quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Muito estudo e nenhuma atividade física – quais as implicações na saúde?

 Alguns estudantes dedicam-se inteiramente aos estudos e concentram toda a atenção no objetivo de obter educação. Exercitam o cérebro, mas permitem que as faculdades físicas permaneçam inativas. O cérebro é sobrecarregado, e os músculos se debilitam pelo fato de não serem exercitados. Quando tais estudantes se formam, é evidente que adquiriram sua educação à custa da vida. Estudaram dia e noite, ano após ano, mantendo a mente em contínuo estado de tensão, mas não exercitaram suficientemente os músculos. Sacrificaram tudo pelo conhecimento de ciências, e descem à sepultura.


As moças freqüentemente se entregam ao estudo, em detrimento de outros ramos de educação mais importantes para a vida prática do que o estudo de livros. E depois de adquirirem sua educação, freqüentemente ficam inválidas por toda a vida. Negligenciam a saúde permanecendo muito tempo em recintos fechados, destituídos do ar puro do céu, e da luz solar dada por Deus.


Essas jovens poderiam ter saído com saúde de suas escolas, se houvessem ligado os estudos a trabalhos domésticos e exercícios ao ar livre.


A saúde é um grande tesouro. É a mais valiosa posse concedida aos mortais. Riqueza, honra ou cultura custam muito caro se forem adquiridas a expensas do vigor da saúde. Nenhuma dessas realizações pode trazer felicidade, se não houver saúde. É um terrível pecado abusar da saúde que Deus nos deu; pois todo o abuso dessa natureza debilita a nossa vida e constitui um prejuízo, mesmo que obtenhamos toda a educação possível.


Em muitos casos os pais ricos não vêem a importância de educar os filhos tanto nos deveres práticos da vida, como nas ciências. Não sentem a necessidade de, para o bem do intelecto e da moral dos filhos, e para a sua futura utilidade, dar-lhes um conhecimento cabal do trabalho útil. É esta uma obrigação que têm para com os filhos, a fim de que, se lhes chegarem reveses, possam manter-se com nobre independência, sabendo como fazer uso das mãos. Se têm um capital de vigor, não podem ser pobres, ainda que não possuam um centavo. Muitos que na juventude se achavam em circunstâncias favoráveis, podem ficar despojados de todas as suas riquezas, e com pais, irmãos e irmãs para manter. Quão importante é, pois, que a todo jovem se ensine a trabalhar, a fim de que possa estar preparado para qualquer emergência. As riquezas são uma verdadeira maldição, quando os seus possuidores deixam que elas sejam um impedimento para os filhos e filhas obterem o conhecimento de algum trabalho útil que os habilite para a vida prática.


Os que não são compelidos a trabalhar, com freqüência não fazem suficiente exercício ativo para terem saúde física. Jovens, por não ocuparem a mente e as mãos em trabalho ativo, adquirem hábitos de indolência, e obtém freqüentemente o que é mais espantoso ainda: uma educação de rua, o vício de perambular pelos bares, fumar, beber e jogar cartas. …


A pobreza, em muitos casos, é uma bênção; pois evita que os jovens e as crianças sejam arruinados pela inatividade. Tanto as faculdades físicas como as mentais devem ser cultivadas e desenvolvidas devidamente. O primeiro e constante cuidado dos pais deve ser o de ver que os filhos tenham compleições vigorosas, para que possam ser homens e mulheres sadios. É impossível alcançar este objetivo sem exercício físico. Para a sua própria saúde física e bem moral, as crianças devem ser ensinadas a trabalhar, mesmo que não seja imperioso no tocante à necessidade. Se querem ter caráter puro e virtuoso, devem fruir da disciplina de um trabalho bem regulado, que ponha em atividade todos os músculos. A satisfação das crianças por serem úteis e praticarem atos de abnegação para ajudar a outros, será o prazer mais salutar que já experimentaram. Por que deveriam os ricos privar a si mesmos e a seus queridos filhos desta grande bênção?
Fonte: Ellen G White – Conselhos sobre Saúde, p. 185-187

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