar o pôr-do-sol e o anoitecer de sexta-feira, adultos e crianças poderão saudar o sábado com tranquilidade de consciência, tendo concluído todos os preparativos e com a casa pronta para passar as seguintes 24 horas com Deus e uns com os outros.  As crianças podem ajudar nesse sentido, assumindo responsabilidades de preparo para o sábado de acordo com seu grau de maturidade.  A maneira como a família se aproxima do início do sábado, ao pôr-do-sol de sexta-feira, e a maneira como é passada a noite de sexta-feira, constituirão o cenário para o recebimento das bênçãos que o Senhor tem em reserva para todo o dia que se segue.

6) Vestuário Apropriado para o Sábado. Onde há crianças no lar, ao vestir-se a família no sábado de manhã para ir à igreja, os adultos podem por preceito e exemplo ensinar os filhos que uma forma de honrar a Deus é ir à Sua casa com roupas limpas, que representem apropriadamente a cultura em que vivem.

7) A Importância da Hora do Estudo da Bíblia.  Nos lugares onde as crianças não têm a vantagem de frequentar escolas adventistas, a Escola Sabatina torna-se o mais importante meio de instrução religiosa fora do lar.  Não se pode subestimar o valor desta hora de estudo da Bíblia.  Os pais, portanto, devem assistir aos cultos do sábado de manhã e fazer todo o possível para levar os filhos consigo.

8) Atividades da Família no Sábado.  Na maioria das culturas, a reunião de sábado ao meio dia, quando a família se reúne em torno da mesa para o almoço no lar, é um ponto alto da semana.  O espírito de sagrada alegria e companheirismo, iniciado na hora de levantar e continuado durante a programação da manhã na igreja, intensifica-se.  Sem as distrações de uma atmosfera secular, a família pode conversar sobre temas de interesse mútuo e manter a disposição espiritual do dia.      

Quando é compreendida a natureza sagrada do sábado e existe um relacionamento de amor entre pais e filhos, todos procurarão evitar a intromissão, nas horas sagradas, de música secular, rádio, jornais, livros, revistas e programa de televisão e vídeo.

As tardes de sábado, tanto quanto possível, serão empregadas em atividades de família – explorar a natureza, fazer visitas missionárias a doentes ou pessoas de resguardo ou a outras que necessitem de encorajamento, e assistir às reuniões da igreja.  À medida que as crianças crescem, as atividades se ampliarão para atingir outros membros de sua faixa etária na igreja, sempre com a pergunta em mente: “Esta atividade me leva a compreender melhor a verdadeira e sagrada natureza do sábado?”  Assim, a devida observância do sábado no lar exercerá uma influência duradoura para o tempo e a eternidade.

A Observância do Sábado e as Atividades Recreativas

1) Introdução. A observância do sábado inclui o culto e a comunhão. O convite para desfrutar ambos é amplo e generoso. O culto sabático dirigido a Deus geralmente ocorre numa comunidade de crentes.  A mesma comunidade provê comunhão. Tanto o culto como a comunhão oferecem um potencial ilimitado de louvor a Deus que enriquecem a vida dos cristãos.  Quando o culto sabático ou a comunhão são distorcidos ou abusados, o louvor a Deus e o enriquecimento pessoal ficam ameaçados.  Como o dom de Si mesmo que Deus nos faz, o sábado traz genuíno gozo no Senhor.  É uma oportunidade para que os crentes reconheçam e atinjam o potencial que receberam de Deus.  Assim, para o crente, o sábado é um deleite.

2) Fatores Alheios à Observância. O sábado pode ser facilmente invadido por elementos alheios ao seu espírito.  Na experiência do culto e da comunhão, o crente deve estar sempre alerta em relação a fatores que prejudiquem a sua percepção da natureza sagrada do sábado.  O senso da santidade do sábado é ameaçado particularmente por tipos errados de comunhão e atividades.  Por contraste, a santidade do sábado é exaltada quando o Criador permanece como centro desse dia santo.

