sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os anjos desde o cativeiro até João Batista

Daniel e seus três companheiros
O amor e o temor de Deus estavam diante de Daniel, o qual educou e disciplinou todas as suas faculdades para corresponderem o máximo possível ao amoroso cuidado do Grande Mestre, consciente de sua responsabilidade para com Deus. Os quatro jovens hebreus não estavam dispostos a consentir que motivos egoístas e o amor às diversões ocupassem os áureos momentos desta vida. Trabalhavam com coração voluntário e ânimo pronto. Esta não é uma norma tão elevada que não possa ser alcançada por todo cristão. Deus requer mais de todo estudante cristão do que o que Lhe tem sido dado. Sois “espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens”. 1 Coríntios 4:9. — Fundamentos da Educação Cristã, 230.


Aqueles que procederem como Daniel e seus companheiros, terão igualmente a cooperação de Deus e dos anjos. — Manuscript Releases 4:125.


A fornalha ardente de Nabucodonosor

Como nos dias de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, no período final da história da Terra o Senhor operará poderosamente em favor dos que ficarem firmes pelo direito. Aquele que andou com os hebreus valorosos na fornalha ardente, estará com os Seus seguidores em qualquer lugar. Sua constante presença confortará e sustentará. Em meio do tempo de angústia — angústia como nunca houve desde que houve nação — Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como “Deus dos deuses” (Daniel 2:47), capaz de salvar perfeitamente os que nEle puseram a sua confiança. — Profetas e Reis, 513.


A festa de Belsazar


Enquanto se achava aquela noite em meio a idólatra festa, repentinamente a face do rei se torna pálida e ele parece paralisado de terror. Eis que uma não humana mão traça caracteres sobre a parede à sua frente. Os fanfarrões discernem a curiosa e, para eles, ininteligível escrita. A enorme alegria se apaga e doloroso silêncio cai sobre a multidão. Os pensamentos do rei o turbaram, “as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro”. Daniel 5:6. Tremendo alarmado, “ordenou o rei, com força, que se introduzissem os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; e falou o rei e disse aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e será, no reino, o terceiro dominador”. Daniel 5:7. Mas aqueles homens eram tão incapazes de interpretar os místicos caracteres traçados pela mão do anjo de Deus quanto haviam sido de fazê-lo em relação ao sonho de Nabucodonosor. — The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881.


Houve uma testemunha… no palácio de Belsazar durante aquela festa. … O anjo ali presente traçou os caracteres sobre a parede do palácio. — The Ellen G. White 1888 Materials, 517.


Daniel na cova dos leões


Daniel orava a Deus três vezes ao dia. Satanás se torna irado ao som da fervorosa prece, pois sabe que será derrotado. Daniel era o preferido, acima de presidentes e príncipes, pois nele havia um espírito excelente. Anjos caídos temiam que sua influência pudesse enfraquecer o controle que eles exerciam sobre os príncipes do reino. … A acusadora multidão de anjos maus despertou a inveja e ciúmes dos presidentes e príncipes, de modo que passaram a vigiar atentamente a Daniel, esperando encontrar alguma ocasião de situá-lo mal num relatório ao rei, porém fracassaram. Então aqueles agentes do mal intentaram destruí-lo a partir de sua fidelidade a Deus. Anjos maus estabeleceram o plano e eles se apressaram em colocá-lo em prática. O rei ignorava os sutis propósitos maus intentados contra Daniel.


Mesmo depois de conhecer plenamente o decreto do rei, [Daniel] prosseguiu ajoelhando-se diante de Deus, com as janelas abertas. Considerava as súplicas a Deus suficientemente importantes a ponto de sacrificar sua vida, do que abrir mão delas. Por causa de suas preces a Deus foi ele atirado na cova dos leões. Anjos maus realizaram até esse ponto seu propósito. Entretanto, Daniel prosseguiu orando, mesmo na cova dos leões. … Porventura Deus Se esqueceu dele? Oh, não! Jesus, o poderoso Comandante dos exércitos do Céu, enviou o Seu anjo para fechar a boca dos famintos leões, de modo que não pudessem ferir o suplicante homem de Deus, e assim tudo permaneceu em paz naquele terrível fosso. O rei testemunhou sua preservação e o fez sair com honras. Satanás e seus anjos foram derrotados e se iraram. Os agentes que Satanás utilizara foram condenados a perecer da maneira terrível que eles haviam destinado a Daniel. — Spiritual Gifts 4b:85, 86.


