terça-feira, 7 de agosto de 2012

A verdade sobre os GIGANTES


“Ora, naquele tempo havia gigantes (nefilim) na Terra” (Gn. 6:4)

Os israelitas tinham várias tradições acerca dos nativos de seu país. Estavam convencidos de que estes tinham sido homens de tamanho gigantescos e lhes davam diversos nomes: nefilim, refaím, os descendentes de Anac, os emim e zuzim, descendentes de zamzummim. Os emim e zuzim moravam às margens do rio Jordão, enquanto os filhos de Anac acreditavam ter sido moradores nas proximidades de Hebrom. Og, rei de Basán, a oeste do mar da Galiléia, era considerado um dos últimos da linhagem dos refaím; sua famosa cama de ferro, segundo os israelitas, media 4 metros de comprimento e 1,80 de largura, conforme Deuteronômio 3:11. Os espias israelitas enviados por Moisés desde o deserto para que fizessem um reconhecimento da “terra que mana leite e mel”, voltaram com um terrível relatório: “a terra que cruzamos e exploramos é uma terra que devora seus habitantes; o povo é de grande estatura. Vimos ali os filhos de nefilim, filhos de Anac: nós parecíamos gafanhotos perto deles e assim também como tal eles nós viam” (Números 13:32).


gigantes - tamanho dos pés
Figura 1 – Comparativo do tamanho dos pés de Hommo sapiens.

A Arqueologia, até a presente data, não encontrou nenhuma evidência da existência de tais gigantes, exceto, talvez, uma exceção. Se trata dos filhos de Anac. Foram encontrados no Egito, um grande número de fragmentos de cerâmica datados depois do ano 2000 a.C. que citam os nomes dos inimigos do faraó. Esta lista estava escrita sobre recipientes de argila que eram quebrados em pedaços, logo depois. A prática tinha objetivo ritualístico, pois do mesmo modo que os vasilhames eram quebrados, os rebeldes, segundo a crença dos Egípcios, seriam derrotados. Entre os vários nomes destes “rebeldes”, está mencionado uma tribo palestina cujo nome coincide praticamente com Anac e devia compreender pelo menos três clãs, uma vez que citava nomes de três líderes. Não é seguro, no entanto, afirmar cientificamente que haja uma relação entre os anaquitas e os citados na Bíblia, pois se trata da única descoberta que se relacionam com os nomes dos nativos da terra dos israelitas.

gigantes - fotos
Figura 2 – Robert Wadlow (1918-1940) de 2,71 m usando um sapato tamanho 37 (EUA) ou 52 (Brasil).

Sobre a existência de gigantes sobre a Terra, ainda não há evidências próximas ao Oriente que tivessem existido ali pessoas com estatura acima dos padrões normais para nós, apesar de que temos conhecimento algumas razões para o surgimento dessas crenças e, posteriormente, tradições. Os espias de Moisés relataram que as cidades dos países eram muito grandes e que seus muros “alcançavam os céus” (Dt. 1:28; Nm. 13:28). Hoje sabemos que eles não exageravam. Era lógico que falassem de gigantes depois de haverem vivido a simples existência nômade no deserto de Sinai-Midiã e encontrassem de frente à cidades cananeas, geralmente construídas sobre os montes. Pois estas cidades possuíam muralhas de espessura que podia chegar a 4,50 metros e uma altura máxima de 15 metros. Muitas vezes eram construídas de blocos enormes. Não é de se estranhar que aqueles homens se sentiam como “gafanhotos”. Os israelitas não eram os únicos neste sentido. Os antigos gregos tinham os mesmos pensamentos acerca de gigantes. Ao contemplarem as muralhas de antigas cidades, chegaram a conclusão que só podia ser obras de gigantes; em conseqüência, circulava entre eles a tradição de que tais muralhas haviam sido construídas pelos ciclopes, uma raça de homens com um olho apenas relatado por Homero, sendo artífices de estatura gigantesca vindos da Ásia Menor. Disso se derivou o termo conhecido como ciclópeo.


Referência Utilizada:

WRIGHT, George Ernest. Arqueologia Bíblica. Editora Cristiandad: Madrid, 2002. p. 125-6 Disponível em: < http://books.google.com/books?id=oFx516yFWAsC&lpg=PP1&ots=IyADwrsIRK&dq=arqueologia%20b%C3%ADblica&pg=PP1#v=onepage&q=&f=false> Acesso em: 6 ago. 2009. Traduzido por Hugo Hoffmann.


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