3) Fenômenos Culturalmente Condicionados na Observância do Sábado. É importante compreender que os cristãos prestam obediência a Deus e, dessa maneira, observam o sábado no lugar histórico e cultural onde vivem.  É possível que tanto a história quanto a cultura nos condicionem de maneira falsa e produzam a distorção de nossos valores.  Ao apelar para a cultura podemos ser culpados de dar-nos a desculpa ou licença de condescender com esportes e atividades recreativas incompatíveis com a santidade do sábado.  Por exemplo, o exercício físico intenso e várias formas de turismo não se harmonizam  com a verdadeira observância do sábado.

Qualquer tentativa de regulamentar a observância do sábado além dos princípios bíblicos, preparando listas de proibições para o dia do sábado, serão contraprodutivas para uma experiência espiritual sólida.  O cristão submeterá a sua experiência sabática ao teste do princípio.  Ele sabe que o principal objetivo do sábado é fortalecer o elo de união entre si mesmo e Deus.  Dessa forma, são aceitáveis as atividades guiadas por princípios bíblicos e as que contribuem para esse fortalecimento.

Visto que ninguém pode avaliar corretamente os motivos pessoais dos outros, o cristão deve ser muito cuidadoso para não criticar seus irmãos que vivem em contextos culturais diferentes de seu próprio.

Em viagem, os turistas adventistas devem fazer todo esforço no sentido de observar o sábado juntamente com seus irmãos daquela região.  Por respeito à santidade do sétimo dia, recomenda-se que os adventistas evitem usá-lo como dia livre para passeios turísticos e atividades seculares.

Igrejas e Instituições da Igreja

Ao estabelecer diretrizes e praxes específicas para a Igreja como um todo e para as instituições da Igreja, a organização está apresentando um exemplo da guarda do sábado para os membros em geral.  É responsabilidade dos membros a aplicação dos princípios da verdadeira observância do sábado à sua própria vida.  A Igreja pode ajudar, apresentando princípios sobre a guarda do sábado encontrados na Bíblia e no Espírito de Profecia, mas não pode ser consciência para os membros.

1) Igrejas – O Papel da Igreja  e da Família nas Atividades de Sábado à Tarde.  O pastor e os líderes da igreja local têm a responsabilidade de oferecer atividades sabáticas cuidadosamente planejadas para crianças, jovens, adultos e idosos, bem como para famílias e pessoas que vivem sozinhas, enfatizando a importância de tornar o sábado um dia de alegria, adoração e repouso.  As atividades da igreja devem complementar e não substituir as atividades da família e do lar.

2) Igrejas – Música de Sábado.  A música produz um impacto poderoso sobre a disposição de espírito e as emoções da pessoa.  Os líderes da igreja selecionarão a música e os músicos que realçarão a atmosfera reverente do repouso sabático e o relacionamento do adorador com Deus.  Os ensaios do coral no sábado devem ser evitados durante os horários de reuniões sabáticas regularmente programadas.

3) Igrejas – Penetração na Comunidade.  Embora os cristãos possam participar de certos tipos de obra social em favor dos estudantes, jovens e pobres nos subúrbios e favelas, devem tomar o cuidado de exercer uma influência exemplar de guarda coerente do sábado.  Quando envolvidos num curso de extensão ou especial para crianças e jovens, devem escolher assuntos e aulas que sejam diferentes das matérias seculares normais ou aulas da semana, e incluir atividades que contribuam para a cultura espiritual.  Passeios pela vizinhança ou junto à natureza podem substituir os recreios; caminhadas ou excursões junto à natureza que exijam apenas esforço mínimo podem substituir matérias ou aulas seculares.

4) Igreja – Recolta.  O procedimento geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia é realizar a recolta em dia que não seja o sábado.  Nos lugares onde for costume recoltar no sábado, a atividade deve ser executada de modo a trazer benefícios espirituais a todos os participantes.

5) Igreja – Arrecadação de Fundos no Sábado.  A doutrina da mordomia cristã encontra-se em todas as Escrituras.  O ato de dar tem lugar definido nos cultos de adoração.  Quando se fazem apelos para ofertas, devem ser feitos de tal maneira que preservem a santidade do culto e do sábado.

