sexta-feira, 15 de julho de 2011

Desprezo Ostensivo Pelo Quarto Mandamento

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Como Cristo Considerou o Sábado

Toca ás raias do absurdo a vesguice dialética dos que tentam demolir o dia de Deus, relegá-lo ao desprezo e evitá-lo de toda forma, principalmente os que acham que Cristo considerou desrespeitosamente o Sábado. Citam Marcos 2:27, que reza: “O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado”, e pontificando com ares doutorais declaram: “Isto quer dizer que o sábado ou dia de descanso, deve servir ao homem e não o homem estar sujeito a ele.” Aí está uma pueridade de causar pena.
 Vejamos o que o Mestre quer dizer com estas palavras: Há aí duas proposições: uma do sábado servir ao homem; outra, do homem sujeitar-se ao sábado. Considerando a primeira. É de clareza meridiana:
1.ª - O sábado foi instituído e oferecido ao homem como algo muito precioso, como um bem, um favor divino. Figueiredo traduz: “O sábado foi feito em contemplação ao homem.” O sentido evidente é que o sábado foi instituído para o bem-estar físico, moral e espiritual das criaturas humanas. O sábado é assim uma instituição a favor do homem, em seu benefício, uma benção grandiosa. Só uma perversa distorção do texto poderia levar à conclusão de que o sábado deva ser considerado contrário ao homem. Portanto, a dedução dos que são contra o sábado é infeliz, errônea e contrária ao sentido bíblico.
2.ª - A segunda proposição contida no texto diz: “e não o homem por causa do sábado”. Simples demais para ser entendida. Deus não criou o homem porque Ele tivesse um sábado a ser guardado por alguém. Ao contrário, criara primeiro o homem, e depois o sábado para atender-lhe às necessidades de repouso e recreação espiritual. Assim o sábado lhe seria uma benção e não uma carga. O farisaísmo dos dia de Cristo obscurecera o verdadeiro caráter do sábado. Os rabinos o acumularam de exigências extravagantes que o tornaram um fardo quase insuportável. A atitude de Cristo para com o sábado foi a de purificá-lo, limpá-lo desses acréscimos, devolvendo-o à real pureza. A atitude de Cristo para com o Seu santo dia foi de reverência e não de desprezo.
 E de passagem cabe aqui uma observação: o sábado foi feito por causa do homem, e isto não pode ser verdade em relação ao domingo, porque no primeiro dia da semana o homem ainda não fora criado!
Citam em seguida Mateus 12:8: “O Filho do homem até do sábado é Senhor”. E concluem desastradamente que Cristo é Senhor do sábado para mudá-lo, alterá-lo, suprimi-lo, enfim. Incrível! Diríamos de início que, sendo o sábado um mandamento da Lei de Deus, se Cristo o transgredisse de qualquer maneira Se tornaria um pecador, e nessa condição não poderia ser o nosso Salvador! No entanto, Cristo permaneceu em completa adoração e obediência ao Deus Pai. Teve uma vida humana impecável, um caráter irrepreensível. (Filipenses 2:5 a 11). E Ele mesmo declara:
 ”Porque eu não falei por Mim mesmo; mas o Pai, que Me enviou, Esse Me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o Seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que Eu falo, falo-o exatamente como o Pai Me ordenou.” (João 12:49 e 50)
 ”Como o Pai Me amou, assim também Eu vos amei; permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor.” (João 15: 9 e 10)
 ”Tenho-vos dito estas coisas, para que em Mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” (João 16:33)
Jesus declarou-Se Senhor do sábado! Solene e importantíssima declaração! Frise-se bem que Ele é Senhor do sábado e não do domingo, embora a cristandade semi-apostatada averbe este dia como “dia do Senhor”. Cristo porém reafirmou Sua soberania sobre o sábado. É o Autor do sétimo dia, consagrado ao repouso e, nessa qualidade, sabe o que lícito ou não fazer nele. Os fariseus que censuraram os discípulos por apanharem espigas, foram além dos reclamos divinos, “além do que está escrito”.
Punham restrições descabidas à guarda do sábado. E Jesus para mostrar-lhes Sua autoridade, apresenta-Se como Autor do sábado. Nada há de derrogatório na declaração do Mestre. Ao contrário, reafirma o valor e a vigência do sábado, livre, no entanto das aderências talmúdicas.
¤ Broadus, renomado comentarista, tratando deste texto, assim conclui: “Mas o sábado permanece ainda, pois que existia antes de Israel, e era desde a criação um dia designado por Deus para ser santificado (Gênesis 2:3)…” 1
Cristo não foi contra o dia, mas contra a maneira errônea e extremista de guardá-lo.
¤ A. H. Strong, grande teólogo, diz: “Nem nosso Senhor ou os apóstolos ab-rogaram o sábado do decálogo. A nossa dispensação abole as prescrições mosaicas quanto à forma de guarda do sábado mas ao mesmo tempo declara sua observância de origem divina e como sendo uma necessidade da natureza humana… Cristo não cravou na cruz qualquer mandamento do decálogo… Jesus não se defende da acusação de quebrar o sábado, declarando que este foi abolido, mas estabelece o verdadeiro caráter do sábado em atender uma necessidade humana fundamental…” 2
• Ryle, erudito comentarista evangélico, tratando do texto diz: “Não devemos deixar-nos arrastar pela opinião comum de que o sábado é mera instituição judaica, que foi abolido ao anulado por Cristo. Não há uma só passagem das Escrituras que isso prove. Todos os casos em que o Senhor Se refere ao sábado, fala contra as opiniões errôneas que os fariseus propagaram a respeito de sua observância. Cristo depurou o quarto mandamento da superfluidade profana dos judeus… O Salvador que despojou o sábado das tradições judaicas e que tantas vezes esclareceu o seu sentido, não pode ser inimigo do quarto mandamento. Pelo contrário Ele engrandeceu e o exaltou.” 3