Gabriel é enviado para explicar a visão de Daniel 8


Pouco antes da queda de Babilônia, quando Daniel estava meditando nessas profecias [de Isaías e Jeremias], e buscando a Deus a fim de compreender os tempos, foi-lhe dada uma série de visões concernentes ao surgimento e queda de reinos. Com a primeira visão, segundo se acha registrada no sétimo capítulo do livro de Daniel, foi-lhe dada a interpretação, mas nem tudo ficou claro para o profeta. “Os meus pensamentos muito me espantavam”, ele escreveu de sua experiência nesse tempo, “e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei essas coisas no meu coração.” Daniel 7:28.


Mediante outra visão foi derramada luz adicional sobre os acontecimentos do futuro; e foi ao final desta visão que Daniel ouviu “um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão?” Daniel 8:13. A resposta: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Daniel 8:14), encheu-o de perplexidade. Fervorosamente procurou entender o significado da visão. Ele não podia compreender a relação dos setenta anos do cativeiro como preditos por Jeremias, para com os dois mil e trezentos anos que nessa visão ouvira o visitante declarar que mediariam até a purificação do santuário. O anjo Gabriel lhe deu uma interpretação parcial; mas quando o profeta ouviu as palavras: “Só daqui a muitos dias se cumprirá” (Daniel 8:26), ele desmaiou. …


Levando ainda o fardo pelo bem de Israel, Daniel estudou de novo as profecias de Jeremias. Elas eram muito claras. …


Com fé fundada na segura palavra da profecia, Daniel pleiteou do Senhor o imediato cumprimento dessas promessas. — Profetas e Reis, 553-555.


À medida que a oração de Daniel avança, o anjo Gabriel voa rapidamente desde as cortes celestiais, para assegurar ao profeta que suas orações haviam sido ouvidas e atendidas. Este poderoso anjo fora comissionado para dar sabedoria e compreensão a Daniel — para abrir diante dele os mistérios de eras futuras. Assim, enquanto buscava sinceramente conhecer e compreender a verdade, Daniel foi posto em comunhão com o mensageiro delegado pelo Céu. — The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881.


Antes mesmo de encerrar sua súplica diante de Deus, [Daniel] recebeu novamente a visita de Gabriel, que veio para focalizar a atenção do profeta na visão que ele tivera antes da queda de Babilônia e da morte de Belsazar. O anjo detalhou então o período das setenta semanas. — The Review and Herald, 21 de Março de 1907.


A luta pelo controle sobre os reis da Pérsia


Os agentes celestiais necessitam lutar contra obstáculos antes de, ao devido tempo, poderem cumprir o propósito de Deus. O rei da Pérsia estava sob o domínio do mais poderoso dentre os anjos maus. Recusava-se, conforme fizera Faraó, a obedecer à palavra do Senhor. Gabriel declarou que Satanás se lhe havia oposto durante vinte e um dias em suas acusações contra os judeus. Mas Miguel veio em seu auxílio e então permaneceu com os reis da Pérsia, mantendo sem ação os poderes do mal e oferecendo bons conselhos, em lugar dos maus. — The S.D.A. Bible Commentary 4:1173.


[Ciro], o rei [persa], resistira durante vinte e um dias às impressões do Espírito de Deus, enquanto Daniel jejuava e orava. Entretanto, o Príncipe do Céu, o arcanjo Miguel, foi enviado para modificar o coração do obstinado rei, de modo a tomar uma decisão que respondesse à oração de Daniel. — The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881.


Ninguém menos que o Filho de Deus apareceu a Daniel. Sua descrição é semelhante àquela apresentada por João quando Cristo lhe apareceu na Ilha de Patmos.


Nosso Senhor vem agora com outro mensageiro celestial para mostrar a Daniel o que ocorreria nos últimos dias. — The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881.