6) Igrejas – Casamentos aos Sábados.  A cerimônia matrimonial é sagrada e, em si mesma, não estaria em desacordo com a guarda do sábado.  Contudo, a maioria dos casamentos envolve um considerável trabalho e quase inevitavelmente se cria uma atmosfera secular durante os preparativos e a recepção.  A fim de que não se perca o espírito do sábado, deve-se desaconselhar a realização de casamentos aos sábados.

7) Igrejas – Funerais aos Sábados.  Em geral, os adventistas devem tentar evitar os funerais aos sábados.  Em alguns climas e sob certas condições, entretanto, pode ser necessário realizar os funerais sem demora, apesar do dia de sábado.  Nesses casos, devem ser feitos arranjos antecipados com agentes funerários e funcionários do cemitério, para que realizem suas tarefas de rotina antes do dia de sábado, reduzindo assim o trabalho.  Em alguns casos a cerimônia fúnebre pode ser realizada, deixando-se o sepultamento propriamente dito para mais tarde.

8) Instituições Médicas Adventistas.  As instituições médicas adventistas constituem o único contato que muitas pessoas têm com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os hospitais adventistas devem ser mais do que meramente sistemas de atendimento médico.  Têm eles a oportunidade única de dar um testemunho cristão 24 horas por dia junto às comunidades que servem.  Além disso, têm o privilégio de apresentar a mensagem do sábado pelo exemplo, cada semana.  Na cura dos enfermos e na libertação dos portadores de debilidades  físicas, mesmo no sábado, Cristo deixou um exemplo que consideramos a base para o estabelecimento e funcionamento das instituições médicas adventistas.  Portanto, uma instituição que ofereça atendimento médico ao público deve estar preparada para ministrar às necessidades dos enfermos e sofredores independentemente de horas ou dias.

Esse fato coloca uma grande responsabilidade sobre as instituições, no sentido de elaborarem e executarem regulamentos que reflitam o exemplo de Cristo e apliquem os princípios da observância do sábado encontrados nas escrituras e ensinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.  Os administradores têm a responsabilidade especial de cuidar para que todos os departamentos mantenham o verdadeiro espírito da guarda do sábado, instituindo procedimentos apropriados e evitando a frouxidão na observância do sétimo dia.

Recomenda-se as seguintes aplicações dos princípios de observância do sábado:

a.   Oferecer atendimento médico de emergência sempre que necessário, com boa disposição, ânimo e alto nível de profissionalismo.  Entretanto, nem as instituições nem os médicos e dentistas adventistas devem oferecer os mesmos serviços de clínica ou consultório que oferecem nos outros dias da semana.

b.   Suspender todas as atividades rotineiras que podem ser adiadas.  Geralmente isso significa fechar completamente os departamentos e instalações que não tenham relação direta com o atendimento aos pacientes e manter um número mínimo de pessoas qualificadas em outros departamentos para tratar das emergências.

c.    Adiar serviços eletivos de diagnósticos e terapia.  O médico de plantão deve decidir o que é necessário ou casos de emergência.  Se ele abusar desse direito, os casos devem ser tratados pela administração do hospital.  Os funcionários da instituição que não trabalham na administração não devem envolver-se nas decisões, nem ser obrigados a enfrentar o(s) médico(s) de plantão.  Podem-se evitar mal-entendidos deixando claro em estatutos para a equipe médica que somente serão realizados procedimentos cirúrgicos, terapêuticos ou de diagnóstico que não possam ser adiados devido à condição do paciente.  Um entendimento claro com todos os que são designados para a equipe, no momento da admissão, fará muito para evitar mal-entendidos e abusos.

