quinta-feira, 31 de março de 2011

Amor Imutável- Se somos filhos de um Deus amoroso, por que sofremos?

Com o pensamento inteiramente voltado à busca do prazer refletido, escolhido prudentemente, nascido da satisfação de alguma necessidade e da ausência do sofrimento, Epicuro, filósofo grego do período helenista, não entendia o que lhe parecia ser inércia de Deus diante do sofrimento humano. Nesse sentido, ele argumentou: "Deus ou quer impedir os males e não pode; ou pode e não quer; ou nem quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode é impotente, o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que, do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer, nem pode, é invejoso e impotente, portanto nem mesmo é Deus. Se pode e quer, que é o único conveniente a Deus, de onde provém, então, a existência dos males? Porque Ele não os impede?" (Reinholdo A.Ullmann, Epicuro: o filósofo da Alegria, p.112)
Embora mais reverentes e comedidas, muitas pessoas também acham difícil harmonizar a existência de tragédias, violência contra crianças e mulheres, matança de inocentes, calamidades naturais e tantos outros males com a declaração bíblica de que "Deus é amor" (1 João 4:8,16). E se perguntam: "Se Deus é amor, por que permite que Seus filhos sofram?"
De fato, não podemos entender plenamente todas as nuanças do sofrimento, mas podemos ter um lampejo de compreensão a seu respeito, quando o observamos à luz do milenar conflito travado entre Deus e Satanás. Rebelando-se contra a ordem e a autoridade divinas, o inimigo foi expulso do Céu e estabeleceu sua base na Terra. Desde então, tem-se empenhado em inspirar o ser humano a fazer péssimas escolhas, resultantes do mau uso da liberdade com que foi presenteado por Deus. São trágicas as consequências disso. Também trabalha para ferir ele mesmo, diretamente, os filhos de Deus. Tudo na tentativa de denegrir o caráter amoroso do Criador, pintando-O de ser um governante justiceiro.
Por que, então, Deus não o destruiu, impedindo assim que o mal se alastrasse? A escritora Ellen G. White, responde: "Para o bem do Universo inteiro,... devia Satanás desenvolver completamente seus princípios para que suas acusações contra o governo divino pudessem ser vistas sob sua verdadeira luz por todos os seres criados e para sempre pudessem ser postas acima de qualquer dúvida a justiça e a misericórdia de Deus e a imutabilidade de Sua lei." ( O Grande Conflito, p. 499)
Em outras palavras, Deus permite as ações do inimigo para que, observando os feitos das duas facções, entendamos por nós mesmos que Ele é amor e Satanás é o verdadeiro facínora do Universo. Porém, um dia, ele será destruído e o sofrimento terá fim. Jesus Cristo prometeu voltar à Terra e nos levar para longe do alcance do mal: "Voltarei e os levarei comigo para que vocês estejam onde Eu estiver." (João 14:3, BLH). Então, "Deus vai morar com eles [ os seres humanos], e eles serão o Seu povo. O próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor."( Apocalipse 21:3,4).
Até então, podemos escolher confiar, esperar, buscar e encontrar abrigo em Seu amor.
Texto de Zinaldo Santos extraído da Revista Vida e Saúde de Junho de 2009 pág.50

1 comentários:

irmão leitor disse...

Em geral (ou na grande maioria) o nome de Deus é usado nas manchetes a respeito de sofrimentos, desastres e mortes. O de Satanás, não. Curioso, não é verdade?

O Espírito de Profecia revela:
“Doença, sofrimento e morte são obra de um poder antagônico. Satanás é o destruidor; Deus, o restaurador” [A Ciência do Bom Viver – 10ª edição. Pág. 113 / 7 – A Cooperação do Divino com o Humano].

“Desde o princípio tem sido estudado plano de Satanás levar os homens a esquecerem-se de Deus, a fim de que os prendesse a si. Por isso tem procurado representar mal o caráter de Deus, levando os homens a nutrirem dEle um conceito falso. O Criador tem-lhes sido apresentado como revestido dos atributos do próprio príncipe do mal – como arbitrário, severo, implacável – para que fosse temido, evitado, e mesmo odiado pelos homens” [Nos Lugares Celestiais – Pág. 8 – Meditação Matinal 02-01-1968].

“Deus nada faz em parceria com Satanás” [Testemunhos Seletos – Vol. 2. 6ª edição. Pág. 286 / 40 – Natureza e Influência dos Testemunhos].

“Nada é mais claramente ensinado nas Escrituras do que o fato de não haver sido Deus de maneira alguma responsável pela manifestação do pecado... Nossa única definição de pecado é a que é dada na Palavra de Deus: é o efeito de um princípio em conflito com a grande lei do amor, que é o fundamento do governo divino” [Para Conhecê-Lo – Pág. 15 – Meditação Matinal 09-01-1965].

O Plano da Redenção é a resposta de Deus, e já está consumado. Apenas tenhamos esperança e paciência. Logo logo experimentaremos a eterna felicidade.

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