Daniel… não conseguiu olhar o rosto do anjo, e já não possuía forças. Estas haviam desaparecido. Portanto, o anjo veio até ele e o colocou de joelhos. Ainda assim não conseguiu contemplar o anjo. Este apresentou-se então com aparência humana. Assim o profeta conseguiu suportar a visão. — Manuscript Releases 2:348.


A vitória foi finalmente obtida e as forças inimigas foram mantidas sem ação todos os dias de Ciro, que reinou sete anos, e durante todos os dias de seu filho Cambises, que reinou sete anos e meio. — The Review and Herald, 5 de Dezembro de 1907.


O segundo templo


O segundo templo não igualava o primeiro em magnificência, nem recebeu o toque visível da presença divina, como no caso do primeiro templo. Não houve manifestação de poder sobrenatural para assinalar sua dedicação. Nenhuma nuvem de glória foi vista inundar o santuário recém-erigido. Nenhum fogo desceu do Céu para consumir o sacrifício sobre o seu altar. O shekinah não mais habitava entre os querubins no santo dos santos; a arca, o propiciatório e as tábuas do testemunho não se encontravam ali. Nenhum sinal do Céu tornou conhecida ao sacerdote inquiridor a vontade de Jeová. — Profetas e Reis, 596, 597.


Esdras


Os filhos do cativeiro que tinham voltado com Esdras, “ofereceram holocaustos ao Deus de Israel” (Esdras 8:35), como sacrifício pelo pecado, e como sinal de seu reconhecimento e ação de graças pela proteção de santos anjos durante a viagem. — Profetas e Reis, 619.


Neemias


Neemias esperara quatro meses por uma oportunidade favorável de apresentar seu pedido ao rei. Durante este tempo, embora o seu coração estivesse carregado de dor, ele procurou mostrar-se alegre na presença real. Nas salas de luxo e esplendor, todos deviam parecer alegres e felizes. A tristeza não devia lançar sua sombra sobre a face de qualquer assistente da realeza. Mas no período de retraimento de Neemias, ocultas da vista dos homens, muitas foram as orações, as confissões, as lágrimas, ouvidas e testemunhadas por Deus e os anjos. — Profetas e Reis, 630.


As visões de Zacarias


“Tornei a levantar os meus olhos”, diz Zacarias, “e vi, um homem em cuja mão estava um cordel de medir. E eu disse: Para onde vais tu? E ele me disse: Medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento. E eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro anjo lhe saiu ao encontro e lhe disse: Corre, fala a este jovem, dizendo: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão, nela, dos homens e dos animais. E Eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor e Eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória.” Zacarias 2:1-5. — The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1907.


A visão de Josué e o anjo


A cena de Satanás como acusador foi apresentada diante do profeta. Ele diz: “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.” Zacarias 3:1. — The Review and Herald, 22 de Agosto de 1893.


Uma ilustração muito viva e impressionante da obra de Satanás e da de Cristo, e do poder de nosso Mediador para vencer o acusador de Seu povo, é dada na profecia de Zacarias. Em santa visão o profeta contempla a Josué, o sumo sacerdote, “vestido de vestes sujas” (Zacarias 3:3), diante do Anjo do Senhor, suplicando a misericórdia de Deus em favor de seu povo, que se acha em profunda aflição. Satanás acha-se a Sua mão direita, para resistir-Lhe.


Visto que Israel fora escolhido para preservar na Terra o conhecimento de Deus, tinham sido eles desde quando vieram a existir como nação, o objeto especial da inimizade de Satanás, e ele determinara promover sua destruição. Não lhes podia ele fazer mal algum enquanto fossem obedientes a Deus; por isso dobrou todo o seu poder e astúcia para os induzir ao pecado. Enganados por suas tentações, haviam transgredido a lei de Deus, separando-se assim da Fonte de sua força, tendo sido deixados a tornar-se presa de seus inimigos gentios. Foram levados em cativeiro para a Babilônia, e ali permaneceram por muitos anos.