Cirurgias simples e opcionais devem ser desencorajadas ou limitadas às sextas-feiras.  Procedimentos assim planejados permitem ao paciente ficar no hospital durante o final de semana e assim perder menos dias de trabalho.  Entretanto, isso coloca o primeiro dia pós-operatório, normalmente o que necessita cuidado hospitalar mais intenso, no sábado.

d.   Fechar os escritórios administrativos para atendimento de rotina.  Embora possa ser necessário admitir ou dar alta a pacientes no sábado, recomenda-se que seja evitada a apresentação de contas e o recebimento de dinheiro.  Jamais deve a guarda do sábado ser motivo de irritação para aqueles que procuram servir e salvar, mas sim constituir o sinete dos “filhos da luz” (Efé. 5:8; Atos dos Apóstolos, p. 260).

e.    Fazer do sábado um dia deleitoso para os pacientes, provendo uma lembrança do testemunho cristão que jamais será esquecida.  A guarda significativa do sábado será conseguida muito mais facilmente em uma instituição que empregue uma equipe predominantemente adventista.  A apresentação do sábado sob um prisma favorável pode ser conseguida pelos obreiros encarregados do atendimento aos pacientes e pode constituir uma influência convincente na vida dos que não pertencem à nossa fé.

f.    O atendimento aos enfermos é uma atividade dos sete dias da semana.  A doença não conhece calendário.  Entretanto, ao escalar os funcionários, as instituições médicas devem tomar em consideração as crenças, observâncias e práticas sinceras dos empregados ou futuros empregados.  A instituição deve dar margem razoável a essas crenças religiosas, a menos que se demonstre que essa acomodação dificultará o funcionamento da instituição.  Também se reconhece que a consciência das pessoas varia em relação com a conveniência do trabalho aos sábados.  Nem a Igreja nem suas instituições podem atuar como consciência para seus empregados.  Em vez disso, deve-se dar margem razoável para a consciência individual.

g.   Resistência às pressões para afrouxar as normas adventistas.  Algumas instituições têm sido pressionadas por comunidades, equipes médicas e/ou empregados (quando a maioria se compõe de não-adventistas) no sentido de  abandonar ou enfraquecer os princípios quanto à guarda do sábado e suas práticas, de modo que o sábado seja tratado como qualquer outro dia.  Em alguns casos, tem-se feito pressão para manter os serviços no sábado, reduzindo-os então no domingo.  Essa atitude deve ser vigorosamente combatida.  A aquiescência levaria a um sério reexame do relacionamento dessa instituição com a Igreja.

h.    Instruir os empregados que não são adventistas quanto aos princípios de guarda do sábado praticados pela instituição.  Todos os não-adventistas, no momento da admissão em uma instituição médica adventista, devem tomar conhecimento dos princípios adventistas do sétimo dia, especialmente praxes institucionais relativas à observância do sábado.  Embora os não-adventistas possam não crer como nós, eles devem saber desde o início como se espera que se encaixem no programa da instituição para ajudá-la a atingir seus objetivos.

i.     Estimular uma atitude de contínuo testemunho cristão entre os empregados adventistas.  O único contato que muitos funcionários não-adventistas poderão ter com os adventistas do sétimo dia, será na instituição que os emprega.  Todos os relacionamentos devem ser cordiais, bondosos e representativos do amor exemplificado na vida e obra do Grande Médico.  A compaixão para com os enfermos, a abnegada consideração para com os semelhantes, a solícita disposição para servir e uma irrestrita lealdade para com Deus e a Igreja podem bem constituir um cheiro de vida para a vida.  A guarda do sábado é privilégio e honra, bem como dever.  Jamais deve tornar-se pesada ou tediosa para os que a observam ou para os que nos rodeiam.

9) O Trabalho aos Sábados em Hospitais Não-Adventistas.  Embora seja essencial nas instituições médicas que se realize constantemente um mínimo de trabalho para manter o bem-estar e conforto dos pacientes, os empregados adventistas em instituições não-adventistas onde as horas do sábado não trazem diminuição dos deveres rotineiros, encontram-se sob a obrigação de recordar os princípios que regem as atividades sabáticas.  Para evitar situações em que os membros da Igreja enfrentem problemas com a guarda do sábado em instituições não-adventistas, recomenda-se que:       

a. Quando os adventistas aceitam emprego num hospital não-adventista, tornem conhecidos seus princípios de guarda do sábado e solicitem um horário de trabalho que os isente dos deveres do dia de sábado.

b. Nos lugares onde os horários de trabalho ou outros fatores não permitam esse arranjo, os adventistas devem identificar claramente as tarefas, se houver alguma, que poderão realizar conscienciosamente no sábado, bem como sua frequência.

c. Nos casos em que não for possível acomodar-se aos arranjos acima, os membros devem tornar supremas as exigências de lealdade a Deus e abster-se de tarefas rotineiras.

