sábado, 1 de outubro de 2011

O Que Vem a Ser “O Bicho Que Nunca Morre”?

Vermes
(Marcos 9:47-48) – E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
A passagem de Marcos 9:48 é ótima para se definir, de uma vez por todas, a tão debatida e incompreendida questão do castigo dos réprobos. Na verdade eu a considero o texto-chave para entender todo esse debate a respeito de tal tema.
Basta perceber o que realmente Jesus está dizendo, lembrando que Ele NÃO FALA em “alma” que não morre, e sim em “bicho” que não morre. Ora, alma é alma e bicho é bicho.
Eu perguntei a um grande defensor de imortalidade da alma como entender essa questão de “alma” e “bicho” (por que Jesus não falou de “alma” que não morre) e ele confessou que não sabia dizer. . .
Pois é bem fácil. Basta comparar tal passagem com Isaías 66:24:
“E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a carne”.
Pronto, aí está a fonte das palavras de Cristo. Ele está se valendo da mesma metáfora de Isaías, recorrendo à mesma HIPÉRBOLE, ou seja, a linguagem poeticamente exagerada para pintar com cores mais fortes o cenário que o autor bíblico está descrevendo.
Isaías está acentuando o horror das multidões de inimigos de Deus mortos ao final, com seus cadáveres comidos pelos bichos que aparentemente NUNCA MORREM, ou não morrem até consumirem suas carnes. Para um israelita a maior desonra era morrer e ficar insepulto, comido por vermes ao ar livre.
Assim, Jesus faz essa comparação com a destruição final, valendo-se da mesma FIGURA HIPERBÓLICA do profeta. Ele fala claramente em CADÁVERES, não em “almas”.
A hipérbole é um exagero de linguagem para propósitos retóricos, como se dá com o próprio hino nacional brasileiro na parte que diz: “Pátria amada, IDOLATRADA”. Só que literalmente ninguém idolatra a pátria, coisa nenhuma, (e nem deve. . .).
Artigo de Azenilto Brito.

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