Entretanto, não foram abandonados pelo Senhor. Foram-lhes enviados Seus profetas, com repreensões e advertências. O povo foi desperto para reconhecer sua culpa, humilharam-se perante Deus e a Ele volveram com arrependimento verdadeiro. Então o Senhor lhes enviou mensagens de animação, declarando que os livraria do cativeiro e os restauraria ao Seu favor. Isso era o que Satanás estava resolvido a impedir. Já um remanescente de Israel voltara para sua terra, e Satanás procurava levar as nações pagãs, que eram agentes seus, a destruí-los por completo. …


O sumo sacerdote [Josué] não se pode defender, nem ao seu povo, das acusações de Satanás. Não alega que Israel esteja livre de falta. Em suas vestes sujas, simbolizando os pecados do povo, com os quais ele arca como representante seu, está ele perante o anjo, confessando a falta deles, mas ao mesmo tempo alegando seu arrependimento e humilhação, confiando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado e, com fé, suplicando as promessas de Deus.


Então o Anjo, que é o próprio Cristo, o Salvador dos pecadores, reduz ao silêncio o acusador do Seu povo, declarando: “O Senhor te repreende, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?” Zacarias 3:2. Israel por muito tempo permanecera na fornalha da aflição. Por causa de seus pecados foram quase consumidos na chama acesa por Satanás e seus agentes, para sua destruição; mas Deus agora Se lançara à obra de os salvar. Penitentes e humilhados como se acham, o compassivo Salvador não abandona Seu povo ao cruel poder dos pagãos. …


Depois de aceita a intercessão de Josué, é dada a ordem: “Tirai-lhe as vestes sujas”, e o Anjo declara a Josué: “Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes. … Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios.” Zacarias 3:4, 5. Foram perdoados os seus próprios pecados e os do povo. Israel vestiu “vestes novas” — a justiça de Cristo imputada a eles. A mitra colocada sobre a cabeça de Josué era como a que usavam os sacerdotes, e trazia a inscrição: “Santidade ao Senhor” (Zacarias 14:20), significando que, não obstante suas transgressões anteriores, achava-se ele agora habilitado a ministrar perante Deus em Seu santuário.


Depois de assim o haver solenemente investido da dignidade do sacerdócio, declarou o Anjo: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui.” Zacarias 3:7. Seria ele honrado, como juiz ou administrador do templo e de todos os seus serviços; deveria andar entre os anjos assistentes, mesmo nesta vida, e no final unir-se à glorificada multidão ao redor do trono de Deus. — Testemunhos Selectos 2:170-172.


Esta palavra de segurança é oferecida a todos os que possuem fé em Deus. Recebam esta maravilhosa promessa. Não é um ser humano quem está falando. “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui.” Zacarias 3:7.


“Entre os que estão aqui.” Os exércitos dos inimigos, que tentam levar o povo de Deus à divisão, e os exércitos do Céu, milhares e dezenas de milhares de anjos, que protegem e guardam o tentado povo de Deus, animando-os e fortalecendo-os — são estes “os que estão aqui”. Deus diz aos que nEle crêem: Vocês estarão entre estes. Não serão vencidos pelos poderes das trevas. Estarão diante de Mim, na presença de santos anjos, que são enviados para ministrar àqueles que haverão de herdar a salvação. — The Review and Herald, 30 de Abril de 1901.


A visão do candelabro e das duas oliveiras


Imediatamente após a visão que Zacarias teve de Josué e do anjo, que ofereceu ao sumo sacerdote um testemunho pessoal para encorajamento seu e de todo o povo de Deus, o profeta recebeu outro testemunho pessoal em relação à obra de Zorobabel. Zacarias declara: “Tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, e me disse: Que vês? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda.” Zacarias 4:1-3. — The Review and Herald, 16 de Janeiro de 1908.


“Falei mais e disse-lhe: Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua esquerda? E, falando-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois raminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro e que vertem de si ouro? E ele me respondeu: … São os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a Terra.” Zacarias 4:11-14.


Os ungidos que estão diante do Senhor de toda Terra mantêm a posição uma vez outorgada a Satanás como querubim cobridor. Por intermédio dos seres santos que circundam Seu trono, o Senhor mantém constante comunicação com os habitantes da Terra. — The Review and Herald, 20 de Julho de 1897.