10) Instituições Educacionais Adventistas.  As escolas adventistas de ensino médio com internato desempenham um papel importante na formação de hábitos de observância do sábado das futuras gerações de membros da Igreja, e os colégios e universidades adventistas fazem muito para moldar o pensamento do ministério e da classe profissional na Igreja.  É importante, portanto, que a teoria e a prática sobre como maximizar as deleitosas bênçãos do sábado se aproximem o máximo do ideal nessas instituições.

A aplicação desse princípio deve incluir:

a. Preparo adequado para o sábado.

b. Demarcação do início e final das horas sabáticas.

c. Atividades apropriadas para o lar e a escola: culto, grupos de oração, trabalho missionário, etc.

d.  Deveres necessários reduzidos ao mínimo.  De preferência, devem ser confiados a pessoas que os realizam como serviço voluntário e não as que recebem pagamento pelo mesmo trabalho durante a semana.

e.  Cultos inspiradores, de preferência seguindo com o modelo daquilo que se espera caracterizar os cultos nas igrejas das escolas.

f.   Atividades variadas e apropriadas para as tardes de sábado.

g.  Estruturação do programa semanal, de modo que o sábado represente uma alegria que permanece além do clímax da semana, em vez de ser um prelúdio para atividades contrastantes no sábado à noite.

1. Vendas no Refeitório.  Os refeitórios são destinados a servir os estudantes e os pais que os visitam, bem como os hóspedes autorizados; não devem ser abertos ao público aos sábados.  Para evitar transações desnecessárias durante as horas sagradas, a instituição deve tomar providências para que os pagamentos sejam feitos fora das horas do sábado.

2. Participação do Corpo Docente em Reuniões de Profissionais.  Em alguns países, os adventistas do sétimo dia têm o privilégio de assistir a encontros de profissionais a fim de manter-se a par do progresso em sua área de especialização.  Pode ser tentador justificar a assistência a essa reuniões no sábado.  Recomenda-se, entretanto, que o pessoal acadêmico participe do culto junto com os outros membros da Igreja em vez de unir-se aos colegas profissionais “a trabalho”.

3. Estações de Rádio.  As estações de rádio dos colégios podem ser uma bênção para a comunidade.  Para maximizar essas bênçãos, a programação durante as horas do sábado devem refletir a filosofia da Igreja.  Se durante os sábados forem feitos apelos quanto à arrecadação de fundos, eles devem ser feitos de tal maneira que exaltem a santidade do dia.

4. Viagens Promocionais. A fim de manter a natureza de reverência do dia de sábado, as viagens promocionais devem ser planejadas de forma que reduzam ao mínimo as viagens aos sábados, proporcionando o máximo de tempo para o culto com os irmãos.  As horas do sábado não devem ser usadas em viagem com o objetivo de que haja tempo livre para um programa no sábado à noite.

5. A Observância do Sábado na Educação para o Ministério.  Os pastores têm a grande responsabilidade de moldar a vida espiritual da Igreja por exemplo pessoal.  Portanto, as instituições que preparam os pastores e as esposas de pastores precisam ensinar seus alunos a formar uma nova filosofia de observância do sábado.  A devida orientação recebida na escola pode ser um instrumento na experiência de um genuíno reavivamento das alegrias do sábado em sua própria vida, bem como na vida de sua igreja.

6. Exames no Sábado.  Os adventistas do sétimo dia que enfrentam o caso de exames aos sábados em escolas não-adventistas ou que prestam exames para receber autorização por parte dos conselhos profissionais para o exercício da profissão, encontram problemas especiais.  Ao lidarem com essas situações, recomenda-se que façam arranjos com a administração para prestar os exames em horas que não sejam do sábado.  A Igreja deve incentivar os membros quanto à cuidadosa observância do sábado e, sempre que possível, interceder junto às autoridades competentes para que possibilitem a reverência para com o dia de Deus e o acesso aos exames.