Reuniões no Sábado Mencionadas no Novo Testamento

Versículos Nr. Reuniões Local Data
Marcos 1:21 1 Cafarnaum 28 d.C.
Histórico: Cristo ensinava Seus discípulos no sábado. Ensino religioso. Realizou a cura de um endemoniado. Objetivos espirituais.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Lucas 4:16 e 17 1 Nazaré 28 d.C.
Histórico: Cristo foi à casa de culto. Diz o texto que fez “segundo o Seu costume.” Quer dizer que sempre ia ao culto no sábado. O que fez lá dentro foi puramente ato de culto. Leitura e exposição da Palavra de Deus. Não foi com o objetivo de agradar os judeus, porque os desagradou bastante, a ponto de ser expulso da sinagoga e da cidade. Quiseram atirá-Lo ao precipício.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Lucas 4:31 ? Cafarnaum 28 d.C.
Histórico: Cristo usualmente ensinava nos sábados. Nenhuma insinuação quando à mudança do dia de guarda.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Marcos 3:1 Lucas 6:6 1 Cafarnaum 28 d.C.
Histórico: Cristo entrou na Sinagoga e pôs-Se a ensinar. Curou o homem que tinha a mão atrofiada, o que irritou os fariseus. Demonstração do poder de Deus no dia de sábado.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Lucas 23:56 1 Jerusalém 31 d.C.
Histórico: As santas mulheres, seguidoras de Cristo, inclusive Sua mãe, respeitosamente guardaram o “sábado conforme o mandamento“. Nada sabiam acerca do domingo!!!
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 13:42 e 44 2 Antioquia 45 d.C.
Histórico: Paulo em reunião de culto. Como os judeus abandonaram a sinagoga, no sábado seguinte “quase toda a cidade” (gentios) se ajuntou para ouvir a Palavra de Deus. Boa oportunidade para Paulo lhes dizer, como não estavam na sinagoga com os judeus, que o dia de guarda seria o domingo
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 16:12 e 13 1 Filipos 53 d.C.
Histórico: Reunião de Culto ao ar livre. Longe de sinagogas, que talvez não houvesse na cidade. Os apóstolos procuraram um lugar tranqüilo para o culto sabático.
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 17:1 a 3 3 Tessalônica 53 d.C.
Histórico: Na sinagoga. Reunião de culto. Paulo “como tinha por costume” foi ao culto no sábado. O dia de guarda não se alterara na era cristã. Reunia-se indistintamente com judeus e gentios, ou sem eles ao ar livre. O que interessava era a guarda do dia…
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Versículos Nr. Reuniões Local Data
Atos 18:1 a 4; Atos 18:11 78 Corinto 54 d.C.
Histórico: Temos aqui que considerar o seguinte: (v.4) “todos os sábados“; (v.11) “ficou ali um ano e meio ensinando”. Nesse ano e meio transcorreram 78 sábados, tempo mais que suficiente para Paulo ensinar que o dia de repouso fora mudado… (v.3) Paulo “trabalhava em fazer tendas”. No sábado não trabalhava, cumpria a Lei de Deus que lhe manda trabalhar seis dias. Logicamente não descansou no domingo. A Bíblia diz que o fazia no sábado e preferimos ficar com a Bíblia; (v.4) diz que Paulo estudava a Palavra de Deus com “judeus e gentios”. Também com os gentios no sábado.
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Temos acima aproximadamente 90 reuniões religiosas no sábado, “conforme o Mandamento”.