Os anjos no tempo de Ester


A decisão do rei [Assuero] foi obtida sob falsos pretextos, mediante uma errônea representação do caráter desse povo. O próprio plano fora inspirado por Satanás, ao qual interessava desarraigar da Terra os que preservam o conhecimento do Deus vivo. Mas essas conspirações falharam diante do poder dos que são enviados a servir a favor dos homens. Anjos magníficos em poder tiveram a incumbência de proteger o povo de Deus, e as maquinações de seus adversários recaíram sobre eles próprios nas suas conseqüências. — Testemunhos Selectos 2:149, 150.


No dia apontado para a sua destruição, “os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pôr as mãos sobre aqueles que procuravam o seu mal; e nenhum podia resistir-lhes, porque o seu terror caiu sobre todos aqueles povos”. Ester 9:2. Anjos magníficos em poder tinham sido comissionados por Deus para proteger Seu povo, enquanto eles se punham “em defesa da sua vida”. Ester 9:16. — Profetas e Reis, 602.


O pai de João Batista


Zacarias habitava nas “montanhas da Judéia” (Lucas 1:65), mas fora a Jerusalém, para ministrar por uma semana no templo, serviço requerido duas vezes por ano dos sacerdotes de todas as turmas. …


Achava-se ele diante do altar de ouro, no lugar santo do santuário. … De repente, sentiu-se consciente da presença divina. Um anjo do Senhor achava-se “em pé, à direita do altar do incenso”. Lucas 1:11. A posição do anjo era uma indicação de favor, mas Zacarias não reparou nisso. Por muitos anos orara pela vinda do Redentor; agora o Céu enviara seu mensageiro para anunciar que essas orações estavam prestes a ser atendidas; a misericórdia de Deus, porém, parecia-lhe demasiadamente grande para ele acreditar. Encheu-se de temor e condenação própria.


Foi, no entanto, saudado com a alegre promessa: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. Disse, então, Zacarias ao anjo: Como saberei isso? Pois eu já sou velho, e minha mulher, avançada em idade.” Lucas 1:13, 18. …


À pergunta de Zacarias, disse o anjo: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” Lucas 1:19. Quinhentos anos antes, Gabriel dera a conhecer a Daniel o período profético que se devia estender até à vinda de Cristo. O conhecimento de que o fim desse período estava próximo, movera Zacarias a orar pelo advento do Redentor. Agora, o próprio mensageiro por meio de quem a profecia fora dada, viera anunciar o seu cumprimento.


As palavras do anjo: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus”, mostram que ocupa posição de elevada honra, nas cortes celestiais. Quando viera com uma mensagem para Daniel, dissera: “Ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não ser Miguel [Cristo], vosso príncipe.” Daniel 10:21. De Gabriel, diz o Salvador em Apocalipse: “Pelo Seu anjo as enviou e as notificou a João, Seu servo.” Apocalipse 1:1. E a João o anjo declarou: “Eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas.” Apocalipse 22:9. Maravilhoso pensamento — que o anjo que ocupa, em honra, o lugar logo abaixo do Filho de Deus, é o escolhido para revelar os desígnios de Deus a homens pecadores. — O Desejado de Todas as Nações, 97-99.


O trabalho de João Batista foi predito pelo anjo que visitou Zacarias no templo. Disse o anjo: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. … Será cheio do Espírito Santo… e converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e irá adiante dEle no espírito e virtude de Elias.” Lucas 1:13, 15-17. — The Review and Herald, 20 de Fevereiro de 1900.


O anjo Gabriel apresentou orientações especiais aos pais de João, no tocante à temperança. Uma lição de reforma de saúde foi dada por um dos mais exaltados anjos do trono celestial. — The Spirit of Prophecy 2:43.


Em João Batista levantou Deus um mensageiro para preparar o caminho do Senhor. Deveria ele apresentar ao mundo um testemunho definido, ao reprovar e denunciar o pecado. O anjo dissera, ao anunciar a missão e obra de João: “Irá adiante dEle no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” Lucas 1:17. — The Review and Herald, 2 de Agosto de 1898.


Ellen G.White, A Verdade sobre os Anjos, Capítulo 12. Via Sétimo Dia

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