Emprego e Comércio Secular Relacionado com o Sábado

1) Declaração de Princípio.  A visão bíblica do sábado inclui uma dimensão divina e humana (Mat. 12:7).  A partir da perspectiva divina, o sábado convida o crente a renovar seu compromisso com Deus, cessando o trabalho diário para adorar a Deus mais plena e livremente (Êxodo 20:8-11; 31:15-16; Isa. 58:13-14).  Na perspectiva humana, o sábado convoca o crente a comemorar o amor criador e redentor de Deus, revelando misericórdia e solicitude para com o próximo (Deut. 5:12-15; Mat. 12:12; Luc. 13:12; João 5:17).  O sábado, assim, abrange a cessação do trabalho secular com o propósito de amar a Deus e a realização de atos de amor e bondade para com os semelhantes.

2) Trabalho Essencial e de Emergência.  A fim de exaltar a santidade do sábado, os adventistas do sétimo dia devem fazer escolhas sábias na questão do emprego, guiados por uma consciência iluminada pelo Espírito Santo.  A experiência tem demonstrado que há riscos na escolha de vocações que não permitam a adoração do Criador no sábado, livre de envolvimento com o trabalho secular.  Isso significa que evitarão emprego que, embora essenciais para o funcionamento de uma sociedade tecnologicamente avançada, possam oferecer problemas quanto à observância do sábado.

As Escrituras e o Espírito de Profecia são explícitos quanto aos nossos deveres como cristãos para com os semelhantes, mesmo no dia de sábado.  No contexto moderno, muitos empregados em ocupações relacionadas com a salvação de vidas e propriedade são chamados a tratar de emergências.  Arranjar trabalho regular de fim de semana que requeira o uso das horas do sábado num emprego lucrativo de atendimento de emergência ou aceitar trabalho nos fins de semana em ocupações de emergência para aumentar a renda familiar, não se harmoniza com os princípios de observância do sábado apresentadas por Cristo.  Atender a situações de emergência que envolvam risco de vida e segurança é diferente de ganhar o sustento por envolver-se rotineiramente nessas ocupações durante o sábado, já que  frequentemente são acompanhadas por atividades comercias, seculares ou rotineiras.  (Ver os comentários de Cristo sobre o resgate de bois ou ovelhas caídos em valetas e sobre a ajuda de pessoa em necessidade.  Mat. 12:11; Luc. 13:16.)  Ausentar-se da casa de Deus e negar-se à comunhão com os outros membros nos sábados, pode exercer um efeito desanimador sobre a vida espiritual.

Muitos empregadores dessas assim chamadas áreas de serviços essenciais estão dispostos a fazer concessões aos guardadores do sábado.  Quando essas não forem feitas, os membros devem rever cuidadosamente os princípios bíblicos sobre a guarda do sábado e, sob essa luz, examinar o tipo de atividades, ambiente, exigências de trabalho e motivos pessoais antes de envolver-se no trabalho aos sábados.  Devem perguntar ao Senhor como o fez Paulo na estrada de Damasco: “Senhor, que queres que eu faça?” Quando prevalece essa atitude de fé, somos persuadidos de que o Senhor levará o crente a discernir Sua vontade e suprirá a força e sabedoria para segui-la.

3) Decisões Morais Relativas à Observância do Sábado.  Os privilégios sabáticos são algumas vezes negados ou restringidos por organizações militares, educacionais, políticas ou outras.  Para evitar e/ou reduzir essas  situações lamentáveis, devem-se considerar as seguintes sugestões:

Um administrador competente da Igreja, de preferência o diretor do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa, deve ser designado para manter-se informado quanto a circunstâncias que poderiam minar a liberdade de culto aos sábados.  Quando necessário, esse oficial procurará as autoridades responsáveis para interceder no caso da possibilidade de um pacto adverso sobre os adventistas do sétimo dia com consequência de alguma legislação ou medida em perspectiva.  Essa linha de ação pode evitar a promulgação de leis que restrinjam ou neguem os privilégios sabáticos.