Perpetuidade Temporária?

Surge sempre a cediça afirmação de que o sábado não é “perpétuo”, porque em Êxodo. 12:14; 30:21 e Levítico 23:21 o adjetivo “perpétuo” também é aplicado à “páscoa”, “lavagem de mãos”, e “festas judaicas”, e estas coisas cessaram de existir. Aqueles que declaram tal absurdo, precisam saber que o adjetivo hebraico olam, traduzido por “perpétuo” nos textos em tela e por “para sempre” em outros lugares, tem o seu sentido condicionado à natureza daquilo que se aplica. Sendo assim, as festas cerimoniais teriam duração até ao tempo em que seriam necessárias.
 Jonas, ao descrever as peripécias pelas quais havia passado no interior do peixe, diz: “… os ferrolhos da Terra correram-se sobre mim para sempre [olam]“, Jonas 2:6. Esse “para sempre” durou apenas três dias e três noites. Foi uma duração curtíssima, não acham?
No entanto, quando o mesmo adjetivo está junto de palavras que, pela natureza, têm duração ilimitada, significa realmente “duração sem fim”. Junto de “Deus”, “vida”, “amor”, etc., indica perpetuidade. O “argumento” nada prova contra a permanência sabática, pois, segundo a Bíblia, o sábado será observado na Nova Terra pelos remidos:
¤ ”Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome. E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” (Isaías 66:22 e 23)

Blasfêmia

O cúmulo do contra-senso é afirmar que o sábado não santifica o homem, e os que observam decaem na vida espiritual. Mas a Palavra de Deus desmente frontalmente tal afirmação, declarando que o sábado é um sinal de santificação. Notemos:
 O dia foi santificado pelo próprio Deus. (Gênesis 2:3)
• O quarto mandamento manda lembrar o sábado para o santificar. (Êxodo 20:8; Isaías 58:13 e 14)
• Sinal entre Deus e Seu povo, pelo qual Deus os santifica. (Ezequiel 20:12; Ezequiel 20:20)
• Chamado dia santo. (Êxodo 31:14; Neemias 9:13 e14). Preferimos crer na Bíblia. Ela fala a verdade.
→ Estranham alguns que afirmamos que os “santos do Altíssimo” são os milhares que pereceram na Idade Média, porquanto guardaram eles o domingo. Respondemos: Sim, eram santos do Altíssimo. Foram sinceros dentro da luz que tinham. A verdade do sábado foi restaurada séculos depois que eles viveram… E hoje que esta luz está sendo irradiada a todo o mundo, quem deliberadamente se insurge contra ela estará debaixo do juízo de Deus!!!
“A Igreja mudou a observância do Sábado para o domingo pelo direito divino e a autoridade infalível concedida a ela pelo seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, propondo a Bíblia como seu único guia de fé, não tem razão para observar o domingo. Nesta questão, os Adventistas do Sétimo Dia são os únicos protestantes coerentes.” – Boletim Católico Universal, pág. 4, de 14 de agosto de 1942.
Fonte:Artigo extraído do Livro O Selo de Deus na Lei, no capítulo 19

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