Os membros adventistas devem ser encorajados a defender pela fé o princípio da guarda do sábado independentemente das circunstâncias, descansando na certeza de que Deus honrará a lealdade para com ele.

Os membros da Igreja devem oferecer ajuda espiritual, moral e, se necessário, material, para outros que estejam passando por problemas  por causa do sábado.  Esse apoio servirá para fortalecer a dedicação ao Senhor, não só da pessoa que está enfrentando os problemas relativos ao sábado, mas da Igreja como um todo.

4) Compra de Bens e Serviços no Sábado.

a.  O sábado foi designado para prover liberdades e gozo espiritual para todas as pessoas (Êxodo 20:8-11). Como cristãos, devemos apoiar esse direito humano básico que o Criador concedeu a todos.  Como regra geral, comprar produtos, comer em restaurantes e pagar por serviços a serem prestados por terceiros são coisas que devem ser evitadas por estarem em desarmonia com o princípio e a prática da guarda do sábado.

b.  Além disso, as atividades comerciais mencionadas acima desviarão a mente da santidade do sábado.  (Ver Nee. 10:31; 13:15.)  Com o devido planejamento, pode-se tomar com antecedência medidas apropriadas referentes às necessidades previsíveis do sábado.

5) Viagens aos Sábado.  Embora possa ser necessária uma viagem no sábado em conexão com as atividades sabáticas, não se deve permitir que as viagens aos sábados se tornem um evento secular; portanto, os preparativos devem ser feitos com antecedência:  o combustível do veículo e outros elementos necessários devem ser providenciados antes do início do sábado.  Devem ser evitadas viagens em transportes comerciais para atender assuntos particulares ou de trabalho.

6) Como Tratar um Problema Específico de Trabalho.  Quando um membro da Igreja acha necessário renunciar a um trabalho ou perde seu emprego por causa de problemas de guarda do sábado e é admitido pela denominação numa atividade semelhante,  e quando o novo trabalho, por sua natureza, requer que o membro trabalhe no sábado, recomendam-se as seguintes sugestões:

a.  Dar-se-á ao membro uma cuidadosa explanação sobre a natureza essencial do trabalho.

b.  A organização deve fazer todos os esforços no sentido de certificar-se de que somente os aspectos essenciais do novo trabalho sejam executados no sábado.  Os administradores também devem explicar ao novo empregado os propósitos religiosos e objetivos básicos da organização empregadora.

c. Adotar-se-á um programa de rodízio para que o membro que conscienciosamente aceita esse trabalho aos sábados possa com frequência participar de uma comemoração mais completa do dia de sábado.

7) Trabalho em Turno.  Quando um adventista do sétimo dia trabalha onde existe um sistema de turnos, o empregador poderá solicitar-lhe que trabalhe no sábado ou em parte do sábado.  Nessas circunstâncias, encoraja-se o membro envolvido a considerar o seguinte:

a.   O membro deve esforçar-se por ser o melhor funcionário que puder, um empregado de valor a quem o empregador não se dê ao luxo de perder.

b.   Se surge um problema, o membro deve procurar resolvê-lo através de um entendimento direto com o empregador, solicitando-lhe um arranjo baseado em boa vontade e justiça.

c.   O membro deve ajudar o empregador sugerindo-lhe arranjos como:

1.   Trabalhar com horário flexível;

2.   Aceitar um turno indesejável;

3.   Trocar de turno com outro empregado;

4.   Trabalhar nos feriados.

d.  Se o empregador resiste à ideia de um arranjo, o membro deve imediatamente procurar a ajuda do pastor e do Departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa nos países onde houver envolvimento nessas atividades.

A Comissão Executiva da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia na sessão da Conferência Geral em Indianápolis, Indiana, em 9 de julho de 1990, votou a aceitação do documento acima sobre a observância do sábado.

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